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Apostila2 curso juros

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CURSO DE REVISÃO DE JUROS.
Aula Ministrada pelo Prof. Fábio B. Cáceres
1-) Introdução de Juros:
Quando se fala em juros, há necessidade de saber a natureza jurídica dos mesmos.
Desta forma, pode-se dizer que há duas formas:
Juros remuneratórios/ juros compensatórios;
Juros moratórios/ juros legais.
Quando se fala em juros remuneratórios, fala-se em finalidade de compensação/ remuneração à aquele que concede o crédito em razão do dinheiro que disponibiliza à terceiro. A ideia é condicionada na devolução integral do dinheiro emprestado pelo banco à terceiro mais o lucro.
Mas há também os juros que possuem finalidade de punição à aqueles que estão em mora. Veja, que somente há punição quando há inadimplência, assim há aplicação dos juros moratórios.
Note, que os juros possuem naturezas e finalidades distintas.
Assim, observe que:
ATENÇÃO:
A cumulação dessas duas espécies não gera anatocismo, pois é lícita a cumulação, vez que o banco pode colocar juros em porcentagem adequada para fins de lucratividade pela transação realização e mais juros em porcentagem legal para fins de punição quanto a inadimplência efetivada pela parte consumidora.
Anatocismo ou cumulação de juros somente ocorre quando há junção de juros de mesma natureza, ou seja, juros moratórios e mais juros moratórios ou juros remuneratórios com mais juros remuneratórios.
Métodos/ Sistemas de amortização do saldo devedor:
PRICE: É o sistema de amortização continuada. Muito utilizada pelos banco a fim de liquidar o saldo devedor;
SACRE: Sistema de amortização crescente. Muito utilizado por banco para financiamento imobiliário;
SAC: Este sistema também é utilizado por banco no financiamento imobiliário;
GAUS: não é utilizado por bancos.
Há vários outros, mas esses são os mais utilizados.
Regime de Juros:
Não se confunde com método ou sistema de amortização do saldo devedor, pois o método ou sistema de amortização é a equação matemática utilizada naquele contrato para construir a parcela, de maneira que toda dívida seja liquidada.
Regime de juros, trata-se de meio para constituir a incidência dos juros.
Desta forma, pode haver duas formas de regimes de juros:
Simples;
Composto.
No regime simples não há juros sobre juros.
No regime composto há juros sobre juros.
No regime simples há de maneira nítida a natureza dos juros.
Já no regime composto os juros ficam misturadas com saldo devedor, padecendo, então, o anatocismo.
A GAUS é um sistema fidelizado a juros simples.
Mas o PRICE, SAC, SACRE, são entendidos como sistema de amortização fidelizados ao regime composto.
2-) Linha do Tempo Jurídica do Contrato Bancário:
A Linha do Tempo encontra-se em anexo.
3-) Cálculos de Juros:
Entre no site www.calculoexato.com.br, vá em cálculos financeiros e em aplicação de juros sobre um determinado valor.
Verifique que o problema dos juros não está em seu valor, mas sim no regime de juros.
4-) Tarifas e Demais Encargos:
Tarifas: segundo o RESP 1251331/RS, o STJ julgou este recurso de forma repetitiva, assim valendo o acórdão para todos os casos que versem sobre o tema. Segundo o entendimento do STJ havia autorização regulamentar do BACEN para cobrança de tarifas até 30.04.2008, e, assim, até esta data era legítima a cobrança. Após a referida data não há mais autorização para cobrança de tarifas, dessa forma, todos os contratos que possuem a cobrança dessas tarifas, são consideradas ilegais;
EXCEÇÃO:
Se o cliente estiver tendo o primeiro relacionamento com a instituição bancária, será possível, esta, cobrar as tarifas, tal situação é a única exceção em que será cabível a cobrança.
Vale ressaltar que a tarifa de emissão de carne, cobrada pelos bancos, segundo o entendimento STJ exarado naquele RESP, é ilegal.
Demais Encargos: são os chamados taxa, encargo, tarifa, custos de terceiro. Mas o que são custos de terceiro? Não há definição clara quanto a isso, vale ressaltar que viola o art. 6º, inciso III do CDC, que aponta sobre o direito a informação clara e adequada sobre os diferentes produtos e serviços que são colocados a disposição do consumidor. Ressalta-se, ainda, que está clausula é nula, pois coloca o consumidor em desvantagem exagerada, nos termos do art. 6º, inciso V, mais o art. 51, inciso IV todos do CDC;
Crédito condicionado à Venda de Seguro: Trata-se de venda casada, proibida na legislação nacional por meio do art. 39, inciso I do CDC;
5-) Posição do STJ sobre direito bancário:
Súmula 379 do STJ: 
Nos contratos bancários não regidos por legislação específica, os juros moratórios poderão ser convencionados até o limite de 1% ao mês.
Segundo essa súmula, os bancos podem cobrar juros moratórios até 12% ao ano.
Súmula 382 do STJ:
A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade.
Segundo esta súmula será cabível a estipulação de juros REMUNERATÓRIOS acima de 12%.
Se o juros remuneratórios, a época que foi contratada, estava acima da média do mercado, poderá haver a redução para média do mercado à época da contratação.
Súmula 380 do STJ:
A simples propositura da ação de revisão de contrato não inibe a caracterização da mora do autor.
De acordo com esta súmula a simples propositura de ação revisional não afasta a mora do Requerente.
Vale ressaltar, que de acordo do art. 330, §2º e §3º do NCPC, a partir da propositura da ação revisional, o valor incontroverso (que deve ser quantificado), deve ser discriminado na petição inicial e o Requerente deve deverá continuar pagar no tempo e modo contratados.
Art. 330.  A petição inicial será indeferida quando:
§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
§ 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados.
Súmula 381 do STJ:
Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas.
De acordo com esta súmula, é vedado ao julgador conhecer e ofício da abusividade da clausula contratual.
Súmula 384 do STJ:
Cabe ação monitória para haver saldo remanescente oriundo de venda extrajudicial de bem alienado fiduciariamente em garantia. 
De acordo com esta súmula, o banco pode cobrar o saldo remanescente de dívida decorrente de venda com leilão de bem alienado fiduciariamente por ação monitória.
Súmula 30 do STJ:
A comissão de permanência e a correção monetária são inacumuláveis.
A correção monetária é inacumulável com a comissão de permanência.
Súmula 472 do STJ: 
A cobrança de comissão de permanência - cujo valor não pode ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato - exclui a exigibilidade dos juros remuneratórios, moratórios e da multa contratual.
Já por meio desta súmula há entendimento de que a cobrança da Comissão de Permanência exclui a exigibilidade dos encargos remuneratórios e moratórios do contrato. 
Note, ainda, que a presente súmula limita a comissão de permanência é a soma dos outros encargos.
ATENÇÃO:
Pelo julgamento, em sede repetitivo, do RESP 1.418.593 a purgação da mora na ação de busca e apreensão deve ser correspondente ao total do débito (vencidas e vincendas).
6-) Arrendamento Mercantil/ Leasing:
O STJ teve um julgamento de um RESP repetitivo que ensejou a súmula 564 do STJ, que aduz da questão relacionada ao arrendamento mercantil.
Neste tipo de contrato a empresa de leasing compra o veículo e transfere a posse direta para o consumidor, por determinado período.
Arrendador, neste caso, será a empresa que comprou o veículo, já o arrendatário será o consumidor que te a possedireta do bem.
Pelo período que o consumidor faz uso do bem, o banco cobra contraprestação mensal pelo uso.
Caso o consumidor queira comprar o bem, deverá pagar o Valor Residual Garantido - V.R.G, este valor pode ser pago ao final do contrato ou durante as contraprestações de posse, sendo possível tal situação por meio da súmula 564 do STJ, elaborada por meio do RESP 109.9212 - RJ.
Súmula 564 do STJ: No caso de reintegração de posse em arrendamento mercantil financeiro, quando a soma da importância antecipada a título de valor residual garantido (VRG) com o valor da venda do bem ultrapassar o total do VRG previsto contratualmente, o arrendatário terá direito de receber a respectiva diferença, cabendo, porém, se estipulado no contrato, o prévio desconto de outras despesas ou encargos pactuados.
Quando o banco conseguir retomar definitivamente a coisa, o consumidor terá direito de reaver as parcelas de VRG pagas, sendo possível por meio de ação própria ou por meio de Reconvenção.
Vale ressaltar que o consumidor deve somar o VRG pago com o valor que o banco obteve com o leilão do bem, após o total apurado deve, ainda, o consumidor aduzir o quanto que deveria pagar de VRG no todo do contrato e após subtrair o valor total que o consumidor deveria pagar, o saldo que resultar é o valor que poderá ser requerido pelo consumidor.
ATENÇÃO:
As súmulas 539 e a súmula 541 todas do STJ, devem ser analisadas.
Súmula 539 do STJ: É permitida a capitalização de juros com periodicidade inferior à anual em contratos celebrados com instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional a partir de 31/3/2000 (MP n. 1.963-17/2000, reeditada como MP n. 2.170-36/2001), desde que expressamente pactuada.
Súmula 541 do STJ: A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada.
Segundo estas súmulas é permito capitalizar juros desde que expressamente pactuado.
Para o STJ há entendimento firmado que por expressamente pactuado, é a informação no contrato que a taxa de juros anual supera o duodécuplo da taxa mensal. Assim, a prova é o contrato informar, por exemplo, que está 1% ao mês X 12 = 12% ao ano, perfazendo 14,73% ao ano.
DICA:
Para resolver a vida de seu cliente você pode ajuizar uma ação autônoma e discutir tudo o que foi elencado, mas se seu cliente for réu, além da contestação, poderá apresentar uma reconvenção dentro da contestação, nos termos do art. 343, caput, do NCPC.
Art. 343.  Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
BONS ESTUDOS!!!
Profa. Cristina Anita Schumann Lereno
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