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Max. Sorre

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Los fundamentos biológicos de la 
geografía humana. Ensayo de una 
ecología del hombre: Conclusión. 
Max. Sorre 
 
 
Camila Souza 
Carolina Schmidt 
Fernanda Victório 
Laura Oliveira 
Maíra Baltazar 
Raquel Lujan 
 
 
 
 
seminário de geografia 22/09/2015 
 
 
1. Introdução 
Max. Sorre (1880-1962), seguidor das ideias de Paul Vidal de la Blache, foi quem mais 
avançou as formulações do mestre, gerando uma proposta mais elaborada sobre as 
relações entre homem-natureza utilizando o conceito de “gênero de vida”, o qual 
exprimiria uma relação entre a população e os recursos em uma situação de equilíbrio, 
construída historicamente pelas sociedades. Sorre apresentou a idéia de que a Geografia 
deve estudar as formas pelas quais os homens organizam seu meio, entendendo o espaço 
como “a morada do homem”. O conceito central desenvolvido por Sorre foi o de habitat, 
uma porção do planeta vivenciada por uma comunidade que a organiza. O habitat é 
assim uma construção humana, uma humanização do meio, que expressa as múltiplas 
relações entre o homem e o ambiente que o envolve. À Geografia caberia estudar os 
gêneros de vida, os motivos de sua manutenção ou transformação, e sua difusão, com a 
formação dos domínios de civilização. 
Deve-se então, ter em vista as obras humanas sobre o espaço, isto é, as formas visíveis, 
criadas pelas sociedades, na sua relação histórica e cumulativa com os diferentes meios 
naturais. É partindo destes pressupostos que Max. Sorre mostra que a Geografia pode 
contribuir substancialmente na busca de evidências que caracterizem o processo de 
transmissão e proliferação das doenças infecto-contagiosas. Para isso, se fazem 
necessárias análises das relações ocorridas no plano ambiental, social e biológico e suas 
influências para a ocorrência de doenças. Com um ponto de vista interessante, Max. 
Sorre discorre acerca da inter-relação entre estes três planos ao afirmar que os seres 
humanos se relacionam com os seres vivos no ambiente em que está presente, sendo 
influenciado e influenciando, através da técnica, na formação de um complexo 
geográfico elementar. Dentre os vários tipos de complexos geográficos, trataremos de 
um em especial: o Complexo Patogênico, definido por Sorre como “uma associação de 
seres, com diversos graus de organização, cujo centro é o homem, que se ligam a ele 
por meio de parasitismo e cujas atividades se traduz nas doenças”. 
 
 
2. Les fondements biologiques de la géographie humaine 
Na perspectiva de Sorre, as relações entre o homem e o meio compreendem a ação da 
natureza (meio físico e biológico) sobre o homem, o autor estabelece inúmeros pontos 
de contato entre a geografia e as ciências sociais e biológicas. O texto Les fondements 
biologiques de la géographie humaine é iniciado com o conceito de que a forma de 
compreender as relações entre organismo humano e meio geográfico muda, 
progressivamente, à medida que o conhecimento do meio ambiente se aprofunda e há 
avanços na sapiência da fisiologia humana. Essa mudança, porém, ocorre de modo 
descontínuo, pois as conquistas do homem não avançam na mesma frequência dos 
elementos ainda desconhecidos. 
No âmbito geográfico tem sido buscado as características das condições fundamentais 
da constituição do espaço ocupado pelo homem na Terra, com única finalidade de 
mostrar que lugar ocupa, na sua definição, as relações do organismo com o ambiente 
climático e vivo. Porém , há um outro viés de estudo , no sentido da compreensão do 
homem com o meio, que possibilita abrirmos outras perspectivas sobre a geografia 
humana. 
Os métodos biológicos, os quais são baseados na observação na medida em que pode--
se praticar a experiência, são os mais eficazes para esse tipo de análise. Para tal fim 
seria necessário analisar, primeiramente, as exigências do corpo do homem, seu estado 
de saúde, a eficácia do seu esforço físico e mental, a flexibilidade das suas adaptações 
ao ambiente, pois esses dados são primordiais para buscar as condições da progressiva, 
conquista do globo e das razões para a grande variedade dos povos. 
As disposições mentais do homem mudam de acordo com o meio em que se inserem, 
levando em conta o complexo social, vivo e climático. A relação do homem com o clima 
pode por exemplo, resultar em mortalidade infantil, gravidez prematura e precariedade 
da saúde dos homens mais velhos. Para Y.M. Bloch, é uma grande ingenuidade fingir 
entender os homens sem saber como eles eram de saúde. Em suma, os homens foram 
permitidos como seu modo de vida, o momento histórico, o estado do meio geográfico. 
A ecologia atende às disposições mentais na medida que o meio e, também, em que 
intervém no ajuste da atividade geral ao meio. Ecologia serve disposições mentais, na 
medida em que reflete as características do meio e, como também envolvido na criação 
da atividade média geral. 
Para o autor, a noção central do livro é “ótimo”: valor de casa um dos elementos do 
ambiente para qual uma função determinada se realiza melhor. A doença é uma 
manifestação do indivíduo, os problemas de saúde são uma expressão do lugar, e assim 
sendo, entende-se os lugares como o resultado de uma acumulação de situações 
históricas, ambientais e sociais que promovem condições particulares para a produção 
de doenças. 
Como o modo de transmissão das doenças é igual em todo o mundo, podendo ser 
compreendido como um processo microbiológico e global; o que difere é como cada 
lugar previne, produz exposição, trata os doentes e promove a saúde. Compreendemos 
então que é justamente neste momento que a Geografia da Saúde tem seu papel de 
atuação, buscando entender e intervir sobre os problemas de saúde captando a 
complexidade das relações entre ambiente, sociedade e território. 
Para Sorre, após a Era Glacial, todo o tempo geológico posterior a essa era, pode 
denominar-se Era do Homem, devido a suas grandes descobertas e realizações. 
 O corpo humano possui uma capacidade de ser flexível para manter suas 
características, mas essa capacidade possui um limite. Limite este que são impostos 
pelas mudanças climáticas que podem ultrapassar a variabilidade suportada por todas 
espécies vivas, assim como a do homem. Sendo assim, o homem não seria capaz de 
habitar certas partes do globo. 
 O uso da exploração científica tem sido favorável para a expansão do território 
habitável pelo homem, assim também favorável para a sua uniformização. Nesse 
sentindo, a evolução é a diminuição das disparidades, não totalmente, de densidade 
entre as áreas habitadas e não habitadas. 
 O clima interfere diretamente na produção de alimentos, e assim como diz o autor, 
nada nos garante que seremos imunes a essa interferência causada pelas mudanças 
climáticas. Essa falha causada na produção de alimentos, acarreta na extinção de 
espécies, e por nenhum motivo deve-se acreditar que a humanidade escapará do 
“destino universal”. 
 A mudança constante de clima em que se vive, atualmente, colabora principalmente 
para o desenvolvimento de novas doenças desconhecidas anteriormente. O autor diz, 
que a soma dessas influências, mais o descaso do homem, desequilibrará a balança e o 
homem se encontrará no fim de sua era. O homem acredita, por muito, que está longe 
desse momento crítico que pode ser representado pelo desequilíbrio da balança. O 
homem, portanto, acredita e acompanha as novas descobertas biológicas que visam a 
luta pela existência, porém não dá a devida relevância as doenças desconhecidas à 
humanidade para as futuras gerações. 
 A média de vida vem aumentando consideravelmente após os processos de melhorias 
na questão de higiene e infraestrutura que garanta um nívelmelhor de saúde. Taxas, 
como a de mortalidade infantil, tiveram uma grande diminuição. Graças a notícias 
positivas como essa, as pessoas se “iludem” com a garantia de que não há o que temer 
à nossa espécie. Porém outras taxas, como a desnutrição, ou a precária alimentação, 
fazem os lembrar da “precariedade do nosso sucesso”. 
 Pode chegar um momento em que a Terra não baste para abrigar todos os indivíduos 
que nela habitariam, seria o caso de uma superlotação do ecúmeno. Porém, medidas de 
povos civilizados brancos, como a limitação dos nascimentos “não é universal nem 
necessária”. Para explicar o conceito complexo de uma superpopulação é necessário 
que haja a inicialmente o alívio da pressão demográfica, posteriormente outras medidas 
que garantam estado ótimo de habitação sejam tomadas. Essas medidas são importantes 
para o auxílio do geógrafo, que por meio delas consegue delimitar as realidades sociais 
e, para elas, encontrar soluções para problemas como a alimentação.

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