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Instalações Prediais Hidráulicas ÁGUA QUENTE Instalações Prediais – Água Quente INTRODUÇÃO Instalações Prediais – Água Quente GENERALIDADES Instalações prediais de água quente destinam-se: • Banhos • Higiene • Utilização em cozinhas • Lavagem de roupas • Finalidades médicas e industriais Instalações Prediais – Água Quente GENERALIDADES NBR 7198:1993 – Projeto e execução de instalações prediais de água quente. Devem proporcionar: • O fornecimento de água de forma contínua, em quantidade suficiente e temperatura controlável, com segurança, pressões e velocidades compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos sanitários e das tubulações, proporcionando o nível de conforto adequado aos usuários; • Preservem a potabilidade da água no interior da tubulação, devendo haver plena garantia da impossibilidade prática de a água ser contaminada com refluxo de esgoto sanitário ou demais águas servidas; • Racionalizem o consumo de energia através do dimensionamento correto e escolha do sistema de aquecimento adequado. Instalações Prediais – Água Quente GENERALIDADES Temperaturas usuais: Tabela 01 Instalações Prediais – Água Quente TERMINOLOGIA A NBR 7198 (ABNT, 1993), define: • Aquecedor: aparelho destinado a aquecer a água. • Aquecedor de acumulação: aparelho que se compõe de um reservatório dentro do qual a água acumulada é aquecida. • Aquecedor instantâneo: aparelho que não exige reservatório, aquecendo a água quando de sua passagem por ele. • Dispositivo de pressurização: dispositivo destinado a manter sob pressão a rede de distribuição predial, composto de tubulação, reservatórios, equipamentos e instalação elevatória. Instalações Prediais – Água Quente TERMINOLOGIA A NBR 7198 (ABNT, 1993), define: • Isolamento térmico: dispositivo utilizado para reduzir as perdas de calor ao longo da tubulação condutora de água quente. • Misturador: dispositivo que mistura água quente e fria. • Reservatório de água quente: reservatório destinado a acumular água quente a ser distribuída. • Tubulação de retorno: Tubulação que conduz a água quente de volta ao reservatório de água quente ou aquecedor. • Válvula de segurança de temperatura: dispositivo destinado a evitar que a temperatura da água quente ultrapasse determinado valor. Instalações Prediais – Água Quente TERMINOLOGIA A NBR 7198 (ABNT, 1993), define: • Dilatação térmica: variação nas dimensões de uma tubulação devida às alterações de temperatura. • Dispositivo de recirculação: dispositivo destinado a manter a água quente em circulação, a fim de equalizar sua temperatura. Instalações Prediais – Água Quente APRESENTAÇÃO DO PROJETO • Planta do andar tipo e outros pavimentos; • Cortes; • Isométrico; • Especificação de equipamentos; • Relação de material. Instalações Prediais – Água Quente TIPOS DE AQUECIMENTO • AQUECIMENTO ELÉTRICO O aquecimento elétrico, normalmente é realizado por meio de resistências metálicas de imersão que dão um bom rendimento na transferência de calor. Estas resistências são ligas isoladas por mica, asbestos, etc., materiais que suportam bem as altas temperaturas. Instalações Prediais – Água Quente TIPOS DE AQUECIMENTO • AQUECIMENTO ELÉTRICO O aquecimento elétrico baseia-se nas seguintes fórmulas: 𝑅 = ρ. 𝐿 𝑆 Onde: R – resistência (ohms); ρ – resistividade do material (ohms x mm²/m); L – comprimento do resistor (m); S – seção do resistor (mm²). Instalações Prediais – Água Quente TIPOS DE AQUECIMENTO • AQUECIMENTO ELÉTRICO 𝑃 = 𝑅. 𝐼² Onde: P – potência (watts); R – resistência (ohms); I – corrente (ampere); Instalações Prediais – Água Quente TIPOS DE AQUECIMENTO • AQUECIMENTO ELÉTRICO 𝑃 = 𝑉² 𝑅 Onde: P – potência (watts); V – tensão (volts) sendo 𝑉 = 𝑅. 𝐼 Instalações Prediais – Água Quente TIPOS DE AQUECIMENTO • AQUECIMENTO ELÉTRICO 𝑊 = 𝑃. 𝑡 Onde: W – energia (watts.h); P – potência (watts); t – tempo (h). Instalações Prediais – Água Quente TIPOS DE AQUECIMENTO • AQUECIMENTO ELÉTRICO 𝑸 = 𝒎. 𝒄. (𝒕𝟐 − 𝒕𝟏) Onde: Q – quantidade de calor (kcal); m – quantidade de água (litros); c – calor específico (kcal/kg.ºC) – para água c=1,0. 1 kwh = 860 kcal A expressão que dá a quantidade de calor produzida em uma resistência R por uma corrente I em um tempo t é a seguinte: 𝑸 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟐𝟒. 𝑹. 𝑰𝟐. 𝒕 Instalações Prediais – Água Quente EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO 1. Calcule a energia (W) e a Potência (P) necessárias para elevar 75 L de água a temperatura de 15°C para 60°C, em duas horas. Instalações Prediais – Água Quente EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO 2. Deseja-se aquecer 100 L de água de temperatura de 24° a temperatura de 40°C, em duas horas. A tensão disponível da rede é de 100 volts. Qual a potência exigida? Instalações Prediais – Água Quente TIPOS DE AQUECIMENTO • AQUECIMENTO ELÉTRICO DE ACUMULAÇÃO - BOILERS Os chuveiros necessitam de uma potência muito maior que os aquecedores, pois o tempo que a água permanece em contato com a resistência é muito pequeno. O boiler, quando devidamente isolado, pode manter a temperatura da água por até 12 horas, com queda máxima de 3 ºC. Admite-se para os aquecedores elétricos de boa procedência um rendimento de 80 a 90% na transferência de calor. Instalações Prediais – Água Quente • AQUECIMENTO ELÉTRICO DE ACUMULAÇÃO - BOILERS Para aquecedores elétricos de acumulação podem ser considerados os valores da tabela 2. Instalações Prediais – Água Quente TIPOS DE AQUECIMENTO • AQUECIMENTO SOLAR O aquecimento solar é uma forma alternativa de aquecimento da água, tendo sua aplicabilidade em usos domésticos, processos industriais ou aquecimento de piscinas. Além de ser uma fonte inesgotável de energia, este tipo de aquecimento possui outras vantagens no seu uso: • Fonte não poluidora; • Silenciosa; • Representa uma fonte alternativa de energia. Instalações Prediais – Água Quente • AQUECIMENTO SOLAR Normalmente para usos domésticos utiliza-se o aquecimento solar em conjunto com outro tipo de aquecimento, para suprir as necessidades em dias sem sol. A radiação solar não é constante ao longo do dia, e varia também de acordo com as estações do ano. Por tal motivo, para se obter o melhor rendimento, é necessário orientar o coletor de maneira a receber a maior incidência dos raios solares. Foi determinado experimentalmente que para os coletores solares fixos a melhor inclinação, para se obter o máximo aproveitamento do sistema o ano todo, é aquela em relação à horizontal forme um ângulo produto da soma entre a latitude do lugar mais 5º ou 10º. Assim, no hemisfério Sul os coletores deverão ser voltados para o Norte. Instalações Prediais – Água Quente • AQUECIMENTO SOLAR Instalações Prediais – Água Quente • AQUECIMENTO SOLAR • AQUECIMENTO SOLAR • AQUECIMENTO SOLAR • AQUECIMENTO SOLAR Instalações Prediais – Água Quente EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO 3. Calcular a área do coletor solar necessária para aquecer água de 20°C para 60°C de uma residência unifamiliar de 5 pessoas, localizada na cidade do Rio de Janeiro. Instalações Prediais – Água Quente TIPOS DE AQUECIMENTO • AQUECIMENTO A GÁS Existem vários modelos de aquecedores a gás no país, em um dos modelos existe um queimador degás que fornece a energia necessária ao aquecimento da água armazenada, no próprio corpo do aparelho. Os gases queimados saem por outro lado concêntrico, em direção à chaminé. Os aquecedores de baixa pressão distribuem a água por gravidade, por tal motivo necessita que os aparelhos estejam abaixo do mesmo, enquanto os de alta pressão podem situar-se abaixo dos aparelhos, pois o que dita a pressão é altura estática do reservatório de água fria. • CUIDADOS A SEREM TOMADOS NA INSTALAÇÃO DE AQUECEDORES A GÁS Instalação de aquecedores a gás combustível em residências deve seguir a norma NBR 13103 e devem obedecer aos padrões apresentados na figura abaixo. Instalações Prediais – Água Quente DIMENSIONAMENTO Os aquecedores de passagem a gás variam de acordo a vazão nominal de água. No mercado existem desde aquecedores de 6 L/min até mais de 25 ou 30 L/min. Para saber qual utilizar, é importante contar quantos pontos o aquecedor atenderá e o qual é o consumo médio destes pontos. Instalações Prediais – Água Quente MATERIAIS • Cobre O Cobre é o primeiro metal utilizado pelo homem. Representa uma descoberta fundamental na evolução humana, por ser utilizado nas diversas fases tecnológicas pelas quais o ser humano passou. O cobre apresenta custo elevado e vida útil bastante longa, pois apresenta excelente resistência à corrosão e à pressão, atendendo aos limites impostos pela NBR 7198. Também apresenta resistência ao golpe de aríete. O limite de temperatura fica acima do mínimo normalmente exigido. Para a execução das tubulações pode ser utilizada solda (geralmente estanho), o que exige mão-de-obra especializada. A instalação requer isolamento térmico. A Figura 5 mostra tubos e conexões em cobre. Instalações Prediais – Água Quente MATERIAIS • Ferro Apresenta custo elevado, embora menor que o do cobre. As juntas são rosquedas, exigindo mão-de-obra especializada e, devido às incrustações e corrosões, pode apresentar vida útil mais reduzida se comparado ao cobre. Apresenta coeficiente de dilatação alto, em torno de 1,2 x 10-5 m/ºC e a instalação requer isolamento térmico. Instalações Prediais – Água Quente MATERIAIS • CPVC O policloreto de vinila clorado (Figura 6) é o material que apresenta o menor custo. È um termoplástico semelhante ao PVC, porém com maior percentual de cloro. Apresenta vida útil longa, baixo coeficiente de dilatação e baixa condutividade térmica, o que dispensa o uso de isolamento térmico. As juntas são soldáveis, exigindo mão-de-obra treinada. A principal limitação quanto ao uso de CPVC é o limite de temperatura, que é de 80º C, o que exige a instalação de termoválvula com termoelement. Instalações Prediais – Água Quente MATERIAIS A termo-válvula (Figura 13.3) é utilizada para impedir que a água ultrapasse a temperatura de 80º C através da mistura com água fria e deve ser instalada entre o aquecedor e a tubulação de água quente. Deve-se ter cuidado na observação da vida útil da termo-válvula. Instalações Prediais – Água Quente MATERIAIS • POLIPROPILENO O polipropileno é uma resina poliolefínica cujo principal componente é o petróleo. Por sua versatilidade apresenta várias aplicações, e dentre elas se destaca o uso nas instalações de água quente. Apresenta coeficiente de dilatação térmica aproximada de 10 x 10-5 cm/cmºC. Sua instalação é relativamente fácil, sendo as conexões e emendas soldadas por termofusão. Instalações Prediais – Água Quente DIMENSIONAMENTO • Quantidade de água quente a ser fornecida para uma edificação A quantidade de água quente a ser fornecida para uma edificação pode ser determinada pela seguinte equação: mm . Tm = mf . Tf + mq . Tq mm = massa da mistura Tm = temperatura da mistura mf = massa de água fria Tf = temperatura de água fria mq = massa de água quente Tq = temperatura de água quente DIMENSIONAMENTO • Estimativa de Consumo Para a estimativa do consumo de água quente foram utilizadas as tabelas americanas do “Guide” de 1945, sendo que, devido ao menor padrão de nossas instalações e o clima menos rigoroso de nosso território, os valores foram reduzidos para 1/3 do americano (Tabelas 05 e 06): DIMENSIONAMENTO • Estimativa de Consumo • Estimativa de Consumo Outra maneira de se dimensionar a capacidade de um reservatório é através da Tabela 07 que apresenta o consumo de cada aparelho em L/h, o consumo máximo provável e a capacidade de reservação devido aos diversos usos. Instalações Prediais – Água Quente EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO 4. Dimensionar o aquecimento elétrico de acumulação para uma residência de 10 pessoas, utilizando a Tabela 5 a. Consumo diário: b. Consumo nas ocasiões de pico: c. Capacidade do reservatório: d. Capacidade do aquecimento: e. Quantidade de calor teórica (Q) necessária para elevar a temperatura da água de 15 para 60 ºC: f. Quantidade de calor considerando um rendimento de 80% do aquecedor: g. Energia (W) necessária para o aquecimento, considerando que 1kwh = 860 kcal: Instalações Prediais – Água Quente EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO 5. Dimensionar qual a capacidade do reservatório de água quente para um edifício com 20 apartamentos, que deverá atender as seguintes peças de utilização: Banheira, lavatório, chuveiro e pia de cozinha: a. Consumo Total b. Consumo máximo provável: c. Capacidade do reservatório: • Vazões das Peças de Utilização Instalações Prediais – Água Quente • Diâmetros dos sub-ramais Instalações Prediais – Água Quente • Estimativa das Vazões Máximas Prováveis A Norma recomenda que a estimativa de vazão para o dimensionamento das tubulações seja feita considerando o uso não simultâneo de todas as peças por elas alimentadas. As vazões máximas prováveis são determinadas da mesma forma que para as instalações de água fria, ou seja, pela fórmula: 𝑄 = 𝑐 . Σ𝑃 1/2 Onde: Q – vazão (L/s) c – coeficiente de consumo = 0,3 P – Pesos (tabela 10) Instalações Prediais – Água Quente • Estimativa das Vazões Máximas Prováveis A tabela 10 apresenta os pesos correspondentes as peças de utilização. Instalações Prediais – Água Quente Para se determinar o diâmetro dos ramais e colunas usa-se o Ábaco 01 Instalações Prediais – Água Quente EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO 6. Dimensione o diâmetro do ramal que atende as seguintes peças de utilização: • 1 Chuveiro • 1 Lavatório • 1 Bidê • 1 Banheira • Pressões máximas e mínimas de serviço A norma estabelece que a máxima pressão nos pontos de utilização não ultrapasse 40 mca e as pressões mínimas não devem ser inferiores a 1 mca para torneiras e 0,5 mca para chuveiros. • Velocidades As tubulações devem ser dimensionadas de forma análoga às instalações de água fria, sendo que a velocidade máxima permitida é de 3,0 m/s. Instalações Prediais – Água Quente Instalações Prediais – Água Quente Instalações Prediais – Água Quente
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