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Administração financeira e orçamentária[1]

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Administração Financeira 
e Orçamentária
STM
Conceitos e Princípios
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Conceitos e Princípios
Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes
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SUMÁRIO
Orçamento Público – STM ............................................................................4
1. Orçamento Público ..................................................................................8
1.1. Conceitos ............................................................................................8
Orçamento Autorizativo X Orçamento Impositivo ..........................................14
1.2. Princípios ..........................................................................................16
Legalidade ...............................................................................................17
Unidade ou Totalidade ...............................................................................19
Universalidade .........................................................................................20
Exclusividade ...........................................................................................22
Anualidade ou Periodicidade .......................................................................24
Orçamento Bruto ......................................................................................24
Discriminação ou Especialização .................................................................26
Não Afetação ou Não Vinculação .................................................................27
Equilíbrio .................................................................................................28
Uniformidade ...........................................................................................31
Clareza ...................................................................................................31
Publicidade ..............................................................................................31
2. Resumo da Aula....................................................................................33
3. Bibliografia ..........................................................................................36
Questões Comentadas em Aula ..................................................................37
Questões de Concurso ...............................................................................41
Gabarito ..................................................................................................47
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Conceitos e Princípios
Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes
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ALLAN MENDES
Servidor do Ministério Público da União (MPU), onde atua como Diretor Admi-
nistrativo e Financeiro do Programa de Saúde dos Membros e Servidores. Foi 
aprovado nas vagas no concurso de Auditor Interno do GDF – Planejamento 
e Orçamento. É graduado em Ciências Contábeis pela UNB e em Direito pela 
UPIS; pós-graduado em Contabilidade Pública na WPÓS e é mestrando em 
Direito pela Universidade Católica de Brasília. Foi Especialista no FNDE, onde 
atuava como Chefe da Divisão de Prestação de Contas de Convênios.
VINICIUS RIBEIRO
Analista Legislativo na Câmara dos Deputados, onde trabalha 
com as leis orçamentárias. Aprovado no concurso de Consultor de 
Orçamento na Câmara dos Deputados. Formado em Administração na 
Universidade Federal de Uberlândia. É autor do livro Administração para 
Concursos, publicado pela editora GEN. Professor de cursos online para 
concursos há 7 anos. Foi, ainda, Analista de Planejamento e Orçamento 
no Ministério do Planejamento; Analista Judiciário – Área Administrativa 
no CNJ e no STF; e Especialista no FNDE. Possui pós-graduação – MBA 
em Negócios Internacionais e Comércio Exterior na FGV.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Conceitos e Princípios
Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes
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Olá, pessoal, tudo bem com vocês? 
Se você estava procurando um excelente curso de Orçamento Público, que te 
prepare antecipadamente para trabalhar para o Tribunal Superior Militar, elaborado 
por quem já foi Analista Judiciário no CNJ e no STF, está aqui o seu curso!!!
ORÇAMENTO PÚBLICO – STM
Eu imagino que você esteja reunindo todo o material de estudo para o(s) con-
curso(s) pretendido(s). Sendo assim, é hora de fazer um planejamento realista 
dos estudos até o dia da prova. 
Calcule o tempo diário médio de estudos, reúna os materiais que vai utilizar 
e...
Comece!!!
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Conceitos e Princípios
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Os professores adoram colocar frases motivacionais nos seus cursos. Eu tenho 
uma particularidade: gosto de colocar algumas brincadeiras para quebrar o gelo. ☺
Agora vamos ao que interessa!!!
Programação do Curso
Aulas Conteúdo
1 2 Orçamento: conceito, princípios, orçamento-programa.
2 2 Orçamento: elaboração e aprovação.
3 8 Noções de receitas públicas. 
4
3 Despesa pública: fases, condições essenciais para o seu cumpri-
mento. 4 Empenho: classificação e distinção, restos a pagar, despesas 
de exercícios anteriores. 6 Unidade orçamentária. 7 Unidade adminis-
trativa. 1 Lei n. 4.320/1964. 5 Ordenador de despesas. 
5
9 Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000): 
receita pública, despesa pública, transparência, controle e fiscalização. 
O foco deste curso, ministrado em 05 aulas, é capacitá-los para resolver a pro-
va de Orçamento Público do STM. 
Sabe de nada,
 inocente!!!
Fala, papito, vamos pra night!!! 
Esse lance de estudar para con-
curso é uma perda de tempo!!!
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Conceitos e Princípios
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Meu objetivo aqui é fazer com que vocês acertem as questões dessa disciplina 
e que isso contribua para a sua aprovação no concurso.
Esse curso de teoria e exercícios comentados tem como foco a última banca do 
concurso:
Praticaremos várias questões para que vocês fiquem craque na banca CESPE!
Estudar de forma correta é fundamental. O candidato precisa ser organizado, 
traçar metas realistas e cumpri-las. Depois é só fazer a prova e esperar a sua 
medalha, que, na verdade, é um belo crachá!!!
Muitos alunos me questionam sobre a necessidade de leituras complementares.
A minha resposta é: depende do nível e da disponibilidade de cada um. O edital 
será todo abordado em nossas aulas. De qualquer forma, ao final da aula, cita-
rei a bibliografia básica utilizada.
Aprofundando ou não em livros, é fundamental que o aluno diversifique seus 
estudos com asoutras matérias do certame. 
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É essencial que o candidato não deixe de lado aquela matéria que ele possui um 
conhecimento prévio, mas que ainda não necessário para gabaritar. 
Opte por estudar aproximadamente três matérias (direito, português, orça-
mento público, por exemplo) ao longo do dia. No outro dia, outras três, e assim 
por diante. Dessa maneira, você verá um pouco de todas as matérias do edital em 
poucos dias, deixando sempre a cabeça fresquinha com os mais variados conhe-
cimentos.
A estrutura da aula será a seguinte: exposição da teoria combinada com 
resolução de questões.
Ao final da aula, coloco mais questões para vocês praticarem!
O fórum de dúvidas é um importante mecanismo de aprendizado e de va-
lorização do aluno. À medida que as perguntas são feitas, vou respondendo con-
forme ordem de postagem. 
As perguntas são respondidas em um prazo médio de 3 dias úteis.
Antes de começar, dê uma passadinha no meu Facebook e no meu Instagram! 
Esses são outros canais de comunicação que podemos ter.
 @professorviniciusribeiro
 www.facebook.com/ProfessorViniciusRibeiro
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Conceitos e Princípios
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1. Orçamento Público
1.1. Conceitos
O orçamento público pode ser entendido como um conjunto de informações que 
evidenciam as ações governamentais, capaz de ligar os sistemas de planejamento 
e finanças. Trata-se de um documento em que são previstas (estimadas) as recei-
tas e fixadas as despesas.
Atualmente, podemos elencar as seguintes funções/dimensões do orçamento 
público: 
• Política: representa o embate entre as diversas forças políticas presentes na 
sociedade; 
• Planejamento: orienta a ação do Estado no longo prazo;
• Jurídica: lei formal aprovada pelo Poder Legislativo;
• Gerencial: administração, controle e a avaliação dos recursos utilizados;
• Financeira: estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por 
meio da arrecadação de tributos, bem como da saída de recursos provocada 
pelos gastos governamentais;
• Econômica: instrumento de cumprimento das funções econômicas do Esta-
do. Alocativa, distributiva e estabilizadora. 
1. (CESPE/MDIC/2014) A função política do orçamento diz respeito ao estabeleci-
mento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio da arrecadação de tribu-
tos, bem como da saída de recursos provocada pelos gastos governamentais.1
1 Errado.
 A função de estabelecer o fluxo de entrada de recursos obtidos por meio da arrecadação de tributos, bem 
como da saída de recursos provocada pelos gastos governamentais, é a Financeira, não a Política.
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Conceitos e Princípios
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O conceito e a utilização do orçamento público vêm evoluindo juntamente com a 
própria história da sociedade. Inicialmente, o orçamento surgiu na Inglaterra como 
um instrumento de controle do Poder Legislativo sobre os gastos do Poder Execu-
tivo, fruto das conquistas da classe burguesa em contraposição ao absolutismo, 
cabendo ao soberano a autorização para realizar as despesas estatais. 
Esse orçamento era chamado de ORÇAMENTO TRADICIONAL ou CLÁSSICO, 
cuja principal preocupação era relacionada a questões tributárias, deixando de lado 
aspectos sociais e econômicos. O foco do orçamento tradicional era no objeto 
do gasto, sendo as despesas classificadas apenas por unidades adminis-
trativas ou itens de despesa.
Para a prova, lembre-se que o orçamento tradicional ou clássico era ape-
nas uma peça para controle dos gastos públicos.
No pós-guerra (segunda guerra mundial), surge uma nova fase de atuação do 
Estado. À medida que a sociedade exigia um Estado provedor de serviços públi-
cos, a importância e os objetivos do orçamento foram evoluindo. A fase seguinte 
ao orçamento tradicional foi o ORÇAMENTO DESEMPENHO ou ORÇAMENTO DE 
REALIZAÇÕES ou ORÇAMENTO FUNCIONAL, em que os gastos governamentais 
eram voltados para o cumprimento de metas preestabelecidas, no intuito de alcan-
çar resultados específicos. 
Mero instrumento contábil;
Preocupação exclusiva com gastos (foco no objeto do gasto);
Despesas classificadas apenas por unidades administrativas ou itens de despesa.
Orçamento Tradicional
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Esse modelo de orçamento representou uma evolução do orçamento tradicio-
nal, pois além de apresentar o objeto do gasto – como o orçamento tradicional 
–, dispunha de uma nova dimensão: o programa de trabalho, que tinha a 
finalidade de avaliar o desempenho das ações do governo.
Contudo, muita atenção! Apesar de nessa fase haver a preocupação em atingir 
resultados, ainda não havia a preocupação com o planejamento governamental.
A primeira experiência de ligação do orçamento com o planejamento Estatal 
ocorreu nos Estados Unidos na década de 60, conhecido como Planning Program-
ming and Budgeting System (PPBS). Contudo, sua operacionalização e implemen-
tação se mostraram árduas, tendo em vista a carência de pessoal qualificado e a 
resistência dos envolvidos para a sua aceitação.
Fruto da experiência adquirida ao longo dos anos, foi sendo desenvolvida uma 
nova forma de orçamento: o ORÇAMENTO-PROGRAMA, que se caracteriza como 
instrumento de ligação entre o planejamento e a execução (acompanhamento/ 
controle) da ação governamental.
É o modelo em vigor no Brasil. Ponto característico desse tipo de orçamento é 
a sua vinculação direta com o Planejamento Governamental. Como o próprio nome 
nos indica, no Orçamento-Programa o foco está nos programas de governo, nos 
projetos e atividades necessários para atingir as metas pretendidas. 
Com base nessa característica, o orçamento-programa ultrapassa a fronteira 
do orçamento como um simples documento financeiro, aumentando seu escopo de 
atuação. O orçamento passa a ser um instrumento de operacionalização das dire-
trizes, objetivos e metas do governo.
Os objetivos do orçamento-programa podem ser classificados em finais e 
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Conceitos e Princípios
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derivados:
Derivados
“Apenas” contribuem para o alcance dos objetivos finais. Esses objetivos demons-
tram quantitativamente os propósitos específicos (mecanismos) de governo.
Finais
Representam as finalidades da ação governamental. Esses objetivos demons-
tram uma avaliação qualitativa dos propósitos de governo.
Fique atento(a) à diferença entre o orçamento desempenho e o orçamento-pro-
grama. Já foi questionado em prova qual seria o orçamento com preocupação princi-
pal no resultado dos gastos, sem vinculação com o instrumento central do governo. 
Nesse caso, não se confunda, trata-se do orçamento desempenho, pois, conforme 
já vimos, o orçamento-programa se vincula ao instrumento central de planejamento 
do Governo. 
A Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) e as Nações Unidas (ONU) 
orientam a utilização do orçamento-programa. Apesar de se assemelhar aos crité-
rios estabelecidos pela CEPAL, o orçamento praticado no Brasil não segue à risca 
esse modelo.
2. (CESPE/SEDF/2017) Criado no Brasil pelo Decreto-lei n. 200/1967, o orçamento-
-programa foi concebido como instrumento de planejamento, de gerenciamento e de 
controle dos recursos da administração pública, de forma a aperfeiçoar o cumprimento 
dos objetivos previamente estabelecidos. Nesse sentido, as necessidades financeiras 
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das unidades organizacionais deverão ser priorizadas na elaboração do orçamento.2
3. (CESPE/SEDF/2017) A técnica do orçamento-programa é aquela cuja ênfase 
reside no controle contábil do gasto em si, não se preocupando com os objetivos 
econômicos e sociais do gasto público.3
4. (CESPE/DPU/2016) O orçamento tradicional ou clássico adotava linguagem con-
tábil-financeira e se caracterizava como um documento de previsão de receita e 
de autorização de despesas, sem a preocupação de planejamento das ações do 
governo.4
5. (CESPE/TRT-8ª/2016) Acerca do orçamento-programa, assinale a opção correta.
a) A adoção do orçamento-programa no Brasil não representou grandes avanços 
em relação aos sistemas orçamentários anteriores, devido à ausência de indicado-
res para medição de resultado dos programas.
b) O orçamento-programa tem como um de seus objetivos incrementar financeira-
mente o orçamento de um exercício para o outro.
c) Um orçamento cuja ênfase esteja voltada mais às realizações de um governo do 
que às suas aquisições possui características de orçamento-programa.
d) No orçamento-programa, as decisões orçamentárias estão diretamente relacio-
nadas às necessidades financeiras dos entes da administração pública.
2 Errado.
 No orçamento programa, deve-se priorizar as metas e objetivos estabelecidos no planejamento Estatal, tra-
duzidos nas ações e programas estatais. O foco nos gastos das unidades é uma característica do orçamento 
tradicional.
3 Errado.
 Nada disso! Novamente o examinador apresenta características do orçamento tradicional como sendo do 
orçamento-programa.
4 Certo.
 O orçamento tradicional se propunha apenas a controlar a previsão de receita e a autorização de despesas 
do Governo.
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e) O principal critério de classificação orçamentária previsto no orçamento-progra-
ma corresponde às unidades administrativas.5
Outro tipo de orçamento frequentemente cobrado em provas é o ORÇAMENTO 
BASE-ZERO (OBZ) ou POR ESTRATÉGIA. Nessa forma de orçamento, todos os 
valores consignados no orçamento antecedente devem ser revistos. Nenhum pro-
grama tem continuidade garantida. Todos os programas devem ser revistos a partir 
da análise de sua permanência. Assim, como o próprio nome diz, partindo-se do 
zero para construção de um novo orçamento.
Esse tipo de orçamento possui alguns entraves para sua implementação, en-
tre eles, a resistência imposta pela burocracia, quando avaliada a eficácia de seus 
programas, e a dificuldade em conciliar esse tipo de orçamento com uma visão de 
planejamento de longo prazo.
Em oposição ao OBZ, há o ORÇAMENTO INCREMENTAL. Esse orçamento fun-
ciona assim: em um determinado ano são arroladas as despesas e as receitas; no 
próximo exercício, é feita apenas a correção/atualização dos valores, mantendo-se 
a base do ano anterior. 
Por fim, um novo modelo que vem tomando força: o ORÇAMENTO PARTI-
CIPATIVO, que convoca os cidadãos a participarem da etapa de formulação do 
orçamento. Atenção para o fato de que não serão usurpadas a competência do Exe-
cutivo para apresentar o Projeto, nem a competência do Legislativo para aprová-lo. 
O que acontece apenas é o chamamento da população para, junto ao Poder 
Executivo, estabelecer as prioridades do Orçamento. Atualmente, essa experiência 
5 Letra c.
 O orçamento-programa caracterizou um grande avanço na administração das finanças do Estado. A partir 
dele, o orçamento passou a ser um instrumento de gestão do governo diretamente ligado ao planejamento 
e objetivos estatais (realizações). 
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pode ser observada em alguns municípios brasileiros (Porto Alegre e Belo Hori-
zonte, por exemplo). No âmbito federal, houve uma tentativa na Lei Orçamentária 
Anual de 2012 (LOA/2012) de adotar emendas de iniciativa popular. No entanto, 
não foi uma experiência bem-sucedida.
O orçamento participativo requer mobilização social. Além disso, o governo deve 
ter discricionariedade para alocar os recursos e atender aos anseios da sociedade. 
O que isso quer dizer? Se o governo tiver vinculações orçamentárias, ele não pode-
rá adequar os gastos para resolver problemas da população. 
Vale dizer que o orçamento atual é cheio de vinculações orçamentárias que im-
pedem essa discricionariedade. Cerca de 90% do orçamento da União é vinculado.
6. (CESPE/ANTAQ/2014) O orçamento base-zero é utilizado como um método que 
define objetivos com vistas à otimização do custo-benefício, entretanto a sua adoção 
prejudica a adequada vinculação do orçamento ao planejamento de longo prazo.6
Orçamento Autorizativo X Orçamento Impositivo
No Brasil, temos um orçamento autorizativo. Significa dizer que há apenas au-
torização para realização das despesas, conferindo margem de discricionariedade 
ao gestor para executá-las.
No entanto, com a recente promulgação da Emenda à Constituição n. 86/2015, 
tornou-se obrigatória a execução orçamentária/financeira das programações oriun-
6 Certo.
 A característica de questionar os gastos públicos anualmente, principalmente em relação ao custo-benefício, 
acaba prejudicando a vinculação com o planejamento de longo prazo, pois alguns desses gastos só trarão 
benefícios no futuro.
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das das emendas individuais de deputados e senadores, o que conferiu caráter 
impositivo para essas despesas.
Mas o que são essas emendas individuais?
São emendas propostas pelos deputados e senadores. No Congresso, quando a 
peça orçamentária está sendo analisada, são previstas as seguintes modalidades 
de emenda:
• Emendas Coletivas de Bancada Estadual, elaboradas pelos deputados e 
senadores de cada unidade da federação;
• Emendas Coletivas de Comissão, elaboradas pelas diversas comissões exis-
tentes na Câmara e no Senado;
• Emendas Individuais, que cada parlamentar (deputados e senadores) tem 
direito de propor ao projeto.
Então, meus caros, a alteração constitucional atinge somente essa última mo-
dalidade, ok?
As emendas deverão ser feitas até o limite de 1,2% da Receita Corrente 
Líquida (RCL) prevista no PLOA, sendo que metade desse percentual deve ser 
destinado às ações e serviços públicos de saúde, vedada a destinação para paga-
mento de pessoal ou encargos sociais, ou seja, o valor deve ser destinado a inves-
timentos na área da saúde. Após a aprovação do PLOA, as emendas parlamentares 
deverão ser obrigatoriamente executadas até o limite de 1,2% da RCL do exer-
cício anterior.
Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento desse 
percentual, mas, nesse caso, o limite será de 0,6% da RCL do ano anterior.
Apesar da obrigatoriedade, vale relembrar que as emendas individuais poderão 
ter suas execuções limitadas (assim como acontece com as demais despesas dis-
cricionárias) caso se verifique que a reestimativa da receita e da despesa poderá 
resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na LDO.
Além dessa limitação, a emenda individual perderá sua obrigatoriedade de exe-
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cução caso se verifique um impedimento de ordem técnica. Nesses casos, remane-
jamentos de programação podem ser feitos, conforme esquema abaixo:
Finalizando esse tópico sobre conceitos, a doutrina ainda divide o orçamento 
em três tipos, dependendo dos Poderes que participam da elaboração, aprovação 
e execução deste:
Orçamento 
Legislativo
o Poder Legislativo é responsável pela elaboração, a votação e o controle do 
orçamento, cabendo ao Poder Executivo apenas a execução. Ex: CF 1891.
Orçamento
Executivo
o Poder Executivo é responsável pela elaboração, a votação, o controle e a exe-
cução do orçamento. Ex: CF 1937.
Orçamento
Misto
o Poder Executivo é responsável pela elaboração e a execução, enquanto a vo-
tação e controle são responsabilidades do Poder Legislativo. Trata-se do modelo 
adotado pela nossa Constituição Federal de 1988.
O Brasil já utilizou o orçamento legislativo, o executivo e o misto ao longo de sua 
história!
7. (CESPE/TC-DF/2014) Denomina-se orçamento misto o orçamento público elabo-
rado pelo Poder Executivo e que preveja que parte dos recursos seja executada por 
empresas do setor privado.7
1.2. Princípios
O orçamento público tem princípios que regem sua elaboração e controle. Es-
7 Errado.
 Não é esse o conceito. No orçamento misto, a elaboração e execução do orçamento ficam a cargo do Poder 
Executivo.
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ses princípios orçamentários são regras que norteiam o processo de elaboração, 
aprovação, execução e controle do orçamento, encontrados na Constituição, na 
doutrina e em legislação infraconstitucional, principalmente na Lei n. 4.320/1964.
A Lei n. 4.320/1964, abaixo da Constituição, é um dos principais instrumentos 
legislativos sobre orçamento e contabilidade pública. Essa lei estatui normas ge-
rais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da 
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. 
Muita atenção a cada detalhe, pois em muitos casos as questões pedem apenas 
que o candidato correlacione o nome de cada princípio com suas características.
Legalidade
O art. 5º da CF/88 consigna que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de 
fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
No caso do setor público, o gestor só pode fazer aquilo que está na lei. Isso vale 
também para a matéria orçamentária. Diante desse fato, justifica-se a existência 
das leis orçamentárias: PPA (Plano Plurianual), LDO (Lei de Diretrizes Orçamentá-
rias) e LOA (Lei Orçamentária Anual).
O orçamento é uma de Lei Ordinária, aprovada pelo Poder Legislativo, sob rito 
especial, com iniciativa exclusiva de apresentação do Projeto pelo Chefe do Poder 
Executivo. Apesar de ser uma lei ordinária, o orçamento público não cria nem gera 
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direitos e deveres, não inovando na ordem jurídica. Dessa forma, materialmente, o 
Orçamento Público é considerado uma lei de efeitos concretos, logo, com natureza 
de ato administrativo. 
Podemos, então, dar as seguintes características para a lei orçamentária: 
Há duas correntes doutrinárias sobre a natureza da lei orçamentária, uma defen-
de que essa tem apenas forma de lei, mas conteúdo de ato administrativo (Mayer); 
outra corrente classifica a lei orçamentária como lei material, emanada do Poder 
Legislativo no exercício de suas funções (Hoennel).
Prestem atenção! Apesar do fato de ser uma lei formal, isso não impede o con-
trole abstrato de constitucionalidade sobre as normas orçamentárias, conforme ju-
Formalmente o orçamento é uma lei, mas, conforme vimos acima, em 
vários casos ela não obriga o Poder Público, que pode, por exemplo, 
deixar de realizar uma despesa autorizada pelo legislativo. Dizemos, 
portanto, que o orçamento é uma lei apenas formal, pois diversas vezes 
deixa de possuir uma característica essencial das leis: a coercibilidade.
É uma Lei Formal
Todas as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são leis ordinárias.
Lei Ordinária
A lei orçamentária tem vigência limitada (um ano).
Lei Temporária
Possui processo legislativo diferenciado e trata de matéria específica.
Lei Especial
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risprudência atual do Supremo Tribunal Federal (STF). Esse tema é mais facilmente 
observado na matéria de Direito Constitucional, mas é bom ficar atento(a), uma 
vez que tem sido cobrado em provas!
8. (CESPE/MPU/2013) A corrente doutrinária que tem como base os estudos de 
Mayer adota o critério de classificação das leis de acordo com seu conteúdo jurídi-
co, e não segundo o órgão de onde emanam. Assim, entende essa corrente que o 
orçamento apresenta extrinsecamente a forma de uma lei, mas seu conteúdo é de 
mero ato administrativo.8
Unidade ou Totalidade
O orçamento deve ser uno (uma só peça), assim, não poderão coexistir dife-
rentes orçamentos para um mesmo ente da federação. Esse princípio busca evitar 
a proliferação de orçamentos paralelos em um mesmo ente da federação, determi-
nando que haja um só orçamento.
De acordo com o art. 165 da Constituição, a Lei Orçamentária Anual será 
composta pelo orçamento fiscal, pelo orçamento da seguridade social e 
pelo orçamento de investimento de empresas. 
Art. 165.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades 
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder 
Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamen-
te, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela 
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações insti-
tuídos e mantidos pelo Poder Público.
8 Certo.
 Há duas correntes doutrinárias sobre a natureza da lei orçamentária, uma defende que essa tem apenas 
forma de Lei, mas conteúdo de ato administrativo (Mayer); e outra corrente classifica a lei orçamentária 
como lei material, emanada do Poder Legislativo no exercício de suas funções (Hoennel).
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Fiscal
Representa todas as receitas e despesas de fundos, órgãos da administração 
direta e indireta, que necessitam desses recursos para manutenção de suas 
atividades.
Seguridade
Social
Envolve os mesmos órgãos do orçamento fiscal, contudo, refere-se às des-
pesas e receitas vinculadas à seguridade social, compreendendo saúde, pre-
vidência e assistência social.
Investimento 
de empresas
Compreende os valores transferidos para as empresas em que a União, dire-
ta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, 
que não pertençam ao orçamento Fiscal e da Seguridade Social.
A despeito da existência desses orçamentos, esse fato não representa exceção 
ou quebra do princípio da unidade, pois a peça orçamentária está unificada em um 
único documento, atendendo ao comando principiológico. Inclusive, esse princípio 
pode vir definido como Princípio da Totalidade, no sentido da coexistência de múl-
tiplos orçamentos que devem ser consolidados em uma só Lei Orçamentária Anual.
9. (CESPE/INPI/2013) Para permitir que haja maior controle nos gastos públicos, 
o princípio da unidade propõe que os orçamentos de todos os entes federados 
(União, estados e municípios) sejam reunidos em uma única peça orçamentária, 
que assume a função de orçamento nacional unificado.9
Universalidade
Determina que a Lei Orçamentária Anual compreenderá todas as despesas e 
receitas, inclusive as provenientes de operações de crédito, referentes a todos os 
Poderes do Ente da Federação (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), seus 
9 Errado.
 O Princípio da Unidade determina que cada ente da federação (União, Estados e Municípios) possua um orça-
mento uno, e não que deverá haver um orçamento consolidado de todos esses entes. Assim, cada ente tem 
que ter seu próprio orçamento.
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fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta.
Esse princípio não se aplica às operações de crédito por antecipação de receita, 
às emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo 
financeiro.
Operações de Crédito são compromissos financeiros em razão de empréstimo 
(mútuo), abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada 
de bens, recebimento antecipado de valores oriundos de vendas com forneci-
mento parcelado etc.
Esse princípio está previsto na Constituição Federal e nos artigos 3º e 4º da Lei 
n. 4.320/1964:
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações 
de crédito autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por 
antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, 
no ativo e passivo financeiros.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do 
Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam reali-
zar, observado o disposto no artigo 2º.
Diferentemente das operações de crédito, que se originam de obrigações assumi-
das pelo Estado em razão de um recurso disponibilizado por terceiros, as operações 
de crédito por antecipação de receita tratam de um mecanismo de execução de 
despesas do Estado, que, prevendo a realização de uma receita, já realiza o res-
pectivo gasto. Logo, a necessidade do tratamento diferenciado.
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Perceba que a universalidade não tem nada a ver com o princípio da totalidade 
(unidade). Em algumas questões de prova o examinador tenta confundir o candida-
to quanto aos princípios da unidade e da universalidade. Por isso, fique atento(a): 
quando a questão versar sobre a apresentação de todas as receitas e despesas, 
trata-se do princípio da universalidade.
10. (CESPE/DPU/2016) De acordo com o princípio da universalidade orçamentária, 
cada unidade orçamentária deve possuir apenas um orçamento.10
Exclusividade
A lei orçamentária anual não deve conter dispositivo estranho à previsão da 
receita e fixação da despesa, com exceção da autorização para a abertura de 
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, inclusive as de an-
tecipação de receita. 
Esse princípio busca evitar que matérias diversas ao orçamento sejam tratadas 
nessa lei e, da mesma forma, que normas sobre orçamento constem em dispo-
sitivos com outras finalidades, ou seja, as leis orçamentárias devem ser tratadas 
especificamente.
A ideia, como bem cita o Consultor de Orçamentos da Câmara dos Deputados, 
Eber Zoehler Santa Helena, é evitar a existência de caudas e rabilongos, como a 
inclusão em lei orçamentáriade procedimentos de ação de desquite! Tem base? 
Pois fique sabendo isso já ocorreu. Veja as denominações das “caudas” em outros 
países: tackings (Inglaterra), riders (EUA), bepckung (Alemanha) e cavaliers bud-
getaries (França).
10 Errado.
 De acordo com o princípio da universalidade todas as receitas e despesas do Estado devem estar consigna-
das na lei orçamentária anual.
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Sobre as autorizações que poderão constar do Orçamento, o artigo 7º da Lei n. 
4.320/1964 dispõe:
Art. 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições 
do artigo 43;
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por anteci-
pação da receita, para atender a insuficiências de caixa.
§ 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder 
Executivo fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura.
§ 2º O produto estimado de operações de crédito e de alienação de bens imóveis so-
mente se incluirá na receita quando umas e outras forem especificamente autorizadas 
pelo Poder Legislativo em forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo reali-
zá-las no exercício.
§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no tocante a opera-
ções de crédito, poderá constar da própria Lei de Orçamento.
11. (CESPE/SEDF/2017) Com a finalidade de evitar a existência de orçamentos 
paralelos no âmbito da mesma pessoa política, foi criado o princípio orçamentário 
da exclusividade, o qual determina a realização de um único orçamento. Assim, 
conforme esse princípio, o orçamento deve ser uno para cada ente federado, não 
cabendo a existência de múltiplos orçamentos para o mesmo ente.11
12. (CESPE/TRT-2ª/2014) A inclusão de dispositivos que autorizam a criação de 
cargos públicos na Lei Orçamentária Anual é vedada porque fere o princípio orça-
mentário 
a) da exclusividade.
b) da unidade.
c) da universalidade.
d) do orçamento bruto.
11 Errado.
 Alto lá! Princípio da exclusividade? Nada disso! É o princípio da unidade/totalidade.
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e) da publicidade.12
Anualidade ou Periodicidade
O orçamento deve abranger um período definido no tempo. No Brasil, o orça-
mento coincide com o ano civil, período de um ano. Assim, as autorizações para 
gastos terão validade apenas para o exercício financeiro da sua autorização, salvo 
algumas exceções, como os créditos especiais e extraordinários.
Lei n. 4.320/1964 
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
13. (CESPE/DPU/2016) Para efeitos da LOA, o exercício financeiro tem início com a 
aprovação da lei, não coincidindo este com o ano civil.13
Orçamento Bruto
As receitas e despesas consignadas no orçamento devem ser apresentadas pe-
los seus valores brutos, sendo vedada a apresentação desses créditos deduzidos 
por algum valor. Esse princípio está previsto no art. 6º da Lei n. 4.320/1964:
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, 
vedadas quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, 
como despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no 
orçamento da que as deva receber.
§ 2º Para cumprimento do disposto no parágrafo anterior, o cálculo das cotas terá por 
12 Letra a.
 A lei orçamentária deve conter apenas matéria orçamentária, conforme preceitua o princípio da exclusividade.
13 Errado.
 De acordo com a Lei n. 4.320/1964, o período de vigência da lei orçamentária coincide com o ano civil.
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base os dados apurados no balanço do exercício anterior aquele em que se elaborar a 
proposta orçamentária do governo obrigado a transferência.
Esse princípio se aplica inclusive para transferências obrigatórias que um ente 
faça para outro, em razão de um dispositivo legal ou constitucional, como o Fundo 
de Participação dos Estados – FPE. Assim, mesmo que parcela da arrecadação de um 
tributo deva ser transferida a outro ente, por determinação constitucional, essa par-
cela que será transferida deverá ser apresentada pelo seu valor bruto como receita. 
Como ocorrerá a transferência, e em respeito ao princípio do orçamento bruto, 
a parcela transferida será registrada como uma despesa no orçamento do ente 
transferidor.
14. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014) As cotas de receita que uma enti-
dade pública deva transferir a outra serão incluídas como receita no orçamento da 
entidade obrigada à transferência.14
Esse princípio está previsto no Manual de Contabilidade aplicado ao Setor Pú-
blico (MCASP) da STN:
“Se a receita arrecadada possuir parcelas destinadas a outros entes (repartição 
tributária), a transferência poderá ser registrada como dedução de receita ou como 
despesa orçamentária, de acordo com a legislação em vigor.”
Atenção para o fato de que essa regra não vale para Imposto de Renda Retido 
na fonte por estados e municípios, pois, nesse caso, a Constituição afirma que es-
14 Errado.
 Em respeito ao princípio do orçamento bruto, a parcela transferida será registrada como uma despesa no 
orçamento do ente transferidor e não como receita, como afirma a questão.
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ses recursos pertencem aos entes responsáveis pela retenção.
Esse conhecimento foi cobrado recentemente em prova:
15. (CESPE/TRE-GO/2015) O imposto de renda retido na fonte sobre rendimentos 
pagos pelos estados e municípios, de competência da União, não chega a consti-
tuir-se em transferência àqueles entes, sendo diretamente apropriado como receita 
tributária própria.15
Discriminação ou Especialização
As dotações previstas no orçamento devem ser especificadas, sendo vedado 
prever no orçamento dotações globais destinadas a atender indiferentemente 
às despesas de pessoal, material, serviços de terceiros ou quaisquer ou-
tras. Tem como finalidade dar transparência aos gastos do governo, facilitando a 
função de acompanhamento e controle do gasto público pelos órgãos de controle e 
pela sociedade.
Excepciona-se, nesses casos, a possibilidade de consignação de dotações glo-
bais para programas especiais de trabalho e a reservade contingência. 
Lei n. 4.320/1964 
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indi-
ferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou 
quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único.
Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os proje-
tos de obras e de outras aplicações.
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam 
15 Certo.
 O MCASP trata sobre o tema:
 “A contabilidade espelha o fato efetivamente ocorrido: mesmo correspondendo à arrecadação de um tributo 
de competência da União, tais recursos não transitam por ela, ficando diretamente com o ente arrecadador. 
Desse modo, não há de se falar em registro de uma receita de transferência nos estados, DF e municípios, 
uma vez que não ocorre a efetiva transferência do valor pela União.”
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cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser 
custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital.
16. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014) O princípio da especialização con-
tribui para o trabalho fiscalizador dos parlamentos sobre as finanças executivas.16
Não Afetação ou Não Vinculação
A receita de impostos não deve ser vinculada a órgãos, fundos e despesas, res-
salvando-se as seguintes exceções previstas na Constituição Federal de 1988:
• Transferências constitucionais/ Repartição das receitas tributárias (Fundos de 
Participação dos Estados e dos Municípios, Fundos de Desenvolvimento do 
Norte, Nordeste e Centro-Oeste); 
• Garantia e contragarantia de operações de crédito por antecipação de receita 
junto à União;
• Ações e serviços públicos de saúde;
• Desenvolvimento e manutenção do ensino;
• Realização de atividades de administração fazendária.
CF/88, art. 167. São vedados:
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a re-
partição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a 
destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e 
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, 
como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a presta-
16 Certo.
 Na medida em que veda dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, 
material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, o princípio da especialização contribui 
para a transparência e fiscalização do orçamento pelo Poder Legislativo.
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ção de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (grifo nosso)
O Princípio da Não Afetação veda a vinculação da receita de IMPOSTOS, 
logo, não se aplica à receita de taxas, contribuições, empréstimos compulsórios e 
contribuições de melhoria, que são as demais espécies de tributo.
17. (CESPE/TC-DF/2014) Suponha que determinado município tenha instituído 
contribuição de melhoria sobre imóveis localizados próximos de obra pública con-
cluída. Nessa situação, em respeito ao princípio da não vinculação, o município 
estará proibido de determinar a destinação do produto da arrecadação da referida 
contribuição ao atendimento de despesa pública específica.17
Equilíbrio
Possui duas vertentes, a formal e a material. A formal indica que o total de des-
pesas deve ser igual ao total das receitas na Lei Orçamentária, ou seja, a despe-
sa autorizada deve ser equivalente à receita estimada. Já a material é mais 
específica e significa a busca do equilíbrio na execução do orçamento, como, por 
exemplo, a utilização de receitas de capital para o financiamento de despesas desse 
mesmo gênero e não para pagamento de despesas de custeio.
17 Errado.
 O princípio da não vinculação refere-se apenas aos impostos, sendo assim, para taxas, contribuições, con-
tribuições de melhoria e empréstimos compulsórios não há essa vedação.
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Esse princípio do equilíbrio, ao estabelecer compatibilização entre receitas e 
despesas, é fundamental no controle dos gastos públicos, evitando a ocorrência de 
déficits nas contas públicas, tanto na sua concepção formal quanto material.
Você deve estar acompanhando as contas públicas no Brasil nos últimos anos. O 
controle dos gastos não vem sendo bem feito e o déficit é a consequência.
18. (CESPE/FUB/2013) O princípio do equilíbrio é uma importante ferramenta de con-
trole dos gastos e da dívida pública por estabelecer que o total da despesa orçamen-
tária tenha como limite a receita orçamentária prevista para o exercício financeiro.18
18 Certo.
 Esse princípio do equilíbrio, ao estabelecer compatibilização entre receitas e despesas, é fundamental no 
controle dos gastos públicos, evitando a ocorrência de déficits nas contas públicas, tanto na sua concepção 
formal quanto material. Você deve estar acompanhando as contas públicas no Brasil nos últimos anos. O 
controle dos gastos não vem sendo bem feito e o déficit é a consequência.
Formal Material
Total de
Despesas
Total de
Receitas
=
Equilíbrio
na execução do 
orçamento
Receitas
de Capital →
Despesas
de Capital
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Pode haver previsão de déficit no projeto de lei orçamentária? 
Sim, a previsão de déficit orçamentário não implica 
em desrespeito ao princípio do equilíbrio ou à Lei de 
Responsabilidade Fiscal. Naturalmente, na lei orça-
mentária deverá ser apresentada a fonte de recur-
so (provavelmente receita de capital) para suportar 
esse déficit. 
Infelizmente, em razão da crise econômica brasileira, essa vem se tornando uma 
prática comum, adotada nas últimas leis orçamentárias (2017 e 2016).
Para quem quiser explorar mais o tema, a Nota Técnica Conjunta n. 7 de 2015, 
das Consultorias de Orçamento da Câmara e Senado, trata detalhadamente sobre 
o tema.
19. (CESPE/SEDF/2017) A Constituição Federal de 1988 prevê a possibilidade de 
aprovação, pelo Poder Legislativo, de desequilíbrio entre despesa e receita no pro-
jeto de lei orçamentária.19
19 Certo.
 O examinador trata nesse item sobre a possibilidadede a lei orçamentária prever déficit orçamentário. Como 
vimos, essa possibilidade não afronta as regras vigentes.
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Uniformidade
Tem como objetivo permitir a comparação de orçamentos de diversos anos. Os 
aspectos formais de apresentação da lei orçamentária anual devem ser uniformes ao 
longo do tempo, possibilitando comparações entre orçamentos de vários períodos.
20. (CESPE/FUB/2013) O orçamento deve atender ao requisito de uniformidade 
no que se refere ao aspecto formal para permitir a comparabilidade ao longo dos 
exercícios financeiros.20
Clareza
Determina que o orçamento deve ser de fácil compreensão. Trata-se de um 
princípio voltado para quem tiver contato com o orçamento, sendo necessário que 
o documento seja compreensível, objetivo e claro para todos, evitando-se que ter-
mos técnicos inviabilizem a leitura.
Publicidade
Como qualquer outro ato emanado pelo poder público, ao Orçamento deve ser 
garantida a sua publicidade.
20 Certo.
 O orçamento deverá ser apresentado uniformemente ao longo dos anos, permitindo a comparação de vários 
períodos.
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Programação
Esse princípio não é muito visto na doutrina, mas ultimamente vem sendo co-
brado em provas de concurso. Ele se relaciona com o orçamento-programa, ado-
tado no Brasil, que determina que o orçamento deve viabilizar o planejamento 
governamental, por meio de ações voltadas para o alcance desse fim.
Além dos princípios relacionados acima, a Constituição ainda prevê, nos incisos 
do artigo 167, situações vedadas. Esses casos não são considerados pela Doutrina 
em geral como princípios, mas pela força e generalidade de suas disposições acha-
mos importante enumerá-las. Dessa forma, são vedados:
• O início de programas e projetos não previstos na Lei Orçamentária;
• Despesas ou obrigações que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
• Operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, res-
salvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com 
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta 
(Regra de Ouro);
• Vinculação da receita de impostos (Princípio da não afetação);
• Abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislati-
va e sem indicação dos recursos correspondentes;
• Transposição, remanejamento ou transferência de recursos sem autorização 
legislativa;
• Créditos ilimitados;
• Destinação de recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para cobrir 
o déficit de fundos, empresas e fundações, salvo autorização legislativa;
• Instituição de fundos sem autorização legislativa prévia; e
• Pagamento de despesas com pessoal de outros entes federados, por meio de 
transferências voluntárias ou empréstimos, pela União e Estados e suas ins-
tituições financeiras.
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2. Resumo da Aula
ORÇAMENTO PÚBLICO – CONCEITOS
Orçamento
Público
Orçamento
base-zero
Orçamento
Incremental
Orçamento
Participativo
Orçamento
Autorizativo
Orçamento
Impositivo
Reanalisa todos os valores consignados no orçamento anterior
Nenhum programa tem continuidade garantida
Parte-se do “zero”
Entraves para sua implementação: resistência imposta pela burocracia, quando ava-
liada a eficácia de seus programas, e a dificuldade em conciliar esse tipo de orçamento 
com uma visão de planejamento de longo prazo.
Todo ano são feitas correções/atualizações dos valores das despesas do último exer-
cício, mantendo-se a base do ano anterior.
Invoca os cidadãos a participarem da etapa de formulação do orçamento, entretanto, 
nem a competência do Executivo, nem a do Legislativo são usurpadas
Atualmente tem sido utilizado em alguns municípios brasileiros
No Brasil, temos um orçamento autorizativo. Significa dizer que há apenas autoriza-
ção para realização das despesas, conferindo margem de discricionariedade ao gestor 
para executá-las.
Emenda Constitucional n. 86/2015
Essa emenda torna obrigatória a execução orçamentária/financeira das programações 
oriundas das emendas individuais de deputados e senadores.
Poderão ter suas execuções limitadas (assim como acontece com as demais despesas 
discricionárias), caso se verifique que a reestimativa da receita e da despesa poderá 
resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na LDO. Além 
dessa limitação, a emenda individual perderá sua obrigatoriedade de execução caso 
se verifique um impedimento de ordem técnica. Nesses casos, remanejamentos de 
programação podem ser feitos. Na inércia do Congresso Nacional em deliberar sobre 
o remanejamento, pode o Poder Executivo implementar o remanejamento.
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ORÇAMENTO PÚBLICO – PRINCÍPIOS
Exceção ao princípio!
Princípios
Orçamentários
Legalidade
Não Afetação/
Não Vinculação
Unidade/
Totalidade
Universalidade
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei”
A receita de
IMPOSTOS não deve
ser vinculada
a órgãos, fundos
e despesas.
O orçamento deve ser uno, uma só peça. Assim, não poderão coexistir diferentes 
orçamentos para um mesmo ente da federação.
A despeito da Lei Orçamentária Anual ser composta pelo orçamento fiscal, pelo 
orçamento da seguridade social e pelo orçamento de investimento de empresas, 
esse fato não representa exceção ou quebra do princípio da unidade, uma vez que a 
peça orçamentária está unificada em um único documento, atendendo ao comando 
principiológico.
A lei Orçamentária Anual compreenderá todas as despesas e receitas, inclusive as 
provenientes de operações de crédito, referentes a todos os Poderes do Ente da Fede-
ração (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), seus fundos, órgãos e entidades 
da administração direta e indireta.
Operações de crédito por antecipação da receita, as emissões de papel-mo-
eda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiro.
Transferências constitucionais/Repartição das receitas 
tributárias (Fundos de Participação dos Estados e dos 
Municípios, Fundos de Desenvolvimento do Norte, Nor-
deste e Centro-Oeste);
Garantia e contragarantia de operações de crédito por 
antecipação dereceita junto à União;
Ações e serviços públicos de saúde;
Desenvolvimento e manutenção do ensino;
Realização de atividades de administração fazendária.
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Não se aplica o princípio!
Princípios
Orçamentários
Equilíbrio
Exclusividade
Uniformidade
Anualidade/
Periodicidade
Clareza
Orçamento
Bruto
Publicidade
Discriminação/
Especialização
Programação
Formal Receita Estimada = Despesa Autorizada
Material Equilíbrio na execução do orçamento (controle de gastos públicos).
Os aspectos formais de apresentação da lei orçamentária anual devem ser uniformes 
ao longo do tempo, possibilitando comparações entre orçamentos de vários períodos.
O orçamento deve ser determinado no tempo. No Brasil, ele coincide com o ano civil.
O orçamento deve ser de fácil compreensão.
Receitas e despesas consignadas no orçamento devem ser apresentadas pelos seus 
valores brutos.
Ao orçamento, deve ser garantida a sua publicidade.
É vedado prever no orçamento dotações globais destinadas a atender indiferente-
mente às despesas de pessoal, material, serviços de terceiros ou quaisquer outras.
Contribui para a transparência 
e a fiscalização do orçamento!
Programas especiais de trabalho
Reserva de Contingência
O orçamento deve viabilizar o planejamento governamental, por meio de ações vol-
tadas para alcance desse fim.
A lei orçamentária anual não 
deve conter dispositivo estra-
nho à previsão da receita e 
fixação da despesa.
Autorização para a abertura de créditos suple-
mentares e contratação de operações de crédito, 
inclusive as de antecipação de receita.
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3. Bibliografia
Livro/Texto Autor
Orçamento Público Giacomoni
Manual Técnico de Orçamento SOF
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público
STN
Gestão de Finanças Públicas Albuquerque, Medeiros e Feijó
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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA
1. (CESPE/MDIC/2014) A função política do orçamento diz respeito ao estabeleci-
mento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio da arrecadação de tribu-
tos, bem como da saída de recursos provocada pelos gastos governamentais.
2. (CESPE/SEDF/2017) Criado no Brasil pelo Decreto-lei n.º 200/1967, o orçamen-
to-programa foi concebido como instrumento de planejamento, de gerenciamento 
e de controle dos recursos da administração pública, de forma a aperfeiçoar o cum-
primento dos objetivos previamente estabelecidos. Nesse sentido, as necessidades 
financeiras das unidades organizacionais deverão ser priorizadas na elaboração do 
orçamento.
3. (CESPE/SEDF/2017) A técnica do orçamento-programa é aquela cuja ênfase 
reside no controle contábil do gasto em si, não se preocupando com os objetivos 
econômicos e sociais do gasto público.
4. (CESPE/DPU/2016) O orçamento tradicional ou clássico adotava linguagem contá-
bil-financeira e se caracterizava como um documento de previsão de receita e de au-
torização de despesas, sem a preocupação de planejamento das ações do governo.
5. (CESPE/TRT-8ª/2016) Acerca do orçamento-programa, assinale a opção correta.
a) A adoção do orçamento-programa no Brasil não representou grandes avanços 
em relação aos sistemas orçamentários anteriores, devido à ausência de indicado-
res para medição de resultado dos programas.
b) O orçamento-programa tem como um de seus objetivos incrementar financeira-
mente o orçamento de um exercício para o outro.
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c) Um orçamento cuja ênfase esteja voltada mais às realizações de um governo do 
que às suas aquisições possui características de orçamento-programa.
d) No orçamento-programa, as decisões orçamentárias estão diretamente relacio-
nadas às necessidades financeiras dos entes da administração pública.
e) O principal critério de classificação orçamentária previsto no orçamento-progra-
ma corresponde às unidades administrativas.
6. (CESPE/ANTAQ/2014) O orçamento base-zero é utilizado como um método que 
define objetivos com vistas à otimização do custo-benefício, entretanto a sua ado-
ção prejudica a adequada vinculação do orçamento ao planejamento de longo prazo.
7. (CESPE/TC-DF/2014) Denomina-se orçamento misto o orçamento público elabo-
rado pelo Poder Executivo e que preveja que parte dos recursos seja executada por 
empresas do setor privado.
8. (CESPE/MPU/2013) A corrente doutrinária que tem como base os estudos de 
Mayer adota o critério de classificação das leis de acordo com seu conteúdo jurídi-
co, e não segundo o órgão de onde emanam. Assim, entende essa corrente que o 
orçamento apresenta extrinsecamente a forma de uma lei, mas seu conteúdo é de 
mero ato administrativo.
9. (CESPE/INPI/2013) Para permitir que haja maior controle nos gastos públicos, 
o princípio da unidade propõe que os orçamentos de todos os entes federados 
(União, estados e municípios) sejam reunidos em uma única peça orçamentária, 
que assume a função de orçamento nacional unificado.
10. (CESPE/DPU/2016) De acordo com o princípio da universalidade orçamentária, 
cada unidade orçamentária deve possuir apenas um orçamento.
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11. (CESPE/SEDF/2017) Com a finalidade de evitar a existência de orçamentos 
paralelos no âmbito da mesma pessoa política, foi criado o princípio orçamentário 
da exclusividade, o qual determina a realização de um único orçamento. Assim, 
conforme esse princípio, o orçamento deve ser uno para cada ente federado, não 
cabendo a existência de múltiplos orçamentos para o mesmo ente.
12. (CESPE/TRT-2ª/2014) A inclusão de dispositivos que autorizam a criação de 
cargos públicos na Lei Orçamentária Anual é vedada porque fere o princípio orça-
mentário 
a) da exclusividade.
b) da unidade.
c) da universalidade.
d) do orçamento bruto.
e) da publicidade.
13. (CESPE/DPU/2016) Para efeitos da LOA, o exercício financeirotem início com a 
aprovação da lei, não coincidindo este com o ano civil.
14. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014) As cotas de receita que uma enti-
dade pública deva transferir a outra serão incluídas como receita no orçamento da 
entidade obrigada à transferência.
15. (CESPE/TRE-GO/2015) O imposto de renda retido na fonte sobre rendimentos 
pagos pelos estados e municípios, de competência da União, não chega a consti-
tuir-se em transferência àqueles entes, sendo diretamente apropriado como receita 
tributária própria.
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16. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014) O princípio da especialização contri-
bui para o trabalho fiscalizador dos parlamentos sobre as finanças executivas.
17. (CESPE/TCDF/2014) Suponha que determinado município tenha instituído con-
tribuição de melhoria sobre imóveis localizados próximos de obra pública concluí-
da. Nessa situação, em respeito ao princípio da não vinculação, o município estará 
proibido de determinar a destinação do produto da arrecadação da referida contri-
buição ao atendimento de despesa pública específica.
18. (CESPE/FUB/2013) O princípio do equilíbrio é uma importante ferramenta de 
controle dos gastos e da dívida pública por estabelecer que o total da despesa 
orçamentária tenha como limite a receita orçamentária prevista para o exercício 
financeiro.
19. (CESPE/SEDF/2017) A Constituição Federal de 1988 prevê a possibilidade de 
aprovação, pelo Poder Legislativo, de desequilíbrio entre despesa e receita no pro-
jeto de lei orçamentária.
20. (CESPE/FUB/2013) O orçamento deve atender ao requisito de uniformidade 
no que se refere ao aspecto formal para permitir a comparabilidade ao longo dos 
exercícios financeiros.
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QUESTÕES DE CONCURSO
21. (CESPE/DEPEN/2015) Conforme a regra geral do princípio da não afetação, es-
tabelecido na Carta Magna brasileira, é vedada a vinculação da receita de impostos 
a órgão, fundo ou despesa.
22. (CESPE/DEPEN/2015) O orçamento tradicional, cuja principal função é servir 
de instrumento de administração, é fundamental para disciplinar as finanças públi-
cas, manter o equilíbrio financeiro e evitar a expansão dos gastos.
23. (CESPE/DEPEN/2015) O princípio orçamentário da unidade, que prescreve a 
formulação de um orçamento único, não é observado pela Constituição Federal 
brasileira, que determina a existência dos orçamentos fiscal, da seguridade social 
e de investimentos das estatais.
24. (CESPE/DEPEN/2015) De acordo com o princípio da universalidade, o orça-
mento deve englobar todas as receitas e despesas do Estado para que seja realiza-
da a programação financeira de arrecadação de tributos necessários para custear 
as despesas projetadas pelo governo.
25. (CESPE/TJ-CE/2014) Com relação ao orçamento público e aos princípios orça-
mentários, assinale a opção correta.
a) Em que pese a previsão constitucional do princípio da exclusividade orçamentá-
ria, é permitido que a LOA autorize previamente a abertura de operações de crédito.
b) O princípio orçamentário da não vinculação da receita é integralmente previsto 
pela literalidade da Constituição Federal.
c) De acordo com o princípio orçamentário da totalidade, deve-se evitar que dota-
ções globais sejam inseridas na LOA.
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d) O princípio da equidade ressalta a função social do orçamento público, em que 
todos são igualmente responsáveis pelo financiamento dos gastos orçamentários.
e) A lei orçamentária anual (LOA) não contém dispositivo estranho à previsão da 
receita e à fixação da despesa, em face do princípio da especificação.
26. (CESPE/TJ-CE/2014) Com relação aos princípios orçamentários, assinale a op-
ção correta.
a) O princípio da não afetação das receitas determina que o produto da arrecada-
ção dos tributos não pode estar vinculado a órgão, fundo ou despesa.
b) A aplicação do princípio da universalidade abrange a inclusão no orçamento 
tanto das receitas e despesas próprias dos órgãos de governo quanto das realiza-
das por entidades do setor privado em nome do governo e custeadas por recursos 
públicos.
c) De acordo com o princípio da programação, a lei orçamentária anual deve con-
ter tão somente matéria relativa à previsão da receita e à fixação da despesa.
d) As normas instituidoras do princípio da legalidade ressalvam expressamente a 
instituição de fundos e a realização de operações de crédito.
e) O princípio do equilíbrio não costuma ser observado no Brasil, visto que o orça-
mento fiscal geralmente é deficitário.
27. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2014) Acerca dos princípios orçamentários e da re-
ceita pública, julgue o próximo item.
Segundo o princípio orçamentário da universalidade, ao Poder Executivo é permi-
tido realizar quaisquer operações de receita ou de despesa sem prévia autorização 
parlamentar.
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28. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2014) O orçamento público constitui norma legal a 
ser aplicada integralmente e contém a previsão de receitas e a estimativa de des-
pesas a serem realizadas pelo governo em determinado exercício financeiro, sendo 
objeto de estudo tanto do direito financeiro quanto do direito tributário.
29. (CESPE/CPRM/2013) O orçamento não se restringe a um documento de cará-
ter contábil e administrativo, se for elaborado e executado de acordo com técnicas 
orçamentárias modernas amplamente referendadas.
30. (CESPE/TRT-10ª/2013) O orçamento-programa é uma técnica ambiciosa de 
conciliação entre planejamento e controle político na peça orçamentária. É sua 
eficácia como instrumento de controle político que torna difícil sua implantação, já 
que não há grandes dificuldades técnicas para a sua operacionalização.
31. (CESPE/TCE-RO/2013) O orçamento-programa fornece subsídios ao planeja-
mento, visto que possibilita a ligação entre o controle da execução orçamentária e 
a elaboração orçamentária.
32. (CESPE/INPI/2013) O Planning Programming and Budgeting System (PPBS), 
adotado na década de 60 do século passado, foi uma tentativa de incorporação do 
planejamento ao orçamento, tendo sido considerado um sistema de fácil operacio-
nalização e implementação.
33. (CESPE/ICMBIO/2014) As dificuldades de se implementar a técnica de orça-
mento

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