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RESUMO DE AULAS: CALCULO II Volume de um Sólido de Revolução Fazendo-se uma região plana girar em torno de uma reta do plano, o sólido resultante é chamado sólido de revolução. A reta em torno da qual se processa a revolução é chamado eixo de revolução. Por exemplo, fazendo a região limitada pelas retas y = 0, y = x e y = 4 girar em torno do eixo dos x, o sólido de revolução obtido é um cone. Se o retângulo delimitado pelas retas x = 0, x = 1, y = 0 e y = 3 girar em torno do eixo dos y, obtemos um cilindro. Consideremos agora, o problema de definir o volume do sólido T, gerado pela rotação em torno do eixo dos x, da região plana R. Seja f contínua em [a,b]. O volume V do sólido de revolução gerado pela rotação da região delimitada pelos gráficos de f, de x = a, x = b e do eixo x é dado por: b a 2 dxxf.V . (*) A fórmula (*) pode ser generalizada para outras situações: 2 I – A região R está entre os gráficos de duas funções f(x) e g(x) de a até b. Supondo f(x) g(x), x [a,b], o volume do sólido T, gerado pela rotação de R em torno do eixo dos x, é dado por: b a 22 dxxgxf.V . II – Ao invés de girar ao redor do eixo dos x, a região R gira em torno do eixo dos y. Neste caso, temos: d c 2 dyyg.V . 3 III – A rotação se efetua ao redor de uma reta paralela a um dos eixos coordenados. Se o eixo de revolução for a reta y = L, temos: b a 2 dxLxf.V . Se o eixo de revolução for a reta x = M, temos: d c 2 dyMyg.V . Exercícios 1) A região R, limitada pela curva y = 2x 4 1 , o eixo dos x e as retas x = 1 e x = 4, gira em torno do eixo dos x. Encontrar o volume do sólido de revolução gerado. (Resp. V = 1023 /80 u.v.) Na figura, vemos a região R e o sólido T gerado pela rotação de R em torno do eixo dos x. 4 2) Calcular o volume do sólido gerado pela rotação, em torno do eixo dos x, da região limitada pela parábola y = 2x13 4 1 e pela reta y = )5x( 2 1 .(Resp. V = 64 /5 u. v.) Na figura, vemos a região R e o sólido T gerado pela rotação de R em torno do eixo dos x. 3) Calcular o volume do sólido gerado pela rotação, em torno do eixo dos x, da região entre o gráfico da função y = senx e o eixo dos x, de 2 e até 2 3 . (Resp. V = ² u.v.) Na figura, vemos a região R e o sólido T gerado pela rotação de R em torno do eixo dos x. 4) A região R, delimitada pela parábola x = 1y 2 1 2 e pelas retas x = -1, y = -2 e y = 2 gira em torno da reta x = -1. Desenhe e determinar o volume do sólido de revolução obtido. 5 (Resp. V = 448 /15 u.v.) Área de uma Superfície de Revolução Quando uma curva plana gira em torno de uma reta no plano, obtemos uma superfície de revolução. Vamos considerar o problema de determinar a área da superfície de revolução S, obtida quando uma curva C, de equação y = f (x), x [a,b], gira em torno do eixo dos x (ver Figura a seguir). Definição: Seja C uma curva de equação y = f (x), onde f e f ’ são funções contínuas em [a,b] e f (x) 0, x [a,b]. A área da superfície de revolução S, gerada pela rotação da curva C ao redor do eixo dos x, é definida por b a 2 dxx'f1).x(f.2A . OBS: Se a curva girar em torno do eixo dos y, a área será dada por: d c 2 dyy'g1).y(g.2A Exercícios 1) Ache a área do parabolóide, obtido pela revolução do arco de parábola y = x², 0 x 2, em torno do eixo do x. (Resp. A = 13 / 3 u.a.) 2) Ache a área da superfície gerada pela revolução da curva 3x = y³, 0 x 9, em torno do eixo do y. (Resp. A 258,8468 u.a.) 6 Coordenadas Polares No sistema de coordenadas polares, as coordenadas consistem de uma distância e da medida de um ângulo em relação a um ponto fixo e a uma semi-reta fixa. A Figura a seguir ilustra um ponto P num sistema de coordenadas polares. O ponto fixo, denotado por O, é chamado pólo ou origem. O ponto P fica bem determinado através do par ordenado (r,), onde r representa a distância entre a origem e o ponto P, e representa a medida, em radianos do ângulo orientado AÔP. OBS: (i) > 0 o ângulo AÔP está descrito no sentido anti-horário. (ii) < 0 o ângulo AÔP está descrito no sentido horário. (iii) (0, ), , representa o pólo ou origem. As coordenadas polares (r,) estabelecem a posição do ponto P em relação a uma grade formada por círculos concêntricos com centro em O e semi-retas partindo de O: 7 Exercício Marque o ponto tendo o conjunto dado de coordenadas polares: (a) 3 2 ,3 (b) 6 5 ,4 (c) 4 5 ,4 (d) 3 4 ,2 Conversão de coordenadas polares y x Ás vezes pode ser necessário converter a representação cartesiana para a polar; ou vice-versa. Para visualizar isto, fazemos a origem do primeiro sistema coincidir com o pólo do segundo sistema, o eixo polar com o eixo positivo dos x e o raio para o qual 2 com o eixo positivo y. Supondo que P seja um ponto com coordenadas cartesianas (x, y) e coordenadas polares (r, ), vamos analisar o caso em que o ponto P está no primeiro quadrante. Observemos que: 1) r > 0 cos = r x h ca e sen = r y h co (*) sen.ry cos.rx 2) r < 0 cos = r x r x h ca e sen = r y r y h co Elevando (*) ao quadrado e somando ambos temos: (x,y) : coordenadas cartesianas (r,) : coordenadas polares 8 x² + y² = r².cos² + r².sen² = r².(cos² + sen²) = r². r = 22 yx . OBS : tg = y / x = arct (y/x). ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Exercícios 1) Encontre as coordenadas cartesianas retangulares de cada um dos seguintes pontos cujas coordenadas polares são dadas: (a) (4, 6 1 ) (b) (2, 4 3 ) (c) (- 4, 3 2 ) (d) (- 2, 4 7 ) Resp. (23, 2) Resp. (-1,-1) Resp. (2, -23) Resp. (- 2, 22) 2) Encontre um conjunto de coordenadas polares para cada um dos seguintes pontos cujas coordenadas cartesianas retangulares são dadas. Tome r > 0 e 0 < 2. (a) (1, - 1) (b) (- 3, 1) (c) (2,2) (d) (- 2,- 23 ) Resp. (2, 315º) Resp. (2, 150º) Resp. (22, 45º) Resp. (4, 240º) 3) Marque o ponto (2, 2 1 ) tendo o conjunto dado de coordenadas polares; depois encontre outro conjunto de coordenadas polares para o mesmo ponto, tal que: (a) r < 0 e 0 < 2 (b) r > 0 e - 2 < 0 (c) r < 0 e - 2 < 0 Resp. (-2, 2 3 ) Resp. (2, 2 3 ) Resp. (-2, 2 1 ) 4) Obtenha uma equação cartesiana do gráfico tendo a equação polar r² = 2.sen2. (Resp. (x² + y²)² = 4xy) 5) Encontre a equação polar do gráfico tendo a equação cartesiana (x² + y²)² = 4.( x² - y²). (Resp. r² = 4.cos2) 9 Gráficos de Equações com Coordenadas Polares O gráfico de F(r, ) = 0 é formada por todos os pontos cujas coordenadas polares satisfazem a equação. É comum apresentarmos a equação numa forma explícita; isto é, r = f (). Os seguintes procedimentos poderão nos auxiliar no esboço do gráfico: (i) Construir uma tabela a partir de valores de (0, 6 , 4 , 3 , 2 , ... ) selecionados; (ii) Encontrar os valores de para os quais a curva passa pelo pólo; (iii) Verificar simetria. A simetria do gráfico de uma equação polar pode ser freqüentemente constatada fazendo-se substituições convenientes na equação e testando para ver se a nova equação é equivalente à original. A tabela seguinte mostra algumas substituições que acarretam a simetria indicada. Substituições Simetria (r, ) por (r, - ) Eixo - x (r, ) por (- r, ) Origem (r, ) por (r, - ) Eixo - y ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Exercícios Esboçar o gráfico das seguintes funções: 1) r = 2 4) r = 1- 2.cos 2) r = 1 + 6 5) r = 4.cos2 3) r = 3 + 2.sen Comprimento de arco em coordenadas polares O comprimento de arco da curva por r = f () entre = e = é dado por df)('fL 22 desde que f ’ exista e seja contínua no intervalo [,]. 10 Exercícios 1) Encontre o comprimento de arco de = 0 a = da cardióide r = 2.(1 - cos ). (Resp. L = 16 u.c.) 2) Determine o comprimento da espiral de equação r = e/2, de = 1 a = 2. (Resp. L 2,4 u.c.) Áreas em Coordenadas Polares Queremos encontrar a área A, da Figura delimitada pelas retas = e = e ela curva r = f (), que é dada por: df. 2 1 A 2 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Exercícios 1) Encontre a área da região limitada pela cardióide r = 2 + 2 cos. (Resp. A = 6 u.a.) 2) Encontre a área de uma pétala da rosácea dada por r = 3.cos3. (Resp. A 3 /4 u.a.) 3) Encontrar a área da região entre os laços interno e externo da limaçon r = 1 - 2.sen. (Resp. A 8,34 u.a.) 4) Encontre a área da região comum limitadas pelo círculo r = - 6.cos e pela cardióide r = 2- 2.cos. (Resp. A = 5 u.a.) 11 Comprimento de arco em coordenadas cartesianas Seja f uma função suave (f e sua derivada f ’ são contínuas) em [a,b]. O comprimento de arco do gráfico de f de A(a,f(a)) à B(b,f(b)) é dado por: b a 2 dxx'f1L Obs: Podem ocorrer situações em que a curva é dada por x = g(y) em vez de y = f(x). Neste caso, o comprimento do arco da curva de A(g(c),c) até B(g(d),d) é dado por: d c 2 dyy'g1L Exercícios 1) Encontre o comprimento de arco do gráfico de (y – 1)³ = x² no intervalo [0,8]. (Resp. L 9,0734 u.c.) 2) Encontre o comprimento de arco da curva y = x2/3 do ponto (1,1) a (8,4). (Resp. L 7,6 u.c.) 3) Encontre o comprimento do arco da curva 8y = x 4 + 2x -2 do ponto onde x = 1 ao ponto x = 2. (Resp. L = 33/16 u.c) 12 Comprimento de arco uma curva plana dada por suas Equações Paramétricas Vamos calcular o comprimento de arco de uma curva C, dada na forma paramétrica pelas equações. 10 t,tt),t(yy )t(xx onde x = x(t) e y = y(t) são contínuas com derivadas contínuas e x’(t) 0 para todo 10 t,tt Neste caso, conforme vimos, estas equações definem uma função y = f(x), cuja derivada é dada por . )t('x )t('y dx dy )x('f Segue então, através de uma substituição, que: 1 0 t t 2 b a 2 dt)t('x )t('x t'y 1dxx'f1L , onde t0 = a e t1 = b. Portanto, 1 0 t t 22 dtt'y)t('xL . Exercícios 1) Ache o comprimento de arco da curva paramétrica x = t³/3 e y = t²/2 no intervalo [0,1]. (Resp. L = (2.2 – 1)/3 0,61 u.c.) 2) Calcular o comprimento de arco da hipociclóide x = 2.sen³t e y = 2.cos³t. (Resp. L = 12 u.c.)
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