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Aula 06 Alterações Cromossômicas

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Aula 06
Alterações Cromossômicas
Profº. M.Sc. José Eduardo Ribeiro
eduribiologo@yahoo.com.br
Conhecer as principais técnicas de bandeamento do DNA;
Conhecer os principais tipos de alterações cromossômicas
Conhecer as principais síndromes causadas pelas alterações cromossômicas
Reconhecer pacientes com as alterações cromossômicas
Objetivos 
Cromossomos na Interfase
Cromatina é uma desoxirribonucleoproteína (DNP) formada de partes iguais de ácido desoxirribonucléicos (DNA) e proteina.
.
.
Cromatina pode ser: 
Eucromatina e heterocromatina
Heterocromatina
Constitutiva
	regiões que não são expressos
	DNA altamente repetitiva
Facultativo 
	inativação de cromossomos inteiros de uma linhagem celular.
Cromatina pode ser: 
Eucromatina e heterocromatina
Técnicas para estudo dos cromossomos humanos
Amostra de sangue
Cultura de células
(soro protéico, soro fetal bovino , antibióticos e fitoemoaglutinina)
Adiciona solução de Colchicina
Centrifugado
Material em Lâmina, corado e fotografar
Técnicas para estudo dos cromossomos humanos
Bandeamento
Banda Q - coloração com quinacrina mustarda
microscopia de fluorescência. Cromossomos coram-se
em bandas claras e escuras
Banda G - coloração com corante Giemsa. É a técnica
mais usada no Brasil para cariótipos.
Banda R - tratamento prévio com aquecimento antes
da coloração. As bandas são o reverso das produzidas
em G ou Q
Banda G
Hibridização in situ por fluorescência - FISH
Usa sondas marcados com fluorescência para encontrar determinado genes. 
Estudo específico dos cromossomos sexuais X e Y
Cromatina sexual do X
Só aparece nas células interfásicas das fêmeas de mamíferos;
Corpúsculo de Barr
Neutrófilos mostrando o Corpúsculo de Barr
O cromossomo X extra será geneticamente inativo
Igualando em ambos os sexos, a expressão de genes localizados no cromossomo X. 
Embora os homens tenham apenas uma dose de cada gene ligado ao X e as mulheres tenham duas, a quantidade do produto formado por um único alelo no homem ou por par de alelos na mulher é equivalente.
Hipótese de Lyon
Mutações Gênicas
		As mutações gênicas são responsáveis por alterações nos genes e conseqüentemente nas proteínas, determinando, muitas vezes, a formação de novas proteínas ou alterando a ação de enzimas importantes no metabolismo.
Mutações Gênicas
Alteram uma ou mais bases do DNA, o que afetará a leitura durante a replicação ou durante a transcrição.
Podem ser transmitidas hereditariamente quando ocorrem nas células germinativas.
Quando ocorrem em células somáticas podem provocar a formação de tumores.
Tipos de Mutações Gênicas
Substituição  ocorre a troca de um ou mais pares de bases. 
Mutações Gênicas
Adição  acontece quando uma ou mais bases são adicionadas ao DNA, modificando a ordem de leitura da molécula durante a replicação ou a transcrição. 
Mutações Gênicas
Deleção  acontece quando uma ou mais bases são retiradas do DNA, modificando a ordem da leitura, durante a replicação ou a transcrição.
Tipos: Numérica e Estrutural
Alterações Numéricas
Alterações Cromossômicas
Euploidias
Aneuploidias
Haploidia (n)
Poliploidia (3n, 4n etc)
Euploidias É uma alteração no número total do genoma (total de cromosssomos)
Aneuplodia É uma alteração que envolve um ou mais cromossomos de cada par
Gametas anormais 100%
Gametas anormais 50%
Aneuplodia
É uma alteração que envolve um ou mais
Cromossomos de cada par
Ocorre devido a não-disjunção na meiose I ou na meiose II
		
Mutações Cromossômicas
Numéricas
Provocam alterações no número típico de cromossomos da espécie (cariótipo).
Podem produzir anomalias graves e até a morte do organismo.
Se dividem em Euploidias quando há a alteração de um genoma inteiro e Aneuploidias (Somias) quando acrescentam ou perdem um ou poucos cromossomos.
Euploidias
Monoploidias (n)  quando há apenas um genoma.
Triploidias (3n)  quando há três genomas.
Poliploidias (4n, 5n, ...)  quando há quatro ou mais genomas.
Poliploidia
Aneuploidias (Somias)
Nulissomia (2n-2)  perda de um par inteiro de cromossomos. No homem é letal.
Monossomia (2n-1)  um cromossomo a menos no cariótipo.
Trissomia (2n+1)  um cromossomo a mais no cariótipo.
Síndrome de Turner
(45, X)
 Sexo Feminino
 Baixa estatuta proporcional
 Infantilismo sexual
 Disgenesia ovariana
 Face triangular
 Pavilhão auricular com rotação posterior
 Pescoço alado
 Tórax largo e em forma de barril
 Muitos apresentam doenças cardíacas congênitas
Síndrome de Turner
Corpúsculo de Barr
Síndrome de Turner
Síndrome de Klinefelter
Trissomia do cromossomo X, cariótipo 44A + XXY = 47.
Sexo masculino, testículos pequenos, esterilidade, genitais infantis, mamas desenvolvidas (ginecomastia), estatura elevada, cromatina sexual positiva, deficiência mental.
Síndrome de Klinefelter
Síndrome de Klinefelter
SÍNDROME DE
TURNER
(ESTÉRIL)
DISGENESIA
GONADAL
2n:45,X0
2n: 46,XX
SÍNDROME DE 
KLINEFELTER
(ESTÉRIL)
2n: 47,XXY
2n:46,XY
Síndrome de Down
Trissomia do cromossomo 21
Síndrome de Down
Trissomia do cromossomo 21, cariótipo 45A + XX = 47 ou 45A + XY = 47. Mais raramente pode acontecer por translocação entre o cromossomo 21 e o 14.
Ambos os sexos, deficiência mental, fendas palpebrais mongolóides, pescoço curto e grosso, cardiopatias, uma única linha transversal na palma da mão, genitália pouco desenvolvida, grande flexibilidade nas articulações e dobra epicântica.
Síndrome de Down
Trissomia do cromossomo 21
Frequências aproximadas de nascimento de crianças com síndrome de Down,
segundo a idade materna
Idade materna ao nascer a criança
Frequência de afetados
Menos de 35 anos
0,1 %
De 35 a 39 anos
0,4 %
De 40 a 44 anos
1,5 %
De 45 a 49 anos
3,5%
Fonte:MartelloeFronta-Pessoa, 1969
Os pacientes são mais suscetíveis a infecções das vias respiratórias
40% apresentam cardiopatia congênita
Defeito no tubo digestivo – causa frequente de morte no 1º mês de vida
Síndrome de Down
Síndrome de Patau
Trissomia do cromossomo 13, cariótipo 45A + XX = 47 ou 45A + XY = 47.
Ambos os sexos, cabeça pequena (microcefalia), olhos pequenos ou ausentes, orelhas deformadas e com baixa implantação, pescoço curto, lábio leporino, palato fendido.
Síndrome de Patau
Síndrome de Patau
Síndrome de Edwards
Trissomia do cromossomo 18, cariótipo 45A + XX = 47 ou 45A + XY = 47 ou 47, xx ou xy, +18.
Ambos os sexos, deformidade facial, anomalias nas mãos e pés, malformações cardíacas, renais e genitais, grave distúrbio psicomotor.
Síndrome de Edwards
Síndrome de Edwards
Fenotípicas (aparência): atraso de crescimento, microcefalia, micrognatia (mandíbula inferior pequena), orelhas dismorficas, onfalocelo (Mal formação congênita da parede abdominal), alterações radiais dos membros, dedos caracteristicamente flectidos, proeminência dos calcanhares.
Malformações associadas: cardíacas, cerebrais (quistos do plexo coroideu), osteoarticulares, digestivas (atresia do esófago, divertículo de Meckell), mielomeningocelo.
Síndrome do Duplo Y
Trissomia do cromossomo Y, cariótipo 44A + XYY = 47.
Sexo masculino, sem modificações fenotípicas aparentes. Raramente déficit mental e agressividade acentuada.
Síndrome do Duplo Y
Síndrome do Triplo X
Trissomia do cromossomo X, cariótipo 44A + XXX = 47.
Sexo feminino, distúrbios sexuais, retardamento mental, sem outras modificações fenotípicas aparentes.
Síndrome do Duplo Y ou Síndrome de Jacobs
Trissomia do cromossomo Y, cariótipo 44A + XYY = 47.
Sexo masculino, sem modificações fenotípicas aparentes;
Altura de 1,80m; 
Orelhas displásicas;
Ponte nasal larga
 Raramente déficit mental e agressividade acentuada.
Síndrome do Duplo Y
Distúrbios motores e na fala;
Taxa de testosterona aumentada, o que pode ser um factor contribuinte para a inclinação anti-social e aumento deagressividade; 
Imaturidade no desenvolvimento emocional e menor inteligência verbal,
factos que podem dificultar o seu relacionamento interpessoal.
Síndrome de Jacobs
Síndrome do Triplo X
Síndrome do Triplo X
Trissomia do cromossomo X, cariótipo 44A + XXX = 47.
1:1000 nascimentos; 
Sexo feminino, distúrbios sexuais, retardamento mental, sem outras modificações fenotípicas aparentes.
Síndrome do Triplo X
Tendência a esquizofrenia; 
Amenorréia secundária; 
Hiperatividade; Fertilidade normal;
Intelecto normal ou discreta oligofregnia; 
As mulheres com trissomia do X, embora de estatura geralmente acima da média, não são fenotipicamente anormais. 
Os estudos de acompanhamento mostraram que as mulheres XXX sofrem as alterações da puberdade numa idade apropriada, mas há relatos de puberdade precoce em certas pacientes.
Síndrome do Triplo X
A síndrome de tetrassomia do X está associada a atraso mais gravedo desenvolvimento físico e mental, e a síndrome de pentassomia do X, assim como o XXXXY, geralmente inclui grande retardo do desenvolvimento com múltiplos defeitos físicos que lembram a síndrome de Down.
Mutações Cromossômicas
Estruturais
Provocam alterações na estrutura dos cromossomos, podendo ocasionar a perda de genes, a leitura duplicada ou erros na leitura de um ou mais genes.
Podem acontecer por deleção, duplicação, translocação ou inversão de partes de cromossomos.
Anomalias cromossômicas Estruturais
Rearranjos não balanceados
Rearranjos balanceados
Deleções 
Duplicações
Cromossomos marcadores e em anel
Isocromossomos
Cromossomos dicêntricos
Inversão
Translocação
ISOCROMOSSOMOS - Resultam de um erro na divisão do centrômero que aoinvés de separar as cromátides separa os braços do cromossomo.  
Mutações Cromossômicas
Estruturais
Deficiência ou deleção  quando ocorre a perda de um pedaço do cromossomo, com conseqüente perda de genes.
Síndrome “Cri-du-Chat” ou “Grito do Gato”
 Este nome deve-se ao facto do choro da criança se assemelhar ao miar de um gato e, deve-se à deleção do braço curto no cromossoma 5. 
Afeta 1 em cada 50000 crianças.
Mutações Cromossômicas
Estruturais
Duplicação  quando ocorre a presença de um pedaço duplicado do cromossomo, acarretando uma dupla leitura de genes.
Mutações Cromossômicas
Estruturais
Translocação  quando ocorre a troca de pedaços entre cromossomos não homólogos, provocando erros na leitura.
Mutações Cromossômicas
Estruturais
Inversão  quando ocorre a quebra de um pedaço do cromossomo que se solda invertido, provocando erros na leitura dos genes.
Translocação
Translocação Robsoniana
SÍNDROME DO "MIADO DE GATO“ (CRI DU CHAT)
DELEÇÃO CROMOSSOMO 5
Peso Baixo ao nascer 
Deficiência mental 
Microcefalia 
Face Arredondada 
Choro como o miado do gato. 
Síndrome “Cri-du-Chat” ou “Grito do Gato”
Cariótipo
Síndrome “Cri-du-Chat” ou “Grito do Gato”
Incidência de 1/20.000 a 1/50.000.
1/500 entre crianças institucionalizadas por retardo mental.
Deleção de vários genes principalmente CTNND2 em 5p15.2 e o gene TERT.
Um dos genitores é afetado por alteração estrutural – mais comum translocação recíproca.
Retardo neuromotor e mental grave
microcefalia
Obrigado!!!!!!!
Referência Bibliográfica
Maria Regina Borges-Osório & Wanyce Miriam Robinson. Genética Humana 2ªed.Artmed
SIMMONS, Michael J.; SNUSTAD, D. Peter. Fundamentos de genética. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012; 
Thompson & Thompson.Genética Médica. 7 edição.Editora Elsevier
GRIFFITHS, A.J.F., et al. 2009. Introdução à Genética. Rio de Janeiro, Ed.Guanabara Koogan, 9ª ed.

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