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TROCADORES DE CALOR DE PLACAS Capítulo 7 1 DE PLACAS 08/2017 Capítulo 7 7.1. Conceito 7.2. Estrutura 7.3. Componentes Mecânicos 2 7.4. Aplicações 7.5. Vantagens e Desvantagens 7.6. Considerações sobre o Projeto 7.7. Considerações sobre a Operação 7.8. Comportamento Termofluidodinâmico 7.1. Conceito Trocadores de calor de placas (Gasketed-plate heat exchangers, Plate and frame heat exchangers) 3 A superfície de transferência de calor nestetipo de equipamento é formada por um conjuntode placas metálicas corrugadas, onde as correntesde fluido escoam através dos canais formados peloespaçamento entre placas adjacentes. 7.2. Estrutura 4 Fonte: http://www.tranter.com/Pages/products/plate-heat-exchangers 7.2. Estrutura 5 Fonte:www.alfalaval.com 7.2. Estrutura 6 Fonte: Gut , 2003 7.2. Estrutura 7 Fonte: http://www.heatexchangesolutions.com/industrial-heat-exchanger.html http://instrumentations.blogspot.com.br/2010_10_01_archive.html 7.2. Estrutura 8 Fonte: http://www.tranter.com/Pages/products/plate-heat-exchangers 7.2. Estrutura 9 Placas térmicas(Thermal plates) 7.2. Estrutura 10 Placas terminais(End plates) 7.2. Estrutura Placa móvel / Cabeçote móvel (Pressure plate) 11 Placa fixa / Cabeçote fixo (Fixed frame) 7.2. Estrutura Barramento superior (Carrier bar) 12 Barramento inferior (Guide bar) 7.2. Estrutura 13 Coluna traseira (End support column) 7.2. Estrutura 14 Canais coletores 7.2. Estrutura Estrutura: 15 Fonte: GEA , 2006 Uma característica importante da estruturados trocadores de placas é a maior facilidade deabertura do trocador para acesso à área de troca 7.2. Estrutura 16 térmica, possibilitando assim a limpeza ou mesmoa substituição das placas. 7.2. Estrutura 17 Fonte: http://yzpanstar.en.made-in-china.com 7.2. Estrutura 18 Fonte: http://www.dantherm.com.br/prod_trocador_placas.htm http://www.wcr-regasketing.com/phe-efficiency.htm 7.2. Estrutura 19 Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=Hi2DG69ZjwQ&feature=related 7.3. Componentes Mecânicos Os principais componentes mecânicos dostrocadores de calor de placas podem serencontrados nas seguintes faixas de dimensões: 20 Largura da placa (m): até 1,1 Altura da placa (m): até 4,3 Número de placas: até 700 Área de uma placa (m2): 0,01 a 3,6 Área total de transferência (m2): até 2500 As placas para transferência de calorcorrespondem a placas metálicas corrugadas comespessura de 0,5 mm a 1,2 mm. 7.3.1. Placas 21 Estas placas são mantidas afastadas a umadistância de 2 mm a 5 mm, correspondendo a umdiâmetro equivalente do canal de escoamento de 4mm a 10 mm. As placas são em geral fabricadas em açoinox (316), entretanto deve-se estar atento que oaço inox é atacado quando na presença de cloretos. 7.3.1. Placas 22 Alternativamente, as placas também podemser fabricadas com outros materiais, e.g., cobre,alumínio, titânio, inconel, etc.). Aço carbono é raramente utilizado devido àsua baixa resistência à corrosão. 7.3.1. Placas 23 Fonte: www.gea.co.za 7.3.1. Placas 24 Fonte: Gut , 2003 Há uma variedade de modelos de placas deacordo com diferentes padrões de corrugação. As corrugações promovem turbulência no 7.3.1. Placas 25 As corrugações promovem turbulência noescoamento, aumentando desta forma oscoeficientes de transferência. As corrugaçõestambém contribuem para uma maior resistênciamecânica das placas. 7.3.1. Placas 26 Fonte: http://www.tranter.com/Pages/products/plate-heat-exchangers O padrão de corrugação mais comum échamado de Chevron ou herringbone (“espinha depeixe”). 7.3.1. Placas 27 peixe”). Outro padrão também utilizado com certafrequência corresponde às placas do tipointermating ou washboard (“tábua de lavar”). Placa corrugada tipo Chevron: 7.3.1. Placas 28Fonte: www.ittstandard.com/pdf/BRZBRO.PDF Placa corrugada tipo Intermating: 7.3.1. Placas 29Fonte: www.tmec.co/tmecadvisor_articles 7.3.1. Placas 30 Fonte: Gut , 2003 O direcionamento dos fluidos através doscanais de escoamento e a vedação para que nãohaja vazamentos são garantidos através dainserção adequada de gaxetas entre placas 7.3.1. Placas 31 inserção adequada de gaxetas entre placasadjacentes. Fonte: http://www.vikasrubber.com 7.3.1. Placas 32Fonte: http://www.busytrade.com 7.3.1. Placas 33Fonte: http://www.sz-promo.com/ 7.3.1. Placas 34Fonte: www.foodprocessing-technology.com 7.3.1. Placas 35 Fonte: http://ln-success.en.alibaba.com http://www.wassertech.net/content/view/15/51/lang,thai/ As placas podem ser organizadas dediferentes maneiras, propiciando váriasalternativas de número de passes para cada 7.3.1. Placas 36 alternativas de número de passes para cadacorrente (considera-se um passe quando umacorrente atravessa o trocador verticalmente). Por exemplo: 1/1, 2/2, 2/1, etc. 7.3.1. Placas Arranjo 1-1: 37Contracorrente 7.3.1. Placas Arranjo 1-1: 38Cocorrente 7.3.1. Placas Arranjo 2-2: 39 7.3.1. Placas Arranjo 2-1: 40 7.4. Aplicações Os trocadores de placas, tradicionalmenteutilizados nas indústrias de alimentos, têm ganhocada vez mais espaço na execução de diversosserviços em indústrias químicas e petroquímicas. 41 serviços em indústrias químicas e petroquímicas. Uma restrição importante ao seu uso consistena faixa de condições operacionais adequadas asua operação, limitada pela resistência das gaxetasa vazamentos. 7.4. Aplicações Em geral, pode-se estabelecer os seguinteslimites de severidade relativos às condiçõesoperacionais do serviço para utilização detrocadores de placas: 42 trocadores de placas: Pressão < 30 bar Temperatura < 180 ºC 7.4. Aplicações Os trocadores de placas são principalmenteutilizados para operações envolvendo líquidos, ouaté mesmo, condensação e vaporização. Seu 43 até mesmo, condensação e vaporização. Seuemprego é menos comum em serviços envolvendocorrentes gasosas. No caso de valores mais limitados de quedade pressão disponível, a utilização de trocadores deplacas também apresenta restrições. 7.4. Aplicações Alternativamente, há trocadores de calor deplacas soldadas ou semi-soldadas onde não há autilização de gaxetas (gasketless heat exchangers). 44 utilização de gaxetas (gasketless heat exchangers). Entretanto, nestes casos, não é possível abriro trocador para efetuar a limpeza mecânica dasplacas. Exemplos: Compabloc, Packinox, etc. 7.5. Vantagens e Desvantagens Em várias situações, os trocadores de placas,quando comparados a trocadores de calor casco-e- Investimento: 45 quando comparados a trocadores de calor casco-e-tubo, permitem executar um determinado serviçotérmico a um custo significativamente inferior. Em trocadores de calor de placas, é possívelalcançar valores de coeficientes de convecção atétrês vezes maiores que em trocadores de calor Desempenho térmico: 7.5. Vantagens e Desvantagens 46 três vezes maiores que em trocadores de calorcasco-e-tubo em condições equivalentes. Este desempenho privilegiado pode serexplicado pela turbulência promovida pelascorrugações no escoamento entre as placas,ausência de correntes de vazamento e diminutosvalores de diâmetro equivalente. Em função da sua alta efetividade, é possível Desempenho térmico: 7.5. Vantagens e Desvantagens 47 Em função da sua alta efetividade, é possívelutilizar trocadores de placas em serviços comapproaches significativamente pequenos, de até 2ºC. Através da inclusão ou retirada de placas, aárea de troca térmica pode ser facilmente Flexibilidade: 7.5. Vantagens e Desvantagens 48 área de troca térmica podeser facilmentemodificada. Os trocadores de calor de placas são maiscompactos, reduzindo sensivelmente o espaçoocupado em relação a uma determinada área de Espaço físico: 7.5. Vantagens e Desvantagens 49 ocupado em relação a uma determinada área detroca térmica ( m2/m3). Através da utilização de placas conectoras, épossível transferir calor entre três ou mais fluidos,abrindo a possibilidade de diminuição do númerode equipamentos térmicos necessários para aexecução de um determinado serviço. Os problemas de deposição são reduzidosatravés do uso de trocadores de placas (autoressugerem adotar resistências de depósito Deposição: 7.5. Vantagens e Desvantagens 50 sugerem adotar resistências de depósitoequivalentes a no máximo 20% dos valoresrelativos a trocadores casco-e-tubo). Este fato ocorre devido à alta turbulência,ausência de espaços mortos nos canais e baixotempo de residência dos fluidos no interior doequipamento. Entretanto, em correntes contendo materialem suspensão com partículas de maior diâmetro Deposição: 7.5. Vantagens e Desvantagens 51 em suspensão com partículas de maior diâmetropode ocorrer o bloqueio do canais de escoamento. Neste casos, pode ser útil a instalação dedispositivos para a eliminação destas partículasantes do trocador ou a adoção de placasespecialmente projetadas para lidar com este tipode material particulado. Caso seja necessário, é possível abrir otrocador e efetuar a limpeza em ambos os lados da Manutenção: 7.5. Vantagens e Desvantagens 52 trocador e efetuar a limpeza em ambos os lados dasuperfície de troca térmica. Placas danificadas também podem serfacilmente substituídas. Trocadores de calor de placas resistem a Integridade estrutural: 7.5. Vantagens e Desvantagens 53 Trocadores de calor de placas resistem achoques térmicos e não apresentam problemas devibração. Entretanto, podem ser prejudicados porvariações bruscas de pressão. Devido a restrições nas gaxetas, trocadores Limitação de uso: 7.5. Vantagens e Desvantagens 54 Devido a restrições nas gaxetas, trocadoresde placas não podem ser utilizados em condiçõesde operação mais severas. Trocadores de calor de placas implicam em Perda de carga: 7.5. Vantagens e Desvantagens 55 Trocadores de calor de placas implicam emvalores mais elevados de queda de pressão. A identificação de vazamentos devido a furos Vazamentos: 7.5. Vantagens e Desvantagens 56 A identificação de vazamentos devido a furosnas placas pode ser uma tarefa difícil. 7.6. Considerações sobre o Projeto As metodologias de cálculo mais rigorosassão mantidas em sigilo pelo fabricantes detrocadores de placas, não havendo interesse em sua 57 trocadores de placas, não havendo interesse em suadivulgação. Adicionalmente, os cálculos térmicos ehidráulicos envolvem correlações específicas paracada layout de placa. Desta forma, é comum basear odimensionamento deste tipo de unidade através de 7.6. Considerações sobre o Projeto 58 consultas a fabricantes ou a utilização de softwaresdisponibilizados pelos mesmos. Velocidade de escoamento nos canais: 0,4 m/s a 1,0 m/s 7.6. Considerações sobre o Projeto Velocidades de escoamento: 59 0,4 m/s a 1,0 m/s Velocidade de escoamento nos orifícios: < 20 ft/s 7.7. Considerações sobre a Operação Um trocador de calor pode sofrerproblemas operacionais que irão prejudicar odesempenho do equipamento. 60 desempenho do equipamento. A equipe de operação deve estar atentapara evitar que estes problemas ocorram e, casoseja verificada uma anormalidade, sejamtomadas as medidas corretivas necessárias. Como todo trocador de calor, a deposiçãopode prejudicar o desempenho de um trocador deplacas. Deposição: 7.7. Considerações sobre a Operação 61 placas. Fonte: http://ethanolproducer.com/articles/10440/efficiency-gains-possible-through-optimal-heat-transfer Devido à possibilidade de oclusão dos canais,recomenda-se na partida de um trocador de placasa instalação de um filtro provisório ou mesmo o Deposição: 7.7. Considerações sobre a Operação 62 a instalação de um filtro provisório ou mesmo oby-pass do equipamento. Fonte: http://www.syska.com/cms/docs/articles Deve-se proteger o trocador de picos depressão para se evitar danos às gaxetas, evitando- Picos de pressão: 7.7. Considerações sobre a Operação 63 pressão para se evitar danos às gaxetas, evitando-se variações de pressão superiores à 150 psi/min. Vazamentos em trocadores de calor de placaspodem ocorrer por diversas razões: - Problemas na fixação do flange; Vazamentos: 7.7. Considerações sobre a Operação 64 - Problemas na fixação do flange; - Aperto insuficiente do pacote de placas; - Gaxeta danificada, mal colada ou deslocada; - Material particulado junto à gaxeta; - Placa terminal furada; - Montagem errada, etc. Vazamentos: 7.7. Considerações sobre a Operação 65 Fonte: http://www.standard-xchange.com/Tools/Library/Upload/Project6/STD_%20X_%20Plateflow_Plate_and_Frame_Installation_Operation_Maintenance%20.pdf 7.8. Comportamento Termofluidodinâmico Nesta disciplina, vamos discutir umametodologia de cálculo baseada nos trabalhos deBond (1981) e Kumar (1984), válida para 66 Bond (1981) e Kumar (1984), válida paratrocadores com placas do tipo Chevron semmudança de fase. Ângulo Chevron (): 7.8.1. Parâmetros geométricos 67 Ângulo Chevron () Faixa: 25º a 65º Menores ângulos estão associados a maiores 7.8.1. Parâmetros geométricos 68 Menores ângulos estão associados a maiorescoeficientes de convecção e também maioresvalores de perda de carga. Ângulos maiores tem oefeito contrário. Uma alternativa possível empregada pelosfabricantes é combinar placas com diferentesângulos (e.g. 30º - 60º). Fator de ampliação (): Razão entre os comprimentos real e projetadoao longo das corrugações: 7.8.1. Parâmetros geométricos 69 Comprimento projetado Comprimento real = (Comprimento real / Comprimento projetado) 1,10 < < 1,25 = 1,17 (típico) Espaço médio dos canais (b): 7.8.1. Parâmetros geométricos A área de escoamento entre as placas segueum padrão complexo. Entretanto, esta pode serdescrita simplificadamente por um valor médio: 70 p (plate pitch)t (thickness) b = p – tChevron: O espaço médio dos canais de escoamento éequivalente à espessura das gaxetas quandocomprimidas no interior do trocador. descrita simplificadamente por um valor médio: Espaço médio dos canais (b): 7.8.1. Parâmetros geométricos Caso o espaçamento entre as placas não sejaconhecido, o mesmo pode ser estimado através dasdimensões do conjunto de placas. 71 total pack total totalpack N L N tNLb 1 dimensões do conjunto de placas. Largura efetiva da placa (w): 7.8.1. Parâmetros geométricos 72 w 7.8.1. Parâmetros geométricos Comprimento efetivo de troca térmica (L): 73 L 7.8.1. Parâmetros geométricos Comprimento efetivo do escoamento (Lp): 74 Lp Diâmetro equivalente (Deq): 7.8.1. Parâmetros geométricos w ceq P AD 4 bwAc )(2 wbP 75 wP )(2 wbPw )(2 4 wb bwDeq Em geral: w >> b bDeq 2 7.8.1. Parâmetros geométricos Área de troca térmica (Aproj e Areal): wLAproj Área projetada: 76 wLAproj Área projetada: Área real: wLAreal proj realA A 7.8.1. Parâmetros geométricos Área de escoamento (Ac): bwAc Área de escoamento por canal: 77 bwAc Área de escoamento por canal: 7.8.1. Parâmetros geométricos Número de placas: Relação entre o número de placas térmicas eo número total de placas: 78 o número total de placas: Relação entre o número de canais deescoamento e número totalde placas: 2 totalterm NN 1 totalchannel NN Dp 7.8.1. Parâmetros geométricos Diâmetro do orifício da placa (Dp): 79 Dp Correlação – Kumar (1984): 7.8.2. Coeficiente de convecção 80 17,033,0 )/(PrRe waCNu 7.8.2. Coeficiente de convecção Re C a 30º 10 0,718 0,349>10 0,348 0,663 45º 10 0,718 0,34910 - 100 0,400 0,598 >100 0,300 0,663 81 >100 0,300 0,663 50º < 20 0,630 0,33320 – 300 0,291 0,591 > 300 0,130 0,732 60º < 20 0,562 0,32620 – 400 0,306 0,529 > 400 0,108 0,703 65º < 20 0,562 0,32620 – 500 0,331 0,503 >500 0,087 0,718 Parâmetros: Perda de carga nas placas: 17,02 pp vLNfP 7.8.3. Perda de carga 82 2 wh pp g v D LNfg P Fator de atrito: zKf Re Kumar (1984) Re K z 30º 10 200 110-100 77,60 0,589 >100 11,96 0,183 45º 15 188 115 – 300 73,16 0,652 7.8.3. Perda de carga 83 15 – 300 73,16 0,652 >300 5,764 0,206 50º < 20 136 120 – 300 45 0,631 >300 3,088 0,161 60º < 40 96 140 – 400 12,96 0,457 > 400 3,04 0,215 65º < 50 96 150 – 500 11,2 0,451 >500 2,556 0,213 Parâmetros: Perda de carga nos orifícios da placa: vKNP 2 7.8.3. Perda de carga 84 g vKNg P p 2 onde Np é o número de passes, K = 1,3 e v é calculado de acordocom o diâmetro dos canais coletores. 7.8.4. Diferença de temperatura As placas podem ser organizadas paragarantir escoamento contracorrente. Neste caso, épossível utilizar o método LMTD nos cálculos 85 possível utilizar o método LMTD nos cálculostérmicos, adotando um fator de correção unitário. Para configurações diferentes, pode-seutilizar o método LMTD associado ao fator decorreção correspondente. 7.8.4. Diferença de temperatura Fator de correção 2 passes / 1 passe 86Fonte: Saunders , 1988 7.8.4. Diferença de temperatura Observação: A abordagem indicada para a determinaçãoda diferença média de temperatura só pode ser 87 da diferença média de temperatura só pode serutilizada se o número de canais por passe forsuperior a 20, quando os efeitos das extremidadesdo trocador e/ou da placa central em um arranjo2-2 tornam-se desprezíveis.
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