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6/6/2014 1 Profa. Dra. Daniela L. Ambrósio Ciclo do Ácido CítricoCiclo do Ácido Cítrico Ciclo do Ácido Tricarboxílico ou Ciclo de KrebsCiclo do Ácido Tricarboxílico ou Ciclo de Krebs 6/6/2014 2 Respiração celular: processo molecular por meio do qual as células consomem O2 e produzem CO2 - 3 fases Fase 1: moléculas combustíveis (glicose, AGs e aas) são oxidados a produzirem acetil-coenzima A (acetil-CoA) Fase 2: acetil-CoA entra no ciclo do ác. cítrico, sendo oxidado a CO2, sendo a energia conservada na forma de NADH e FADH2 Fase 3: as coenzimas reduzidas são oxidadas, doando prótons (H+) e e-. Os e- são transferidos ao O2 na cadeia respiratória. A energia liberada é conservada na forma de ATP (fosforilação oxidativa). PRODUÇÃO DO ACETIL-CoA - PDH: complexo multienzimático (múltiplas cópias de 3 enzimas), com a participação de 5 cofatores (TPP, FAD, Co-A, NAD e lipoato) - O piruvato é oxidado a acetil-CoA e CO2 pelo complexo da piruvato- desidrogenase (PDH) – reação irreversível - PDH: presente na mitocôndria das células eucarióticas e no citosol de bactérias, portanto a oxidação do piruvato só ocorre após a sua entrada na mitocôndria 6/6/2014 3 - Ocorre a descarboxilação oxidativa, onde um CO2 é removido do piruvato e os 2C remanescentes são convertidos ao grupo acetil da acetil-CoA - O NADH formado nessa reação doa o íon hidreto (:H-) para a cadeia respiratória - O acetil-CoA pode ser formado de CHs, lipídeos e aas - Grande parte do acetil-CoA é oxidado a CO2 e H2O, o excesso pode ser utilizado na biossíntese de ácidos graxos, colesterol e corpos cetônicos 6/6/2014 4 CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO - Também chamado de ciclo de Krebs ou ciclo do ácido tricarboxílico - O ciclo inicia com a condensação do acetil-CoA com o oxaloacetato para formar o citrato e termina com a regeneração do oxalacetato - As enzimas responsáveis pelo ciclo estão presentes na mitocôndria (matriz mitocondrial) - Apenas 7% da energia da glicose é liberada na glicólise, o restante é liberado na cadeia respiratória CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO (8 etapas) 1.Acetil-CoA doa grupo acetil ao oxalacetato (4C), formando o citrato (6C) 2.Formação de isocitrato via isomerização cis- aconitato Fe2+ Fe2+ 6/6/2014 5 3.Oxidação (NADH) e descarboxilação do isocitrato a α-cetoglutarato Mn2+ 4.descarboxilação oxidativa do α-cetoglutarato a succinil-CoA e CO2 – NAD+ e o acceptor de e- e o CoA transporta o grupo succinil 5.Conversão de succinil- CoA em succinato e produção de GTP, que transfere o grupo rico em energia ao ATP GTP + ADP GDP + ATP Nucleosideo-difosfato- quinase (Mg+) 6.Oxidação do succinato a fumarato – 2 átomos de H são removidos e transferidos ao FAD 7.Hidratação do fumarato a malato 8.Oxidação do malato ao oxalacetato (NADH) 6/6/2014 6 - Embora seja produzido somente 1 ATP por rodada, as 4 etapas do ciclo abastecem a cadeia respiratória via NADH e FADH2, levando a formação de ATP na fosforilação oxidativa EnergiaEnergia dasdas oxidaçõesoxidações 3 NADH 1 FADH2 1 ATP ou GTP Via anfibólica : serve tanto para processos catabólicos e anabólicos - Além do catabolismo oxidativo (CHs, AGs e aas), o ciclo fornece precursores para várias vias biossintéticas (aas, nts, glicose, transportadores de O2 e e-, AGs, hormônios) - Reações anapleróticas: reações de reposição quando há a utilização de um intermediário (em vermelho) – concentrações constantes 6/6/2014 7 - Em condições normais, a glicólise e o ciclo do acido cítrico estão integrados – qtd de glicose metabolizada suficiente para suprir o ciclo (ATP, NADH e citrato) - conversão do piruvato a acetil- CoA e a entrada no acetil-CoA no ciclo - reações de isocitrato- desidrogenase e α- cetoglutarato- desidrogenase Regulação do ciclo do acido cítrico FOSFORILAÇÃOFOSFORILAÇÃO OXIDATIVAOXIDATIVA 6/6/2014 8 - A fosforilação oxidativa é o ápice da produção de energia nos organismos aeróbios - A degradação de CHs, gorduras e aas convergem para este estágio final da respiração celular, produzindo ATP - Nos eucariotos, a fosforilação oxidativa ocorre nas mitocôndrias e envolve a redução de O2 a H2O com e- doados pela NADH e FADH2 - A membrana mitocondrial externa é permeável a moléculas pequenas e íons (porinas) e a membrana interna é impermeável, sendo o transporte de moléculas feito somente por transportadores específicos (translocases) - A membrana interna aloja os componentes da cadeia respiratória e a ATP-sintase 6/6/2014 9 - A fosforilação oxidativa se inicia pela entrada de e- na cadeia respiratória presentes nos aceptores de e-, NAD+ ou FAD - O NADH não pode atravessar a membrana interna da mitocôndria, mas os e- são transportados através dela indiretamente - A cadeia respiratória mitocondrial consiste de uma série de carregadores que agem sequencialmente, sendo a maioria deles proteínas integrais com grupos prostéticos capazes de aceitar ou doar um ou 2 elétrons - 3 tipos de transferências: 1) Transferência direta de e-, como na redução de Fe3+ a Fe2+ 2) Transferência na forma de um átomo de H (H+ + e-) 3) Transferência como íon hidreto (:H-), que tem 2 e- - Em adição ao NAD+ e FAD, outras 3 moléculas carregadoras de e- funcionam na cadeia respiratória: quinona hidrofóbica (ubiquinona), citocromos e proteínas ferro-enxofre 1) NAD (nicotinamida-nucleotideos) - Recebem os e- das reações de desidrogenases e os transportam para reoxidação A H H + N H R C O NH2 A + N R C O NH2 HH Substrato reduzido Substrato oxidado NAD+ NADH + H+ Moléculas carregadoras de elétrons 6/6/2014 10 2) Flavoproteínas (FAD e FMN) - Proteínas que apresentam as coenzimas flavínicas (FAD e FMN) como grupo prostético FMNH2 N N N NH H H3C H3C H O O CH2 C C OH OH C OHH CH2OPO3 H H H H + FMN H H N N N NH H H3C H3C H O O CH2 C C OH OH C OHH CH2OPO3 H++NADH 3) Ubiquinona - Aceptor de e- do complexo Fe-S, também chamada de coenzima Q (CoQ) 6/6/2014 11 4) Proteínas ferro-enxofre - O Fe não esta presente no heme, mas encontra-se em associação com átomos de S inorgânico ou com átomos de S dos resíduos de Cys na proteína - A transferência de e- se da pela oxidação ou redução do Fe do aglomerado Fe-S 5) Citocromo - As mitocôndrias contem 3 classes de citocromos: a, b e c (espectros de absorção de luz diferentes) - Proteínas conjugadas transportadoras de e- que apresentam uma porfirina ligada ao Fe como grupo prostético – forte absorção de luz visível 6/6/2014 12 - Na reação global da cadeia respiratória mitocondrial, os e- se movem do NADH, succinato ou outro doador primário de e-, através de flavoproteínas, ubiquinona, proteínas Fe-S e citocromos e, finalmente, ao O2 - Os e- são transportados da CoQ (ubiquinona) para citocromo b, cit c1, cit c, cit a e cit a3 - Os carregadores de e- da cadeia respiratória são organizados em complexos (I a IV) inseridos na membrana mitocondrial interna Complexo I: NADH-desidrogenase (NADH a ubiquinona) Complexo II: Succinato-desidrogenase (succinato a ubiquinona) Complexo III: Citocromo c-oxidorredutase (ubiquinona para citocromo c) Complexo IV: Citocromo-oxidase (citocromo c para O2) Complexo I NADH desidrogenase (NADH-Coenzima-Q redutase) Espaço intermembranoso NADH + H+ NAD Q Fe-S FMN 4 H+ - Transferência de um íon hidreto do NADH e um H+ da matriz para a ubiquinona (CoQ) e de 4 prótons da matriz para o espaço intermembrana Fosforilação oxidativa 6/6/2014 13 Complexo II Succinato desidrogenase NADH + H+NAD Succinato Fumarato Q Fe-S FMN 4 H+ Fe-S FAD - Os e- são transferidos do sitio de ligação do succinato a FAD, em seguida, aos 3 centros Fe-S e, finalmente, a CoQ (QH2) Espaço intermembranoso Complexo III CoQ – citocromo c-redutase NADH + H+ NAD Succinato Fumarato Q Fe-S FMN Cit c 4 H+ 4 H+ Cit c1 Fe-S Cit bFe-S FAD - Transferência de e- do ubiquinol (QH2) para o citocromo c, com o transporte de prótons (4H+) da matriz para o espaço intermembrana Espaço intermembranoso 6/6/2014 14 Complexo IV Citocromo-oxidase NADH + H+ NAD Succinato Fumarato ½O2 + 2H+ H2O Q Fe-S FMN Cit c 4 H+ 4 H+ 2 H+ Cit c1 Fe-S Cit b Cit a Cit a3FADFe-S Cit b 2e- - Os e- do citocromo c são carregados para o oxigênio molecular, reduzindo-o a H2O Espaço intermembranoso Inibidores da cadeia respiratória - Rotenona (substância vegetal tóxica utilizada em inseticidas), amital (barbitúrico) e piericidina (antibiótico) – inibição do fluxo de e- dos centros Fe-S do complexo I para a ubiquinona - Antimicina A (antibiótico) - Cianeto (CN-), monóxido de carbono (CO) e ácido sulfídrico (H2S) 6/6/2014 15 Modelo quimiosmótico SÍNTESE DE ATP - A diferença de potencial químico e elétrico impulsiona a síntese de ATP, a medida que os prótons fluem passivamente de volta a matriz (poro associado a ATP-sintase – força próton-motriz) 6/6/2014 16 1 NADH = 2,5 ATP 1 FADH2 = 1,5 ATP Produção total de ATP pela oxidação completa de glicose
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