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RESENHA A PAYWALL DO THE NEW YORK TIMES

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM COMUNICAÇÃO E MARKETING EM MÍDIAS DIGITAIS
Resenha Crítica de Caso 
Ana Carolina Ferreira
Trabalho da disciplina Design de Interação e Interfaces Digitais
 
 Tutor: Rogério Leitão Nogueira
Belo Horizonte 
2020
A “PAYWALL” DO THE NEW YORK TIMES
Referência: 
KUMAR, Vineet. ANAND, Bharat. GUPTA, Sunirl. OBERHOLZER-GEE, Felix. A “paywall” do The New York Times. Harvard Business School, junho 2012. Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/Acervo/Basico/ POS579/Biblioteca_48633/Biblioteca_48633.pdf. Acesso em: 29/03/2020
O estudo de caso apresenta a trajetória de um dos maiores jornais do mundo, o The New York Times, na implantação da paywall, que é um sistema de assinaturas pagas para os leitores dos conteúdos digitais. O artigo é divido de forma evolutiva com base nos fatos históricos passando pela criação do jornal, pelo surgimento efetivo da paywall e como esta estratégia foi vista por diversas pessoas e empresas importantes.
Em março de 2011 o site do The New York Times, até em então gratuito na maior parte de sua existência, restringiu o seu acesso. Era disponibilizado aos usuários uma quota de acesso de vinte artigos por mês, e caso excedessem este número eles eram direcionados à assinatura digital do jornal. Esta era uma época em diversos jornais tradicionais lutavam para manter a rentabilidade nos meios digitais, portanto, esta ação do The New York Times gerou curiosidade, otimismo e críticas.
Em dezembro de 2011 os assinantes no site já eram 390.000 e o presidente do conselho da empresa considerava a paywall um sucesso. Contudo, o sucesso a longo prazo ainda era incerto, uma vez que grande parte dos assinantes foram atraídos por promoção de lançamento.
Diante deste cenário o autor retorna na história e nos faz lembrar como nasceu o The New York Times, uma das principais empresas de informação do mundo. Fundado em 18 de setembro de 1851, até o ano de 2011 o jornal já havia ganhado 106 prêmios Pulitzer e seu jornalismo premiado determinava a agenda de debates da sociedade. A partir de 2011 a indústria do jornal, assim como o Times, sofria pressão com a queda considerável das receitas em decorrência da chegada das mídias digitais, uma vez que grande parte dos seus anunciantes e classificados, que geravam grande porcentagem sua receita, estavam migrando para a internet.
Ao mesmo tempo em que a internet representava uma ameaça para os jornais, ela também poderia ser uma nova estratégia para alcançar novos públicos. Por isso, assim que diversos jornais começaram a disponibilizar seu conteúdo online gratuitamente, foi visto um crescimento exponencial no número de leitores. Contudo, a receita gerada pela publicidade online não era suficiente para controlar as quedas que a internet trouxe, o que fez com que alguns jornais locais limitarem a publicação impressa há alguns dias da semana ou extingui-las por completo.
No meio do crescimento das tendências digitais, na primavera 2010, aconteceu o lançamento do iPad que foi uma luz para uma nova forma de disponibilizar as notícias, e juntamente com ele o The New York Times lançou seu novo aplicativo para iPad, afirmando-se comprometidos com o novo jornalismo digital. O iPad dividiu opiniões quanto a sua efetividade para salvar o jornalismo, e, no outono de 2010, embora 99% dos usurários consumissem notícias através do dispositivo, eles não se mostravam dispostos a manter ou fazer assinaturas de jornal.
A paywall do The New York times como apresentada em 2011, aconteceu depois de algumas experiências anteriores do jornal. Em 1996, o Times lançou seu site com uma cobrança de U$35 para estrangeiros, projeto que foi abandonado apenas dois anos depois com a justificativa do aumento das receitas publicitárias.
Futuramente, em setembro de 2005 o Times lança o TimesSelect como uma segunda tentativa de faturar com seu conteúdo online onde era cobrado U$49,95 para acesso ao conteúdo de colunistas importantes. Em dois anos, o TimeSelect contava com 227.000 assinaturas. Porém, o programa foi finalizado em setembro de 2007 devido ao crescimento das mídias sociais e blogs de alta qualidade, que fez com que os usuários questionassem o valor pago pelo conteúdo e a insatisfação dos colunistas quanto ao novo modelo de distribuição de conteúdo.
Após, as duas primeiras experiencias, o The New York Times lança então em 2011 sua nova paywall com o sistema limitar o conteúdo gratuito à 20 artigos por mês, e com algumas frestas para usuários de iPhone e iPad e para leitores oriundos do Google e das redes sociais, permitindo que estes acessassem um número maior de conteúdo. Tendo em vistas estas flexibilizações de assinaturas e as promoções de lançamento, em 2012 o programa digital do The New York Times atingiu a marca de 390.000 assinantes. Sendo considerado, portanto, um sucesso entre alguns especialistas da indústria do jornal. Porém, estas ações não impediram a queda nas receitas do jornal, trazendo dúvida se o Times conseguiria prover um modelo de negócio sustentável com esta estratégia.
Jornais de todo o mundo observaram cuidadosamente a paywall do Times, com a esperança de que ela pudesse prover uma solução para seus futuros incertos. Tornando o The New York Times uma inspiração para inserção digital de outros jornais pelo mundo. Era sabido que os principais jornais do mercado não ficariam esperando o inevitável e acelerariam a cada dia sua transição para o digital.
Tendo em vista, toda a história traçada pelo autor, entende-se que o The New York times traçou uma história de sucesso que faz com que até hoje ele seja referência para outros jornais no mundo. No Brasil, o primeiro jornal a adotar o sistema de paywall foi o Folha de São Paulo em 2012, seguido por outros jornais, cada um com sua estratégia.
A implantação da paywall destaca a necessidade de que os veículos de informações encontrem novas formas de se comunicar com seu público de forma mais acessível, mais condizente com seu cotidiano e da constante necessidade de apresentar conceitos de valor e custo do serviço prestado. É importante ressaltar, por fim, que a evolução das experiências que desenharam a paywall do The New York Times reforça a evidencia de que mídias digitais e a internet estão em constante mudança, surgindo, portanto, a necessidade de as empresas sempre atualizarem suas interfaces de comunicação com o público para manter-se ativas no mundo atual.

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