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CCJ0037-WL-D-AMMA-13-Recurso de Apelação


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AULA Nº 12 – RECURSO DE APELAÇÃO. RECURSO ORDINÁRIO.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
AULA Nº 12 – RECURSO DE APELAÇÃO. RECURSO ORDINÁRIO.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
EMENTA
 RECURSO DE APELAÇÃO.
 RECURSO ORDINÁRIO.
AULA Nº 12 – RECURSO DE APELAÇÃO. RECURSO ORDINÁRIO.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
RECURSO DE APELAÇÃO
1.1. CONCEITO: é o recurso cabível para reformar ou anular
sentenças, sejam elas terminativas ou definitivas (art.
513 do CPC). Existem, porém, alguns casos duvidosos.
Alguns exemplos:
a) indeferimento parcial da petição inicial;
b) sentença proferida em processo envolvendo Estado
Estrangeiro e Município Brasileiro;
c) decisão que decide o incidente de impugnação a
gratuidade de justiça.
RECURSO DE APELAÇÃO
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O recurso de apelação deve conter os requisitos do art. 514 do
CPC, valendo ressalvar que é dispensável a qualificação das
partes se elas já tiverem sido qualificadas em outra peça
processual (usualmente na própria petição inicial).
Na prática forense, o que se constata é que o recurso de
apelação é apresentado através de duas peças: uma de
interposição e outra com as razões. Contudo, estas duas peças
poderiam vir condensadas em apenas uma. É que não se aplica
no CPC a regra existente no CPP, que admite que primeiro seja
protocolizada a petição de interposição de recurso (5 dias –
art. 593 do CPP) e que, posteriormente, seja dada entrada a
peça com as razões recursais (8 dias - art. 600, CPP).
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES
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A petição de interposição do recurso de apelação deve ser
dirigida ao juízo a quo, que verificará a admissibilidade
deste recurso. Esta decisão do recebimento do recurso não
preclui, isto é, não se torna imutável, sendo possível que
posteriormente o próprio juiz a reveja ou mesmo o Tribunal.
Se o juiz receber/conhecer o recurso de apelação, ele
deverá indicar os efeitos em que o recurso é recebido (art.
518, CPC). A regra é que o recurso deve ser recebido nos
efeitos devolutivo e suspensivo, exceto nas hipóteses do art.
520 do CPC (ou em outros casos como, por exemplo, o do
art. 1.184 do CPC), onde será recebido somente no efeito
devolutivo.
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Ao receber o recurso, o juiz também deve intimar a parte
contrária para contra-arrazoar no prazo de 15 dias (art.
518 CPC). Após a resposta do recorrido, o magistrado
novamente fará outro juízo de admissibilidade.
IMPORTANTE: atualmente o juiz pode deixar de receber
o recurso se a sentença estiver em conformidade com
súmula do STJ ou STF (art. 518, par. 1º, CPC).
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Chegando os autos ao Tribunal, será realizada a
distribuição do recurso a uma das Câmaras Cíveis ou
Turmas. Após, quando os autos já estiverem na
Câmara/Turma, será sorteado um relator. Este relator
possui os poderes do art. 557 do CPC. Assim, poderá o
relator negar seguimento ao recurso de apelação ou mesmo
dar provimento sozinho por meio de uma ato jurisdicional
denominado “decisão monocrática”.
PROCEDIMENTO NO TRIBUNAL
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O relator também faz um terceiro exame de
admissibilidade. Em seguida os autos seguirão para o
revisor, que é escolhido de acordo com o critério
estabelecido no art. 551, par. 1º, CPC. Após os autos
seguem para o Presidente da Câmara, que irá designar data
e hora para o julgamento do recurso (art. 552, CPC).
PROCEDIMENTO NO TRIBUNAL
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No dia do julgamento, o relator irá expor a causa para o
revisor e para o vogal (um terceiro desembargador), que
integram a Câmara ou Turma. É possível que os advogados
façam sustentação oral por, no máximo, 15 minutos (art.
554, CPC). Depois se inicia o julgamento. Se algum dos
desembargadores não se sentir habilitado para julgar, pode
pedir vista, por uma sessão (art. 555, parágrafo 2º, CPC). O
acórdão será redigido pelo desembargador que primeiro
proferiu o voto vencedor (art. 556, CPC) e deverá ser
publicado no órgão oficial dentro de 10 dias (art. 564, CPC).
Necessariamente o acordão deverá ter uma “ementa” (art.
563, CPC).
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Trata-se de um recurso cujo mérito é analisado
exclusivamente pelo STF ou pelo STJ e que, em alguns
aspectos (por exemplo, permite reapreciação de fatos e
provas), se assemelha ao de apelação. Suas hipóteses de
cabimento estão na CRFB-88 e no CPC (art. 539 e art. 540).
RECURSO ORDINÁRIO.
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EXERCÍCIOS!
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1ª questão. Cesar ajuíza ação de conhecimento em face de
um determinado Estado Estrangeiro, processo este que
tramita perante a Justiça Federal de 1a instância. A
sentença proferida julgou o pedido inteiramente
procedente. O demandado, diante deste revés, interpõe
recurso de apelação direcionado ao juízo monocrático, que
não foi recebido pelo magistrado com o único fundamento
de que já existe súmula de Tribunal Superior nos exatos
termos da sentença proferida. Indaga-se: agiu corretamente
o demandado ao se valer da apelação? Justifique a resposta.
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2ª questão. Sobre o recurso de apelação, assinale a assertiva
incorreta:
a) indeferida a petição inicial e interposto um recurso de
apelação, poderá o magistrado exercitar juízo de
retratação, alterando o teor de sua decisão anterior;
b) extinto o feito sem análise de mérito, poderá o tribunal,
dando provimento à apelação, julgar o mérito recursal,
desde que a causa esteja madura para julgamento;
c) o recurso de apelação será recebido nos seus efeitos
devolutivo e suspensivo, salvo exceções expressas em lei;
d) o recurso de apelação é cabível contra sentença
terminativa (art. 267, CPC) ou definitiva (art. 269, CPC).
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Fonte do texto:
HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso de Direito
Processual Civil, Vol. III, Recursos Cíveis & Outros Temas.
Niterói: Ed. Impetus.
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E ACABOU... ATÉ A PRÓXIMA SEMANA COM 
NOVAS LIÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
SUGESTÃO DE LEITURA: HARTMANN, RODOLFO KRONEMBERG. CURSO 
DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL, VOLS. I, II, III E IV, ED. IMPETUS.
OUTRAS INFORMAÇÕES: WWW.RODOLFOHARTMANN.COM.BR