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A DIMENSÃO HUMANA DO DIREITO

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CURSO: BACHARELADO EM DIREITO 
PROF: JOSE ANTONIO LIRA BEZERRA
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
 
 AULA - ESQUEMA I I 
 
SOCIEDADE E DIREITO
 
1. A Sociabilidade Humana (1)
 - “A própria constituição física do ser humano revela que ele foi programado para conviver e se completar com outro ser de sua espécie”. 
 - “A experiência tem demonstrado que o homem é capaz, durante algum tempo, de viver isolado. Não, porém, durante a sua existência”. 
 - Consoante Paulo Nader, o entendimento de Aristóteles era de considerar “o homem fora da sociedade ‘um bruto ou um deus’, significando algo inferior ou superior à condição humana”.
 - Situações:
 a) infortúnio (desastre);
 b) alienação mental;
 c) “quem possui uma grande espiritualidade como São Simeão, chamado ‘Estilita’ por tentar isolar-se, construindo uma alta coluna, no topo da qual viveu algum tempo”.
2. Formas de Interação Social e a Ação do Direito (1)
 2.1 A Interação Social
 - “As pessoas e os grupos sociais se relacionam estreitamente, na busca de seus objetivos”. 
 - “Os processos de mútua influência, de relações interindividuais e intergrupais, que se formam sob a força de variados interesses, denominam-se interação social”. 
 - “A interação social se apresenta sob as formas de cooperação, competição e conflito e encontra no Direito a sua garantia, o instrumento de apoio que protege a dinâmica das ações”.
 - Cooperação – interação direta e positiva – pessoas movidas por um mesmo objetivo e valor e por isso conjugam o seu esforço.
 - Competição – interação indireta e, sob muitos aspectos, positiva – há uma disputa, uma concorrência, em que as partes procuram obter o que almejam, uma visando a exclusão da outra (paralelismo). 
 - Conflito – interação direta e negativa – impasse, quando os interesses em jogo não logram uma solução pelo diálogo e as partes recorrem à luta, moral ou física, ou buscam a mediação da justiça. Oposição de interesses.
 - O Direito só irá disciplinar as formas de cooperação e competição onde houver relação potencialmente conflituosa.
 - Conflitos, “fenômenos naturais à sociedade”. Quanto mais complexa a sociedade, quanto mais se desenvolve, mais se sujeita a novas formas de conflito. 
2.2 A Ação do Direito – Como Age o Direito
 - “O direito está em função da vida social”.
 - A “finalidade é a de favorecer o amplo relacionamento entre as pessoas e os grupos sociais” – uma das bases do progresso da sociedade.
 - O ordenamento jurídico separa o lícito do ilícito, segundo valores de convivência eleitos pela sociedade, tornando possíveis os nexos de cooperação, e disciplinando a competição, com as limitações necessárias ao equilíbrio e à justiça nas relações. 
 - Silogismo da sociabilidade: Ubi homo, ibi societas; ubi societas, ibi jus; ergo, ubi homo, ibi jus (onde o homem, aí a sociedade; onde a sociedade, aí o Direito; logo, onde o homem, aí o Direito).
 - A sociedade se faz “por um amplo relacionamento humano, que gera a amizade, a colaboração, o amor, mas que promove, igualmente, a discórdia, a intolerância, as desavenças”.
 - “A sociedade sem o Direito não resistiria, seria anárquica, teria o seu fim. O Direito é a grande coluna que sustenta a sociedade”.
3. Mútua Dependência entre o Direito e a Sociedade (1)
 3.1 Fato Social e Direito
 - “O Direito não tem existência em si próprio. Ele existe na sociedade. A sua causa material está nas relações de vida, nos acontecimentos mais importantes para a vida social.”
 - “Fatos sociais são criações históricas do povo, que refletem os seus costumes, tradições, sentimentos e cultura”.
 - “O Direito, como fenômeno de adaptação social, não pode formar-se alheio a esses fatos.”
 - “Os fatos sociais, porém, não são matrizes do Direito. Exercem importante influência, mas o condicionamento não é absoluto”.
 - “Falhando a sociedade, ao estabelecer fatos sociais contrários à natureza social do homem, o Direito não deve acompanhá-la no erro”.
3.2 O Papel do Legislador
 - “O Direito é criado pela sociedade para reger a própria vida social”.
 - No passado, os costumes, no presente, predominantemente, o Direito escrito.
 - “O Estado moderno dispõe de um poder próprio, para a formulação do Direito – o Poder Legislativo”.
 - “Atento aos reclamos e imperativos do povo, o legislador deve captar a vontade coletiva e transportá-la para os códigos”.
 - O “Direito não é produto exclusivo da experiência, nem conquista absoluta da razão”.
 - Na atualidade, o Direito não representa somente instrumento de disciplinamento social, tem a meta de promover o bem comum, que implica justiça, segurança, bem-estar e progresso.
 - O legislador não pode ser mero espectador do panorama social.
 - As transformações no setor científico e tecnológico – fenômeno da aculturação – tendência para a universalidade do Direito. 
REFERÊNCIAS:
(1). Nader, Paulo. Introdução ao estudo do direito. 36ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014.
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