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RESUMO DAS AULAS DE CALCULO II Primitiva de uma função Dada a função f, definida num intervalo real, chamamos de primitiva de f à função g, tal que g’(x) = f(x). Assim, se f(x) = 2x então as funções: g(x) = x²; g(x) = 2x + 4; g(x) = 2x – 10, são algumas das primitivas de f. Devemos considerar que as diversas primitivas de uma função f, diferenciam-se por uma constante real. Assim, podemos estabelecer a família de primitivas de f como sendo g(x) = x² + c, onde c é um número real. Exemplo Calcule a primitiva das funções abaixo: a) f(x) = 3x² g(x) = x³ + c b) f(x) = senx g(x ) = cosx + c c) f(x) = x 1 g(x) = n x + c Integral Indefinida O processo pelo qual se determina a primitiva de uma função dada denominamos de Integral, assim, dada à primitiva f(x) + c de uma função F(x) a relação entre f e F é expressa por: CxfdxxF )()( , que se lê na parte esquerda, integral de F(x) com relação à x, igual a integral definida que é f(x) + C. Fórmulas de Integração; INTEGRAL IMEDIATA As principais funções têm suas integrais diretamente obtidas por meio das regras de derivação. Assim: 1. duu m = 1 1 m um + C 2. uducos = senx + C 3. xdxsen = - cosx + C 4. u du = n u + C 5. dua u = na au + C Exemplos: Questão 1. dxx 3 = 13 13 x = 4 4x + C Questão 2. xdcos = senx + c Questão 3. dx x2 = 2 2 n x + C Propriedades da integral definida Se f e g são funções contínuas e K um número real então: 1. dxxfk )(. = K. dxxf )( 2. dxxgf ))(( = dxxgdxxf )()( 3. dxxgf ))(( = dxxgdxxf )()( Exemplos: Questão 1. dxxx )13( 2 = dxxdxdxx 23 2 = Cx xx 2 2 3 3 23 Questão 2. dx x xx 2 23 35 = )35( 2xx = C x x x 3 5 2 2 Questão 3. dxx x ) 4 5( = x dx dxx 45 = Cnx n x 4 5 5 Questão 4. dxxe x )cos35( = 5 xdxdxe x cos3 = 5e x + 3 senx + C Questão 5. dxxx )( 2 = dxx 2 - dxx 2 1 = C xx 3 2 3 2 3 3 Questão 6. dxn x )5.3( = dxn x35 = 3 x . Cn 5 Questão 7. dxx 2)43( = dxxx )16249( 2 = 3x³ + 12x² + 16x + C Questão 8. dx x x 2)1( = dx x xx 2 1 221 = dxxxx )2( 2 3 2 1 2 1 = Logo substituindo os valores: dx x x 2)1( = 2x 21 + 2 3 3 4 x + Cx 2 5 5 2 INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO: VARÁVEIS AUXILIARES Em alguns casos para se encontrar a integral do tipo dxxf )( , torna-se conveniente, fazer uma substituição de variável. Por exemplo: seja calcular .)1(2 42 dxxx Fazendo u = (x² + 1), teremos x dx du 2 , onde du = 2xdx e. dx = x du 2 , substituindo-se na integral acima: x du ux 2 ..2 4 = duu 4 = 5 5u , fazendo a volta temos: dxxx )1(2 2 C x 5 )1( 52 . Exemplos: Questão 1. Calcular integral indefinida: dxx 9)5( Solução: fazendo u = x – 5 temos 1 dx du ou du = dx, substituindo-se: 10 10 9 uduu , então; C x dxx 10 )5( )5( 10 9 Questão 2. Calcular integral indefinida: dxxx 32 2 Solução: fazendo u = x² - 3, temos du = 2x dx dx = x du 2 então 32 2xx dx = x du ux 2 .2 = 3 .2 2 3 2 1 u duu = C x 3 )1(2 32 Questão 3. Calcular integral indefinida: dx x x 13 2 Solução : u = x³ - 1 du = 3x² dx dx = 23x du 2 2 3 . x du u x = u du 3 1 = nu 3 1 = Cxn )1( 3 1 3 Questão 4. Calcular integral indefinida: dxx x tgxdx cos sen Solução: u = cosx du = -senx dx dx = - x du sen )sen ( sen x du u x = - u du = - nu = - Cxn )(cos Questão 5. Calcular integral indefinida: dxxx 4 2 Solução : u = x² + 4 du = 2x dx dx = x du 2 x du ux 2 . = duu 2 1 2 1 = 2 3 . 2 1 2 3 u = 3 3u = C x 3 42 Questão 6. Calcular integral indefinida: dxx e x 2 1 Solução : u = x 1 du = - dx x2 1 dx = - x² du )( 2 2 dux x eu = - due u = - e u = - e x1 + C Questão 7. Calcular integral indefinida: dx e e x x 3)1( Solução : u = e 1x du = xe dx dx = xe du x x e du u e . 3 = duu 3 = - 22 1 u = - C ex 2)1(2 1 INTEGRAÇÃO POR PARTES Por definição , sabemos que se duas funções u e v são diferenciáveis então: d (uv) = u dv + v du ou u dv = d (uv) – v (du), onde : udv = u v - vdu Como foi mostrada a integração por partes se aplica no geral em funções expressas como produto de duas funções dadas. Assim, torna-se necessário à escolha minuciosa das partes u e dv, de modo a tornar a integral dada mais simples possível.Em geral podemos usar a regra L I A T E, indicando a ordem de escolha, sendo temos, Logaritmica, Inversa Trigonométrica, Algébrica, Trigonométrica e Exponencial Exemplos: Questão 1. dxxx .sen. Solução: Fazendo u = x, temos du = dx e dv = senx dx têm-se v = xdxsen v = - cosx Substituindo na fórmula udv = uv - vdu , temos : dxxx .sen = x.(-cosx) - dxx)cos( = -x cosx + xdxcos então: dxxx .sen. = -x cosx + senx + C Vale salientar que as escolhas de u e v foi bastante feliz, visto que recaímos em uma integral de solução simples. Para comprovar o fato, vejamos o caso em que a escolha fosse feita de outra forma: Fazendo u = senx temos du = cosx dx dv = x dx v = dxx. v = 2 2x Substituindo na fórmula udv = uv - vdu , temos: dxxx .sen. = senx. ( 2 2x ) - dx x x ) 2 .(cos 2 o que torna o cálculo da integral muito mais complexo. Questão 2. dxex x.. Solução: Fazendo u = x du = dx dv = e x dx v = dxe x v = e x , substituindo na fórmula: dxex x.. = x.e x - dxe x. = x.e x - e x = e x ( x – 1) + C INTEGRAL DEFINIDA Se f(x) é uma função tal que g(x) é uma primitiva então: Cxgdxxf )()( . A integral definida de f(x) num intervalo de limites a e b é a diferença g(b) – g(a) a qual indicamos por: b a dxxf )( = g(b) – g(a) Propriedades da integral definida Se f(x) e g(x) são funções contínuas no intervalo de integração [a , b] e c é uma constante qualquer, então: P1. b a b a dxxfcdxxcf )()( P2. b a b a b a dxxgdxxfdxxgxf )()()]()([ P3. b a c a b c dxxfdxxfdxxf )()()( para a < c < b P4. b a a b dxxfdxxf )()( TEOREMA FUNDAMENTAL DO CALCULO Se f(x) é uma função contínua no intervalo de integração [a, b] e se g(x) é uma primitiva dessa função, então: b a b a agbgxgdxxf )()()]()( Exemplos: Questão 1.Calcular a integral definida: 1 1 2.dxx Solução: 1 1 2dxx = 3 3x ] 1 1 = 33 ) 3 1 () 3 1 ( = 27 2 Questão 2. Calcular a integral definida: 1 0 2 1 2 dx x x Solução: Calculando a integral: Fazendo u = x² + 1 du = 2x dx dx = x du 2 1 0 2 2 x du u x = 1 0 u du = nu = )1( 2 xn ] 1 0 = 1)2( nn = 2n Questão 3. 1 1 32 )2( dxxx Solução: 1 1 32 )2( dxxx = [ 43 2 43 xx ] 1 1 = 4 1 3 2 4 1 3 2 = 3 4 APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA: CALCULO DE ÁREAS Dada à função f contínua em [ a , b ] e não negativa, a área A da figura abaixo é dada por A = b a dxxf )( f(x) a b A área A pode ser interpretada como a área limitada pela curva contínua y = f(x) , pelo eixo X e pelas retas x = a e x = b . Exemplos: Questão 1. Achar a área limitada pela curva y = x³ + 3x², pelo eixo X e pelas retas x = 0 e x = 2. Solução: A = 2 0 23 )3( dxxx A = [ 3 4 4 x x ] 2 0 = 12 u.a. 0 2 Questão 2. Achar a área limitada pela curva y = 6x + x² - x³, pelo eixo X no primeiro quadrante. Solução: A = 3 0 32 )6( dxxxx = 3 0 43 2 43 3 xx x 0 3 A = 4 4 3 3 33 43 2 - 4 0 3 0 03 43 2 Finalmente temos: A = 4 63 u.a. Questão 3. Calcular a área limitada pela curva y = - x² + 3x - 6, pelo eixo X, no intervalo [ 1 , 3 ]. 1 3 Solução: A = 3 1 2 )63( dxxx = 3 1 23 6 2 3 3 x xx Substituindo os valores, obtemos A = - 3 26 u.a. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE Na definição de área ficou estabelecido, na aula e por definição, que f(x) era uma função contínua e não negativa em [a, b]. Se f(x) é negativa em [a , b] , ou seja , se a curva está abaixo do eixo X, então, o valor de A = b a dxxf )( é negativo. Essas áreas são denominadas de áreas negativas. De um modo geral, se f(x) < 0 em [a , b] Então, b a Axf .)( . Dessa forma, no exemplo anterior o resultado da área será: A = - ( - 3 26 ) = 3 26 .u.a. É muito importante lembra que para o cálculo de áreas sob curvas é necessário o conhecimento do comportamento gráfico das funções, pois existem como nos exemplos 1 e 2, funções cujos gráficos situam-se abaixo e acima do eixo X. Assim, a área total absoluta entre uma curva, o eixo X em um intervalo [a, b] é: Área total = )()( ivasáreasnegativasáreasposit De um modo geral se f(x) 0 em [ a , c] e f(x) 0 em [c , b], Então, a área total absoluta é A = b a dxxf )( = c a b c dxxfdxxf )()( = A 1 - A 2 A 1 a c b A 2 A figura esquemática a ideia de um Área 1, Positiva e um Área 2, Negativas, Questão 4. Achar a área limitada pela curva y = senx , o eixo X em [0 , 2 ] Solução: Tomando como base o gráfico da função: 0 2 Temos: A = 2 0 sen xdx = 0 2 sensen xdxxdx = 2 0 coscos xx A = - (cos - cos0) +(cos 2 - cos ) = 2 + 2 = 4 u.a. Questão 5. Achar a área limitada pela curva y = 2x + x² - x³ , pelo eixo X e pela retas x = - 1 e x = 1. Solução: Gráfico ao lado mostra a forma da curva f(x): -1 0 1 A = - 0 1 32 )2( dxxxx + 1 0 32 )2( dxxxx Integrando temos A = - 0 1 43 2 43 xx x + 1 0 43 2 43 xx x Substituindo os limites de Integração temos: A = ) 12 5 ( 12 13 = 2 3 u.a. Observação: Repare que a primeira Área está sob a curva logo, por definição colocamos (-) antes da integral visando garantir o valor positivo da área a ser calculada. AREA ENTRE CURVAS: APLICAÇÃO Sejam f(x) e g(x) duas funções contínuas no intervalo [a , b], tais que 0 )()( xfxg para todo x do intervalo, então a área A da região compreendida entre os gráficos de f(x) e g(x) de x = a até x = b é dada por: A = b a dxxgxf )]()([ Exemplo: Questão 6. Achar a área limitada pelas curvas: y = x² e y = x. Solução: Achando os pontos de interseção das curvas: x² = x x² - x = 0 x’= 1 ou x’’ = 0 .......................................................................................... 0 1 Então a área entre as curvas fica definida pela integral A = 1 0 2)( dxxx = 1 0 32 32 xx = 6 1
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