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Contabilidade Intermediária Unidade IV

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7 ConCeito da demonstração do resultado do exerCíCio
A demonstração do resultado do exercício, também conhecida pela sigla DRE, é um demonstrativo 
contábil que mostra a apuração do resultado do exercício da empresa em determinado período.
Para a apuração do resultado do exercício, são comparadas as receitas ganhas e as despesas e custos 
incorridos em determinado período, geralmente de um ano. Essa comparação é feita por meio da 
subtração, ou seja, das receitas, subtraem-se as despesas e custos, para se obter o resultado do período 
ou do exercício.
Na determinação do resultado, deve ser observado o principio da competência. Por este principio, 
deverão ser consideradas as receitas efetivamente ganhas e não as necessariamente recebidas. Ainda 
por este principio, deverão ser considerados os custos e despesas incorridas e não os necessariamente 
pagos.
A demonstração do resultado do exercício possui uma estrutura legal que deve ser obedecida. 
Devemos entender como estrutura a forma de apresentação da DRE para seus diversos usuários internos 
e externos.
7.1 estrutura da demonstração do resultado do exercício, conforme lei 
nº 6.404/76
A demonstração do resultado do exercício deve ser estruturada, observando-se as disposições 
contidas na seção V, artigo 187 da Lei nº 6.404/76, que a seguir transcrevemos:
Seção V da Lei nº 6.404/76
Demonstração do Resultado do Exercício
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:
I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro 
bruto;
III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e 
administrativas, e outras despesas operacionais;
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IV – o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais e o saldo da conta de 
correção monetária (artigo 185, § 3º);
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais; (Redação dada pela Lei 
nº 9.249, de 1995)
V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as 
contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados;
VI – as participações de debêntures, de empregados e administradores, mesmo na forma de 
instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que 
não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
§ 1º Na determinação do resultado do exercício, serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e 
rendimentos.
§ 2º O aumento do valor de elementos do ativo em virtude de novas avaliações, registrados como 
reserva de reavaliação (artigo 182, § 3º), somente depois de realizado poderá ser computado como lucro 
para efeito de distribuição de dividendos ou participações.
Assim, seguindo o estabelecido na Lei nº 6.404/76, podemos apresentar a estrutura de Demonstração 
do Resultado do Exercício, de forma reduzida, da seguinte maneira:
7.2 resumo da estrutura da demonstração do resultado do exercício, 
conforme lei nº 6.404/76
Receita Bruta de Venda de Bens e Serviços
(-) Devoluções, abatimentos, descontos comerciais
(-) Impostos sobre venda
= Receita líquida
(-) Custo dos Produtos e Serviços Vendidos
= Lucro Bruto
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(-) Despesas de Vendas 
(-) Despesas Financeiras
(+) Receitas Financeiras
(-) Despesas Administrativas
(-) Outras Despesas Operacionais 
(+) Outras Receitas Operacionais 
= Lucro Operacional
(+) Receitas não-operacionais 
(-) Despesas não-operacionais
= Lucro antes do Imposto de Renda 
(-) Provisão para Imposto de Renda
(-) Participações e Contribuições 
= Lucro líquido do exercício
Lucro por ação
7.3 alteração na demonstração do resultado do exercício, conforme lei 
nº 11.638/07
A Lei nº 11.638, publicada no Direito Oficial da União, em 31 de dezembro de 2007 e que passou a 
vigorar a partir de 1º de janeiro de 2008, promoveu algumas importantes alterações na Lei nº 6.404/76, 
modificando alguns artigos da Lei 6.404/76 objetivando atualizá-la ao novo mundo de negócios 
globalizado.
No que diz respeito à estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício, a Lei nº 11.638/07 criou 
algumas modificações que passamos a descrever:
Assim, segundo o estabelecido na Lei nº 11.638/07, o artigo 187 item IV, tinha e passa a ter a seguinte 
redação:
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Contabilidade intermediária
Quadro 22 – Diferenças entre a Lei 6.404/76 e 11.638/07
Redação da Lei 6.404/76 (anterior)
IV – O lucro ou prejuízo operacional, as 
receitas e despesas não operacionais e 
o saldo da conta de correção monetária 
(art. 185, parágrafo 3º)
Redação da Lei nº 11.638/07 (nova)
IV – O lucro ou prejuízo operacional, as 
receitas e despesas não operacionais.
Ainda no artigo 187, agora o item VI tinha e passa a ter a seguinte redação:
Quadro 23 – Diferenças entre a Lei 6.404/76 e 11.638/07
VI – As participações de debêntures, 
empregados, administradores e partes 
beneficiárias, e as contribuições para 
instituições ou fundos de assistência 
ou previdência de empregados; 
VI – As participações de debêntures de 
empregados e administradores mesmo 
na forma de instrumentos financeiros, 
e de instituições ou fundos de 
assistência ou previdência de 
empregados, que não se caracterizem 
como despesa; 
Conforme pode ser percebido, as alterações na estrutura da demonstração do resultado do exercício 
foram mínimas, razão pela qual, manteremos o resumo da estrutura apresentada anteriormente neste 
livro-texto.
7.4 Funções das contas que compõem e estrutura da demonstração do 
resultado do exercício
A seguir, discorreremos sobre a função de cada uma dessas contas que formam a estrutura de 
Demonstração do Resultado do Exercício.
7.4.1 Receita operacional bruta
A palavra receita deve ser entendida como venda, venda de bens se a empresa for comercial, neste 
caso, estaremos tratando de venda de mercadorias. Se a empresa for industrial, estaremos tratando de 
venda de produtos e se a empresa for prestadora de serviços, estaremos tratando de venda de serviços.
A receita bruta, representa a soma de todas as vendas realizadas pela empresa num determinado 
período. A receita bruta é portanto, a somatória das vendas feitas a vista e a prazo, no mercado interno 
e externo.
7.4.2 As deduções de vendas
As devoluções, abatimentos, descontos comerciais e impostos incidentes sobre vendas formam 
aquilo que é denominado deduções de vendas.
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7.4.3 Devolução e abatimento
Após a venda de mercadorias e produtos, quando da entrega das mesmas, o cliente pode identificar 
algum fato que mostre que os bens entregues não estão de acordo com o pedido feito no ato de venda.
Taisfatos podem ser identificados, por exemplo: bens avariados durante o transporte, bens cujo 
tipo, modelo, não corresponde à amostra do ato de venda, bens de qualidade inferior à prometida.
Neste momento, o cliente comprador, pode tomar as seguintes decisões:
a) Devolver total ou parcialmente a mercadoria ou produto;
b) Ficar com a mercadoria ou produto e negociar com o vendedor um abatimento, ou seja, uma 
redução no preço de custo de mercadoria ou produto.
Nestas hipóteses, a empresa vendedora, pode utilizar para registrar o fato, contas tais como vendas 
canceladas, devoluções de vendas, vendas anuladas, abatimentos sobre vendas. Observar que estamos 
nos referindo a fatos que podem ocorrer após a venda de mercadoria ou produto, quando da entrega 
dos mesmos pelo vendedor ao cliente.
7.4.4 Desconto comercial
Por outro lado, se o vendedor conceder ao comprador uma redução de preço em função da grande 
quantidade comprada de mercadoria ou produto, ou ainda, por esse comprador representar um 
cliente com grande potencial de compras futuras, estaremos diante de um fato, denominado desconto 
comercial ou desconto incondicional. A empresa vendedora pode utilizar para registrar o fato contas 
como descontos incondicionais concedidos, descontos comerciais concedidos.
7.4.5 Impostos sobre venda
Quanto aos impostos, estamos nos referindo aos impostos incidentes, que recaem proporcionalmente 
sobre a receita bruta, quer seja de mercadorias, produtos ou serviços. Não nos preocuparemos neste 
momento quanto ao cálculo e à contabilização desses impostos.
Alguns dos principais impostos, que incidem sobre as vendas brutas e que, portanto, deveriam ser 
deduzidos das mesmas para obtermos a receita líquida são os seguintes:
a) ICMS – Imposto sobre circulação de mercadoria e prestação de serviços de transporte interestadual 
e intermunicipal e de comunicações. É um imposto de âmbito estadual, isto é, cobrado a prazo 
do Estado.
b) IPI - Imposto sobre produtos industrializados. É um imposto de âmbito federal, isto é, cobrado e 
pago à União.
c) ISS – Imposto sobre serviço. É um imposto de âmbito municipal, isto é, cobrado e pago à Prefeitura.
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d) IE – Imposto sobre exportação é um imposto de âmbito Federal, isto é, cobrado e pago à 
União.
e) PIS/Pasep/Cofins – Respectivamente, Programa de Integração Social; Programa de Formação do 
Patrimônio do Servidor Público; e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social. Todos 
estes impostos são de âmbito Federal, isto é, cobrados e pagos à União.
7.5 receita líquida
É o resultado da subtração entre a receita bruta e as chamadas deduções de vendas (devoluções, 
abatimentos, descontos comerciais, impostos sobre vendas).
7.6 Custo dos Produtos e serviços Vendidos
Partindo-se da receita líquida, subtrai-se os custos das mercadorias vendidas (CMV) se a 
empresa for comercial, que é representado pelo custo histórico de aquisição das mercadorias, 
acrescentados dos gastos, por exemplo, frete, seguros e impostos não recuperáveis. A baixa 
dessas mercadorias negociadas, vendidas, é normalmente efetuada com base no Preço Médio 
Ponderado.
Se a empresa for industrial, será subtraído da Receita Líquida o Custo dos Produtos Vendidos (CPV). 
O Custo dos Produtos Vendidos, compreenderá o resultado obtido pela soma dos estoques iniciais de 
produtos acabados, com os custos de produção do período (matéria-prima, mão de obra direta e os 
custos indiretos de fabricação), diminuídos dos estoques finais.
E, finalmente, quanto aos custos que serão deduzidos da receita líquida, temos o caso das empresas 
prestadoras de serviços, onde são encontrados os Custos dos Serviços Prestados (CSP). Neste caso, as 
regras são teoricamente as mesmas, mas é frequente encontrarmos empresas prestadoras de serviços 
que não apuram o custo dos serviços prestados e acabam tratando todos esses gastos como despesas 
do período, misturando-os às despesas gerais/administrativas. Observa-se que este procedimento não é 
recomendável.
 observação
De fato, grande parte da cultura contábil foi desenvolvida para a 
indústria. Não há ou não houve nos últimos anos uma preocupação 
contábil com o comércio, apesar de ser um segmento da economia que 
evoluiu substancialmente nas últimas décadas. A cidade de São Paulo, 
por exemplo, já é conhecida como uma cidade de serviços, e não mais 
como um centro industrial. Sendo assim, há um hiato no que tange a 
tratamentos contábeis para empresas de serviços.
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7.7 lucro Bruto
Representa o lucro bruto, a diferença entre a receita líquida e o custo dos itens vendidos.
7.8 o que se considerava como despesas e receitas operacionais e não 
operacionais antes das leis nº 11.638/07 e 11.941/09
Antes das leis 11.638/07 e 11.941/09, os contadores brasileiros evidenciavam as despesas e receitas 
operacionais, com o intuito de apurar um lucro operacional.
Entendia-se como operacionais atividades que constituem o objeto social da empresa. Eram 
consideradas atividades operacionais: 
• despesas de vendas;
• despesas financeiras;
• receitas financeiras;
• despesas gerais/administrativas;
• outras despesas operacionais;
• outras receitas não operacionais;
• receitas não operacionais;
• despesas não operacionais.
A seguir, estuda-se o conceito de cada um desses grupos de contas.
7.9 despesas de vendas
São consideradas nesta conta as despesas relacionadas com a venda de mercadorias, produtos ou 
serviços da empresa, tais como: salário dos vendedores; comissões pagas aos vendedores; encargos 
sociais incidentes sobre os salários e comissões dos vendedores; despesas de viagens de vendedores; 
frete sobre venda; propaganda.
7.10 despesas financeiras
São consideradas, nesta conta, a representação dos custos de empréstimos/financiamentos 
obtidos pela empresa, tais como: juros sobre empréstimos/financiamentos; comissões sobre 
empréstimos/financiamentos; taxas bancárias; correção monetária sobre empréstimos/
financiamentos; variação cambial; impostos sobre operações financeiras IOF; descontos financeiros 
concedidos.
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7.11 receitas financeiras
São consideradas, nessa conta, a representação dos ganhos auferidos com aplicações financeiras, 
feitas pela empresa, tais como: juros auferidos, correção monetária auferida, descontos financeiros 
obtidos.
7.12 despesas gerais/administrativas
São consideradas, nesta conta, todas as despesas com a administração da empresa, tais como: 
salários e encargos sociais do pessoal administrativo, aluguéis administrativos, material de expediente, 
água, luz, telefone, segurança, alimentação, transporte e assistência médica dos funcionários.
7.13 Contribuição social sobre o lucro
Esta conta representa um tributo devido ao Governo Federal pelas empresas que estão sujeitas ao 
recolhimento do Imposto de Renda com base no lucro real.
O valor deste tributo é calculado com base no resultado do exercício.
7.14 Provisão para imposto de renda
Esta conta representa um tributo devido ao Governo Federal, que a empresa deve pagar sobre o lucro 
gerado por suas operações.
Devemos ressaltar que o Imposto de Renda incide sobre o lucro real, e não sobre o lucro contábil. 
Segundo o artigo do Regulamento do Imposto de Renda, o Lucro Líquido do Período de apuração, 
ajustado pelas adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas. Maiores detalhes sobre este 
assunto (lucro real/ calculado do Imposto de Renda) serão estudadosem disciplinas posteriores.
 saiba mais
Este assunto será melhor estudado em disciplinas que tratam do aspecto 
tributário, como “contabilidade tributária”. Se no entanto você precisar 
de mais informações sobre a provisão para o imposto de renda, acesse o 
regulamento do imposto de Renda RIR/99: <http://www.receita.fazenda.
gov.br/legislacao/rir/default.htm>.
7.15 Participações e contribuições
Do lucro após o Imposto de Renda, devemos subtrair as participações e contribuições previstas nos 
estatutos da empresa. Essas participações e contribuições representam partes do lucro a serem pagas a 
favorecidos específicos, conforme determinarem os estatutos de cada empresa.
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Assim, podemos ter, conforme cada estatuto, participações de debenturistas, participações de 
empregados, participações dos administradores, participações de partes beneficiarias e as contribuições 
para fundos de previdência ou assistência de empregados.
7.16 outras despesas operacionais
Esta conta reúne despesas não classificadas em outras contas de despesas operacionais 
anteriormente citadas. É importante mencionar que, se algumas dessas “outras” despesas operacionais 
apresentarem valor relevante, será preciso indicar, pelo titulo, a sua natureza. Podemos citar como 
exemplo: mercadorias danificadas, quebra de estoque.
7.17 lucro líquido do exercício
Do resultado do exercício após o imposto de renda, excluindo-se as participações que restam e o 
lucro ou prejuízo do exercício.
7.18 lucro por ação
Por determinação legal, a Demonstração do Resultado do Exercício, deve conter os valores do Lucro 
Líquido por ação em que se divide o capital social.
7.19 estrutura básica da dre segundo o CPC26
A seguir, reproduz-se a atual estrutura básica da DRE, segundo o CPC26_R1 que faz correlação com 
a Norma Internacional de Contabilidade IAS 1 (IASB – BV 2011): 
81. A entidade deve apresentar todos os itens de receita e despesa reconhecidos 
no período em duas demonstrações: demonstração do resultado do período e 
demonstração do resultado abrangente do período; esta última começa com o 
resultado líquido e inclui os outros resultados abrangentes.
Informação a ser apresentada na demonstração do resultado e na 
demonstração do resultado abrangente.
82. A demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir as 
seguintes rubricas, obedecidas também as determinações legais:
(a) receitas;
(b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos;
(c) lucro bruto;
(d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas; 
operacionais;
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(e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do 
método de equivalência patrimonial;
(f) resultado antes das receitas e despesas financeiras;
(g) despesas e receitas financeiras;
(h) resultado antes dos tributos sobre o lucro;
(i) despesa com tributos sobre o lucro;
(j) resultado líquido das operações continuadas;
(k) valor líquido dos seguintes itens:
(i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas;
(ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo
menos despesas de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à
disposição para venda que constituem a unidade operacional
descontinuada.
(iii) resultado líquido do período.
E a seguir, expõe-se um modelo sugestivo de DRE: 
Quadro 24 – Modelo sugestivo de apresentação da Demonstração do Resultado do Exercício
Demonstração do Resultado do 
Exercício findo em X1 X1 X0 
Receita Bruta (Vendas ou Serviços) 
(-) Deduções da Receita Bruta 
(=) Receita Líquida 
(-) Custo das Mercadorias, Produtos ou Serviços 
(=) Lucro Bruto 
(-) Despesas (Gerais; Administrativas; Vendas); 
(+/-) Receitas (Despesas) com Investimentos, Pessoas Ligadas 
(+/-) Outras Receitas ou Despesas 
(=) Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras 
(+/-) Receitas e Despesas Financeiras 
(=) Resultado antes dos Tributos sobre Lucros 
(-) Despesas com tributos sobre os Lucros 
(=) Resultado Líquido das Operações Continuadas 
(+/-) Vendas/Custos (Vendas de itens do não circulante) Resultado de Operações Descontinuadas 
(=) Resultado Líquido do Período 
Fonte: Adaptado NBC TG 26 
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7.20 exemplo da demonstração de resultado do exercício de uma empresa 
existente
Figura 11
Exemplo de aplicação
A partir de agora, iremos retomar o exemplo de aplicação onde estamos estudando as análises que o 
milionário norte-americano e entusiasta da análise de balanços Warren Buffett costuma realizar a partir 
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das demonstrações contábeis/financeiras, conforme descrito por Buffet e Clarck (2010). Nesta unidade, 
iremos verificar como Warren Buffet analisa as DRE´s.
É importante que você leia o início do Exemplo de Aplicação ao final da unidade anterior.
Warren Buffet observou que os analistas no mercado analisam se as empresas geraram ou não 
lucro no passado, mas não analisavam se a empresa teria condições ou não de gerar lucro ou tinham 
qualquer preocupação quanto à viabilidade a longo prazo da empresa. Verificou que havia investidores 
que seriam capazes até mesmo de comprar uma empresa inviável (o que seria um absurdo) se sentissem 
que seriam capazes de vender essa empresa com algum lucro.
Como estudamos no início deste exemplo de aplicação na unidade anterior, Warrem Buffet 
estruturou um método para separar as empresas que não têm condições de manter vantagens 
competitivas duráveis, das que têm essa condição. Buffet e Clarck (2010, p. 29) descreveram 
que Warrem Buffet inicia sua análise pela Demonstração do Resultado do Exercício. Eles 
comentaram que:
Em sua busca por uma dessas companhias incríveis, Buffett percebeu 
que os componentes individuais da demonstração do resultado do 
exercício podiam revelar se a empresa possuía a vantagem competitiva 
de longo prazo geradora da riqueza extraordinária durável que ele tanto 
cobiçava. Não apenas se ela ganhara dinheiro, mas que tipo de margens 
tinha, se precisava gastar muito com pesquisa e desenvolvimento para 
manter sua vantagem competitiva e se era necessário usar muita 
alavancagem para ganhar dinheiro. Esses fatores englobam o tipo de 
informação que Buffett garimpa nas demonstrações de resultado a fim 
de conhecer a natureza do motor econômico de uma empresa. Para 
ele, a fonte do lucro é sempre mais importante do que o próprio lucro 
(BUFFET; CLARCK, 2010, p. 29).
Enfatize-se a última frase da citação acima: “a fonte do lucro é sempre mais importante do que 
o próprio lucro”. Ou seja, a menos que a empresa seja constituída para atuar em uma determinada 
sazonalidade ou propósito especial que é sabido que não continuará no futuro, não basta uma empresa 
apresentar um lucro em um ano se nos anos seguintes não o fizer. O interesse da maioria dos investidores 
é que a empresa tenha regularidade em seus lucros. Vamos continuar as análises com os modelos 
apresentados por Buffet e Clarck (2010 – Apêndice) reproduzidos a seguir:
 lembrete
As contas que são demonstradas na DRE são consideradas “de resultado”, 
e têm seus saldos zerados ao final do exercício social em um trabalho de 
apuração do resultado.
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Quadro 25 – Modelo de demonstração do resultado do exercício 
de uma empresa que possui uma vantagem competitiva durável
(em milhões de R$)
Receita 28.857
Custo do bens vendidos 10.406
 Lucro bruto 18.451
Despesas operacionais 
Despesas de vendas, gerais e administrativas 10.200
Pesquisa e desenvolvimento 0
Depreciação 1.107
 Lucro operacional 7.144
Despesas com juros 456
Ganho (perda) com a venda de ativos -1.275
Outros 50
Lucro antes dos impostos 7.913
Imposto de renda pago 2.769
Lucro líquido 5.144
Fonte: Buffet e Clarck (2010 – Apêndice).
E, agora, reproduz-se a empresa que não possui vantagem competitiva durável:
Quadro 26 – Modelo de demonstração do resultado do exercício de 
uma empresa medíocre que não possui uma vantagem competitiva durável
(em milhões de R$)
Receita 172.455
Custo do bens vendidos 142.587
 Lucro bruto 29.868
Despesas operacionais 
Despesas de vendas, gerais e administrativas 20.170
Pesquisa e desenvolvimento 5.020
Depreciação 6.800
 Lucro operacional -2.122
Despesas com juros 10.200
Ganho (perda) com a venda de ativos 402
Outros 35
Lucro antes dos impostos -11.955
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Imposto de renda pago 
Lucro líquido -11.955
Fonte: Buffet e Clarck (2010 – Apêndice).
Para a análise, da mesma forma como procedemos na unidade anterior com o Balanço Patrimonial, 
iremos comparar as duas empresas com os dados lado a lado:
Quadro 27
Com 
vantagem 
competitiva 
durável
Medíocre
(em milhões de R$)
Receita 28.857 172.455
Custo do bens vendidos 10.406 142.587
 Lucro bruto 18.451 29.868
Despesas operacionais 
Despesas de vendas, gerais e administrativas 10.200 20.170
Pesquisa e desenvolvimento 0 5.020
Depreciação 1.107 6.800
 Lucro operacional 7.144 -2.122
Despesas com juros 456 10.200
Ganho (perda) com a venda de ativos -1.275 402
Outros 50 35
Lucro antes dos impostos 7.913 -11.955
Imposto de renda pago 2.769 
Lucro líquido 5.144 -11.955
Analisando rapidamente os dados das duas DRE´s, salta aos olhos que a empresa que é “medíocre” 
tem um faturamento, ou seja, tem um valor na conta vendas seis vezes maior, mas dá prejuízo! A seguir 
as duas contas em destaque:
Quadro 28
Com 
vantagem 
competitiva 
durável
Medíocre
(em milhões de R$)
Receita 28.857 172.455
Lucro líquido 5.144 -11.955
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Observe também que a empresa medíocre tem Custo dos Produtos (bens) vendidos muito mais altos 
do que a empresa “com vantagem competitiva durável”. Essa relação ficará mais evidente realizando 
uma análise por porcentagens:
Quadro 29
Com 
vantagem 
competitiva 
durável
Medíocre
(em milhões de R$)
Receita 28.857 172.455
Custo do bens vendidos 10.406 142.587
 Lucro bruto 18.451 29.868
Receita
Custo do bens vendidos 36% 83%
(O Custo em relação às Receitas)
Observe que a empresa com vantagem competitiva tem um custo de 36% e a Medíocre tem um 
custo de 83%, ou seja, a empresa com vantagem competitiva tem gastos de produção e/ou vendas 
menores ou consegue vender o produto que disponibiliza ao mercado com uma margem (um valor 
de negociação, acima dos gastos) bem maior. Para os critérios do Warren Buffett essa não é uma boa 
empresa a se investir.
Analisemos percentualmente as outras contas:
Quadro 30
Com 
vantagem 
competitiva 
durável
Medíocre
(em milhões de R$)
Receita 28.857 172.455
 Lucro bruto 18.451 29.868
 Lucro operacional 7.144 -2.122
Lucro antes dos impostos 7.913 -11.955
Lucro líquido 5.144 -11.955
Receita 100% 100%
 Lucro bruto 64% 17%
 Lucro operacional 25% -1%
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Contabilidade intermediária
Lucro antes dos impostos 27% -7%
Lucro líquido 18% -7%
(Em relação às Receitas)
Conclui-se, então, que a empresa que “conta com uma vantagem competitiva durável” tem uma 
distribuição de gastos ao longo da sua operação mais estável, enquanto a “medíocre” tem custos 
altíssimos, apresenta um lucro bruto baixo e depois passa a apresentar despesas.
Como comentado ao final da análise do Balanço Patrimonial, essa situação mostra para Warrem 
Buffett que, de fato, a empresa pode estar com problemas administrativos graves ou está atuando em um 
ramo de negócio difícil. Certamente, essa empresa “medíocre” não entraria na carteira de investimentos 
desse investidor, mas poderia entrar na carteira de outro investidor que, por exemplo, se disponha a 
recuperar o negócio ou atuar sobre ele.
Preste atenção na forma como foi realizada a análise: partindo da DRE, em uma estrutura única, 
igual para as duas empresas, cada conta e cada grupo de contas foram sendo analisados e geraram 
informações úteis, relevantes, que poderiam ser ou são usadas na tomada de decisões. A análise 
poderia ser diferente, mas as demonstrações contábeis/financeiras terão uma mesma estrutura de 
apresentação.
 saiba mais
A jornalista Julia Wiltgen produziu para a Revista Exame uma 
interessante matéria sobre as análises que são realizadas por investidores, 
excelente leitura para complementar o estudo realizado com esse exemplo 
de aplicação:
<http : / /exame .abr i l . com.br / seu-d inhe i ro /acoes /not i c ia s /
como-funciona-analise-fundamentalista-acoes-576374>.
 observação
Empresas da área de serviços costumam demonstrar uma DRE bem 
detalhada.
Uma dica é acessar as demonstrações contábeis da empresa Ticket em: 
<http://www.ticket.com.br/portal/portalcorporativo/home/>.
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8 PronunCiamento Para PeQuenas e mÉdias emPresas – CPC Pme
Segundo Cardoso (2010) a IASB está ciente de que as pequenas e médias empresas são uma força 
econômica muito relevante na economia internacional.
No entanto, as atenções dos governos nacionais e de grande parte dos contadores repousam 
sobre as grandes corporações e a questões relacionadas ao mercado de capitais. Seria relevante 
essa situação? Haveria a necessidade de criar normas específicas para as pequenas e médias 
empresas ou as normas deveriam ser criadas para assuntos genéricos, aplicáveis a empresas de 
qualquer porte? 
Segundo IASB (2008), em junho de 2004, o Conselho publicou o documento de discussão “Visões 
Preliminares sobre Normas Contábeis para Pequenas e Médias Empresas”. O Conselho recebeu então 129 
respostas vindas de profissionais de vários países. 
Durante as discussões sobre a pertinência ou não de se criarem normas internacionais para 
PMEs, o Sr. James J. Leisenring, que foi diretor de pesquisa e relações institucionais da FASB e 
um dos três escolhidos para o Accounting Hall of Fame de 2003 (Um prêmio concedido pela 
Ohio State University’s Fisher College of Business) contestou a real necessidade de uma norma 
específica para PMEs. 
A IASB (2008) relata que o Sr. Leisenring argumentou, que as IFRSs deveriam ser uma fonte 
de orientação contábil para todas as empresas e não apenas para um determinado grupo de 
empresas. 
Entre dezembro de 2004 e janeiro de 2005, o Conselho da IASB tomou decisões provisórias e 
apropriadas para prosseguir com o projeto, sendo que chegou a uma importante conclusão, conforme 
transcrição a seguir. 
As respostas ao documento de discussão apresentaram uma clara demanda por uma Norma 
Internacional de Relatório Financeiro para PMEs (IFRS para PMEs) e uma preferência, em muitos 
países, pela adoção de IFRS para PMEse não de normas desenvolvidas local ou regionalmente 
(IASB 2008).
Decidiu-se, então, por criar uma norma específica para PMEs. Entendeu-se que a opinião do 
Sr. Leisenring estaria correta, porque de um ponto de vista essencialmente doutrinário, de fato não 
faria sentido criar normas específicas para um grupo de empresas determinado pelo tamanho. A 
contabilidade não é para um ou outro tipo de empresa, é para todas! No entanto, a IASB acatou os 
anseios da sociedade, que pediam normas específicas para PMEs. 
Cardoso (2010), revelou em palestra da IASB no auditório do BNDES, na cidade do Rio de Janeiro, 
alguns dados muito interessantes relacionados a PMEs, que são expostos a seguir: 
a) As 52 maiores bolsas de valores em todo o mundo reúnem cerca de 45.000 empresas.
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Contabilidade intermediária
b) No entanto, as pequenas e médias empresas somam: 
• Na Europa: 25 milhões de empresas;
• Nos EUA: 20 milhões de empresas;
• Reino Unido: 4,7 milhões de empresas.
De acordo com Kos et al. (2011), no Brasil o IBGE aponta que 70% dos empregos e 20% do Produto 
Interno Bruto brasileiro são formados por Pequenas e Médias empresas. 
Sendo assim, os números são muito convincentes em termos da necessidade de criação de orientações 
específicas para o grande contingente de pequenas e médias empresas. Em especial, reconheceu-se que 
para as empresas manterem uma contabilidade de alta qualidade (como requer a convergência contábil 
internacional), seria necessário um gasto muito alto de recursos financeiros. Seria necessário, então, 
reduzir o custo para se fazer contabilidade. 
Considere-se também o fato de que as pequenas e médias empresas enfrentam muitas dificuldades 
para serem avaliadas como candidatas a um empréstimo ou financiamento pelas instituições financeiras. 
Elaborar normas contábeis para PME`S significaria também: 
a) Aumentar o acesso ao crédito, inclusive internacional;
b) Melhorar o acesso à “abertura” de capital, uma vez que para muitas empresas o acesso ao mercado 
de capitais e às bolsas de valores é difícil ou praticamente impossível.
c) Conferir comparabilidade. 
Nem tudo é simplicidade em termos de Pequenas e Médias empresas. Há que se considerar, e ainda 
segundo Cardoso (2010), que há casos de empresas que apesar de terem porte pequeno ou médio, 
mantêm operações complexas, equivalentes a qualquer empresa de grande porte. Para tratar desse 
problema, os técnicos da IASB dividiram as empresas nos seguintes grupos: 
a) empresas que têm obrigação pública;
b) empresas de grande porte;
c) empresas de médio porte.
Entendeu-se que há algumas empresas que precisam prestar contas para a sociedade em 
geral, mas há também empresas para as quais não há uma necessidade de prestação de contas 
pública. Por exemplo, uma empresa que recebe recursos públicos para executar suas atividades, 
mesmo de porte pequeno, tem uma necessidade de mostrar para a sociedade sua contabilidade 
com informações muito detalhadas. Já em um comércio sofisticado, como um empório ou um 
supermercado, onde todo o capital é do proprietário ou dos sócios e onde são vendidos produtos 
com preços muito altos, mesmo que movimentem-se altas somas de dinheiro, não existirá a 
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necessidade de tornar suas demonstrações públicas porque os usuários externos não irão se 
interessar ou precisar dessas informações. 
Os técnicos da IASB desenvolveram então uma norma internacional específica para as pequenas 
e médias empresas onde todo o conteúdo das outras normas já elaboradas foi adaptado e resumido. 
Nesse esforço, diminuiu-se cerca de 3.000 páginas de pronunciamentos contábeis para apenas 260 e 
definiu-se que tipo de informações e em qual extensão as empresas de pequeno e médio porte devem 
preparar suas demonstrações. 
Assim, os seguintes grupos de empresas devem preparar suas demonstrações contábeis de acordo 
com o conceito de “Demonstrações Contábeis de Uso Geral - DCUG.” 
a) não têm títulos na bolsa;
b) que não são uma instituição financeira.
 lembrete
DCUG é a sigla para Demonstrações Contábeis de Uso Geral.
As DCUG estabelece um rol de informações úteis a uma ampla gama de usuários, que não estão 
em uma posição para solicitar relatórios adaptados para atender a alguma necessidade específica. A 
intenção é criar um conjunto de informações que trazem “tudo o que é necessário” para quem quer 
tomar uma decisão sobre uma pequena e média empresa, envolvendo fluxo de caixa, índices de liquidez 
e solvência, custos. Dessa forma, um usuário não se vê na necessidade, como era muito comum no 
passado, de solicitar relatórios para finalidades específicas porque o conjunto do CPC PME já traz “o que 
é necessário”. 
O CPC PME e as DCUG são organizadas em vários tópicos e seguem os mesmos assuntos que são 
orientados nos pronunciamentos “Plenos”. Mas são um conjunto distinto e independente. 
O contador deve então observar as características da empresa onde trabalha ou presta serviço e verificar 
quais serão as suas necessidades e anseios. Se a necessidade da empresa não for muito extensa, optar-
se-á pelo CPC PME. No entanto, se a empresa tiver indicativos de que precisará preparar para a sociedade 
informações mais sofisticadas, que vão além do alcance das DCUG, optar-se-á pelas CPC “Plenas”. 
 observação
Acostume-se com esses dois conceitos: 
CPC “Plenas” - Normas aplicáveis a empresas que não optaram pelo 
CPC PME.
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DCUG – Demonstrações de Uso Geral, aplicáveis a empresas que 
optaram pelo CPC PME. 
A opção entre se a empresa deve adotar as CPC Plenas ou a CPC 
PME é um julgamento a ser realizado pelo contador, de acordo com as 
características da empresa. 
Além das DCUG, há alguns termos novos no CPC PME: 
Na Seção 4 do CPC PME, o Balanço Patrimonial recebe o nome técnico de “Demonstração da Posição 
Financeira (Balanço Patrimonial), onde se prevê que a empresa pode apresentar as contas tanto em 
liquidez ascendente, como descendente. 
E na seção 5 do CPC PME, o resultado é tratado por meio da DRA Demonstração do Resultado 
Abrangente, que pode ser preparada em uma única demonstração ou em duas. Em particular, a DRA 
difere de uma DRE tradicional porque começa com o resultado do período e apresenta cada item de 
outros resultados abrangentes separadamente. 
Com o CPC PME, proporciona-se para a sociedade condições de um melhor tratamento 
para o importante segmento das pequenas e médias empresas e desloca-se um olhar quase 
exclusivo que a profissão contábil vinha dedicando para as grandes empresas, fazendo com que 
os contadores tratem adequadamente essa formidável força econômica que são as pequenas e 
médias empresas. 
8.1 demonstração do resultado abrangente
Como comentado acima, a Demonstração do Resultado Abrangente difere de uma Demonstração 
de Resultado do Exercício tradicional porque começa com o resultado do período e apresenta cada 
item de outros resultados abrangentes separadamente. No entanto, não se trata de uma mera 
inversão de forma de apresentação da DRE. Seu significado é muito maior e há, em particular, a 
introdução do conceito de “Resultado Abrangente” que teve influência da agência norte-americana 
FASB – Financial Accounting Standards Board, que assim como o CPC (Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis brasileiro) participa da IASB. 
Em 1997, a FASB introduziu o conceito de Resultado Abrangente para os Estados Unidos pela 
publicação do Fasb Concepts Nº 3 – Elements of Financial Statements of Business Enterprises,que posteriormente foi substituído pelo Fasb Concepts Statements Nº 6 – Elements of Financial 
Statements). 
A definição básica, de acordo com o CPC PME (2012), baseado no The International Financial 
Reporting Standard for Small and Medium-sized Entities (IFRS for SMEs) é:
Demonstração que começa com lucro ou prejuízo do período e a seguir 
mostra os itens de outros resultados abrangentes do período.
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E a definição de “Resultado Abrangente” segundo o Statement 6 da FASB – Financial Accounting 
Standards Board dos Estados Unidos é: 
Resultado abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante 
um período que resulta de transações e outros eventos que não derivados 
de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários. Compreende 
todos os componentes da “demonstração do resultado” e da “demonstração 
dos outros resultados abrangentes.
Dessa forma, a DRA é uma demonstração muito relevante porque realiza uma atualização do capital 
próprio do proprietário ou sócios, por meio de registro no patrimônio líquido das receitas e despesas 
incorridas mas para as quais há dúvidas se haverá realização financeira.
Segundo o CPC PME (2012), a demonstração do resultado abrangente inicia com a última linha da 
demonstração do resultado; 
Posteriormente, devem constar todos os itens de outros resultados abrangentes. 
No mínimo, a DRA deve conter: 
a) resultado líquido do período;
b) cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza (exceto 
montantes relativos ao item (c));
c) parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do 
método de equivalência patrimonial; e
d) resultado abrangente do período. 
CPC PME (2012)
A seguir, reproduz-se algumas definições importantes, compilados pelo CRCPR (2012):
Definições importantes para a DRA
Outros resultados abrangentes compreendem itens de receita e despesa (incluindo 
ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na demonstração do resultado como 
requerido ou permitido pelas normas, interpretações e comunicados técnicos emitidos pelo 
CFC. Os componentes dos outros resultados abrangentes incluem:
a) variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente (ver a NBC TG 
27 – Ativo Imobilizado e a NBC TG 04 – Ativo Intangível);
b) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido reconhecidos 
conforme item 93A da NBC TG 33 – Benefícios a Empregados;
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c) ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de operações no 
exterior (ver a NBC TG 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de 
Demonstrações Contábeis);
d) ajuste de avaliação patrimonial relativo aos ganhos e perdas na remensuração 
de ativos financeiros disponíveis para venda (ver a NBC TG 38 – Instrumentos 
Financeiros: Reconhecimento e Mensuração);
e) ajuste de avaliação patrimonial relativo à efetiva parcela de ganhos ou perdas de 
instrumentos de hedge em hedge de fluxo de caixa (ver também a NBC TG 38 – 
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração).
Fonte: Conselho Regional de Contabilidade PR
E a seguir, um quadro sugestivo de apresentação da Demonstração do Resultado. 
Quadro 31 - Modelo sugestivo de apresentação da 
Demonstração do Resultado Abrangente
Demonstração do Resultado 
Abrangente de X1 X1 X0 
Resultado Líquido do Período
(+/-) Outros Resultados Abrangentes
Variação de Reserva de Reavaliação (Quando Existente)
Ganhos/Perdas em Planos Previdência Complementar 
Ou Conversão das Demonstrações Contábeis p/Exterior
Ajuste de Avaliação Patrimonial
(+/-) Resultados Abrangentes de Empresas Investidas (quando reconhecidas pela Eq. Patrimonial)
(=) Resultado Abrangente do Período
Fonte: Adaptado NBC TG 26 
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8.2 exemplo da demonstração de resultado abrangente de uma empresa 
existente
Figura 12 – Demonstração de Resultado do Exercício da Empresa Natura 2010/2011
Exemplos de Aplicação
1. Língua e Jargão
Ao longo da unidade, você teve contato com termos da área contábil que correspondem a 
determinados conceitos e, em razão disso, propõe-se que você aprofunde sua compreensão em 
relação a esses termos. Assim, tente explicar a seguir com suas próprias palavras o que significa o 
termo em destaque (caso necessite, volte ao texto, releia-o e pesquise em livros e na internet não 
só o que o termo significa, mas como os profissionais da área contábil o utilizam).
Os termos são: Abatimentos, Descontos, Devoluções.
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2. Imagine um produto, que pode ser um bem de consumo, um bem intermediário, um bem de 
capital ou um serviço que por algum motivo atrai a sua admiração (não necessariamente você 
precisa consumir esse produto regularmente ou mesmo esporadicamente).
Escolhido o produto de seu interesse, busque a empresa que produz e/ou distribui esse produto e 
tente encontrar seu balanço patrimonial e a demonstração de resultados do exercício e analise-os. 
Responda à seguinte questão: O BP e a DRE dessa empresa vão ao encontro de toda a teoria 
que você estudou neste livro? Justifique.
Caso não consiga responder a essa pergunta, analise novamente, faça uma revisão quantas vezes 
julgar necessário deste livro-texto e entre em contato com os tutores presenciaise ou a distância 
(munido evidentemente das demonstrações que está analisando). Não fique com dúvidas!
Essa atividade também pode ser praticada em equipe.
Forme um grupo de estudos em seu polo!
 observação
Faça desta atividade um hábito permanente a partir de agora. A cada 
trimestre, obtenha informações sobre a empresa que admira e acompanhe 
a sua contabilidade.
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Se você souber outras línguas, poderá praticar esse exercício, ou 
como foi dito, esse hábito, em uma empresa de outro país. Será mais 
uma oportunidade para praticar uma outra língua de acordo com as suas 
preferências. 
3. No espaço a seguir, tente montar um mapa mental ou um esquema com os principais conceitos 
estudados nesta unidade.
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Contabilidade intermediária
 resumo
Nesta unidade você teve a oportunidade de conhecer a estrutura da 
DRE, a Demonstração do Resultado do Exercício. Até as unidades anteriores, 
o objetivo era que você entendesse a formação do patrimônio de uma 
empresa, seu Ativo e Passivo, o que significa a estrutura de uma entidade 
para prestar serviços à sociedade.
No entanto, não basta ter uma estrutura, é necessário usá-la para 
trabalhar, comprar e vender. A qualidade de todo o trabalho desenvolvido 
por uma empresa, se todo o seu esforço está gerando bons resultados (se 
está dando lucro), é apurado e demonstrado na DRE.
Não é à toa que você viu no exemplo de aplicação que um dos milionários 
da atualidade, o entusiasta Warren Buffett, costuma começar uma análise 
de balanços pela DRE. Trata-se de uma demonstração muito explicativa. 
Entender a sua estrutura é imprescindível ao contador.
Estudamos também o CPC PME, um conjunto de demonstrações 
dedicado a pequenas e médias empresas, força motriz da economia atual. 
Muito provavelmente você irá lidar com a CPC PME em algum momento 
de sua vida profissional.
E, finalmente, estudamos a DRA – Demonstração do Resultado 
Abrangente –, que traz ao Brasil, na esteira da convergência contábil 
internacional, o conceito de resultado abrangente. Não raramente, os 
sócios e/ou acionistas se beneficiavam (ou tinham prejuízo) com resultados 
que não fizeram nenhum esforço específico para obter. Não que seja sorte, 
mas imaginemos que uma empresa tenha observado um bom dinheiro de 
rendimento em aplicações no exterior, que só foram obtidas porque houve 
uma valorização cambial.
Esse resultado, quando houver, deve ser demonstrado, mas acabava por 
criar dificuldades ao analista das demonstrações contábeis/financeiras, que 
não tinha como saber quanto de rendimento havia sido esforço da empresa 
e seus profissionais. Com a DRA não há mais essa dificuldade!
Neste livro-texto, conforme foi comentado na introdução, realizou-se 
uma ponte entre a contabilidade interna, um trabalho privativo do contador 
e as necessidades dos usuários externos. Entendeu-se que, para que haja 
uma comunicação eficiente e eficaz do contador com a sociedade, sob os 
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mais variados interesses, é imprescindível utilizar uma apresentação e forma 
que estejam de acordo com as expectativas depositadas nos principais 
regulamentos jurídicos brasileiros e internacionais.
Sendo assim, passamos a estudar em detalhes, inclusive com um estudo 
dirigido no texto da lei, que expectativas são essas.
Após todos esses esforços, entende-se que você está apto para 
prosseguir os estudos de outras disciplinas do curso de Ciências Contábeis, 
em um aprimoramento contínuo.
Como uma recomendação básica: entende-se que eventuais ansiedades 
para conhecer rapidamente aspectos mais avançados da contabilidade 
irão atrapalhar seu desempenho. Atenha-se a este livro texto, estude com 
entusiasmo e não deixe permanecer dúvidas.
De qualquer forma, parabéns, você acaba de vencer mais uma importante 
etapa no processo de aprendizagem para ser um(a) (ótimo[a]) contador(a).
 exercícios
Questão 1. Com relação ao conceito, ao objetivo e à composição da Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE), julgue as afirmativas e responda o que se solicita:
I – Para obter o valor da receita bruta, basta deduzir da receita líquida o custo dos produtos e 
serviços vendidos.
II – O valor da receita líquida das vendas e serviços é apurado antes do valor do lucro bruto.
III – Na determinação do resultado, deve-se observar o princípio de competência e não o de caixa.
Está correto apenas o que se afirma em:
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e II.
E) II e III.
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Resposta correta: alternativa E.
Análise das afirmativas
I) Afirmativa incorreta.
Justificativa: entende-se por receita bruta a soma de todas as vendas realizadas pela empresa num 
determinado período. A receita bruta é, portanto, a somatória das vendas feitas à vista e a prazo. Ao 
diminuir o custo dos produtos e serviços vendidos da receita líquida, tem-se como resultado o lucro 
bruto.
II) Afirmativa correta.
Justificativa: o valor da receita líquida das vendas e serviços é apurado antes do valor do lucro bruto. 
A receita líquida é obtida quando são deduzidos da receita bruta de vendas de bens e serviços, pela 
ordem, devoluções, abatimentos e descontos comerciais bem como os impostos sobre a venda. Tem-se, 
então, a receita líquida que, também pela ordem, deduzida do custo dos produtos e serviços vendidos, 
chega-se ao resultado do lucro bruto.
III) Afirmativa correta.
Justificativa: na determinação do resultado, deve ser observado o princípio da competência. Por 
esse princípio, deverão ser consideradas as receitas efetivamente ganhas e não as necessariamente 
recebidas. Ainda por esse princípio, deverão ser considerados os custos e despesas incorridas e não os 
necessariamente pagos.
Questão 2 (CESPE, 2010, TRE-MT, adaptada). Considerando que, de acordo com a Lei nº 
6.404/76, a DRE deve ser apresentada na forma dedutiva com os detalhes necessários das 
receitas, despesas, ganhos e perdas, definindo claramente o lucro ou prejuízo do exercício, e por 
ação, assinale a opção correta:
A) O valor da receita líquida das vendas e serviços deve ser apurado pela diferença entre a receita 
bruta das vendas e serviços e o valor do custo das mercadorias e serviços vendidos.
B) Despesas de vendas e despesas financeiras denotam mesma conceituação.
C) O lucro (ou prejuízo) líquido do exercício e o montante do lucro (ou prejuízo) por ação do capital 
social devem ser apurados depois da dedução dos valores das participações.
D) Fornecedores são exemplos de participações deduzidas na DRE.
E) Os abatimentos concedidos não são discriminados na DRE.
Resolução desta questão na plataforma.
104
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 3 de fev. 1970, p. 23. Disponível em: <http://news.google.
com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19700203&printsec=frontpage&hl=pt-BR>. 
Acesso em: 2 jun. 2012.
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Acesso em: 2 jan. 2012.
Figura 12
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Sites
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Exercícios
Unidade II – Questão 1: CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC). Prova para provimento de 
cargos de técnico de contabilidade, realizada pelo Conselho Federal de Contabilidade em março de 2012. 
Questão 17. Disponível em: <http://www.questoesdeconcursos.com.br/prova/arquivo_prova/27799/cfc-
2011-cfc-tecnico-em-contabilidade-segundo-semestre-prova.pdf>. Acesso em: 18 mai. 2013.
Unidade II – Questão 2: CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC). Prova para provimento de 
cargos de analista judiciário – contabilidade, realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná 
em fevereiro de 2012. Questão 26. Disponível em: <http://www.questoesdeconcursos.com.br/prova/
arquivo_prova/25669/fcc-2012-tre-pr-analista-judiciario-contabilidade-prova.pdf>. Acesso em: 18 
mai. 2013.
107
Unidade III – Questão 1: FUNDAÇÃO CESGRANRIO (CESGRANRIO). Prova para provimento de cargos 
de técnico de contabilidade, realizada pela Petróleo Brasileiro S.A. em fevereiro de 2011. Questão 43. 
Disponível em: <http://www.questoesdeconcursos.com.br/prova/arquivo_prova/24594/cesgranrio-
2011-petrobras-tecnico-de-contabilidade-2011-prova.pdf>. Acesso em: 18 mai. 2013.
Unidade III – Questão 2: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC). Prova para provimento de cargos de 
Agente de Fiscalização Financeira, realizada pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo em 
fevereiro de 2012. Questão 62. Disponível em: <http://www.questoesdeconcursos.com.br/prova/
arquivo_prova/25799/fcc-2012-tce-sp-agente-de-fiscalizacao-financeira-prova.pdf>. Acesso em: 18 
mai. 2013.
Unidade IV – Questão 1: ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA (ESAF). Prova para provimento 
de cargos de analista de analista de comércio exterior, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior em maio de 2012. Questão 48. Disponível em: < http://www.
questoesdeconcursos.com.br/prova/arquivo_prova/27576/esaf-2012-mdic-analista-de-comercio-
exterior-prova-2-grupo-1-prova.pdf>. Acesso em: 18 mai. 2013.
Unidade IV – Questão 2: CENTRO DE SELEÇÃO E DE PROMOÇÃO DE EVENTOS (CESPE). Prova para 
provimento de cargos de analista judiciário – contabilidade, realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral 
do Mato Grosso em janeiro de 2010. Questão 35. Disponível em: <http://www.questoesdeconcursos.
com.br/prova/arquivo_prova/1343/cespe-2010-tre-mt-analista-judiciario-contabilidade-prova.pdf>. 
Acesso em: 18 mai. 2013.
108
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111
112
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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