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Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP
Instituto de Ciências Exatas e Biológicas – ICEB
Biologia Molecular - CBI139
Guilherme Frederico Pedra Ponciano 08.2.4051
Mecanismo de expressão gênica em eucariotos.
Texto de: Emerson A. Castilho Martins e Paulo Roberto Maciel Filho
Introdução:
Primeiro para se entender os mecanismos deve-se entender o que é e qual a função e importância da regulação gênica nas células e tecidos. A expressão gênica pode ser resumida de tal forma a entender que isso e um conjunto de processos que ocorre no organismo, tecidos ou células que inicie, aumentem, diminua ou cesse a produção de proteínas e/ou RNAs. O DNA dos eucariotos é, geralmente, igual e no seu desenvolvimento que fica evidenciado essa regulação da expressão gênica, visto que todas as células partem de uma mesma célula comum. É durante o desenvolvimento em que as células recebem estímulos e regulações diferentes para sua diferenciação. No DNA eucarioto existem partes do genoma que codificam um RNA e posteriormente uma proteína e há partes que aparentemente são consideradas ‘lixo’, pois não codificam nada e isso não é bem verdade esses microRNAs auxiliam na regulação gênica.
A organização nuclear 
 Um dos modos que a célula usa para a regulação da expressão dos seus genes é o jeito em que seus cromossomos estão organizados nas células. Há locais em que a demanda da proteína ou RNA codificado por certo gene é grande ele fica menos condensado, tornando-o assim mais acessível para a transcrição. Já os genes que não são usados pela aquela célula ficam mais condensados. Essa organização muda de acordo com cada célula e demanda de decodificação desse gene.
Aumentando o número de genes
Um mecanismo que garante o aumento da expressão gênica é o aumento do número de copias desse gene no genoma. Assim garante que mais RNAs serão transcritos e logo serão produzidas mais proteínas. 
A atividade das polimerases
Para que se inicie a transcrição do DNA é preciso que a RNA polimerase, que é a enzima responsável pela síntese de RNA, reconheça uma região promotora no DNA e inicie o processo. No entanto não basta apenas o reconhecimento dessa região promotora, são vários fatores de transcrição que reconhecem essas regiões promotoras e são esses reconhecidos pelas RNAs polimerases. Desse modo esses fatores podem tanto induzir quanto reprimir a síntese de RNA, o que promove mais um modo de regulação gênica.
Splicing
É o processo em que a molécula de RNA, ou melhor um pré RNA mensageiro, sofre alteração na sua sequencia, seja por retiradas por partes da molécula ou pela adição de sequências especificas.
Cis-splicing
A molécula de RNA ainda no núcleo é considerada um pré-RNAm, pois ainda contem exons parte que codifica um produto funcional e introns que atualmente se sabe que são usados na regulação de alguns genes. Esses pré-RNAm sofrem ações de spliceossomos que são complexos de proteínas que reconhecem e retiram esses intros, tornando assim o RNA maduro.
Acoplamento de fatores de transcrição 
Um fator muito interessante são os fatores pós-transcricionais que a célula acrescenta ao RNA maduro que auxiliam na estabilidade, reconhecimento pelo complexo de poro e por outros fatores traducionais.
Splicing alternativo
A quantidade de proteínas produzidas pelo organismo é enorme e, no entanto a quantidade de genes são inferiores, isso só é possível graças ao splicing alternativo que através da recombinação da sequência de genes proteínas diferentes são traduzidas.
Trans-splicing
Esse tipo de splicing ocorre em organismos polissistromicos, ou seja apresentam um promotor no cromossomo e em seguida a ele diversos genes. E trans-splicing é quando há a união de exons de diferentes transcritos em um único RNAm.
Edição de RNA
É um processo pós-trancricional descrito em protozoários cinetoplastideos, isso consiste em basicamente na inserção ocasionalmente na retirada de uridinas dos prés-mRNA ou na troca de uma citidina por uridina. 
Estabilidade do mRNA
Como já foi citada, a célula acrescenta moléculas em suas extremidades que tanto podem servir para a estabilidade quanto para o reconhecimento. Quando um microRNA se liga a fita de RNA isso induz a sua degradação ou inativação, caso o pareamento seja completo essa fita dupla de RNA é reconhecida e degradada e caso o pareamento não seja completo essa fita é inativada. O microRNA que reconhece a sequencia complementar no RNAm não necessariamente tem que ser proveniente dos introns do mesmo, um intro que é originado de um pré-RNA pode agir em outro RNA maduro. 
Considerações finais
Quando se descobriu e decodificou o genoma se achou que isso era um enorme passo para desvendar as complexidades dos seres vivos. Porém se descobriu que a verdadeira complexidade se da na regulação da expressão gênica. E cada vez mais se (re)descobre mecanismos para tal regulação.

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