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SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES DE 
ADMINISTRAÇÃO 
ORÇAMENTÁRIA 
E FINANCEIRA 
E ORÇAMENTO 
PÚBLICO
Princípios Orçamentários
Livro Eletrônico
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Manuel Piñon
Princípios Orçamentários
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E 
ORÇAMENTO PÚBLICO
1. Introdução ao Estudo dos Princípios Orçamentários ...................................................4
2. Princípios Orçamentários ...........................................................................................8
2.1. Princípio da Unidade/Totalidade ...............................................................................9
2.2. Princípio da Anualidade/Periodicidade ................................................................... 12
2.3. Princípio da Universalidade ou Totalização ............................................................ 15
2.4. Princípio da Legalidade .......................................................................................... 16
2.5. Princípio do Equilíbrio Orçamentário ......................................................................17
2.6. Princípio da Exclusividade/Pureza ........................................................................ 20
2.7. Princípio da Especificação/Especialização/Discriminação ......................................23
2.8. Princípio da Clareza, Objetividade ou Inteligibilidade ..............................................26
2.9. Princípio da Precedência ........................................................................................26
2.10. Princípio da Programação ....................................................................................26
2.11. Princípio da Uniformidade ou Consistência ............................................................27
2.12. Princípio da Proibição/Vedação do Estorno de Verbas ......................................... 28
2.13. Princípio do Orçamento Bruto ............................................................................. 30
2.14. Princípio da Publicidade........................................................................................32
2.15. Princípio da Unidade de Tesouraria/Caixa .............................................................33
2.16. Princípio da não Afetação ou não Vinculação de Receitas de Impostos ................34
2.17. Princípio da Quantificação dos Créditos Orçamentários .......................................38
2.18. Princípio da Transparência Orçamentária .............................................................38
Resumo ....................................................................................................................... 40
Mapa Mental .................................................................................................................43
Questões Comentadas em Aula ....................................................................................44
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Manuel Piñon
Princípios Orçamentários
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E 
ORÇAMENTO PÚBLICO
Questões de Concurso ..................................................................................................46
Gabarito .......................................................................................................................64
Gabarito Comentado .....................................................................................................65
Referências Bibliográficas ........................................................................................... 99
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Manuel Piñon
Princípios Orçamentários
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E 
ORÇAMENTO PÚBLICO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O objetivo hoje, nesta aula, ainda é avançar no conhecimento do Orçamento Público com 
foco específico nos Princípios Orçamentários, assunto MUITO COBRADO em prova. Veja abaixo 
alguns deles:
Orçamento bruto Exclusividade
Especialização
PublicidadeEquilíbrioAnualidade
Universalidade
Unidade
Princípios 
orçamentários
Como diria Thomas Jefferson:
Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu 
tenho.
Então vamos trabalhar!
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon
1. Introdução ao Estudo dos PrIncíPIos orçamEntárIos
Os Princípios Orçamentários, na verdade, são regras básicas estabelecidas por normas 
tanto constitucionais quanto infraconstitucionais, e  também pela doutrina, que devem ser 
observadas rigorosamente durante o ciclo orçamentário (planejamento, execução e controle 
do Orçamento Público) por todos os poderes de todos os entes federados.
Basicamente visam dotar o sistema orçamentário de maior “padronização “, no sentido 
positivo da palavra, servindo de base de orientação de todo o processo orçamentário.
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Princípios Orçamentários
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Princípios 
orçamentários
Unidade
Universalidade
Anuidade
Exclusividade
Orçamento 
bruto
Equilíbrio
Legalidade
Publicidade
Especificação
Não 
vinculação 
da receita
Clareza
Exatidão
Podemos dizer, portanto, que esses Princípios, na verdade, funcionam como regras gerais 
que moldam a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), de modo a atender a necessidade 
de torná-la compatível com os objetivos e metas estabelecidos no Plano Plurianual (PPA) e, 
principalmente, na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Podemos afirmar ainda que os Princípios Orçamentários se constituem em “espinha dorsal” 
do estudo orçamentário, servindo como premissas e guias a serem observadas na elaboração 
do Orçamento para dotar o sistema orçamentário da consistência e estabilidade necessários.
Funcionam como pilares de todo o processo de construção do Orçamento Público!
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Princípios Orçamentários
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Nessa linha de raciocínio, servem para disciplinar e orientar a ação dos gestores públicos 
em sentido amplo.
QuEstão 1 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento 
fundamental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A  respeito 
desse assunto, julgue o seguinte item.
Os princípios orçamentários constituem as regras básicas a serem seguidas por todo 
orçamento público e se destinam a padronizar e garantir que o dinheiro público seja usado de 
maneira correta.
Certo.
Cabem aos princípios orçamentários o papel de definir as regras básicas acerca da elaboração 
do orçamento público. Veja a definição de princípiosorçamentários constante no MANUAL 
TÉCNICO DO ORÇAMENTO (MTO):
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Princípios Orçamentários
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E 
ORÇAMENTO PÚBLICO
Os princípios orçamentários visam estabelecer regras básicas, a fim de conferir racionalidade, efi-
ciência e transparência aos processos de elaboração, execução e controle do orçamento público.
Doutrinariamente falando, os Princípios Orçamentários podem ser classificados em funda-
mentais e operacionais. Vamos aprender a distingui-los e a agrupá-los!
Com base na Doutrina predominante, podemos dizer que os Princípios Fundamentais são 
aqueles tradicionalmente aceitos pela maioria dos países, tais como:
Exclusividade;
Unidade ou Totalidade;
Anualidade ou Periodicidade;
Universalidade ou Totalização;
Legalidade; e
Reserva legal.
Já os chamados Princípios Operacionais visam dotar o orçamento de mais racionalidade 
e eficiência. São eles:
Especificação;
Não Vinculação de Receita;
Orçamento Bruto;
Publicidade; e
Equilíbrio orçamentário.
Orçamento bruto Exclusividade
Especialização
PublicidadeEquilíbrioAnualidade
Universalidade
Unidade
Princípios 
orçamentários
Na verdade, não existe uma lista exaustiva de quais são os Princípios Orçamentários, já 
que Orçamento Público está em constante evolução.
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Princípios Orçamentários
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Para fins de prova de concurso público, vamos elencar e explicar os Princípios Orçamen-
tários mais cobrados, que são aqueles mais prestigiados pela Doutrina e também pelo nosso 
Ordenamento Jurídico, tanto constitucional quanto infraconstitucional.
Ainda de acordo com a melhor Doutrina, os Princípios Orçamentários têm o papel de asse-
gurar o cumprimento dos fins a que se propõe o orçamento, podendo ser agrupados em gerais 
e específicos, conforme demonstrado no quadro abaixo:
Princípios 
Orçamentários
Princípios Orçamentários 
Gerais (receita e despesa)
Substâncias
- Anualidade
- Unidade
- Universalidade
- Equilíbrio
- Exclusividade
Formais ou de 
Apresentação
- Especificação
- Publicidade
- Uniformidade
- Precedência
Princípios Orçamentários 
específicos (só receita)
Não afetação da receita Legalidade da 
Tributação
Vamos agora estudar cada um os principais PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS.
2. PrIncíPIos orçamEntárIos
OS PRINCÍPIOS DA UNIDADE, DA ANUALIDADE E DA UNIVERSALIDADE
A Lei n. 4.320/1964, aquela que institui as normas gerais de Direito Financeiro e que tam-
bém é conhecida como a Lei Geral dos Orçamentos, em seu artigo 2º, determina obediência a 
três Princípios: UNIDADE, ANUALIDADE E UNIVERSALIDADE. Para quem gosta de mnemôni-
cos, esses 3 Princípios formam a sigla UAU! Veja na letra da lei:
Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a 
política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios da 
unidade, universalidade e anualidade.
Os Princípios Orçamentários (“UAU”) previstos no art. 2º da Lei n. 4.320/1964, não caem, eles “des-
pencam” em prova e já foram objeto de muitas questões recorrentes nas provas de concursos.
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Princípios Orçamentários
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Un
iv
er
sa
lid
ad
e
An
ua
lid
ad
e
Un
id
ad
eCada ente federativo (União, 
Estados, Municípios e DF) 
deverá incluir, na LOA, todas 
as despesas e receitas de 
todos os poderes, órgãos, 
entidades, fundos e fundações 
instituídas e mantidas pelo 
Poder Público.
O orçamento deve ser UNO, 
ou seja, cada dente gover-
namental deve elaborar um 
único orçamento.
O exercício financeiro coin-
cide com o ano civil – 1º de 
janeiro a 31de dezembro. 
É o período ao qual se refe-
rem a previsão das receitas 
e a fixação das despesas 
registrados na LOA.
Vamos conhecer primeiramente cada um desses três princípios.
2.1. PrIncíPIo da unIdadE/totalIdadE
Podemos afirmar, de acordo com o que diz o chamado Princípio da Unidade ou Totalidade, 
que todas as Receitas e Despesas devem estar contidas em uma só Lei Orçamentária (LOA) 
para cada ente federativo.
Em outras palavras, o que esse Princípio Orçamentário quer estabelecer é que o orçamento 
deve ser um só, ou seja, “uno”, de modo que cada ente da federação deve possuir apenas um 
ORÇAMENTO de maneira uniforme.
A ideia é eliminar eventuais orçamentos “paralelos” e permitir que o Poder Legislativo exer-
ça o controle dos gastos e operações sob a responsabilidade do Poder Executivo.
Guarde, portanto, que não pode haver mais de um orçamento para cada ente governamental.
O embasamento legal desse princípio é o artigo 2º da Lei n. 4.320/1964 combinado com o 
artigo 165, § 5º, da nossa CF/1988. Veja como esse princípio aparece explicitamente no artigo 
2º da Lei n. 4.320/1964 (com grifos nossos):
Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a 
política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de 
unidade, universalidade e anualidade.
Ressalte-se que, embora esse princípio exista em nossa legislação desde 1964, somente 
após a entrada em vigor da CF/1988 é que ele efetivamente passou a ser respeitado. Até então 
existiam várias peças orçamentárias, sendo que parte delas nem eram submetidas ao Con-
gresso Nacional para aprovação, como era o caso do finado “orçamento monetário”.
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Doutrinariamente falando, esse princípio pode aparecer em sua prova com os seguintes sentidos:
1) Unidade, com a ideia de que o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orça-
mento para cada ente da federação em cada exercício financeiro.
2) Totalidade, aceita a coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consoli-
dação, como é o caso dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos das estatais, 
de modo a permitir que o governo tenha uma visão geral do conjunto das finanças públicas.
QuEstão 2 (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016/ADAPTADA) A respeito dos princípios orça-
mentários, julgue:
O princípio da unidade visa evitar múltiplos orçamentos dentro da mesma pessoa política.
Certo.
ISSO! O Princípio Orçamentário da Totalidade manda que seja feito um orçamento único para 
cada um dos entes federados, com a finalidade de se evitar a ocorrência de múltiplos orçamen-
tos paralelos internamente à mesma pessoapolítica.
QuEstão 3 (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016/ADAPTADA) A respeito dos princípios orça-
mentários, julgue:
Dado o princípio da totalidade, o orçamento de cada estado deverá conter todas as receitas e 
despesas de seus órgãos mantidos pelo poder público.
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Errado.
A inclusão de todas as receitas e despesas atende ao princípio da Universalidade. De acordo 
com esse princípio, o orçamento (uno) deve conter todas as receitas e todas as despesas do 
Estado. Essa regra tradicional, amplamente aceita pelos tratadistas clássicos, é considerada 
indispensável para o controle parlamentar sobre as finanças públicas.
Na verdade, modelo orçamentário adotado no Brasil a partir da CF/1988 baseia-se na exis-
tência de Instrumentos Orçamentários, quais sejam: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA).
Importante deixar registrado que o PPA e a LDO foram criados com a CF/1988 e que a sua 
existência não contraria o Princípio da Unidade ou Totalidade, já que o orçamento propriamente 
dito é a LOA que continua sendo apenas uma.
Aí você me pergunta:
Mas, professor, eu já li em nossa Constituição que existe uma tal de tripartição do orça-
mento. Isso não contraria o Princípio da Unidade ou Totalidade?
Que bom que você já leu o artigo 165 da CF/1988!
O § 5º do art. 165 da CF/1988 realmente estabelece uma tripartição do orçamento: o 
Orçamento Fiscal, o Orçamento da Seguridade Social e o Orçamento de Investimento das 
Empresas Estatais.
Mas calma!
Os três orçamentos instituídos pela CF/1988 respeitam o princípio da unidade/totalidade, 
já que, como diz o § 5º do art. 165, eles compõem uma só peça: a Lei Orçamentária Anual.
Assim LOA é “una” e ninguém a divide!
A LOA na verdade é apenas subdividida em orçamentos fiscal, de investimentos e da segu-
ridade social para melhor compreensão.
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Podemos ainda dizer que o Princípio da Unidade dispensa unidade documental, já que a 
totalidade dos 3 documentos/orçamentos vão formar a peça única para cada ente da federa-
ção que é a LOA. Veja:
FISCAL
SEGURIDADE
SOCIAL
3 ORÇAMENTOS
(Por esfera)
INVESTIMENTOS
1 LOA
2.2. PrIncíPIo da anualIdadE/PErIodIcIdadE
O Princípio Orçamentário denominado de Anualidade ou Periodicidade deixa claro que a 
vigência do orçamento deve ser limitada a um ano ou um exercício financeiro.
O seu embasamento legal é o artigo 2º da Lei n. 4.320/1964, em que aparece explicitamen-
te, combinado com o artigo 165, III, da CF/1988.
Princípios orçamentários
Princípio da anualidade ou perio-
dicidade
O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um 
período de um ano.
Deve ter vigência limitada a um exercício financeiro.
Válido, inclusive, para o PPA, pois precisa 
de uma LOA por ano.
Esse princípio surgiu com o fito de obrigar o Poder Executivo a solicitar periodicamente 
uma autorização ao Poder Legislativo para cobrar tributos e aplicar os recursos públicos 
arrecadados.
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Como no Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, conforme dispõe o artigo 
34 da Lei n. 4.320/1964, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, podemos concluir 
que esse Princípio está relacionado ao intervalo de tempo de 12 meses, de 1º de janeiro e 31 
de dezembro.
Veja a literalidade do artigo 34 da Lei n. 4.320/1964:
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Uma leitura atenta de nossa Carta Magna revela que diversos dispositivos discretamente 
remetem à anualidade, tais como:
Art. 167, § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser ini-
ciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de 
responsabilidade.
Guarde que no Brasil, EM REGRA, a LOA não pode ser editada com vigência superior a um ano. 
MAS TEMOS UMA EXCEÇÃO PREVISTA NA CF/1988! Veja o que dispõe o art. 167, § 2º, da 
CF/1988:
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exer-
cício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do 
exercício financeiro subsequente.
Preste atenção: os créditos adicionais que iniciam com a letra “E” (Especiais e Extraordinários) 
são Exceções ao Princípio da anualidade ou periodicidade, já que se o ato de autorização for 
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, desde que reabertos nos limites de 
seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
Atente-se também ao fato de que o PPA, com duração quatro anos, ele não é considerado 
uma exceção ao princípio da anualidade, já que é considerado um plano estratégico e não efe-
tivamente operacional, necessitando da LOA (que é anual) para se tornar efetivo.
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QuEstão 4 (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016/ADAPTADA) A respeito dos princípios 
orçamentários, julgue:
O PPA segue o princípio da periodicidade e seu orçamento é definido bienalmente.
Errado.
Na verdade, o PPA é planejamento de médio prazo para os próximos 4 anos. Dessa forma, 
o  planejamento de longo prazo é ajustado primeiro para uma execução em horizonte mais 
curto, e, depois é transformado em ações concretas no âmbito do orçamento anual.
Não confunda o princípio orçamentário da Anualidade com o princípio constitucional tributário 
da anterioridade que é um princípio tributário, e não orçamentário.
Antigamente, antes da CF/1988, existia o princípio da anualidade tributária que determi-
nava que deveria haver autorização para a arrecadação de receitas previstas na LOA, ou seja, 
até a promulgação da CF/1988 as leis tributárias deveriam estar incluídas na LOA, não se ad-
mitindo alterações tributárias após os prazos constitucionais do orçamento anual. Entretanto, 
o referido princípio tributário não foi recepcionado pela CF/1988 e tendo sido na época subs-
tituído pelo princípio tributário da anterioridade.
DICA
A Anualidade é princípio orçamentário. Já a Anterioridade não 
é um princípio orçamentário, massim um princípio tributário.
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ORÇAMENTO PÚBLICO
É comum que em provas de concursos o examinador alterne dentro da própria questão os 
nomes dos Princípios, tentando confundir o candidato, ou colocando nas provas os seus sinô-
nimos misturados. Desse modo, guarde os alguns sinônimos usados em prova:
Unidade = Totalidade
Anualidade = Periodicidade
Universalidade = Totalização
2.3. PrIncíPIo da unIvErsalIdadE ou totalIzação
De acordo com o Princípio da Universalidade ou Totalização, o  Orçamento (LOA) deve 
conter todas as Receitas e todas as Despesas do ente público.
A fundamentação legal desse Princípio é feita com base nos artigos 2º, 3º e 4º da Lei 
n. 4.320/1964, combinados com o § 5º do artigo 165 da CF/1988.
Comece vendo o que a CF/1988 nos fala a respeito da abrangência da LOA:
§ 5º A Lei Orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta.
Agora veja como aparece na Lei n. 4.320/1964:
Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a 
política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de 
unidade, universalidade e anualidade.
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito 
autorizadas em lei.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da 
administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto 
no art. 2º.
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Princípios Orçamentários
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Esse Princípio tem a função de permitir que o parlamento tenha controle prévio sobre os 
gastos e receitas do ente em questão.
Princípios orçamentários
Princípio da
Universalidade
O orçamento deve conter todas as receitas e despesas refe-
rentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades 
da administração direta e indireta.
Não se aplica ao PPA, pois não contempla 
todas as despesas
Esse princípio se aplica à LOA
Em termos federais, guarde que a LOA deve conter todas as receitas e despesas referentes aos 
Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta.
A ideia, resumidamente falando, é: todas as receitas e todas as despesas devem estar no 
orçamento. MAS TEMOS EXCEÇÕES:
• os Conselhos Profissionais (CREFITO, CREA, CRA, etc.), os  Serviços Sociais (SENAT, 
SESI, SESC, SENAI etc.) e as Organizações Não Governamentais (ONGs) não integram a 
LOA federal;
• as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista denominadas Estatais NÃO De-
pendentes (como a Petrobrás), ou seja, que conseguem viver com suas próprias receitas 
e NÃO dependem do Governo para se custearem. Vale salientar que apesar de não “en-
trarem” no orçamento, as Estatais não dependentes integram a Administração Indireta.
2.4. PrIncíPIo da lEgalIdadE
De acordo com o caput do artigo 37 da CF/1988, o Princípio da Legalidade é aplicável a 
toda Administração Pública:
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Princípios Orçamentários
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E 
ORÇAMENTO PÚBLICO
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mora-
lidade, publicidade e eficiência (...)
O bom e velho “LIMPE”!
Dessa maneira, o princípio da Legalidade aplicado à Orçamentação Pública possui a mes-
ma fundamentação legal geral pela qual a Administração Pública se subordina à Lei.
Além disso, fortalecem o princípio da legalidade orçamentária os seguintes dispositivos da 
nossa CF/1988:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais”.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento 
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na for-
ma do regimento comum.
DICA
Em suma, o Princípio da Legalidade, que também é um prin-
cípio orçamentário, determina que todos os instrumentos de 
planejamento e orçamento (PPA, LDO e LOA), também conhe-
cidos como leis orçamentárias, e também de créditos adicio-
nais, precisam ser encaminhadas pelo Poder Executivo para 
discussão e aprovação pelo Poder Legislativo.
2.5. PrIncíPIo do EQuIlíbrIo orçamEntárIo
Segundo o princípio do Equilíbrio Orçamentário, deve haver um Equilíbrio entre as Receitas 
e Despesas.
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Para isso, o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser 
superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período.
Caso ocorra reestimativa de receitas, com base no excesso de arrecadação e na obser-
vância da tendência do exercício, pode ocorrer solicitação de crédito adicional e, consequente-
mente, a ampliação dos gastos públicos.
Não está explicitamente previsto em nossa CF/1988, sendo a sua base legal a LRF – Lei 
de Responsabilidade Fiscal, que em seu artigo 4º determina que a LDO trate do equilíbrio en-
tre receitas e despesas:
Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:
I – disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas.
A Doutrina apresenta duas formas de interpretar esse Princípio Orçamentário.
1 – De acordo os que interpretam que o equilíbrio do orçamento é formal, a LOA deve pre-
ver receitas e fixar despesas em montantes iguais.
Nessa pegada, sob o aspecto formal, o princípio do equilíbrio zela principalmente pela pu-
blicação de um orçamento equilibrado.
Entretanto, no mundo real, os recursos próprios do governo, ou seja, suas receitas primá-
rias não são suficientes para cobrir suas despesas, tornando o equilíbrio orçamentário uma 
“peça de ficção”.
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2 – O fato de um orçamento ser publicado de forma equilibrada não significa na prática o 
efetivo equilíbrio das contas públicas. É com essa preocupação que parte da Doutrina defende o 
equilíbrio real, ou equilíbrio material, ou seja, um equilíbrio das contas públicas em sua execução.
Esse inclusive é um dos pilares da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). É  a execução 
equilibrada do orçamento, sem a preocupação da publicação de montantes iguais de receitas 
e despesas.
No Brasil de hoje a LOA é aprovada com o equilíbrio formal, mesmo sem haver recursos pró-
prios para cobrir os gastos, pois as operações de créditos – empréstimos – são contabilizadas 
como receitas orçamentárias - Receita de Capital, permitindo, assim, o equilíbrio formal, ou seja, 
contabilmente e formalmente o orçamento sempre estará equilibrado, pois um eventual deficit 
aparece normalmente nas operações de crédito, que também devem constar do orçamento.
QuEstão 5 (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016/ADAPTADA) Acerca dos princípios orçamen-
tários que orientam os procedimentos relativos à elaboração do orçamento público, julgue:
Há desobediência ao princípio do equilíbrio quando são realizadas operações de crédito para 
assegurar a igualdade nos casos em que as despesas do orçamento são superiores ao valor 
total de receitas.
Errado.
O Princípio do Equilíbrio não é uma regra tão rígida, sendo uma meta, principalmente a médio 
ou longo prazo. Uma razão fundamental para defender esse princípio é a convicção de que ele 
constitui o único meio de limitar o crescimento dos gastos governamentais e do consequente 
endividamento público. A assertiva está incorreta porque não há desobediência ao princípio do 
equilíbrio quando são realizadas operações de crédito para assegurar a igualdade nos casos 
em que as despesas do orçamento são superiores ao valor total de receitas.
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Embora o princípio do equilíbrio não tenha hierarquia constitucional de modo explícito, já 
que não está explicitado na CF/1988, existem dispositivos na nossa Carta Magna que seguem 
essa linha de pensamento.
Guarde que o equilíbrio a ser buscado pela LRF é o equilíbrio auto- sustentável, ou seja, 
aquele não baseado em operações de crédito e no aumento da dívida pública.
Equilíbrio formal: montantes iguais na LOA.
Equilíbrio material/real: equilíbrio real na execução das contas públicas.
2.6. PrIncíPIo da ExclusIvIdadE/PurEza
Segundo o Princípio da Exclusividade ou da Pureza, a Lei do Orçamento não pode ter ma-
téria estranha a previsão da Receita e da fixação da Despesa.
Princípios orçamentários
Princípio da Exclusividade
A lei Orçamentaria anual não contará dispositivos estra-
nho à previsão da receita e á fixação da despesa, não 
se incluindo na proibição a autorização para abertura de 
créditos suplementares e contratação de operação de 
crédito, ainda que por antecipação de receita nos núme-
ros da lei (art. 166 § CF )
O objetivo é limitar o conteúdo , só matéria orçamentária
Note que as receitas são previstas e as despesas fixadas!
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O embasamento legal do Princípio da Exclusividade ou da Pureza é o artigo 165, § 8º, da 
CF/1988. Veja o que nos revela a nossa Carta Magna (com grifos nossos):
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Temos também previsão no artigo 7º da Lei n. 4.320/1964, confira:
Art. 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do arti-
go 43;
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da re-
ceita, para atender a insuficiências de caixa.
§ 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder Executivo 
fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura.
§ 2º O produto estimado de operações de crédito e de alienação de bens imóveis somente se inclui-
rá na receita quando umas e outras forem especificamente autorizadas pelo Poder Legislativo em 
forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las no exercício.
§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no tocante a operações de crédito, 
poderá constar da própria Lei de Orçamento.
Ressalte-se que o inciso II teve sua aplicação prejudicada pelo artigo 38 da LRF que deve 
prevalecer.
Guarde que a adoção desse Princípio visa garantir que Orçamento deve conter apenas ma-
téria orçamentária e financeira e não cuidar de assuntos estranhos.
Foi implantado como norma constitucional para impedir as distorções das famosas “cau-
das orçamentárias”. É bom deixar registrado que a LOA não poderá conter dispositivo criando 
tributos ou novos cargos na Administração Pública, como os políticos gostariam de fazer. Isso 
só pode ser feito por lei específica.
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Assim, em regra, a lei orçamentária não poderá tratar de outros assuntos como, por exemplo, 
criação de tributos, criação de empresas públicas, etc.
Resumindo: o orçamento conterá apenas matéria relativa à Atividade Financeira do Estado.
QuEstão 6 (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016/ADAPTADA) A respeito dos princípios 
orçamentários, julgue:
Dado o princípio da exclusividade, cada ente da Federação deverá ter o seu próprio orçamento.
Errado.
O examinador misturou os conceitos de unidade e exclusividade para pegar os mais afoitos na 
hora da prova. Lembre-se de ler com atenção as questões para não cair nas “cascas de bana-
na” jogadas pelo CESPE. Guarde que o Princípio da Unidade estabelece que o orçamento deve 
ser uno, isto é, cada unidade governamental deve possuir apenas um orçamento.
MAS TEMOS EXCEÇÃO! Repare nesse trecho:
não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação 
de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos ARO – Antecipação de 
Receita Orçamentária, nos termos da lei.
Princípio da exclusividade(ou da Pureza): a lei orçamentária 
não poderá conter matéria estranha á pre visão das receitas 
e à fixação das despesas.
Assim, a lei orçamentária não poderá tratar de outros assun-
tos que não orçamentários ( por exemplo: criação de tribu-
tos, normas de direito civíl, de direito penal etc).
Exceção importantíssima: autorizações para abertura de 
créditos suplementares e para a contratação de operações 
de crédito.
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É importante saber diferenciar a operação de crédito “normal” da operação de crédito por 
Antecipação da Receita Orçamentária (ARO), referidas na CF/1988 e passíveis de autorização 
pela LOA (exceções ao Princípio da Exclusividade ou Pureza).
• ARO – ANTECIPAÇÃO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA – Processo  pelo  qual  o  tesou-
ro público pode contrair uma dívida antecipando a receita prevista, a qual será liquidada 
quando efetivada a entrada de numerário.
• OPERAÇÕES DE CRÉDITO “NORMAIS” destinam-se a cobrir desequilíbrio orçamentário 
ou a financiar obras, mediante contratos ou emissão de títulos da dívida pública.
A operação é denominada operação de crédito interno quando contratada com credores 
situados no País e operação de crédito externo quando contratada com agências de países 
estrangeiros, organismos internacionais ou instituições financeiras estrangeiras.
As operações de  reestruturação e recomposição do principal de dívidas  têm enquadra-
mento especial quando significarem a troca de dívida (efeito permutativo) com base em encar-
gos mais favoráveis ao Ente.
Guarde que as exceções ao princípio da exclusividade são créditos suplementares e opera-
ções de crédito, inclusive por ARO.
2.7. PrIncíPIo da EsPEcIfIcação/EsPEcIalIzação/dIscrImInação
O princípio da Especificação, Especialização ou Discriminação orienta para que todas as 
receitas e despesas devem ser especificadas, de modo a que demonstre a origem e a aplica-
ção dos recursos, ou seja, não podem ser incluídos valores globais no Orçamento.
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Princípios orçamentários
Princípio da
Especificação
A lei orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender 
indiferentemente as despesas de pessoal, material, serviços de tercei-
ros, transferências ou quaisquer outras (art. 5º Lei n. 4.320/1964
Tem que discriminar. Ex.: Educação 5 Bilhões, mas para qual área da educação?
Ou Especificação ou Discriminação
O seu embasamento legal é feito por meio dos artigos 5º e 15º, § 1º, da Lei n. 4.320/1964.
Vamos ver o artigo 5º com grifos nossos:
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente 
a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalva-
do o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único.
Vale informar que as mencionadas exceções previstas no artigo 20 da Lei n. 4.430/1964 re-
ferem-se aos programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não podem seguir ao pé 
da letra as normas gerais de execução da despesa, como, por exemplo, os programas de pro-
teção à testemunha que, em função do sigilo inerente, se tivessem especificação detalhada, 
perderiam sua finalidade.
A ideia é que o orçamento precisa ser detalhado e especificado de modo suficiente para 
facilitar seu entendimento e acompanhamento, evitando a ação genérica, mal especificada, 
com demasiada flexibilidade.
Podemos, com base nesse Princípio, que existe vedação às autorizações de despesas 
globais.
DICA
Guarde a PALAVRA-CHAVE desse Princípio: DETALHAMENTO!
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Em suma, o detalhamento em tela visa agregar maior transparência ao processo orçamen-
tário, possibilitando a fiscalização parlamentar, dos órgãos de controle e da sociedade, inibin-
do o excesso de flexibilidade na alocação dos recursos pelo Poder Executivo.
Adicionalmente, podemos dizer que ele também facilita o processo de padronização e ela-
boração dos orçamentos, bem como o processo de consolidação nacional das contas públicas.
GUARDE AS 2 EXCEÇÕES:
1 – Contrariando esse ditame, a reserva de contingência, de acordo com a definição oficial 
contida nos manuais de orçamento federal, é uma dotação global, não especificamente des-
tinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos 
recursos são utilizados para atender passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais 
imprevistos. Nesse sentido, a reserva de contingência representa uma exceção ao princípio da 
especificação, especialização ou discriminação.
2 – A outra exceção ao referido princípio são os chamados Programas Especiais de Trabalho 
(PETs).
Veja o que diz o parágrafo único do artigo 20 da Lei n. 4.320/1964:
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se 
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações 
globais, classificadas entre as Despesas de Capital.
Como exemplo de PET, temos os programas de proteção à testemunha, pois caso fossem 
especificados no orçamento correriam o risco de perder sua eficiência pela perda do sigilo.
Registre-se que no caso do PPA e da LDO não existe necessidade de um detalhamento 
muito apurado das receitas e despesas, visto que a LOA é obrigada a seguir o princípio da 
especificação e é o instrumento que operacionaliza o PPA e a LDO.
Cuidado para não confundir Princípio do Orçamento Bruto com o Princípio da Discriminação! 
Tenha em mente que o princípio da discriminação/especialização/especificação determina 
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ORÇAMENTO PÚBLICO
que as receitas e despesas devam ser especificadas, demonstrando a origem e a aplicação 
dos recursos, visando facilitar a função de acompanhamento e controle do gasto público. Por 
seu turno, o princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes líquidos 
e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, não importando se o saldo 
líquido será positivo ou negativo.
2.8. PrIncíPIo da clarEza, objEtIvIdadE ou IntElIgIbIlIdadE
O chamado Princípio da Clareza, Inteligibilidade ou da Objetividade revela que o orçamento 
deve ser claro e compreensível para qualquer indivíduo.A ideia é que o orçamento deve ser 
apresentado em uma linguagem clara e compreensível a todos que precisam ou se interessam 
por acompanhá-lo.
Mas a realidade não é bem assim!
Existe um grau de complexidade inerente ao orçamento, que agrega informações financei-
ras, legais, administrativas, contábeis e de planejamento, que torna esse Princípio difícil de ser 
plenamente na vida real.
2.9. PrIncíPIo da PrEcEdêncIa
Esse Princípio é curto e grosso: a aprovação do orçamento deve ocorrer antes do exercício 
financeiro a que se refere a referida LOA. Em outras palavras, não se pode, em tese, aprovar o 
orçamento no próprio ano da sua execução.
2.10. PrIncíPIo da Programação
Resumidamente, o Princípio da Programação visa atender à obrigatoriedade de especificar 
os gastos por meio de programas de trabalho, o que permite uma identificação dos objetivos 
e metas a serem atingidos.
Princípios Orçamentários
Programação
Decorrente da necessidade de estrutura o orçamento pelos 
chamados programas de trabalho que consiste em instru-
mentos de organização da ação governamental, visando à 
concretização dos objetivos definidos, sendo mensurados 
por indicadores estabelecidos no Plano Plurianual
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Basicamente, para atender ao princípio da programação é necessário vincular as normas 
orçamentárias à consecução e à finalidade do plano plurianual e aos programas nacionais, 
regionais e setoriais de desenvolvimento, nos moldes do Orçamento-Programa.
2.11. PrIncíPIo da unIformIdadE ou consIstêncIa
O chamado Princípio da Uniformidade existe para que os conceitos e critérios de elabora-
ção da LOA sejam uniformes, viabilizando uma comparação ao longo do tempo.
Princípios Orçamentários
Uniformidade: Os dados apresentados devem ser homo-
gêneos nos exercícios, no que se refere à classificação e 
demais aspectos envolvidos na metodologia de elaboração 
do orçamento, permitindo comparações ao longo do tempo.
A ideia é que o orçamento mantenha uma mínima padronização ou uniformidade na apre-
sentação de seus dados, de forma a permitir que os usuários realizem comparações entre os 
diversos períodos.
QuEstão 7 (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue:
O princípio orçamentário da uniformidade pode ser cumprido ainda que dois entes federativos 
classifiquem uma mesma despesa de formas diferentes.
Certo.
A bandeira defendida pelo princípio orçamentário da uniformidade é a de que orçamento deva 
ser apresentado ao longo dos diversos exercícios financeiros uma estrutura que permita com-
parações entre os sucessivos mandatos dentro de um mesmo ente.
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2.12. PrIncíPIo da ProIbIção/vEdação do Estorno dE vErbas
Esse princípio na verdade é uma determinação para que o gestor público não possa trans-
por, remanejar ou transferir recursos sem autorização, visando que no decorrer do exercício 
financeiro ocorra uma “deformação” da LOA aprovada pelo Poder Legislativo, sendo, portanto, 
necessário o seu “crivo” em cada mudança.
A ideia aqui é impedir a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de 
uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem a prévia autoriza-
ção legislativa.
Assim, em caso de insuficiência de recursos, o Poder Executivo deve efetuar abertura de 
crédito adicional ou solicitar a transposição, remanejamento ou transferência, mas, é claro, 
com autorização do Poder Legislativo.
Nesse contexto, devemos entender a categoria de programação como sendo a função, 
a subfunção, o programa, o projeto/atividade/operação especial e as categorias econômicas 
de despesas, assuntos que são estudados na aula de despesa pública.
Princípios orçamentários
Princípio da
Proibição do Estorno
É vedada a tranposição, o remanejamento ou a transferência de re-
cursos de uma categoria de programação para outra, ou de um órgão 
para outro sem prévia autorização legislativa. (art. 167, VU CF)
Ou seja, não é absoluto, pois se existir prévia au-
torização tudo bem
Mas temos uma exceção, que foi trazida pela Emenda Constitucional - EC n.85/2015, onde um 
ato do Poder Executivo, sem necessidade de prévia autorização legislativa, poderá transpor, 
remanejar ou transferir.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E 
ORÇAMENTO PÚBLICO
Recursos de uma categoria de programação no âmbito das atividades de ciência, tecnologia 
e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções.
Confira sua base legal, que é o artigo 167, VI, da CF/1988, que foi flexibilizada em 2015 pela 
Emenda Constitucional n.85/2015 no § 5º, veja:
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de progra-
mação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de progra-
mação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inova-
ção, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato 
do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste 
artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n.85, de 2015).
É importante conhecer o significado dos termos e saber distingui-los:
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ORÇAMENTO PÚBLICO
• Transposição – destinação de recursos de um programa de trabalho para outro, por 
meio de realocações do ente público dentro do mesmo órgão.
• Remanejamento – destinação de recursos de um órgão para outro, por meio de realoca-
ções do ente público.
• Transferência – destinação de recursos dentro do mesmo órgão do mesmo programa de 
trabalho, por meio de realocações de recursos entre as categorias econômicas de despesas.
2.13. PrIncíPIo do orçamEnto bruto
EXEMPLO
Esse princípio surge para um contexto comum no dia a dia dos Entes Públicos como, por exem-
plo, quando um Município paga salários que a partir de determinado valor, superior ao da isenção 
de IR – Imposto de Renda.
Nesse caso, o valor do IR, que é uma receita desse Município (vide repartição das Receitas na 
CF/1988), é descontado diretamente pela fonte pagadora, que, no caso é o próprio Município.Assim, ao pagar o salário de um servidor, é efetuada uma despesa (salário) que ao mesmo tempo 
gera uma receita (IRRF). Assim, o natural seria registrar no Orçamento desse Município o valor 
Líquido. E é justamente para combater essa prática que serve o princípio do Orçamento Bruto!
O princípio do Orçamento Bruto fala que todas as Receitas e todas as Despesas devem 
constar no Orçamento pelos seus totais sem qualquer tipo de dedução.
A base legal é o artigo 6º da Lei n. 4.320/1964. Veja:
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas 
quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como des-
pesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento da que as 
deva receber.
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Princípios orçamentários
Princípio do
Orçamento Bruto
Todas as receitas e despesas constarão da lei de orçamento pelos 
totais, vedadas quaisquer deduções (Artigo 6º Lei n. 4.320/1964
Ex.: Pagamento de Pessoal – No orçamento deve constar o bruto e não o 
líquido que ele recebeu
QuEstão 8 (CESPE/TCE-PR/AUDITOR CONSELHEIRO SUBSTITUTO/2016) Julgue:
De acordo com o princípio do orçamento bruto, as receitas devem constar no orçamento pelos 
seus totais, deduzindo-se destes somente os impostos.
Errado.
Nada de dedução!
Se deduzir aparece o líquido, o que é vedado pelo princípio do orçamento bruto, pelo qual as 
receitas devem constar no orçamento pelos seus totais!
Em outras palavras, o Princípio do Orçamento Bruto é mandatório no sentido de que todas as 
parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus valores brutos, sem 
qualquer tipo de dedução.
Parte da Doutrina entende que o Princípio do Orçamento Bruto integra o Princípio da Universa-
lidade de forma mais completa.
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Note que o § 1º explica melhor os casos em de despesas que ao serem realizadas geram 
também receitas ao ente público e vice-versa, ou seja, no caso de receitas que, ao serem arreca-
dadas, acabam gerando despesas, sendo vedada a inclusão no orçamento apenas do saldo po-
sitivo ou negativo resultante do confronto entre receitas e as despesas de determinado serviço.
A ideia é impedir a inclusão no orçamento apenas do saldo positivo ou negativo resultante 
do confronto entre receitas e as despesas de determinado serviço.
Nessa pegada, se for fazer uma dedução de uma receita, o ente público não pode apenas 
registrar o valor líquido a ser arrecadado. Tanto a arrecadação bruta, quanto a respectiva dedu-
ção, devem ser explicitados no orçamento em tela.
2.14. PrIncíPIo da PublIcIdadE
O princípio da Publicidade visa que todas as fases do Orçamento Público (preparação, 
execução e controle) sejam objeto de publicidade.
A ideia aqui é que o Orçamento Público seja conhecido pela sociedade, já que nele estão 
presentes as políticas públicas e prioridades escolhidas pelo governo.
Sua base normativa é o artigo 37 da CF/1988, aquele artigo do bom e velho “LIMPE”, veja:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mora-
lidade, publicidade e eficiência (...)
A ideia é dar TRANSPARÊNCIA aos atos praticados pela Administração.
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Existe uma relação entre o Princípio da Publicidade com o princípio da legalidade, já que 
para vigorar, uma lei deve ser publicada em veículos oficiais de comunicação, e a lei orçamen-
tária não é exceção a essa regra.
Nessa linha de raciocínio, para que o orçamento passe a produzir seus efeitos, precisa ser 
publicado no Diário Oficial correspondente a cada esfera. Caso o ente não possua Diário Ofi-
cial, alternativamente, o mesmo pode ser publicado em jornal local de grande circulação.
2.15. PrIncíPIo da unIdadE dE tEsourarIa/caIxa
O Princípio da Unidade de Caixa ou da Unidade de Tesouraria visa obrigar os entes públi-
cos a recolher os valores arrecadados em uma Conta Única, com a finalidade de facilitar a 
administração, o controle e a fiscalização da aplicação desses recursos.
Sua base legal é o artigo 16, §  3º, da CF/1988 combinada com o artigo 56 da Lei n. 
4.320/1964. Veja:
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade 
de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.
O foco é que os recursos do governo sejam recolhidos em conta única facilitando a admi-
nistração e o controle.
DICA
Esse Princípio não deve ser confundido com o Princípio da Uni-
dade Orçamentária.
QuEstão 9 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito dos fundamentos da gestão 
financeira e orçamentária, julgue o item a seguir.
O caixa único do Tesouro Nacional destina-se a efetivar o princípio orçamentário da unidade.
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Errado.
A assertiva está errada pois, na verdade, o caixa único do Tesouro Nacional torna efetivo o 
princípio da unidade de caixa e não o princípio da unidade orçamentária.
À nível federal, este princípio é obedecido pela criação da Conta Única do Tesouro Nacional. 
Esta conta é mantida no Banco Central do Brasil, operacionalizada pelo Banco do Brasil S.A. 
(seu agente financeiro) e administrada pela STN – Secretaria do Tesouro Nacional.
Em suma, a ideia é coibir a existência de caixas paralelos, fracionados.
A Receita Pública passa por estágios conhecidos como: Previsão, Lançamento, Arrecadação 
e Recolhimento. Você já pode começar a usar um mnemônico para gravar: PLAR.
o pulo do gato aqui é que o princípio da Unidade de Caixa ou Unidade de Tesouraria é verificado 
no estágio do recolhimento (último estágio de execução da receita), momento em que todo o 
montante que foi anteriormente arrecadado nos agentes arrecadadores é recolhidopara uma 
conta única em cumprimento ao referido princípio.
2.16. PrIncíPIo da não afEtação ou não vInculação dE rEcEItas dE 
ImPostos
É importante deixar registrado que apenas as receitas com IMPOSTOS não podem ser vin-
culadas. As demais receitas podem sim ser vinculadas. É plenamente possível, por exemplo, 
para criação de uma contribuição social vinculada à saúde.
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Orçamento bruto Não afetação de receitas
Todas as receitas e despesas constarão 
na Lei de Orçamento pelos seus totais, ve-
dadas quaisquer deduções (art. 6º, Lei n. 
4.320/1964).
É vedada a vinculação de receita de impostos 
a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas: FPM, 
FPE, FNE, FNO, FCO, recursos para área de 
saúde e ensino, atividades da administração 
tributária, garantias a ARO e débitos com a 
União (art. 167, IV, CF/1988).
Nessa toada, o Princípio da Não Vinculação ou Não Afetação da receita de impostos está 
previsto no inciso IV do art. 167 da CF/1988 e as exceções a ele compõem todo o resto do 
texto e o § 4º do mesmo dispositivo. Veja:
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do pro-
duto da arrecadação dos impostos a que se referem os artigos 158 e 159, a destinação de recursos 
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para 
realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos ar-
tigos 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação 
de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os 
arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação 
de garantia ou contra garantia à União e para pagamento de débitos para com esta”.
DICA
Esse Princípio contempla várias exceções que podem ser co-
bradas em provas de concursos. Repare que as exceções são 
estabelecidas pela própria CF/1988.
Em sendo exceções ao referido princípio, nos casos apresentados a seguir pode haver 
vinculação de impostos, lembrando que são casos excepcionais previstos na própria CF/1988.
Esse princípio tem o objetivo de evitar que as vinculações das receitas de impostos diminuam 
a flexibilidade na execução dos gastos públicos, já que quando temos receitas vinculadas a des-
pesas, as mesmas se tornam despesas obrigatórias, engessando o orçamento e o gestor público.
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As vinculações à receita de impostos, permitidas pela Constituição, são essas 6:
1 – Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita – ARO 
(CF/1988, art. 165, § 8º);
2 – Destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde (CF/1988, 
art. 198, § 2º);
3 – Destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino (CF/1988, art. 212);
4 – Prestação de garantia ou contra garantia à União e para pagamento de débitos para 
com esta;
5 – Destinação de recursos para realização de atividades da administração tributária 
(CF/1988, art. 37, inc. XXII);
6 – Repartição da arrecadação do imposto de renda e do imposto sobre produtos indus-
trializados, compondo o Fundo de Participação dos Estados (FPE), Fundo de Participação dos 
Municípios (FPM), Fundos de Desenvolvimento das regiões Norte (FNO), Nordeste (FNE) e 
Centro-Oeste (FCO). Base legal: CF/1988, artigo 159, inciso I.
QuEstão 10 (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016/ADAPTADA) Acerca dos princípios orçamen-
tários que orientam os procedimentos relativos à elaboração do orçamento público, julgue.
Pode-se afirmar como uma ressalva ao princípio da não afetação de receitas, a destinação de recur-
sos provenientes da arrecadação de impostos ao fundo de participação dos estados e municípios.
Certo.
Note que foi descrito corretamente na assertiva uma das exceções ao Princípio da não vincu-
lação da Receita Bruta de Impostos:
6 – Repartição da arrecadação do imposto de renda e do imposto sobre produtos industria-
lizados, compondo o Fundo de Participação dos Estados (FPE), Fundo de Participação dos 
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Municípios (FPM), Fundos de Desenvolvimento das regiões Norte (FNO), Nordeste (FNE) e 
Centro-Oeste (FCO). Base legal: CF/1988, artigo 159, inciso I.
É importante registrar que, de acordo com o parágrafo único do art. 8º da LRF, caso o 
recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de sua vinculação, mesmo que em outro 
exercício financeiro:
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusi-
vamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que 
ocorrer o ingresso.
QuEstão 11 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos prin-
cípios do orçamento público, julgue o item subsequente.
O tratamento dado aos recursos destinados à educação e à saúde constitui uma exceção ao 
princípio orçamentário da não vinculação.
Certo.
O Princípio da Não Vinculação de Receitas dispõe que nenhuma receita de impostos pode ser 
reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, exceto as ressalvas 
presentes na CF/1988. As exceções constitucionais são:
1) Repartição constitucional dos impostos;
2) Destinação de recursos para a Saúde;
3) Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino;
4) Destinação de recursos para a atividade de administração tributária;
5) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita;
6) Garantia, contra garantia à União e pagamento de débitos para com esta.
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2.17. PrIncíPIo da QuantIfIcação dos crédItos orçamEntárIos
Esse princípio é o que veda a concessão ou utilização de créditos ilimitados, e baseia-se na 
CF/1988, em seu artigo 167, VII. Confira:
Art. 167. São vedados:
(...)
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados.
Seguindo a mesma linha de raciocínio, o artigo 59 da Lei n. 4.320/1964 também determina 
a observância de princípio. Confira com grifos nossos:
Art. 59. O empenho da despesa não poderá excedero limite dos créditos concedidos.
Basicamente, o princípio da quantificação dos créditos orçamentários determina que todo 
crédito orçamentário na LOA seja autorizado com uma respectiva dotação, limitada, ou seja, 
cada crédito deve ser acompanhado de um valor determinado. Guarde que a dotação é o 
montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário.
Nessa pegada, em atendimento ao princípio da quantificação dos créditos orçamentários, 
a todo crédito na LOA corresponde uma respectiva dotação, não sendo possíveis dotações ili-
mitadas, sem exceções, ou seja, para que um empenho (estágio da despesa que “abate” o valor 
da dotação, por força do compromisso assumido) não exceda o limite dos créditos concedi-
dos, o correspondente crédito necessita ter montante determinado e limitado, em consonância 
com a regra constitucional da quantificação dos créditos orçamentários.
2.18. PrIncíPIo da transParêncIa orçamEntárIa
É importante que guarde a ideia de que a transparência é, na verdade, mais ampla que a 
publicidade formal, devendo ser interpretada como estimuladora da prestação de contas por 
parte da Administração Pública em sentido amplo.
A sua base legal é o artigo 48 da LRF, que exige ampla divulgação, inclusive em meio ele-
trônico, dos instrumentos de planejamento e orçamento, da prestação de contas e de diversos 
relatórios e anexos.
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Confira com grifos nossos:
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulga-
ção, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes 
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Exe-
cução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
Mentalize o resumo abaixo acerca dos Princípios Orçamentários:
Linguagem clara e objetiva
Compreensão por qualquer pessoa
ANUALIDADE 
PERIODICIDADE
CLAREZA
LEGALIDADE 
PRÉVIA AUT.
CLÁSSICO
PUBLICIDADE
CLÁSSICO
EQUILÍBRIOCO
MPLE
MENT
AR
ESPECIFICAÇÃO 
DISCRIMINAÇÃO
CLÁSSICO
Caixa único do tesouro
Oferece flexibilidade no caixa
Evita desperdício de recursos
Período de tempo de um ano
Não coincide com o ano civil
Especificidade e Detalhamento
Pormenorizadas/discriminadas
Não conterá matéria estranha
Processo de votação mais rápido
EXCLUSIVIDADE 
PUREZA
CLÁSSICO
2 
EXCEÇÕES
Crédito suplementar 
Operação de Crédito, 
inclusive por anteci-
pação de receita
UNIVERSALIDADE
Deve conter todas as 
receitas e despesas
FLEXIBILIDADE
Permite ajuste na execução 
orçamentária
PROGRAMAÇÃO/ PLA-
NEJAMENTO
Obrigação de prever as 
receitas vinculadas a 
programas do governo
UNIDADE/ 
TOTALIDADE
CLÁSSICO
Cada esfera elabora um 
único documento
ORÇAMENTO
Fiscal 
Seg. Social 
InvestimentoDE
VE
 C
O
N
TE
R
DE
VE
 C
O
N
TE
R
Saúde
Repartição do produto de 
arrecadação de impostos
Prestação de garantias 
às operações de crédito 
por antecipação
Atividade da admi-
nistração tributária
EnsinoEX
CE
ÇÃ
O DESTINAÇÃO DE RECURSOS 
PARA:
Orçamento em 
seu valor bruto 
sem qualquer 
tipo de dedução
ORÇAMENTO 
BRUTO
REGIONALIZAÇÃO
Orçamento bem distribuído
Reduzir desigualdades sociais
Maior nível de especificação regional
EXATIDÃO
Previsão + exata 
possível
COMP
LEMEN
TAR
TRANSPARÊNCIA
Demonstrativo 
regionalizado
Possibilitar 
fiscalização e 
controle
PRINCÍPIOS 
ORÇAMENTÁRIOS
NÃO VINCULAÇÃO 
NÃO AFETAÇÃO
CL
ÁS
SIC
O
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RESUMO
Os Princípios Orçamentários são regras básicas estabelecidas por normas tanto consti-
tucionais quanto infraconstitucionais, e também pela doutrina, que devem ser observadas ri-
gorosamente durante o ciclo orçamentário (planejamento, execução e controle do Orçamento 
Público) por todos os entes federados.
Principais Aspectos de Cada Princípio Orçamentário
Princípio Ideia Principal Exceções
Unidade A LOA é uma. Não.
Periodicidade
Exercício financeiro coincide com o ano 
civil.
Os créditos especiais e extraordi-
nários, se reabertos nos últimos 4 
meses do exercício, podem ser rea-
bertos no exercício seguinte limita-
dos aos seus respectivos saldos.
Universalidade
Todas as despesas e receitas devem cons-
tar na LOA.
Somente os ingressos e dispêndios 
extraorçamentários.
Orçamento Bruto
Os valores das receitas e despesas orça-
mentárias devem ser demonstrados em 
seus totais.
Não.
Exclusividade
Não podem ser colocadas matérias estra-
nhas ao orçamento na LOA.
Autorização para contratação de 
Operação de crédito (incluindo 
ARO) e autorização para créditos 
suplementares ao orçamento.
Não afetação das 
receitas de impostos
As receitas de impostos não podem ser 
vinculadas.
Garantias a operações de crédito 
(incluindo ARO), despesas com 
saúde, educação e administração 
tributária, e transferências constitu-
cionais.
Especificação Vedadas dotações globais.
Reservas de contingências e pro-
gramas especiais de trabalho.
Unidade de caixa Caixa único por Ente. Não.
Precedência
A aprovação do orçamento deve ser rea-
lizada entes do exercício financeiro a que 
se refere.
Não.
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Equilíbrio
Operações de crédito não podem ser supe-
riores às despesas de capital.
Créditos suplementares e espe-
ciais, desde que aprovados por 
maioria absoluta.
Vedação ao estorno
Sem prévia autorização legislativa, 
é vedada a transposição, o remaneja-
mento e a transferência de recursos.
Para a União, exceção apenas na 
área de ciência, tecnologia e inova-
ção.
Reserva Legal Lei ordinária, em regra.
Decreto para crédito suplementar e 
MP para crédito extraordinário.
Programação Especificar os gastos por programas. Não.
Transparência
Acesso à informação orçamentário dispo-
nível a todos.
Não.
Uniformidade Permitir comparação ao longo do tempo. Não.
Publicidade
Formalidade para dar eficácia às Leis 
Orçamentárias.
Não.
Clareza Facilidade de compreensão. Não.
Exatidão
Vedado subestimar ou superestimar valo-
res.
Não.
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Princípios Orçamentários
Legalidade: leis orçamentárias (PPA, LDO, LOA).
Anualidade/Periodicidade: vigência limitada ao

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