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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM COMUNICAÇÃO E MARKETING EM MÍDIAS DIGITAIS Fichamento de Estudo de Caso Trabalho da disciplina Design de interação e interfaces digitais, Tutor:. Florianópolis 201s8 Estudo de Caso : A “paywall” do The New York Times REFERÊNCIA: KUMAR, Vineet; ANAND, Bharat; GUPTA, Sunirl; OBDERHOLZER-GEE, Feliz. A “paywall” do The New York Times. Harvard Business School, 2012. O texto em questão fala sobre a paywall do jornal The New York Times, abordando o futuro dos jornais impressos e de suas extensões digitais. A paywall do Times foi iniciada em 2011 nos Estados Unidos e é importante dizer que nesta época, diversos jornais já previam a queda do modelo impresso e lutavam para manter sua rentabilidade nos meios digitais, então todos estavam atentos nos resultados que o Times iria ter desta experiência. Em 2006 o jornal já havia cobrado pelo seu serviço em um curto período de tempo. Além disso, fez um teste lançando a paywall alguns dias antes no Canadá, como experiência para detectar e resolver possíveis problemas. Además realizou outras pesquisas de mercado para confirmar a disponibilidade dos seus clientes a pagarem pelo serviço, obtendo um resultado positivo considerando a excelência do jornal já que o Times era uma das principais empresas de notícias e de informação multimídia do planeta e um dos principais formadores de opinião, originando praticamente todo assunto importante na atualidade. Porém, vários críticos acreditavam que os jornais deveriam apostar em inovações e não apenas cobrar por um serviço que não apresentava nenhuma novidade ao mercado. Contudo, a paywall no The New York Times estava obtendo um resultado positivo. Ao final de 2011, os assinantes da versão online do jornal já eram 390.000. Porém, ainda havia a dúvida de se a longo prazo esse sucesso iria manter-se, já que muitos dos que assinaram foram atraídos inicialmente pela promoção de lançamento. Contudo, com o advento das mídias digitais, toda a industria jornalistica passava por desafios. A circulação de jornais impressos, estava caindo assim como as suas tradicionais fontes de receitas. A maior parte dos custos da redação, produção e distribuição eram fixos, deixando pouco espaço para cortes. Em análise a Tabela A - Receitas e estrutura de custos de um jornal típico , EUA - 17% das receitas são advindas de publicidade, enquanto por outro lado 52% dos custos são de produção e distribuição, o que poderia ser diminuído com a adaptação para o online, cortando os custos de distribuição. Além disso, acredito que o jornal on-line tem maior alcance, mais oportunidade de publicidade mundial (segmentada), ou seja, mais receitas. Nesse cenário, para tentar driblar esse novo mercado online, alguns jornais locais limitaram a publicação e entrega domiciliar do jornal impresso a alguns dias na semana. Outros jornais decidiram encerrar a edição impressa e publicar conteúdo apenas online. Outro fato que mudou o mercado de notícias online foi o lançamento do iPad. Uma pesquisa do Reynolds Journalism Institute, afirma que 99% dos usuários de iPad consumiam notícias através do dispositivo. Porém, os mesmos são menos propensos a ter assinaturas de jornais, sendo que os leitores estão cada vez mais encontrando notícias através de buscas, nas redes sociais, blogs e outras fontes. Por isso, o acesso irrestrito às matérias se encaixa melhor naquilo no perfil do leitor atual, além do que a mídia online traz um grande poder de engajamento possibilitando compartilhamento, links e comentários. Quanto às formas de precificações da paywall, o texto apresenta quatro opções: tudo ou nada, quando somente teriam acesso os usuários assinantes; conteúdo exclusivo, restrito a artigos de opinião, editoriais e análises; sistema de contagem, usuários pagariam após completar os acessos gratuitos; e oferta de acordo com dispositivo, sendo cobrado de acordo com qual dispositivo o usuário utilizava. Quanto ao The Times, os sistemas escolhidos foram de oferta de acordo com o dispositivo e o de contagem, que permitia a leitura gratuita de até 20 artigos por mês. Esse limite foi escolhido para balancear entre os leitores mais frequentes e os leitores casuais. Porém, nem todos estavam de acordo com a ideia. Raju narisetti, editor-chefe do The Washington Post disse “Não penalize os leitores fiéis com uma paywall - presenteie os seus usuários mais ativos” Com isso, é importante ressaltar que as decisões que envolvem o aumento de preço não podem ser feitas “às cegas” é preciso ouvir os leitores. Para contornar o problema de receitas o Times realizou uma parceria com empresas, aumentando sua base de assinantes. Desta forma, em fevereiro de 2012 já tinha 390.000 assinantes no seu programa digital, além disso, 70% dos assinantes do jornal impresso se registraram para o acesso online. Os resultados representam o foco na construção da base de assinantes da versão digital e o desenvolvimento de uma nova fonte de receitas. No quarto trimestre de 2011 a receita de publicidade digital aumentou 5,3% contudo, a receita publicitária do jornal impresso recuou 7,8%. Por fim, o texto nos pergunta se esse modelo de negócios funcionária a longo prazo. Com isso, após pesquisar sobre estas perguntas, posso afirmar que a paywall obteve sucesso e continua com novos assinantes. Nos últimos 6 anos a receita digital (incluindo assinantes e anúncios) mais do que dobrou, chegando a US$ 442 milhões, segundo o site especializado Record. Sendo que, a maior parte dessa receita vem de assinantes. De 2011 a 2016, o percentual do valor arrecadado pelo jornal saltou 418%. Os resultados sustentam o otimismo de Mark Thompson, CEO da The New York Times Company, para quem o jornal avança na consolidação de um perfil de fornecedor de conteúdo pago digital, com ênfase no mobile, para audiências em todo o mundo. Porém, nesse mesmo período a receita das assinaturas digitais recuou, como esperado, mas de forma suave, 2%. A receita total da edição impressa caiu 18%. Desta forma, pode-se concluir que mesmo com sucesso, os jornais devem continuar em busca de inovações já que, as empresas jornalísticas, assim como todo o mercado de mídias ainda está passando por uma fase de transformação. Cada vez mais, as empresas têm que se adaptar rapidamente aos novos modelos de negócios. Há milhares de leitores potenciais e levar até eles as informações que necessitam, da maneira que eles desejam é essencial para os jornais manterem seu lugar na sociedade. Sendo que, é preciso facilitar a vida do leitor permitindo o acesso fácil à empresa e as notícias, não importando em qual plataforma.
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