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ANÁLISE HISTÓRICA DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS Fernanda Cristina Nader Pereira1 e Maurício José de Mendonça Júnior2 Resumo: O presente artigo busca analisar e comparar as Constituições que o Brasil já possuiu, e também suas principais emendas. Nesse sentido, abordar-se-ão os conteúdos de nossa história constitucional, através do método dedutivo e de uma opinião crítica acerca do conhecimento das Cartas Magnas, baseada em fatores econômicos, sociais, culturais e políticos do Brasil monárquico até os dias atuais. Palavras-chave: História das Constituições. Organização dos Poderes. Estrutura do Estado. Historical Analysis of the Brazilian’s Constitutions Abstract: The present article searchs to analyze and compare the Constitutions that Brazil already possessed, and also its main emendations. In this direction, the contents of our constitutional history will be approached, through the deductive method and of a critical opinion concerning the knowledge of the Great Letters, based in economic, social, cultural and politicians factors of monarchic Brazil until the current days. Key-words: History of the Constitutions. Organization of Powers. Structure of the State. ¹ Bacharelanda do curso de Direito da Universidade Presidente Antonio Carlos - campus Araguari. 2 Advogado, inscrito na OAB/MG sob o n. 114.218, Professor do curso de Direito da Universidade Presidente Antônio Carlos – campus Araguari, graduado pela Universidade Federal de Uberlândia e pós-graduado pela Universidade Gama Filho. 2 1. INTRODUÇÃO Inicialmente, esclareça-se que será traçada uma visão histórica genérica das Constituições brasileiras, com ênfase na preeminência dos poderes com o propósito de evidenciar os conflitos existentes entre os fatores sociais, políticos e econômicos dos textos constitucionais. Na panorâmica da pesquisa, as Cartas Magnas já vigorantes devem ser compreendidas como documentos principais para que se entenda a perspectiva e os temas relevantes dos diferentes momentos históricos brasileiros. Assim sendo, estudá-las não é apenas propício, mas necessário para garantir aos indivíduos condições materiais tidas como essenciais para usufruir dos seus direitos. A hermenêutica dos textos em espeque apresenta uma reflexão do atual estagio de desenvolvimento do Estado brasileiro, possibilitando entender muitos dos avanços conquistados, e até mesmo os absurdos que ainda hoje se sustentam, eis que se apresentarão, dentre outras características, a evolução na Organização dos Poderes e na Estruturação do Estado. Portanto, o estudo da história das constituições brasileiras tem como foco a análise de cada uma das sete cartas magnas, procurando-se situá-las, como dito, a partir de um cenário político, econômico e social, buscando-se, outrossim, elucidar fatores comuns entre os textos e divergências marcantes. 2. A CONSTITUIÇÃO DE 1824 A primeira Carta Magna do cenário brasileiro foi concebida na época do Império de Dom Pedro I, eis que o próprio imperador determinou a instituição de um Conselho de Estado, que tinha por objetivo criar os textos legais constitucionais, respeitando a vontade do poder moderador. Referido diploma foi outorgado, ou seja, imposto aos cidadãos, sem maiores discussões sociais, e caracterizou-se por determinar forte centralismo 3 político e administrativo, aliado ao absolutismo monárquico em decorrência do poder da “Majestade Imperial”. A divisão geográfica da época fragmentava o Brasil em Províncias, cujo Presidente era nomeado pelo Imperador, que podia intervir na vida pública do País. Em 1834, com a edição do Ato Adicional n. 16, aos doze dias do mês de agosto, a cidade do Rio de Janeiro foi transformada em “Município Neutro”, ou “Município da Corte”, entidade territorial para a sede da Monarquia3. Ainda acerca da primeira Carta Maior de nossa histórica, lembres-se do aspecto religioso, eis que o Império tinha a católica apostólica romana como religião oficial, embora outras fossem permitidas em lugares restritos. Lembre-se também, marcante fator do diploma em análise, tangente à Organização dos Poderes, porquanto foi a única de nossa história que possuiu quatro, e não três “Poderes”. Nesse sentido, havia previsão do Legislativo, representado pela Assembléia Geral, composta do Senado (com membros vitalícios e escolhidos pelo Imperador) e da Câmara dos Deputados (cujos cargos eram temporários e escolhidos por eleições indiretas, firme no sufrágio censitário), do Executivo, gerido apenas pelo Imperador, tendo como aliado os Ministros, do Judiciário, composto em primeira instância por juízes e jurados, e em segunda instância pelas chamadas “Relações”, e ainda, do Poder Moderador. Este último, verdadeira força do Imperador, que o utilizava com exclusividade, podendo através do mesmo, concretizando a possibilidade de moderação prevista na Constituição, fiscalizar e rever os atos dos demais poderes. Por isso, o Imperador estava “acima da lei e de todos”, fato mais marcante deste período histórico constitucional brasileiro. Por fim, cite-se que a forma de Estado adotada à época: Estado Unitário, e a forma de Governo: Monarquia. 3 LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 32. 4 3. A CONSTITUIÇÃO DE 1891 Embora tenha ocorrido a independência de Portugal e a outorga da Constituição de 1824, a situação fática no Brasil pouca coisa mudou nos tempos de Império. Com o passar do tempo, a força e o apoio ao imperador diminuíram, o que culminou na proclamação da República no ano 1889. Diante da nova fase, necessário era uma nova Constituição, porquanto o diploma antigo regulava um Império, e não uma República. Nesse diapasão, através da Assembléia Nacional Constituinte de 1890, forte na autoridade do Senador Rui Barbosa, foi promulgada a segunda Carta brasileira, a Constituição de 1891. Declarou-se, através de tal ato, a união perpétua e indissolúvel das antigas Províncias, que passaram a ser então, Estados, vedando-se qualquer possibilidade de secessão, segregação do pacto federativo4. Varias foram as mudanças, em especial no que toca à capital do Brasil, que “ganhou” nova denominação: Distrito Federal, mantida a sede no Rio de Janeiro. Ademais, o Brasil fora transformado pela Carta Magna em país leigo, laico ou não-confessional5, ou seja, não mais possuía religião oficial. No que tange à organização dos poderes, o diploma republicano optou pela clássica divisão idealizada por Montesquieu, que fragmenta o poder estatal em Legislativo, Executivo e Judiciário. O primeiro, composto pelo Congresso Nacional, dividido em Senado Federal, cujos representantes tinham mandato de nove anos, e Câmara dos Deputados, na qual os membros possuíam permanência de três anos. O Poder Executivo era chefiado pelo Presidente da República, eleito para um mandato de quatro ano, com auxílio dos Ministros de Estado. Quanto ao Poder Judiciário, é relevante a informação de que seu órgão máximo passou a se chamar “Supremo Tribunal Federal”, composto na época por quinze juízes. 4 LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 36. 5 MENDES, Gilmar; COELHO, Inocêncio Mártires Coelho; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 186-189. 5 4. A CONSTITUIÇÃO DE 1934 Apesar da Constituição de 1891 ter concretizado a forma de governo republicana no Brasil, na prática, pouca coisa mudou. O poder continuou concentrado nas mãos de poucos, e a classe trabalhadoraque surgia era explorada e desamparada. Nesse contexto, Getúlio Vargas chega à Presidência do Brasil, em 1930, inaugurando longo período conhecido como “Era Vargas”. Em 1934, fora promulgada nova Constituição, com o objetivo de se adequar à realidade da época, já que o diploma anterior era carente de direitos sociais e trabalhistas. Embora tenha mantido alguns dispositivos da Carta pretérita, como a forma republicana de governa, o sistema presidencialista, é possível afirmar, ao mesmo no plano jurídico, que a nova Constituição mudou a vida de boa parte dos brasileiros, eis que garantidos foram melhores condições de trabalho, educação, saúde e cultura, ainda que a princípio, apenas formalmente. A capital do Brasil continuou a ser no Distrito Federal, com sede no Rio de Janeiro. Permaneceu também a inexistência de uma religião oficial, embora tenha se invocado novamente, o nome “Deus” no preâmbulo (retirado na Constituição anterior em razão de desavenças com a Igreja católica) Quanto à organização dos Poderes, permaneceu a mesma, destacando- se a oficialização da Justiça Eleitoral, e a diferenciação acerca do tempo de mandato dos deputados, que foi aumentado para quatro anos, ao passo que o dos senadores foi diminuído para oito anos. A despeito das novidades trazidas, a Constituição em epígrafe vigorou por apenas três anos, eis que, em 1937, justificando a possibilidade de um golpe comunista no Brasil, Getúlio Vargas outorgou um novo diploma, e assim resumiu a Carta anterior, antes considerada inovadora: “Uma constitucionalização apressada, fora de tempo, apresentada como panacéia de todos os males, traduziu-se numa organização política feita ao sabor de influências pessoais e partidarismo faccioso, divorciada das realidades existentes. 6 Repetia os erros da Constituição de 1891 e agravava-os com dispositivos de pura invenção jurídica, alguns retrógrados e outros acenando a ideologias exóticas. Os acontecimentos incumbiram-se de atestar-lhe a precoce inadaptação!6 5. A CONSTITUIÇÃO DE 1937 O grande marco da Constituição de 1937 foi o golpe de Estado que o então Presidente Getúlio Vargas realizou, com justificativa em suposta intentona comunista. Referido diploma foi outorgado, e concentrou poderes no Executivo, determinando um período histórico marcado pela forte centralização política e pelo autoritarismo. A Carta em estudo ficou conhecida como “Polaca”, cuja explicação oficial é de inspiração na autoritária Constituição da Polônia, eis que, à época, chegavam em grande número ao Brasil, fixando-se em São Paulo, refugiados das más condições econômicas e das perseguições naquele país. Além disso, mulheres polonesas, para sobreviverem e sustentarem seus filhos, viram-se forçadas à prostituição, de maneira que, apelidar a Constituição de polaca, para os paulistas, refletia a conotação pejorativa de uma “Constituição prostituta”7. Quanto aos demais aspectos, a Carta outorgada não trouxe religião oficial, mantendo o Brasil um país laico, leigo ou não-confessional. A organização dos poderes e a estrutura do Estado se mantiveram, ao menos formalmente, já que na prática o Legislativo e o Judiciário foram “esvaziados”, em razão das arbitrariedades do Presidente. 6 http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1934. Acesso em 10.11.2011; ARRUDA, Marcos. CALDEIRA, Cesar. Como Surgiram as Constituições Brasileiras. Rio de Janeiro: FASE (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional). Projeto Educação Popular para a Constituinte, 1986; VARGAS, Getúlio, A nova política do Brasil, Volume 8, José Olympio Editora, 1940. 7http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1937. Acesso em 10.11.2011; ARRUDA, Marcos. CALDEIRA, Cesar. Como Surgiram as Constituições Brasileiras. Rio de Janeiro: FASE (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional). Projeto Educação Popular para a Constituinte, 1986. 7 6. A CONSTITUIÇÃO DE 1946 Tamanha a centralização político-administrativa promovida por Getúlio Vargas, aliada a fortes marcas de repressão e arbitrariedades, que seu governo perdeu força política, culminando-se o fim da “Era Vargas” em 1945. O Presidente seguinte foi o general Eurico Gaspar Dutra, e em janeiro de 1946, foi promulgada nova Constituição, desta vez baseada em idéias liberais e democráticas, tais como a igualdade e a liberdade, devolvendo-se a autonomia aos Estados e redemocratizando-se o país8. Importante nota histórica da época tange ao famoso “Plano de Metas”, de Juscelino Kubitschek, traduzido no jargão “50 anos em 5”. Além de suas importantes realizações econômicas, implementou a construção de Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960, passando a ser a nova capital federal. Foi restabelecida a harmonia e o mútuo controle entre os poderes, mantendo-se a estrutura tripartite. O detalhe é que, ao Presidente e Vice da República, fora determinado um mandato de cinco anos, diferente dos diplomas anteriores. Quanto ao Judiciário, estabeleceu a nova Constituição que era composto pelos seguintes órgãos: Supremo Tribunal Federal, Tribunal Federal de Recursos, Juízes e Tribunais Militares, Juízes e Tribunais Eleitorais e Juízes e Tribunais do Trabalho. A experiência democrática, no entanto, não durou muito, já que no início da década de sessenta, como é sabido, ocorreu o golpe militar, mergulhando o país numa ditadura intensa, que perdurou até o meados da década de oitenta. 7. A CONSTITUIÇÃO DE 1967 Como dito, após vivenciar a redemocratização, por um curto período de tempo, o Brasil voltou à fase do autoritarismo. Com o “Golpe Militar de 1964”, sob 8 SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 32ª ed. São Paulo: Malheiros, 2009, p. 83. 8 pressão dos militares, foi idealizada uma nova Constituição, semi-outorgada, que buscou institucionalizar o regime recém implantado9. Dentre as características desta Carta Magna, estão as severas restrições aos exercícios de direitos, prática de torturas, censura e repressões. Aliados à Constituição epigrafada, foram editados vários atos institucionais, sendo o mais conhecido deles o “A.I. n. 05”, de 1968. Foi o diploma mais repressivo de toda a história do direito constitucional brasileiro, e permitiu ao Presidente, dentre outras disposições, decretar o recesso do Congresso Nacional, decretar Intervenção nos Estados e Municípios, suspender direitos políticos, caçar mandatos de parlamentares, suspendendo-se a garantia do habeas corpus e excluindo-se da apreciação do Judiciário, todos os atos praticados tendo por base o A.I. n.5. Em síntese, trecho da obra de Celso Bastos, que bem sintetiza os acontecimentos explanados com relação à organização dos poderes à época: “... no fundo existia um só, que era o Executivo, visto que a situação reinante tornava por demais mesquinhas as competências tanto do Legislativo quando do Judiciário...”10. 8. A EMENDA N. 01 DE 17/10/1969 Não satisfeitos com os repressivos e autoritários diplomas já existentes, os militares, no ano de 1969, introduziram uma emenda à Constituição que a bem da verdade, dado o seu caráter revolucionário, tratou-se de verdadeira manifestação do poder constituinte originário, outorgando uma nova Carta que “constitucionalizava” a utilização dos Atos Institucionais11. Dentre outras previsões inusitadas, referida emenda majorou o tempo de mandato do Presidente da República para cinco, embora tivesse sido reduzido para quatro anos pela própria Constituição de 1967. 9 http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1967. Acesso em 10.11.2011;ARRUDA, Marcos. CALDEIRA, Cesar. Como Surgiram as Constituições Brasileiras. Rio de Janeiro: FASE (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional). Projeto Educação Popular para a Constituinte, 1986. 10 BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 18ª ed. São Paulo: Saraiva, 1997, p. 134. 11 LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 54. 9 Por isso é considerada por grande parte da Doutrina, materialmente, uma nova Constituição, e isso a despeito de possuir forma de emenda. 9. A CONSTITUIÇÃO DE 1988 Com o desgaste do regime militar, em razão do endividamento externo, crise política, pressões sociais, a redemocratização do pais tornou-se imperiosa. Importantes acontecimentos políticos e sociais marcaram a época, a exemplo do movimento pelas “diretas-já”, e da Lei de Anistia, na qual concedeu-se anistia a todos que praticaram crimes políticos e conexos durante a ditadura militar. Com a democracia, não mais se sustentava, diploma autoritário como o de 1967/69, razão pela qual foi instituída uma Assembléia Nacional Constituinte, para discussão, votação e aprovação da nova Constituição. Nessa perspectiva, foi promulgada a Constituição da República Federativa do Brasil, em 05 de outubro de 1988, marcada pela rigidez e pela extensão. Tal diploma foi recheado de direitos fundamentais e de várias normas programáticas, até como forma de se evitar tratamento efetivo de temas, já que era grande o embate político entre apoiadores da ditadura e combatentes desta. Foi conservada a inexistência de uma religião oficial, e a capital mantida em Brasília, sede do Governo Federal. Quanto à organização dos Poderes, manteve-se a estrutura tripartite, com vários dispositivos que permitem o controle mútuo e a inter relação entre os mesmos. Nesse diapasão, o Poder Legislativo, auxiliado pelo Tribunal de Contas, é formado pelo Congresso Nacional, do qual fazem parte o Senado Federal, cujos representantes são eleitos para mandato de oito anos, e a Câmara dos Deputados, cujos membros são alterados a cada quatro anos no poder. O Executivo, por sua vez, é chefiado pelo Presidente e Vice-Presidente da República, com auxílio dos Ministros, livremente nomeados e exonerado por aquele. A eleição permite ao Presidente que fique no poder por quatro anos, possibilitando-se também, atualmente, a reeleição por uma única vez para igual período. 10 No concernente ao Poder Judiciário, após a Emenda Constitucional n. 45/04, é composto pelos seguintes órgãos: Supremo Tribunal Federal, Conselho Nacional de Justiça, Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais, Tribunais e Juízes do Trabalho, Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e Juízes Militares, e Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. No que tange à Forma e Sistema de Governo, a própria Constituição previu a convocação de um Plebiscito no ano de 1993, para que a população decidisse pela manutenção ou não da República Presidencialista, o que de fato ocorreu, e permanece até os dias de hoje. 10. CONCLUSÃO Ao analisar o histórico das Constituições brasileiras, faz-se importante revisão sobre o conteúdo e os acontecimentos fáticos da época de cada texto constitucional, do Império até os dias de hoje, o que é essencial não só aos discentes, mas a qualquer dos operadores do Direito, eis que se possibilita a correta compreensão e interpretação de muitos dos dispositivos da hodierna Carta Maior. Note-se que, as conjecturas econômicas, sociais e políticas de cada época estão refletidas nas linhas mestras de cada uma de nossas Cartas Magnas, não sendo diferente o diploma atualmente vigente. Isto posto, tema sempre importante tange ao estudo dos acontecimentos pretéritos, conforme apresentado neste trabalho, vez que contribui para o entendimento dos diplomas atuais, bem como para a firmeza dos ideais de concretização dos direitos trazidos na Constituição de 1988, sob pena de tornarem- se meras utopias, ou servirem de meros indicativos, como já acontecera em nossa história recente, o que se afasta da noção de sociedade justa e digna, que se tenta construir, após a redemocratização do país, e que deve ser mantida e evoluir a cada período histórico. 11 11. REFERÊNCIAS BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 18ª ed. São Paulo: Saraiva, 1997. MENDES, Gilmar; COELHO, Inocêncio Mártires Coelho; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009. LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 32ª ed. São Paulo: Malheiros, 2009. http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1934. Acesso em 10.11.2011; ARRUDA, Marcos. CALDEIRA, Cesar. Como Surgiram as Constituições Brasileiras. Rio de Janeiro: FASE (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional). Projeto Educação Popular para a Constituinte, 1986; VARGAS, Getúlio, A nova política do Brasil, Volume 8, José Olympio Editora, 1940. http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1937. Acesso em 10.11.2011; ARRUDA, Marcos. CALDEIRA, Cesar. Como Surgiram as Constituições Brasileiras. Rio de Janeiro: FASE (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional). Projeto Educação Popular para a Constituinte, 1986. 12 http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1967. Acesso em 10.11.2011; ARRUDA, Marcos. CALDEIRA, Cesar. Como Surgiram as Constituições Brasileiras. Rio de Janeiro: FASE (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional). Projeto Educação Popular para a Constituinte, 1986.
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