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Direito Empresarial II compilado trabalhando

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Direito Empresarial II
Sociedade Limitada
Há controvérsia sobre a origem para uns, nasceu na Alemanha em 1892, sociedade por quotas de responsabilidade limitada, sendo adotada depois em Portugal(1901); Para outros, porque a legislação inglesa serve-se da expressão limited (1881), é britânica; A França instituiu em 1863 um tipo de sociedade anônima impropriamente chamado societé à responsabilité limitée. No Brasil, que a adotou sob o nome de sociedade por cotas de responsabilidade limitada, surgiu com o Decreto nº 3.708 de 10/01/19.
Decreto nº 3.708 de 10/01/19
Norma enxuta, sem formalismo exagerado com dezoito artigos;
Tinha na lei das sociedades anônimas, uma legislação supletiva das omissões do contrato social;
Em suas origens o Decreto despertara grandes controvérsias, depois pacificadas pela doutrina e jurisprudência;
O Código Civil de 2002(arts 1052 a 1087) regulou inteiramente a sociedade limitada, assim revogando o Decreto, passando a chamar-se sociedade limitada.
Conceito: O CC/2002, não a conceituou, deixando para os doutrinadores, entre algumas definições pode-se dizer que sociedade limitada é aquela na qual todos os sócios assumem, quer perante a sociedade, quer perante terceiros, uma responsabilidade limitada.
Natureza Jurídica: A sociedade limitada é de pessoas ou de capital, não pode haver sociedade sem sócios e capital, o que vai definir se é de pessoas ou de capital é a prevalência dos sócios sobre o capital, ou vice-versa. A maioria da doutrina diz tratar-se de sociedade de pessoas, já a minoritária de capital, sendo certo que segundo Mônica Gusmão tem natureza mista ou hibrida. 
Será de capital se o contrato permitir, por exemplo, a livre cessão e penhora de quotas ou possibilidade de ingresso na sociedade do herdeiro de sócio falecido.
Será de pessoas se proibi-la, condicioná-la à anuência dos sócios ou ao seu direito de preferência, ou proibir a entrada de herdeiro do sócio. 
Conclusão: A sociedade limitada surgiu como opção entre as sociedades tipicamente de pessoas e as sociedades de capital reunindo condições de umas e de outras, mereceu preferência dos que se propõem a contrair sociedade. Entre as características desta preferência:
A) simplicidade para a sua formação, em oposição às S/As;
B) responsabilidade restrita ao total do capital social, o que a extrema da sociedade solidária;
C) dispensa do pesado ônus da publicação de balanços e atos outros, tal como acontece coma as S/As;
D) liberdade de opção entre uso da firma social ou denominação, o que vale dizer, uma alternativa que a aproxima, a um só tempo, tanto da sociedade de pessoas como da sociedade por ações.
Responsabilidade dos sócios
 O CC/2002 disciplinou sucintamente no Art. 1052 – Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. A principal obrigação assumida pelo sócio no momento mesmo da constituição da sociedade é a de integralização do valor do capital social subscrito. Trata-se de obrigação pessoal.
A responsabilidade deve ser aferida sob dois aspectos:
Interna corpore =>em relação à sociedade => responsabilidade individual;
Erga omnes => em relação a terceiros => responsabilidade solidária. 
Toda a sociedade tem responsabilidade ilimitada perante a terceiros, respondendo com todo o seu patrimônio pela satisfação do credores. A responsabilidade dos sócios depende do tipo social adotado:
nas sociedades limitadas o sócio não responde pelas dívidas da sociedade porque sua responsabilidade se limita ao capital social;
Se este estiver integralizado, o sócio está isento de qualquer outra obrigação;
Eventuais credores da sociedade somente podem demandar os sócios pela quantia faltante na integralização do capital social.
Exceções: 
Art. 13 Lei nº 8.620/93
“O títular da firma individual e os sócios das empresas por cotas de responsabilidade limitada respondem solidariamente, com seus bens pessoais, pelos débitos junto à Seguridade Social”
Aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica (CC/2002, art 50)
abuso da personalidade, desvio de finalidade, confusão patrimonial.
Aplicação dos arts. 1015 e 1016 do CC/2002;
 excesso por parte dos administradores, operação estranha aos negócios, por culpa no desempenho das funções
Aplicação do art. 1080 do CC/2002;
 as deliberações infringentes do contrato ou da lei tornam ilimitada a responsabilidade dos que expressamente as aprovaram.
Aplicação do inciso III do art. 135 do CTN
Art. 135. São pessoalmente responsáveis ...atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. 
 As sociedades limitadas aplicam-se, basicamente, o capítulo IV(arts.1.052 a 1.087) do subtítulo II do livro II do CC/2002, nas omissões de sua regulação específica aplicam-se as normas da sociedade simples (art. 1.053). Os preceitos imperativos sobrepor-se-ão às cláusulas contratuais, restringindo a autonomia da vontade dos sócios. A disciplina da sociedade simples, no que tange às suas normas genéricas, constitui, segundo o CC/2002, uma verdadeira parte geral do direito societário, aplicando-se subsidiariamente, não apenas à sociedade limitada, mas todos os tipos societários (art. 1.089).
Para que a sociedade se personalize, é indispensável o arquivamento de seus atos constitutivos no Registro Público de Empresas Mercantis (Juntas Comerciais). O Art. 45 (completa que para a existência legal): Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Atos constitutivos
Diferenças Marcantes:
Sociedades limitadas => natureza contratual (contrato plurilateral).
Sociedades por Ações => natureza institucional (estatuto).
Sociedade Contratualista. 
Sociedade Simples / Empresária – É a sociedade limitada o tipo societário de maior presença na economia brasileira devido a suas características. Os empreendedores e investidores podem limitar as perdas, em caso de insucesso da empresa.
A contratualidade : as relações entre os sócios podem pautar-se nas disposições de vontade destes, sem o rigores ou balizamentos próprios do regime legal da sociedade anônima. Sendo a limitada contratual, e não institucional, a margem para negociações entre os sócios é maior.
Nome Empresarial: Firma Social / Denominação: Nome empresarial (art. 1.155) é o nome adotado por uma pessoa física ou jurídica para gerir o seu negócio, deve refletir a responsabilidade dos sócios e garantir o direito dos que contratam com a sociedade.
A sociedade limitada pode adotar como nome empresarial (art 1.158) :
Firma (§ 1º): Veronese Serrão Confecções Limitada; ou
Denominação (§ 2º) : Confecções Agulha e Linha Ltda.
§ 3º A omissão da palavra “limitada” determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.
Denominação x Firma
A adoção de denominação em vez de firma é mais vantajosa para a sociedade porque denominação não se altera com o ingresso ou dissidência de sócios, mas a firma tem que ser modificada com a saída do titular (art. 1.165)
O direito ao nome é próprio, personalíssimo, inalienável e intransferível;
Cabe ao sócio cujo nome tenha figurado na firma ou denominação pedir alteração do nome empresarial quando, por qualquer motivo, deixar a sociedade. 
Das quotas
 Quota pode ser vista como uma unidade representativa do capital social e como elemento que transfere ao seu detentor legítimo (por ato devidamente registrado no órgão de registro da sociedade ) o “ status “ de sócio do qual derivam -se direitos e obrigações. Quotas são frações indivisíveis do capital social. Veda-se, a participação de sócios que contribuamapenas com a prestação de serviços, sócios de indústria, (§ 2º do artigo 1.055).
É um direito do sócio perante a sociedade;
É um direito pessoal e patrimonial;
É sua participação na sociedade;
Natureza jurídica
As quotas conferem ao sócio um direito: 
patrimonial (direito a percepção de lucros, direito ao reembolso no caso do exercício do direito de retirada do sócio, direito à partilha na dissolução da sociedade) ;
 pessoal (confere a condição de sócio ao seu titular, direito de retirada, direito de fiscalização, direito de voto). 
Sucessão das quotas 
No caso de morte de sócio, suas quotas se transferem a seus herdeiros, por força da sucessão, caso não haja previsão expressa no contrato podem os sócios supérstites(aqueles que sobrevivem) optar pela dissolução da sociedade ou compor-se com os herdeiros.Art. 1.028. 
Penhora das Quotas
A penhora é possível, aplicadas as regras do artº 1026, que confere ao credor a faculdade de requerer que a execução recaia sobre os lucros do sócio devedor ou a liquidação de sua quota.
Cessão das Quotas
Na omissão do contrato (artº 1057) o sócio pode ceder total ou parcialmente sua quota a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de ¼ do capital social;
Responsabilidades do cedente de quotas
Art. 1.003. A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente modificação do contrato social com o consentimento dos demais sócios, não terá eficácia quanto a estes e à sociedade.
Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.
Das cotas do sócio remisso
No tocante ao sócio remisso, aquele que não integralizou suas cotas podem: tomá-la para si ou transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os juros de mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as despesas. 
Capital social
Capital social é o conjunto de contribuições realizadas ou a realizar pelos sócios para o fim específico de formação da sociedade. O capital da sociedade limitada divide-se em quotas, iguais ou desiguais e para a formação desse capital os sócios podem concorrer com dinheiro ou bens suscetíveis de avaliação pecuniária (art. 997, III). É expressamente vedada a contribuição que consista em prestação de serviços (artº 1055, § 2º), mas admitida nas sociedades simples (artº 1006). 
Quotas Preferenciais
 O contrato social poderá instituir cotas preferenciais, atribuindo aos seus titulares determinadas vantagens, tais como:
O direito a uma participação prioritária ou superior nos lucros a serem distribuídos, ou
Uma prioridade no reembolso do capital social no caso de liquidação.
Mas não poderá excluir qualquer dos sócios de dos lucros e das perdas (artº 1008);
Não poderão também sofrer privação do direito de voto (Artº 1072 cc. Artº 1010). 
Princípios
Estão relacionados ao capital social:
O Princípio da Realidade, que determina que o capital declarado no contrato social tem que corresponder ao valor real, não podendo ser fictício (a violação deste princípio para alguns doutrinadores, implica imputar responsabilidade pessoal e ilimitada aos sócios);
O Princípio da Intangibilidade, que não permite alterações injustificadas (aumento ou redução) senão por lei ou por contrato, com a respectiva alteração dos atos, constitutivos da sociedade. 
Aumento do Capital
O capital social somente poderá ser aumentado depois de integralizado (Artº 1.081);
Para o aumento do capital, que acarreta a alteração do contrato social demanda a lei a manifestação favorável de três quartos do capital social (Artº 1076, I). 
Redução do Capital Social
É admitida nas sequintes hipóteses (Artº 1082):
Se houver perdas irreparáveis
Será realizada com a diminuição proporcional do valor nominal das quotas, tornando-se efetiva após a averbação no registro competente da ata da assembleia que tenha aprovado (Artº 1083).
Se for excessivo em relação ao objeto da sociedade
Hipóteses de sócio remisso, sócio dissidente, etc.. Com a consequente devolução do valor das quotas dos sócios ou com o abatimento das prestações vincendas e respectiva diminuição proporcional, em ambos os casos, do valor nominal das quotas (Artº 1084).
Também depende do quorum especial de três quartos. 
Dos Sócios
Sendo titular de quotas sociais, e por conseguinte participantes da sociedade, os sócios matém em relação a esta direitos e deveres.
Direitos dos Sócios.
Direitos patrimoniais:
Participação nos resultados sociais;
Reembolso no caso do exercício do direito de retirada do sócio;
Direito à partilha na dissolução da sociedade.
Direitos pessoais:
Direito de retirada;
Direito de fiscalização;
Direito de Voto nas deliberações sociais. 
 
Direitos patrimoniais:
Participação nos resultados sociais:
 Representa a principal motivação para qualquer pessoa se unir a outras, numa sociedade empresária nas sociedades limitadas é matéria a ser negociada entre os sócios, de preferência mediante cláusula do contrato social, como não existe no CC/2002 tanto no capítulo relacionado à sociedade limitada e simples a destinação dos resultados, se o contrato estabelecer que a destinação será decidida pelos sócios, sem fixar nenhum percentual mínimo, a distribuição dos lucros será decidida pela maioria societária. Se o contrato eleger a LSA como diploma de regência supletiva e não disciplinar a destinação dos resultados, pelo menos metade do lucro líquido ajustado deve ser distribuída ente os sócios.
-Não havendo indicação no contrato, essa participação é proporcional ao capital de cada sócio (artº 1007);
-No contrato poderá estabelecer participação nos lucros distinta da participação do capital (art.1007), mas deverá pautar-se em limites razoáveis e até contratualmente justificados.
Direito ao reembolso no caso do exercício do direito de retirada do sócio
Exclusão do Sócio
• O sócio pode ser expulso ou excluído em quatro situações:
▫	A) se descumpre seus deveres de sócio(expulsão como sanção);
▫	B) se tem suas quotas liquidadas a pedido do credor(expulsão não sancionadora);
▫	C) se entra em falência (expulsão não sancionadora);
▫	D) se é declarado incapaz(expulsão não sancionadora).
Expulsão como sanção
•	A expulsão do sócio pode ser feita sempre que a causa for a mora na integralização do capital social ou por deliberação da maioria societária, em reunião ou assembléia de sócio convocada especialmente para essa finalidade, desde que o contrato social contenha cláusula que a permita (exclusão extrajudicial);
Expulsão Não sancionadora
•	Duas hipóteses são tratadas como expulsão de pleno direito, opera-se extrajudicialmente ( a decretação da falência do sócio e a liquidação da quota a pedido de credor – artº 1030, § único) neste caso impositivo, a sociedade não pode negar-se a efetivá-lo, tendo em vista a proteção de terceiros; O sócio pode ser expulso em razão de incapacidade superveniente (artº 1030, caput in fine), e depende de decisão judicial, aqui não é de pleno direito, os sócios não estão obrigados a promovê-la, caso entendam inexistirem motivos para temer pelo sucesso da sociedade;
Da Administração
 A sociedade é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado (artº 1060); O mandato de administrador pode ser por prazo determinado (art.º 1063), ou indeterminado, com possibilidades de renovação. 
 A administração da sociedade só poderá ser exercida por pessoas físicas ou naturais (Artº 1062, § 2º). Se uma sociedade limitada for constituída por apenas sócios pessoas jurídicas e não sendo contratualmente admitidos administradores não sócios, a administração da sociedade limitada será exercida pelos representantes legais das sócias pessoas jurídicas;
O cargo de administrador cessa:
• I – pelotérmino do mandato, não havendo renovação (artº 1063, caput, parte final);
• II – pela destituição, em qualquer tempo (artº 1063, caput, primeira parte);
• III – por renúncia (artº 1063, § 3º): terá efeito entre os sócios desde sua comunicação e para terceiros a partir da averbção e publicação.
Poderes. Atribuições
• O contrato social tem de especificar com clareza a forma de exercício da administração (se em conjunto ou isoladamente, ou seja, se conjuntiva ou disjuntiva), os poderes do administrador e suas atribuições, caso contrario poderá o administrador praticar todos os atos exceto alienar bens imóveis quando não constituir objeto social;
Poderes do Administrador.
• Comuns ou Intra Vires – são poderes de gestão. Ex: atos relativos ao objeto social, admissão, demissão de empregados, etc.
• Especiais ou Ultra Vires - obrigatoriedade de outorga expressa; são poderes especiais de mandato; Ex: fiança, aval, venda, etc.
Responsabilidade.
• Espera-se que o administrador exerça suas funções com o cuidado e a diligência com que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios (artº 1011) ;
• Apura-se a responsabilidade dos administradores: Em regra, os administradores não respondem pessoalmente por atos praticados nos limites de seus poderes; Respondem solidariamente, por culpa, perante a sociedade e terceiros prejudicados (artº 1011, § 2º).4.6 Destituição do Administrador
Conselho Fiscal
 Órgão fiscalizador da sociedade, cumprindo-lhe o exame dos atos dos administradores e o cumprimento, por parte destes, das disposições legais e contratutais. Só se justifica nas sociedades em que houver número significativo de sócios afastados do cotidiano da empresa; Composto por 3 ou mais membros e seus suplentes.
•	Art. 1.069. Além de outras atribuições determinadas na lei ou no contrato social, aos membros do conselho fiscal incumbem, individual ou conjuntamente, os deveres seguintes:
•	I - examinar, pelo menos trimestralmente, os livros e papéis da sociedade e o estado da caixa e da carteira, devendo os administradores ou liquidantes prestar-lhes as informações solicitadas;
•	II - lavrar no livro de atas e pareceres do conselho fiscal o resultado dos exames referidos no inciso I deste artigo;
•	III - exarar no mesmo livro e apresentar à assembleia anual dos sócios parecer sobre os negócios e as operações sociais do exercício em que servirem, tomando por base o balanço patrimonial e o de resultado econômico;
•	IV - denunciar os erros, fraudes ou crimes que descobrirem, sugerindo providências úteis à sociedade;
•	V - convocar a assembléia dos sócios se a diretoria retardar por mais de trinta dias a sua convocação anual, ou sempre que ocorram motivos graves e urgentes;
•	VI - praticar, durante o período da liquidação da sociedade, os atos a que se refere este artigo, tendo em vista as disposições especiais reguladoras da liquidação.
Da deliberação dos sócios
• As matérias listadas no art. 1071 e as indicadas em lei ou no contrato dependem de deliberações dos sócios;
• Três são as formas pelas quais os sócios podem deliberar sobre questões relacionadas à sociedade limitada:
▫ A) assembleia: obrigatória quando o número de sócios é superior a 10 (art. 1072, § 1º);
▫ B) reunião: substitui a assembleia nas sociedades com até 10 sócios;
▫ C) documento escrito: substitui a assembleia e a reunião (art. 1072, § 3º).
Os efeitos das deliberação dos sócios
•	As deliberações tomadas de conformidade com a lei e o contrato vinculam todos os sócios, ainda que ausentes ou dissidentes (art. 1072, § 5º);
•	No caso do inciso VIII do art. 1071 (pedido de concordata,), os administradores podem requerer a concordata preventiva, se houver urgência e aprovação de titulares de mais da metade do capital social (recuperação judicial, extrajudicial, Lei
11.101/05);
•	As deliberações infringentes do contrato social ou da lei determinam a ilimitação da responsabilidade dos sócios que as aprovaram (art.1080);
•	A aprovação, sem reservas, do balanço patrimonial do resultado econômico, exonera de responsabilidade os membros da administração e os do conselho fiscal se houver, exceto nos levantamentos dos balanços com erros, dolo ou simulação (art.
1078, § 3º);
•	Estando em ordem os balanços, extingue-se em dois anos o direito de anular a aprovação.
5.1 Reunião e Assembleia.
• Antes do Novo Código Civil as decisões nas sociedades limitadas eram tomadas em simples reuniões dos sócios, prevalecendo a maioria do capital social;
• Com o Novo Código Civil criou dois mecanismos distintos:
▫ A) a assembleia;
▫ B) a reunião.
• A diferença está na aplicabilidade ou não das regras dispostas nos arts. 1074, 1075 e 1078.
• Se por outro lado o contrato social dispuser sobre qualquer dos assuntos constantes dos artigos acima e tiverem até 10 sócios, aplicar-se-ão as disposições pactuadas pelos sócios.
A) a assembleia
• É obrigatória se o número de sócios for superior a dez
(artº 1072, § 1º );
• Deverá seguir, além de outros, os arts. 1074, 1075 e
1078;
• Quem pode convocar além dos administradores : Vide artº 1073;
• Quórum de instalação: vide artº 1074;
• Como convocar: vide artº 1.152, § 3º;
• Quem irá presidir e secretariar, como proceder : vide artº 1075;
• Quórum de deliberação: vide artº 1076;
• Periodicidade e objetivos: vide artº 1078.
B) a reunião.
• Utilizada nas sociedade de até 10 sócios;
• A forma de convocação e quórum de instalação deve ser estabelecida no contrato social;
• O contrato social pode estabelecer também outras regras mais simples, tais como: dispensa de publicação, registro em livro de ata (substituição por documento assinado pelos sócios), etc..
• caso contrário, adota-se as disposições previstas para assembleia ( art. 1079 e § 6º do art. 1072);
5.2 Legitimidade de convocação.
• Poderão ser convocadas pelos administradores, mas também (artº 1073):
▫	Qualquer dos sócios, se os administradores retardarem por mais de sessenta dias os casos previstos em lei ou no contrato;
▫	Titulares de mais de um quinto do capital, se esta solicitada aos administradores, não se fizer no prazo de oito dias;
▫	O Conselho Fiscal, se esta sofrer atraso de mais de trinta dias ou se ocorrem motivos graves e urgentes.
5.3 Formas de convocação.
• As convocações se farão mediante publicação no
Diário Oficial e em jornal de grande circulação.
• Vide o § 3º do art. 1152:
▫ Anuncio de convocação;
▫ Três vezes;
▫ Mediar o prazo mínimo:
 Oito dias para a primeira convocação
 Cinco dias para as posteriores.
5.3.1.Dispensa de formalidade
• A convocação somente será dispensada se todos os sócios estiverem presentes ou se declararem cientes do local, data, hora e ordem do dia da reunião (§ 2º do art. 1072);
5.3.2 Dispensa da Deliberação.
• Pode-se evitar a própria reunião ou assembleia, se todos os sócios firmarem documento decidindo as matérias que seriam objeto de deliberação colegiada (art. 1072, § 3º).
5.4 Direito de Retirada.
Direito de retirada, também conhecido como recesso ou dissidência
• Sendo as decisões sociais ordinariamente tomadas por maioria do capital social, é comum que o sócio vencido não mais tenha pretensão de continuar na sociedade, interessando-lhe a saída imediata;
• Art. 1077 Quando houver modificação do contrato, fusão ou da sociedade, incorporação de outra, ou dela por outra, terá o sócio que dissentiu direito de retirar-se da sociedade, nos trinta dias subsequentes à reunião, aplicando-se, no silêncio do contrato social antes vigente, o dispositivo do art. 1031.
Recordando...
•	Retirada é o direito de o sócio se desligar dos vínculos que o unem aos demais sócios e à sociedade, por ato unilateral de vontade;
•	O sócio impõe à pessoa jurídica, por sua exclusiva vontade, a obrigação de lhe reembolsar o valor da participação societária;
•	O exercício deste direito variam, segundo o tipo desociedade :
Limitada de prazo indeterminado:
	O sócio pode retirar-se a qualquer momento (artº 1029, primeira parte): a saída depende apenas de notificação prévia (desnecessidade de motivação) aos demais sócios, com antecedência mínima de sessenta dias.
Limitada de prazo determinado:
	O sócio não pode desligar-se das obrigações que contratou sem a concordância dos demais contratantes, enquanto não
transcorrer o tempo escolhido de comum acordo. Mas se houver justa causa, admite-se a retirada por ordem do juiz (artº 1029, segunda parte).
Limitada com regência supletiva pelas normas da sociedade anônima :
	Admite-se apenas a retirada motivada, não há na LSA, nenhuma hipótese em que o acionista pode imotivadamente impor o desinvestimento à sociedade. O recesso é cabível, apenas nas hipóteses especificamente indicadas pela LSA.
5.4.1 Reembolso. Apuração parcial de
haveres .
• O sócio retirante tem direito ao reembolso de sua participação societária, calculado com base no patrimônio líquido da sociedade;
• Vide art. 1031 caput e § 2º
5.5 Deliberações contrárias à lei ou ao
contrato social.
• O voto contrário à lei ou ao contrato acarreta a responsabilidade pessoal e ilimitada do sócio que o proferir (art. 1080);
• Logicamente está relacionada aos efeitos danosos decorrentes, para:
▫ A sociedade;
▫ Demais sócios;
▫ Terceiros.
6. Sociedade Anônima
•	As sociedades anônimas correspondem à forma jurídico- societária mais apropriada aos grandes empreendimentos econômicos, por isso é uma sociedade de capital;
•	Uma sociedade por ações pode adotar o tipo anônima ou em comandita por ações;
• Se o capital social é divido em ações, diz-se anônima (artº 1088
CC e artº 1º da Lei nº 6404/76);
•	A responsabilidade do sócio ou acionista limita-se ao preço de emissão das ações subscritas (negociadas diretamente com a companhia no momento de sua constituição ou aumento de capital) ou adquiridas (artº 1º LSA);
•	Quanto aos atos constitutivos tem natureza constitucional porque além de ser formada por um estatuto sua organização é de interesse público em face da maior ingerência do Estado na sua constituição e operação;
•	A Lei nº 10.303/2001 alterou parcialmente a LSA e trouxe à cena a “governança corporativa”, veja Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, publicado pelo IBGC.
6.1 Evolução Histórica.
• Há divergências quanto a sua origem;
• Mas todos concordam com o surgimento de dois empreendimentos que tinham como características a sociedade anônima de hoje:
▫	1407, Gênova, Casa de São Jorge, direito de cobrar impostos por parte dos credores, transformando-se em poderosa instituição financeira e desaparecida em 1816;
▫	1604, Companhia Holandesa das Índias Orientais e logo seguida (1621) pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, primeiras das muitas companhias coloniais que surgiram com o objetivo de explorar o Novo Mundo.
A S/A teve três sistemas de formação:
• Sistema de privilégios (séculos XVII e XVIII):
▫	Ato de outorga do poder estatal, o rei ao permitir o empreendimento comercial, concedia um verdadeiro privilégio aos investidores;
▫	A personalização e a limitação da responsabilidade dos acionistas eram privilégios concedidos pelo monarca e, em geral, ligavam-se a monopólios colonialistas;
• Sistema da autorização (primeira metade do sec. XIX):
▫	Decorriam de autorização governamental, com a edição do Code de Commerce (1807) na França substituindo o sistema anterior
• Sistema da livre constituição (segunda metade do sec.
XIX):
▫	Surgiu no direito Inglês e difundiu-se no continente, graças ao acordo de livre comércio celebrado em 1862 entre França e Inglaterra
▫	Bastavam o registro, no órgão próprio e a observância do regime legal específico.
A sociedade anônima no Brasil - ato
de outorga
• No período colonial e no início do Império, as sociedades anônimas se constituíam por ato de outorga do poder real ou imperial;
• O Banco do Brasil, foi constituído em 1808, com a chegada da família real, mediante alvará do regente D. João VI.
A sociedade anônima no Brasil – sistemas de autorização e livre
•	Surge com a edição do Decreto 575, de 1849, a aprovação do seu estatuto dependiam de autorização por parte do governo;
• Logo em seguida o Código Comercial (1850), que em seus arts.
295 a 299, a regulamentava permanecendo a necessidade de
autorização para a sua constituição. Foi abolido em 1882;
• Surge o Decreto Lei 2.627/1940 de alta qualidade legislativa;
•	Devido a evolução econômica do Brasil na década de 70, tornou-se necessária a edição de uma nova Lei que completasse um sistema de proteção mais eficaz ao acionista minoritário, além de propiciar o fortalecimento do mercado de capitais  Lei 6404/76;
•	A LSA sofreu modificações em seu texto original para facilitar o processo de privatização das sociedades cujas ações estavam em poder do Estado  Lei 9457/97;
•	Mais tarde nova lei que procura restaurar os direitos dos acionistas minoritários para tornar o mercado de capitais mais atrativo para o investidor  Lei 10303/2001.
Características atual do direito societário
brasileiro para as sociedades anônimas
• Caracteriza a dualidade de sistemas:
▫	O de regulamentação para as companhias fechadas;
▫ O de autorização para as abertas
6.2 Conceito.
• A sociedade anônima, também referida pela expressão “companhia”, é a sociedade empresária com capital social dividido em ações, espécie de valor mobiliário, na qual os sócios, chamados acionistas, respondem pelas obrigações sociais até o limite do preço de emissão das ações que possuem;
• Anônima é a sociedade empresária com capital social dividido em valores mobiliários representativos de um investimento (as ações), cujos sócios têm, pelas obrigações sociais, responsabilidade limitada ao preço de emissão das ações que titularizam.
Conceito e Natureza Jurídica.
• A SOCIEDADE ANÔNIMA É UMA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO,
EMPRESÁRIA POR DETERMINAÇÃO LEGAL,
CUJO CAPITAL SOCIAL É DIVIDIDO EM AÇÕES, EM QUE OS SÓCIOS(ACIONISTAS) TÊM RESPONSABILIDADE LIMITADA AO PREÇO DE EMISSÃO DAS AÇÕES SUBSCRITAS OU ADQUIRIDAS E QUE SE IDENTIFICA SOB A FORMA DE DENOMINAÇÃO.
Natureza Jurídica e Diferenças
• Sociedade Anônima = SOCIEDADE INSTITUCIONAL + SOCIEDADE DE CAPITAIS;
X
• Sociedade Limitada = SOCIEDADE
• CONTRATUALISTA + SOCIEDADE DE CAPITAIS / PESSOAS
6.3 Características das Sociedades Anônimas
• Divisão do capital em ações, com ou sem valor nominal (artº 11
LSA);
• Sociedade de Capital;
•	Responsabilidade dos acionistas limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas (artº 1º LSA);
• Constituição por subscrição pública ou particular (artºs 82 e 88
LSA);
•	Adoção de uma denominação como nome empresarial (artº 3º LSA);
• Formação por dois ou mais acionistas (artº 80, I LSA);
•	Caráter sempre empresarial por força de lei, independentemente de seu objeto (artº 2º, § 1º LSA);
•	Existência de três órgãos obrigatórios: assembleia geral, diretoria e conselho fiscal;
•	Por sua natureza capitalista, admissibilidade de livre negociação e penhora de ações por dívidas particulares dos acionistas.
6.4 Responsabilidade Limitada dos sócios.
•	O Artº 1º da LSA: “A companhia ou sociedade anônima terá o capital social dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço da emissão das ações subscritas ou adquiridas”;
•	O Artº 1088 do CC: “Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir”
•	O acionista contrai com a sociedade que passa a integrar uma obrigação a de realizar, nas condições previstas no estatuto ou no boletim de subscrição, a prestação correspondente à ações subscritas ou adquiridas;
•	Integralizadas estas, nenhuma responsabilidade subsiste, quer para com a sociedade, quer paracom terceiros;
•	Não integralizadas as ações, na forma do que prescrever o estatuto ou o boletim de subscrição, e, na omissão destes, por avisos de chamada, publicados por três vezes na imprensa, decorrido o prazo de 30 dias, estará o acionista de pleno direito constituído em mora, facultando à companhia haver seu crédito por processo de execução por título extrajudicial (art. 107, I, da LSA c/c com o art.º 585, do CPC);
•	Revestem-se, pois, o boletim de subscrição e o aviso de chamada de eficácia executiva, ensejando, por isso mesmo, a execução forçada (art. º 566 CPC);
•	Pode a companhia, em lugar de executar diretamente o acionista remisso, determinar a venda de suas ações na Bolsa de Valores, mediante leilão especial (art. 107, II LSA)
6.6 Análise comparativa sociedade
limitada do Código Civil.
• Sociedade Anônima = SOCIEDADE INSTITUCIONAL + SOCIEDADE DE CAPITAIS X
• Sociedade Limitada = SOCIEDADE CONTRATUALISTA + SOCIEDADE DE
CAPITAIS / PESSOAS;
• ART. 982 CC “Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por OBJETO o exercício de	atividade própria de empresário sujeito a registro (art.967);e, simples as demais.”
• Parágrafo Único – Independentemente de seu objeto, considera-se EMPRESÁRIA a sociedade por ações; e, simples a cooperativa.
6.7 Comandita por ações
• É a sociedade cujo capital social se divide em ações, valores mobiliários representativos do investimento dos sócios nela realizado;
• É regulada nos artºs 280 a 284 da LSA mas o CC as prevê nos artºs 1090 a 1092;
• Na comandita por ações, o acionista, se não participa da administração da sociedade, tem a responsabilidade limitada ao preço de emissão das ações que subscreveu ou adquiriu;
• Já o que exerce funções de diretor (ou administrador) responde pelas obrigações da sociedade constituídas durante a sua gestão, de forma subsidiária (após o exaurimento do patrimônio social), ilimitada (sem qualquer exoneração) e solidária (com os demais membros da diretoria).
Responsabilização dos diretores
• A responsabilização dos diretores submete-se a regras próprias (artºs 1091 e 1092 CC):
▫ Define que somente o acionista pode ser diretor;
▫	Não é eleito em assembleia mas nomeado e qualificado no estatuto;
▫	Não exerce mandato, a sua investidura nos poderes de representação legal da pessoa jurídica não é limitada no tempo;
▫	A destituição do diretor depende da vontade de acionistas que titularizem ações representativas de pelo menos 2/3 do capital social;
▫	O nome empresarial da sociedade pode constituir-se também sob a modalidade de firma, com a ostentação dos nomes civis de um ou mais diretores ou administradores (Artº 1160 CC);
Semelhanças e Diferenças
•	O regime da comandita por ações é o das sociedades anônimas, são ambas sociedades de capital e institucionais;
•	A diferença essencial com a outra sociedade por ações, a sociedade anônima, está na responsabilidade de parte dos sócios, os que administram a empresa, pelas obrigações sociais;
• As ações das comanditas podem ser ordinárias e preferenciais;
•	Os titulares das preferenciais devem ter vantagens estatutárias na distribuição dos resultados, e podem sofrer restrição ou supressão do direito de voto;
•	As comanditas podem ser abertas, para fins de captação de recursos junto ao mercado de capitais, ou fechadas;
•	Os sócios têm direito ao dividendo mínimo definido nos estatutos.
7. Companhia Aberta e Companhia
Fechada
• A principal classificação das sociedades anônimas divide- as:
▫	Abertas: aquelas cujos os valores mobiliários são admitidos à negociação nas bolsas de valores ou no mercado de balcão;
▫	Fechadas: as demais, isto é, as que não emitem valores mobiliários negociáveis nesses mercados.
• Artº 4º LSA, Para os efeitos desta lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários.
• Internamente as duas contam com os mesmos mecanismos de funcionamento, o que não acontece quanto ao relacionamento entre sociedade e público em geral, assumindo as companhias abertas diversas responsabilidades, todas elencadas na LSA.
7.1 Conceitos. Características.
Aberta
•	Aberta, é a companhia que procura captar recursos junto ao público, seja com emissão de ações, debentures, partes beneficiárias ou bônus de subscrição, ou ainda depósitos de valores mobiliários e que, por isso mesmo, tenha admitido tais valores à negociação:
▫ Em Bolsa ou
▫ no mercado de balcão .
•	Devem estar registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o seu regime jurídico está voltado a atender a necessidade de proporcionar a captação dos consideráveis recursos econômicos necessitados pelos grandes empreendimentos empresariais;
•	É crime, punido com reclusão de 2 a 8 anos, e multa, proceder à captação de recursos junto à generalidade dos investidores sem a observância da autorização do governo (Artº 7º da Lei nº 7492/86)
7.1 Conceitos. Características.
Fechada
• Fechada é a companhia que não formula apelo à poupança pública, obtendo recursos entre os próprios acionistas ou subscritores.
• É a sociedade anônima tradicional, restrita a famílias ou grupos e que, por isso mesmo, dispensa a tutela estatal, ao contrário do que ocorre com a companhia aberta;
• Companhia fechada de pequeno porte (Artº 294
LSA): é considera a companhia que tiver menos de
20 acionistas e patrimônio líquido inferior a R$ 1 milhão. Estará isenta de diversas obrigações comuns às demais.
7.2 Mercado de Valores Mobiliários
•	É um segmento do mercado financeiro que tem como característica o investimento em captações públicas, em dinheiro ou bens com valor monetário, onde o investidor fornece capital de risco a um empreendimento ou projeto;
•	Nestes casos, o investidor não tem poder de gerenciamento direto, mas pode vender sua participação a qualquer momento (no mercado aberto) ou numa data de vencimento previamente especificada, se houver um contrato;
•	Todas as atividades referentes a valores mobiliários e todos aqueles que estão envolvidos com estas atividades compreendem o mercado de valores mobiliários e submetem-se à disciplina e fiscalização da CVM;
•	É comum encontrarmos a caracterização do mercado de valores mobiliários, também denominado de mercado de capitais, como aquele no qual as operações são normalmente efetuadas diretamente entre poupadores e empresas, ou por meio de intermediários financeiros não- bancários,
•	diferenciando-se, do mercado financeiro, no qual os bancos atuam como parte na intermediação, interpondo-se entre aqueles que dispõem de recursos e aqueles que necessitam de crédito.
principais leis relativas ao Mercado de Valores Mobiliários brasileiro
• Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976
Cria a CVM e disciplina o mercado de capitais
• Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976
Lei das sociedades por ações
• Lei nº 7.940, de 20 de dezembro de 1989
Institui a Taxa de Fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários, e dá outras
providências.
• Lei nº 8.666, de 25 de junho de 1993
•	Dispõe sobre a constituição e o regime tributário dos Fundos de Investimento Imobiliário e dá outras providências.
Lei nº 9.613, de 03 de dezembro de 1998
•	Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, e dá outras providências.
• Lei 10214, de 27 de março de 2001
Dispõe sobre a atuação das câmaras e dos prestadores de serviços de compensação e de liquidação,
no âmbito do sistema de pagamentos brasileiro, e dá outras providências.
• Lei nº 10.198, de 12 de fevereiro de 2001
Dispõe sobre a regulação, fiscalização e supervisão dos mercados de títulos ou contratos de
investimento coletivo, e dá outras providências.
• Lei nº 10.931, de 02 deagosto de 2004
Dispõe sobre o patrimônio de afetação de incorporações imobiliárias, Letra de Crédito Imobiliário,
Cédula de Crédito Imobiliário, Cédula de Crédito Bancário, altera o Decreto-Lei no 911, de 1o de
outubro de 1969, as Leis no 4.591, de 16 de dezembro de 1964, no 4.728, de 14 de julho de 1965, e no
10.406, de 10 de janeiro de 2002, e dá outras providências.
• Lei nº 11.076, de 30 de dezembro de 2004
Dispõe sobre o Certificado de Depósito Agropecuário - CDA, o Warrant Agropecuário - WA, o
Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio - CDCA, a Letra de Crédito do Agronegócio - LCA e
o Certificado de Recebíveis do Agronegócio - CRA, altera a Taxa de Fiscalização de que trata a Lei no
7.940, de 20 de dezembro de 1989, e dá outras providências
• Lei nº 11.101, de 09 de fevereiro de 2005
Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.
• Lei 12527, de 18 de novembro de 2011
Lei de Acesso à Informação Pública
destaque
• A Lei que criou a CVM (6385/76) e a Lei das Sociedades por Ações (6404/76) disciplinaram o funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atuação de seus protagonistas, assim classificados:
▫ as companhias abertas,
▫ os intermediários financeiros e os investidores,
▫	além de outros cuja atividade gira em torno desse universo principal.
7.2.1 Mercado de Balcão
•	É toda a negociação com valores mobiliários operada fora da bolsa de valores, através dos intermediários próprios do sistema de distribuição;
• É formado pelos intermediários do sistema com atuação fora da bolsa;
•	Estes intermediários são as instituições financeiras e sociedades que tenham por objeto a distribuição ou compra para revenda de valores mobiliários, e ainda os agentes autônomos e sociedades que exerçam a mediação na negociação desses títulos;
•	A colocação primária de títulos é promovida, com exclusividade, no mercado de balcão;
•	A sociedade anônima, ao deliberar uma emissão pública de ações, terá que contratar uma instituição ou um conjunto de instituições (pool) para a colocação de seus papéis, o que se fará através das lojas, agências e pontos de venda dessas instituições;
•	Este mercado não funciona somente como mercado primário, também poderão ser revendidos valores mobiliários. Ações não admitidas à bolsa são revendidas pelos acionistas unicamente nesse mercado;
• O balcão funciona, então como mercado primário e secundário.
7.2.2 Bolsa de Valores
•	São entidades de natureza privada, funcionando sob a forma de associação ou sociedade;
•	No seu recinto, em período horário predeterminado, realizam-se diariamente operações com valores mobiliários, basicamente ações, verificando-se o chamado pregão;
• Atualmente esta negociação é feita através de sistema eletrônico (In.CVM nº
376/02);
•	Os preços das ações flutuam em função da lei da oferta e da procura, bem como das notícias divulgadas sobre o desempenho das sociedades, suas perspectivas, seus balanços;
•	A situação do país também influi, de maneira global, sobre os preços das ações como também a situação da economia global;
•	Somente sociedades registradas na CVM, para esse fim, poderão ter suas ações admitidas à negociação na bolsa de valores;
•	É um mercado secundário, pois em seu recinto não são negociadas ações novas, mas sim ações já do domínio de acionistas;
•	Uma vez entrados em circulação, os valores mobiliários serão objeto de negociações sucessivas na Bolsa de Valores ou no Mercado de Balcão
7.2.3 Mercado Novo
• Neuer markt, ideia surgida na Alemanha, para distinguir na bolsa de valores, as ações que adotam determinadas regras (diferentes níveis de proteção) estabelecidas pelo mercado, das que não as acolhem;
• A BOVESPA vem operando esse tipo de distinção;
• As condições para que uma empresa seja listada no novo mercado estariam relacionadas à garantia estatutária de certas regras consideradas benéficas aos acionistas minoritários (apenas ações com voto,
direito ao tag along, auditoria trimestral, conselho fiscal com maior participação dos minoritários, maior volume de ações no mercado).
Governança corporativa
 Governança corporativa é um sistema pelo qual as sociedades são geridas a partir do relacionamento entre acionistas, conselho de administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal. Boas práticas de governança corporativa visam aumentar o valor da empresa, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua perenidade.
 Para adequar-se a essa tendência, a BM&FBOVESPA criou segmentos especiais para a listagem de companhias abertas, cada um deles com diferentes exigências relativas aos direitos dos acionistas e à prestação de informações.
 O Novo Mercado, principal segmento, abriga companhias que emitem exclusivamente ações com direito a voto (ON). Além
disso, exige a publicação de informações segundo padrões internacionais ou norte-americanos e a adesão à Câmara de Arbitragem do Mercado para a resolução de conflitos entre acionistas.
 Os outros dois segmentos — os Níveis Diferenciados de Governança Corporativa 1 e 2 — permitem a listagem de companhias com ações sem direito a voto, mas, no Nível 2, em alguns casos, os detentores de ações PN podem votar.
 Já no Nível 1, verifica-se expressiva melhoria na
prestação de informações em comparação ao exigido por lei. Em todos os segmentos, requerem-se a manutenção de pelo menos 25% das ações em circulação.
7.2.4 Balcão Organizado
• A In. Nº 461/07 CVM, disciplina o chamado mercado de balcão organizado, a ser desenvolvido por entidades (associações ou sociedades);
• Constitui-se com a finalidade específica de manter um sistema adequado de negociação de títulos e valores mobiliários de renda variável, sob a fiscalização dessas entidades, que devem promover o seu registro e divulgação.
7.3 Comissão de Valores Mobiliários
• A sua atuação encontra-se restrita às companhias abertas, pois somente estas podem recorrer ao mercado;
• Sendo ilegítima toda e qualquer ingerência sua em companhias fechadas, ressalvando-se no caso específico das sociedades beneficiárias de
incentivos fiscais fechadas (In. CVM nº 265/97).
7.3.1 Conceito . Características CVM
• É uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, com funções especificamente correlacionadas ao mercado de títulos emitidos pelas sociedades anônimas;
• Tem funções:
▫ Fiscalizadora;
▫ Regulamentar;
▫ Registrária;
▫ Consultiva;
▫ Fomento.
Funções da CVM
•	Fiscalizadora: objetiva coibir abusos, fraudes e práticas não equitativas, bem como promover um fluxo permanente e correto de informações aos investidores;
▫	Neste exercício poderá realizar inquéritos e punir administradores, acionistas controladores e intermediários do mercado que tenham agido de forma incorreta.
•	Regulamentar: envolve a expedição de atos normativos (instruções) disciplinadores de matérias expressamente previstas na lei de sociedades por ações (Artº 8º, inciso I, Lei nº
6385/76);
▫	Qualquer regulamentação que não esteja prevista incorrerá em vício de competência, sendo juridicamente inexistente. Sua competência regulamentar não é geral, ela é restrita e específica.
• Registrária: compreende basicamente duas modalidades:
▫	O registro da empresa, tanto para negociação na bolsa como para negociação no mercado de balcão;
▫ O registro da emissão;
▫	Ao registrar deverá a CVM verificar se encontram atendidas as exigências legais, trata-se de um exame restrito à legalidade formal.
 		Não podendo interferir em questões de mérito, que correspondam a conflitos entre a sociedade e acionistas;
 Conflitos estes decorrentes da interpretação de normas legais, que são competência do
Poder Judiciário.
•	Consultiva: é exercida junto aos agentes do mercado e investidores, através dos chamados pareceres de orientação, os quais devem limitar-se às questõesconcernentes às matérias de competência da própria CVM (Artº 13, Lei nº 6385/76);
•	Fomento: cumprindo-lhe estimular e promover o desenvolvimento do mercado de valores mobiliários , através de campanhas, seminários, estudos e publicações.
Seu poder Regulamentar ou normatizador abrange todas
as matérias referentes ao mercado de valores mobiliários
Cabe à CVM, entre outras, disciplinar as seguintes matérias:
• registro de companhias abertas;
• registro de distribuições de valores mobiliários;
•	credenciamento de auditores independentes e administradores de carteiras de valores mobiliários;
•	organização, funcionamento e operações das bolsas de valores;
•	negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários;
•	administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários;
•	suspensão ou cancelamento de registros, credenciamentos ou autorizações;
•	suspensão de emissão, distribuição ou negociação de determinado valor mobiliário ou decretar recesso de bolsa de valores;
Os atos decorrentes das atribuições
normativas
•	Nomenclaturas dos atos públicos expedidos pela CVM no exercício de suas atribuições normativas:
▫ Instrução: regulamenta matérias expressamente previstas nas
Leis 6385/76 e 6404/76;
▫ Deliberação: atos de competência do colegiado, nos termos do
Regimento Interno;
▫	Parecer: responde à consulta específica que vier a ser formulada por agentes do mercado e investidores;
▫	Parecer de orientação: entendimento sobre a matéria que lhe cabe regular;
▫	Nota explicativa: torna públicos os motivos que levaram a baixar norma ou a apresentar proposição ao CMN;
▫ Portaria: atos que envolvam aspectos da administração interna;
▫	Ato declaratório: credencia ou autoriza o exercício de atividades no mercado de valores mobiliários.
LEI Nº 6.385, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1976
• Dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e cria a Comissão de
Valores Mobiliários.
• Caputs“ e incisos com redação dada pela Lei nº 10.303, de
31.10.2001.
• CAPÍTULO I
• Das Disposições Gerais
•	Art. 1º Serão disciplinadas e fiscalizadas de acordo com esta Lei as seguintes atividades:
• I - a emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado;
• II - a negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários;
• III - a negociação e intermediação no mercado de derivativos;
• IV - a organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de
Valores;
• V - a organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de
Mercadorias e Futuros;
• VI - a administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários;
• VII - a auditoria das companhias abertas;
• VIII - os serviços de consultor e analista de valores mobiliários.
Art. 2o São valores mobiliários sujeitos ao regime desta
Lei:
• I - as ações, debêntures e bônus de subscrição;
•	II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários referidos no inciso II;
• III - os certificados de depósito de valores mobiliários;
• IV - as cédulas de debêntures;
•	V - as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimento em quaisquer ativos;
• VI - as notas comerciais;
•	VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários;
•	VIII - outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes; e
•	IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros.
CAPÍTULO II : Da Comissão de Valores Mobiliários
Artigos com redação dada pela Lei nº 10.411, de 26.02.2002.
Art. 5º É instituída a Comissão de Valores Mobiliários, entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária.
Art. 6º A Comissão de Valores Mobiliários será administrada por um Presidente e quatro Diretores, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovados pelo Senado Federal, dentre pessoas de ilibada reputação e reconhecida competência em matéria de mercado de capitais.
§ 1º O mandato dos dirigentes da Comissão será de cinco anos, vedada a recondução, devendo ser renovado a cada ano um quinto dos membros do Colegiado.
§ 2º Os dirigentes da Comissão somente perderão o mandato em virtude de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar.
§ 3º Sem prejuízo do que preveem a lei penal e a lei de improbidade administrativa, será causa da perda do mandato a inobservância, pelo Presidente ou Diretor, dos deveres e das proibições inerentes ao cargo.
§ 4º Cabe ao Ministro de Estado da Fazenda instaurar o processo administrativo disciplinar, que será conduzido por comissão especial, competindo ao Presidente da República determinar o afastamento preventivo, quando for o caso, e proferir o julgamento.
§ 5º No caso de renúncia, morte ou perda de mandato do Presidente da Comissão de Valores Mobiliários, assumirá o Diretor mais antigo ou o mais idoso, nessa ordem, até nova nomeação, sem prejuízo de suas atribuições.
§ 6º No caso de renúncia, morte ou perda de mandato de Diretor, proceder-se-á à nova nomeação pela forma disposta nesta Lei, para completar o mandato do substituído.
§ 7º A Comissão funcionará como órgão de deliberação colegiada de acordo com o seu regimento interno, e no qual serão fixadas as atribuições do Presidente, dos Diretores e do Colegiado. ( acrescentado pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001)
Art. 8º Compete à Comissão de Valores
Mobiliários:
•		I - regulamentar, com observância da política definida pelo Conselho Monetário Nacional, as matérias expressamente previstas nesta Lei e na lei de sociedades por ações;
• II - administrar os registros instituídos por esta Lei;
•	III - fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do mercado de valores mobiliários, de que trata o Art. 1º, bem como a veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participem, e aos valores nele negociados;
•	IV - propor ao Conselho Monetário Nacional a eventual fixação de limites máximos de preço, comissões, emolumentos e quaisquer outras vantagens cobradas pelos intermediários do mercado;
•	V - fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada prioridade às que não apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório.
•	§ 1º O disposto neste artigo não exclui a competência das Bolsas de Valores, das Bolsas de Mercadorias e Futuros, e das entidades de compensação e liquidação com relação aos seus membros e aos valores mobiliários nelas negociados.
 § 1º com redação dada pelo Decreto nº 3.995, de 31.10.2001.
Art. 9º A Comissão de Valores Mobiliários, observado o
disposto no § 2º do art. 15, poderá:
•	I - examinar e extrair cópias de registros contábeis, livros ou documentos, inclusive programas eletrônicos e arquivos magnéticos, ópticos ou de qualquer outra natureza, bem como papéis de trabalho de auditores independentes, devendo tais documentos ser mantidos em perfeita ordem e estado de conservação pelo prazo mínimo de cinco anos:
• a) as pessoas naturais e jurídicas que integram o sistema de distribuição de valores mobiliários (Art. 15);
•	b) das companhias abertas e demais emissoras de valores mobiliários e, quando houver suspeita fundada de atos ilegais, das respectivas sociedades controladoras, controladas, coligadas e sociedades sob controle comum;
• c) dos fundos e sociedades de investimento;
• d) das carteiras e depósitos de valores mobiliários (Arts. 23 e 24);
• e) dos auditores independentes;
• f) dos consultorese analistas de valores mobiliários;
•	g) de outras pessoas quaisquer, naturais ou jurídicas, quando da ocorrência de qualquer irregularidade a ser apurada nos termos do inciso V deste artigo, para efeito de verificação de ocorrência de atos ilegais ou práticas não equitativas;
•	II - intimar as pessoas referidas no inciso I a prestar informações, ou esclarecimentos, sob cominação de multa, sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas no art. 11;
• III - requisitar informações de qualquer órgão público, autarquia ou empresa pública;
•	IV - determinar às companhias abertas que republiquem, com correções ou aditamentos, demonstrações financeiras, relatórios ou informações divulgadas;
•	V - apurar, mediante processo administrativo, atos ilegais e práticas não equitativas de administradores, membros do conselho fiscal e acionistas de companhias abertas, dos intermediários e dos demais participantes do mercado;
•	VI - aplicar aos autores das infrações indicadas no inciso anterior as penalidades previstas no Art. 11, sem prejuízo da responsabilidade civil ou penal.
• § 1º Com o fim de prevenir ou corrigir situações anormais do mercado, a Comissão poderá:
• I - suspender a negociação de determinado valor mobiliário ou decretar o recesso de bolsa de valores;
• Il - suspender ou cancelar os registros de que trata esta Lei;
• III - divulgar informações ou recomendações com o fim de esclarecer ou orientar os participantes do mercado;
•	IV - proibir aos participantes do mercado, sob cominação de multa, a prática de atos que especificar, prejudiciais ao seu funcionamento regular.
CAPÍTULO VI :Da Administração de Carteiras e Custódia de Valores Mobiliários
•	Art. 23. O exercício profissional da administração de carteiras de valores mobiliários de outras pessoas está sujeito à autorização prévia da Comissão.
•	§ 1º O disposto neste artigo se aplica à gestão profissional e recursos ou valores mobiliários entregues ao administrador, com autorização para que este compre ou venda valores mobiliários por conta do comitente.
•	§ 2º Compete à Comissão estabelecer as normas a serem observadas pelos administradores na gestão de carteiras e sua remuneração, observado o disposto no Art. 8º inciso IV.
•	Art. 24. Compete à Comissão autorizar a atividade de custódia de valores mobiliários, cujo exercício será privativo das instituições financeiras e das entidades de compensação e liquidação.
•	Parágrafo único. Considera-se custódia de valores mobiliários o depósito para guarda, recebimento de dividendos e bonificações, resgate, amortização ou reembolso, e exercício de direitos de subscrição, sem que o depositário, tenha poderes, salvo autorização expressa do depositante em cada caso, para alienar os valores mobiliários depositados ou reaplicar as importâncias recebidas.
•	Art. 25. Salvo mandato expresso com prazo não superior a um ano, o administrador de carteira e o depositário de valores mobiliários não podem exercer o direito de voto que couber às ações sob sua administração ou custódia.
CAPÍTULO VII : Dos Auditores Independentes, Consultores e
Analistas de Valores Mobiliários
•	Art. 26. Somente as empresas de auditoria contábil ou auditores contábeis independentes, registrados na Comissão de Valores Mobiliários poderão auditar, para os efeitos desta Lei, as demonstrações financeiras de companhias abertas e das instituições, sociedades ou empresas que integram o sistema de distribuição e intermediação de valores mobiliários.
•	§ 1º A Comissão estabelecerá as condições para o registro e o seu procedimento, e definirá os casos em que poderá ser recusado, suspenso ou cancelado.
•	§ 2º As empresas de auditoria contábil ou auditores contábeis independentes responderão, civilmente, pelos prejuízos que causarem a terceiros em virtude de culpa ou dolo no exercício das funções previstas neste artigo.
•	§ 3º Sem prejuízo do disposto no parágrafo precedente, as empresas de auditoria contábil ou os auditores contábeis independentes responderão administrativamente, perante o Banco Central do Brasil, pelos atos praticados ou omissões em que houverem incorrido no desempenho das atividades de auditoria de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
 § 3º acrescentado pela Lei nº 9.447, 14.3.1997.
•	§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o Banco Central do Brasil aplicará aos infratores as penalidades previstas no art. 11 desta Lei.
 § 4º acrescentado pela Lei nº 9.447, 14.3.1997.
• § 5º (VETADO)
 § 5º acrescentado pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001.
•	Art. 27. A Comissão poderá fixar normas sobre o exercício das atividades de consultor e analista de valores mobiliários.
Tema: Capital Social
Objetivos:
• Identificar a formação do capital social nas sociedades anônimas.
• Enumerar os elementos de formação do capital social.
• Classificar as formas de modificação do capital social.
Estrutura do Conteúdo
• 8. Formação do Capital Social.
• 8.1Conceito. Princípios.
• 8.2 Composição.
• 8.3 Modificação do Capital social.
• 8.3.1 Formas de Aumento do Capital Social
• 8.3.1.1 Capital Autorizado
• 8.3.2 Formas de Redução do Capital Social
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FONTE: CMA
8. Formação do Capital Social
•	Para que a sociedade empresária possa cumprir seu objetivo econômico, deverá contar com capacidade financeira advinda dos recursos que são transferidos do patrimônio de seus sócios para o seu próprio acervo;
•	Não há que se confundir capital social com patrimônio da sociedade:
▫	Enquanto o patrimônio sofre constantes mudanças no decorrer da vida da sociedade, dependendo dos seus resultados positivos ou negativos;
▫	O capital social, a princípio, mantém-se inalterado, a menos que se delibere por seu aumento ou diminuição.
•	O artº 7 º LSA estabelece que o capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.
8.1Conceito. Princípio
• Conceito: Capital social é a soma das contribuições dos sócios, em dinheiro ou em qualquer outra espécie de bem móvel, imóvel, corpóreo ou incorpóreo, desde que suscetível de avaliação em dinheiro, com que a sociedade inicia suas atividades;
• Princípio: O capital social da companhia é intangível
▫	Os acionistas não pode receber, a título de restituição ou dividendos, os recursos aportados à sociedade sob a rubrica de capitalização;
▫ É elemento garantidor dos credores da sociedade.
8.2 Composição
•	Pode ser formado em dinheiro ou em qualquer outro bem passível de apreciação econômica(artº 7º LSA);
• Não pode ser formado com contribuições em serviços;
•	Quando em dinheiro: o respectivo pagamento poderá ser feito integralmente no ato da subscrição ou em parcelas, desde que haja a realização, como entrada, de 10%, no mínimo, do preço de emissão das ações (artº 80, II LSA);
•	Quando em outro bem: imóveis, máquinas, utensílios, estoques, créditos perante terceiros, marca, patente de invenção, etc...
▫	Este deverão obrigatoriamente avaliados por três peritos ou empresa especializada, nomeados em assembleia-geral dos subscritores (artº 8º LSA);
▫	Se o subscritor aceitar o valor pelo qual o bem oferecido foi avaliado, incorpora-se ele ao patrimônio da companhia, competindo aos primeiros diretores cumprir as formalidades necessárias à respectiva transmissão;
▫	Se a assembleia não aprovar a avaliação, ou o subscritor não aceitar a avaliação aprovada, ficará sem efeito o projeto de constituição da companhia.
Contróvérsia
• Há controvérsia quanto a possibilidade de o know- how integralizar o capital social;
• Tavares Borba ensina que o know-how é indissociável da pessoa que o detém, sendo assim intransmissível, exceto como mera força de trabalho, o que esvazia a possibilidade de que possa integralizar o capital de uma sociedade anônima;
• Fran Martins, diz que o conhecimento advindo da técnica e da experiência pode sim, ser oferecido a sociedade como empréstimo para a formação do capital social, posto que é, como outros, bem alienável e transmissível.
INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
	
DINHEIRO
	
• Apenas em moeda nacional.
•	Moeda estrangeira (considerada mercadoria) – admite-se como bem : avaliação prévia em dinheiro nacional.
• Inst. Financeiras Púb/ Privada : Cap. Social somente em dinheiro Art. 26 L. 4.595/64
	
	
	
	
	
CRÉDITO
	
•	“Art. 10º. Parágrafo único – Quando a entrada consistir em crédito , o subscritor ou acionista responderá pela solvência do título. ”
	
	
BENS
	
• Bens móveis ou imóveis. Corpóreos ou Incorpóreos.
• Bem passível de transmissão . Discussão : Know How
	
8.3 Modificação do Capital social
• Muito embora seja fixo o capital social, sempre que haja necessidade ou ocorra fato superveniente deve ele ser alterado para mais ou para menos, isso mediante a observância dos requisitos legais;
• Vide artº 6 e arts. 166 a 174 da LSA.
8.3.1 Formas de Aumento do Capital Social
8.3.1.1 Capital Autorizado
•	Estabelece o artº 166 da LSA que o capital social pode ser aumentado:
▫	I – por deliberação da assembleia geral ordinária, para correção da expressão monetária do seu valor (artº 167), obs: a LEI 9.249/95 revogação da Correção Monetária nas Demonstrações financeira;
▫	II - por deliberação da assembleia-geral ou do Conselho de Administração, observado o que dispuser o estatuto, nos casos de emissão de ações dentro do limite autorizado o estatuto (capital autorizado, ver artº 168);
▫	III - por conversão, em ações, de debêntures ou partes beneficiárias e pelo exercício de direitos conferidos por bônus de subscrição, ou de opção de compra de ações;
▫	IV - por deliberação da assembleia-geral extraordinária convocada para decidir sobre a reforma do estatuto social, no caso de inexistir autorização de aumento, ou de estar a mesma esgotada.
8.3.2 Formas de Redução do Capital
Social
• São três as hipóteses previstas em lei, naprimeira a redução é facultativa, enquanto nas outras é obrigatória:
• A) perda ou por excesso, artº 173 LSA;
• B) para o reembolso de acionista dissidente, artº 45, §
6º LSA;
• C) pela caducidade das ações do acionista remisso, artº 107, § 4º LSA.

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