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Direito Penal Caderno.

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Título I – Dos Crimes Praticados Contra a Fé Pública
Capítulo I – Da Falsidade Documental
	#A fé pública a que se refere a lei significa a credibilidade que os cidadãos têm nos papéis públicos.
	#Todo documento público e todo documento particular falsificado, precisam guardar semelhança com o original = “Imitacio Veri”. Ou seja, se o papel for grosseiramente falsificado, não ludibriará o alvo.
Art. 293 [Falsidade de Papéis Públicos] = Falsificar fabricando-os ou alterando-os:
	I – selo destinado a controle tributário (selo que vem em bebidas, cigarro, etc.);
	II – papel selado;
	III – qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo;
	IV – papel de crédito público que não seja moeda de curso legal (Títulos da dívida pública, por exemplo);
	V – vale postal (REVOGADO);
	VI – cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabelecimento mantido por entidade de direito público.
	VII – talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável;
	VIII – bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por Estado ou por Município:
		PENA = RECLUSÃO, de 2 a 8 anos, e multa.
		§1º = Incorre na mesma pena quem:
Usa qualquer dos papéis falsificados acima;
Usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este artigo;
Importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado destinado a controle tributário;
Importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria:
Em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário falsificado;
Sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua aplicação.
PENA = RECLUSÃO, de 2 a 8 anos, e multa.
§5º = Equipara-se à atividade comercial, para fins do inciso 3 do §1º, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em residências.
§2º = Incorre na mesma pena quem suprimir em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o FIM DE TORNÁ-LOS NOVAMENTE UTILIZÁVEIS, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização:
		PENA = RECLUSÃO¸ de 1 a 4 anos, e multa.
	§3º = Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior:
			PENA = RECLUSÃO¸ de 1 a 4 anos, e multa.
		§4º = Quem usa ou restitui à circulação embora recebido de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu §2º, DEPOIS DE CONHECER A FALSIDADE OU ALTERAÇÃO, incorre na pena de:
			PENA = DETENÇÃO, de 6 meses a 2 anos, OU multa.
Art. 294 [Petrechos (Apetrechos, instrumento para fazer a falsificação) de falsificação] = Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à falsificação de qualquer dos papéis referidos no artigo anterior:
	PENA = RECLUSÃO, de 1 a 3 anos, e multa.
Art. 295 = Se o agente é funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de 1/6.
	#Aplica-se o aumento de pena de 1/6 nos crimes do Art. 293 e 294.
Art. 296 [Falsificação do Selo ou Sinal Público] = Falsificar fabricando-os ou alterando-os:
	I – selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município;
	II – selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião (Selo do INMETRO, por exemplo):
		PENA = RECLUSÃO, de 2 a 6 anos, e multa.
		§1º = Incorre nas mesmas penas:
			1 – Quem usa selo ou sinal falsificado;
			2 – quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio.
			3 – quem altera, falsifica ou faz uso indevidamente de marcas, logotipos, siglas, ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Adm Pública.
§2º = Causa de aumento de pena em 1/6 se o agente é funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo.
Art. 297 [Falsificação de Documento Público] = Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro (CNH, RG, CPF, Certidão de Nascimento, de Óbito, CTPS, etc):
	PENA = RECLUSÃO, de 2 a 6 anos, e multa.
	§1º = Se o agente é funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
	§2º = Para os efeitos penais, e só para os efeitos penais, equiparam-se a documentos públicos:
		I – o emanado de entidade paraestatal;
		II – o título ao portador ou transmissível por endosso (CHEQUE);
		III – as ações de sociedade comercial;
		IV – os livros mercantis;
		V – E O TESTAMENTO PARTICULAR.
#Estes são os documentos particulares equiparados aos públicos.
	§3º = Incorre na mesma pena quem INSERIR OU FAZER INSERIR:
Pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório na folha de pagamento, ou documento de informação destinado a fazer prova perante a previdência social.
Declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita na CTPS do empregado, ou documento que deva produzir efeito perante a Previdência Social.
Declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado documento contábil, ou qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a Previdência Social.
§4º = Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no §3º, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.
Art. 298 [Falsificação de Documento Particular] = Falsificar, no todo ou em parte, documento particular, ou alterar documento particular verdadeiro.
	PENA = RECLUSÃO, de 1 a 5 anos, e multa.
		§ÚNICO = Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito. (Não importa de qual banco sejam.)
Art. 299 [Falsidade Ideológica] = Omitir em documento público ou particular declaração que dele devia constar ou inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrito, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.
	#A Falsidade Ideológica é falsidade de conteúdo, pois ele é formalmente verdadeiro, porém seu conteúdo é falso. Já as falsidades anteriores são falsidades de forma.
	PENA = RECLUSÃO, de 1 a 5 anos, e multa, se o documento é público.
		RECLUSÃO, de 1 a 3 anos, e multa, se o documento é particular.
		§1º = Causa de aumento de pena em 1/6:
Se o agente é funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou
Se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil.
Art. 300 [Reconhecimento de firma ou letra] = Reconhecer, como verdadeira, no exercício da função pública, firma ou letra que não o seja:
	PENA = RECLUSÃO, de 1 a 5 anos, e multa se o documento é público.
		RECLUSÃO, de 1 a 3 anos, e multa se o documento é particular.
Art. 301 [Certidão ou atestado ideologicamente falso] = Atestar ou Certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a: Obter cargo público; Isenção de ônus; Serviço de caráter público; ou Qualquer outra vantagem.
	PENA = DETENÇÃO, de 2 meses a 1 ano.
		§1º [Falsidade material de atestado ou certidão] = Falsificar no todo ou parte, atestado ou certidão ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a: Obter cargo público; Isenção de ônus; Serviço de caráter público; ou Qualquer outra vantagem.
			PENA = DETENÇÃO, de 3 meses a 2 anos.
		§2º = Se o crime é praticado com o fim de lucro aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa.
Art. 302 [Falsidade de atestado médico] = Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestadofalso:
	PENA = DETENÇÃO, de 1 mês a 1 ano.
		§1º = Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Art. 303 [Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica] = Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica, que tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça:
	PENA = DETENÇÃO, de 1 a 3 anos, e multa.
		§1º = Na mesma pena incorre quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica falsificada.
Art. 304 [Uso de Documento Falso] = Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:
		# Falsificação de Documento Público; Falsificação de Documento Particular; Falsidade Ideológica; Falso reconhecimento de Firma ou Letra; Certidão ou Atestado Ideologicamente Falso; Falsidade de Atestado ou Certidão; Falsidade de atestado médico.
	PENA = A cominada à falsificação ou à alteração.
Art. 305 [Supressão de Documento] = Destruir, Ocultar ou Suprimir, em benefício próprio ou de outrem ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro de que não podia dispor.
	PENA = RECLUSÃO, de 2 a 6 anos, e multa, se o documento é público.
		RECLUSÃO, de 1 a 5 anos, e multa, se o documento é particular.
Art. 307 [Falsa identidade] = Atribuir-se ou atribuir a 3º falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
	PENA = DETENÇÃO, de 3 meses a 1 ano, ou multa, SE O FATO NÃO CONSTITUIR ELEMENTO DE CRIME MAIS GRAVE.
Art. 308 [Falsa identidade (Corolário do 307)] = Usar, como próprio, ou ceder a outrem, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia que dele se utilize.
	PENA = DETENÇÃO, de 4 meses a 2 anos, e multa, SE O FATO NÃO CONSTITUIR ELEMENTO DE CRIME MAIS GRAVE.
Art. 311-A [Fraudes em certames de interesse público] = Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:
	I – concurso público;
	II – avaliação ou exame públicos;
	III – processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou
	IV – exame ou processo seletivo previstos em lei:
		PENA = RECLUSÃO, de 1 a 4 anos, e multa.
			§1º = Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas no caput.
			§2º = Se da ação ou omissão resulta dano à Adm Pública:
				PENA = RECLUSÃO, de 2 a 6 anos, e multa.
			§3º = Aumenta-se a pena de 1/3 se o fato é cometido por funcionário público.
Título II – Dos Crimes Praticados Contra a Adm. Pública
Capítulo I – Praticados por Funcionário contra a Adm. em Geral.
Crimes funcionais: São crimes funcionais os que pertencem à determinada categoria de crimes que são chamados de crimes próprios, ou seja, só podem ser cometidos por determinada classe de pessoas. Destarte, a lei exige do indivíduo uma condição específica.
	- Crimes funcionais podem ser:
		A) Próprios (Puros) = A qualidade de funcionário público é imprescindível, pois sua ausência torna o fato atípico.
		B) Impróprios (Impuros) = Ocorre quando não há qualidade especial do agente. Ou seja, ele não é funcionário público, mas o fato pode ser punido criminalmente com base em outro tipo penal.
			#Ou seja, tire a qualidade de funcionário público, se virar um fato atípico (fato que não se torne outro crime) será um Crime Funcional Próprio, se virar outro crime previsto no código penal, sem ser funcional, será Crime Funcional Impróprio.
Terminologia própria:
	- Intraneus: Funcionário Público.
	-Extraneus (Estranho): Particular.
	- Extranei (plural): Particulares.
	- Intranei (plural): Funcionários Públicos.
Não são funcionários públicos para efeitos penais:
	- As pessoas que exercem um “múnus público”, em casos nos quais prevalece um interesse privado e que não se confundem com função pública. São hipóteses do tutor judicial; curador judicial; inventariante judicial; depositário judicial; liquidatário; síndico (administrador da massa falida); etc.
Art. 327 [Conceito de “funcionário público” para fins do Dto Penal] = Considera-se funcionário público para os efeitos penais, e somente penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerça cargo, emprego ou função pública.
	§1º = Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função pública em entidade Paraestatal e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Adm. Pública.
		#Entidade Paraestatal = Empresas públicas, SEM e os Serviços sociais autônomos (Sesi, Sesc, Senac, Senai). 
		#A equiparação aplica-se ao SUJEITO ATIVO do delito e NÃO AO SUJEITO PASSIVO. Ou seja, para ser sujeito passivo de CRIME PRATICADO POR PARTICULAR À ADM., é preciso estar presente no rol elencado no caput deste artigo.
- Exemplo: Ofender um funcionário de uma empresa pública (equiparado a funcionário público) é injúria e não desacato. Por outro lado, se este funcionário apropriar-se de impressora do local de trabalho, poderá configurar peculato e não apropriação indébita.
	§2º [Causas de aumento de pena] = A pena é aumentada de 1/3 quando os autores dos crimes praticados neste capítulo forem ocupantes de Cargo em Comissão ou Função de Direção ou Assessoramento de órgão da Adm. Direta; SEM; Empresa Pública ou Fundação instituída pelo Poder Público.
Lembrete:
Crimes punidos com Reclusão, de 2 a 12 anos, e multa:
	C
	Corrupção Passiva
	Art. 317
	I
	Inserção de Dados falsos em sistema de informações
	Art. 313 A
	P
	Peculato
	Art. 312
	E
	Excesso de Exação
	Art. 316, $2º
	C
	Corrupção Ativa
	Art. 333
** Notas sobre o artigo 327**
	- Cargos: São criados por lei, com denominação própria, em certo número e pagos pelos cofres públicos.
	- Empregos: Para serviço temporário, com contrato em regime especial ou pela CLT.
	- Função Pública: Abrange qualquer conjunto de atribuições públicas que não correspondam a cargo ou emprego público. (Jurados, mesários, etc.)
	- Não são funcionários públicos: Tutores, Curadores e Inventariantes judiciais, etc, etc.
	- Equiparação a funcionário público: O conceito de equiparação NÃO ABARCA quem presta serviço à Administração em função atípica, mas sim, e somente, em função TÍPICA.
		#O particular que concorrer com o funcionário público na prática do crime, DESDE QUE CONHEÇA A QUALIDADE DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO DO COMPARSA, responderá com as mesmas penas e na mesma tipologia do crime cometido pelo agente.
Art. 312-A [Peculato Apropriação] = APROPRIAR-SE o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular (que estiver em posse da administração).
Art. 312-B [Peculato Desvio] = ou DESVIÁ-LO em proveito próprio ou alheio.
	PENA: RECLUSÃO, de 2 a 12 anos, e multa.
		#Bem público ou particular de que tem a posse em razão do cargo.
		#Essas duas modalidades são PECULATO PRÓPRIO.
Objeto Jurídico (O que o legislador quis proteger?): Protege-se o desenvolvimento regular das atividades da adm pública dentro das regras da dignidade, probidade e eficiência. Protege-se, eventualmente, o patrimônio do particular quando estiver sob a guarda da administração.
Ação Nuclear: Apropriar = Peculato-apropriação ; Desviar=Peculato-desvio.
Sujeito ativo: Crime próprio (funcionário público)
Sujeito passivo: Sujeito passivo é o estado. Secundariamente, o particular pode ser sujeito passivo.
Elemento Subjetivo do tipo: É o dolo. “Animus rem sibi habendi.”
§1º [Peculato-Furto] = Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora NÃO TENDO A POSSE DO dinheiro, valor, ou bem, o subtraia ou concorra para que seja subtraído em proveito próprio ou alheio, valendo-se de FACILIDADE que lhe proporciona A QUALIDADE DE FUNCIONÁRIO.
	#Esse é o Peculato Impróprio.
§2º [Peculato-Culposo] = Se o funcionário concorre CULPOSAMENTE para o crime de outrem:
	PENA: DETENÇÃO, de 3 meses a 1 ano.
§3º = NOPECULATO-CULPOSO, se há reparação do dano Antes da sentença irrecorrível, extingue-se a punibilidade (Criminalmente fica OK), se Após a sentença irrecorrível reduz de ½ a pena imposta.
	#NÃO EXTINGUE A PUNIBILIDADE NO PECULATO DOLOSO.
	#As instâncias penal e administrativa são autônomas, porém se na esfera criminal, ocorrer absolvição (negar o fato ou autoria), não há como subsistir condenação administrativa. Porém pode acontecer de uma absolvição criminal ser proferida por conta de atipicidade do fato e ser punida disciplinarmente.
#Caso ocorra a reparação no Peculato doloso:
	- Se feita ANTES do recebimento da denúncia, por ato voluntário do agente = A pena reduz de 1/3 a 2/3 (ARREPENDIMENTO POSTERIOR)
	- APÓS o recebimento da denúncia e antes da sentença de 1º instância = Atenuante genérica.
	- Reparação feita em grau de recurso = Atenuante inominada. (A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente.)
	** NOTAS SOBRE O CRIME DE PECULATO **
		- Posse Lícita.
		- Bem móvel e não imóvel
		- Usar serviço e mão de obra – Pode ser caso de improbidade (enriquecimento ilícito)
		- PECULATO MALVERSAÇÃO – quando o bem apropriado ou furtado pelo funcionário público pertencer a terceiro particular, encontrando-se, porém, na posse lícita da Adm.
		- Prefeitos podem responder por Peculato.
		- PECULATO-FURTO – É chamado de Peculato Impróprio.
		- Se funcionário público UTILIZAR bem da administração em proveito próprio NÃO caracteriza crime de peculato, mas pode caracterizar improbidade administrativa.
Art. 313 [Peculato mediante erro de outrem OU Peculato Estelionato] = APROPRIAR-SE de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
	PENA: RECLUSÃO, de 1 a 4 anos, e multa.
		#Se o funcionário induzir o terceiro a erro, configura estelionato e não peculato-estelionato.
Art. 313-A [Inserção de Dados falsos em Sistema de Informações] = Inserir ou Facilitar, o FUNCIONÁRIO AUTORIZADO, a inserção de dados falsos ou Excluir ou Alterar, indevidamente, dados corretos em Sistemas Informatizados ou Banco de dados da Adm. Pública, com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:
	PENA: RECLUSÃO, de 2 a 12 anos, e multa.
		#MNEMÔNICO: FEIA = Facilitar, Excluir, Inserir, Alterar.
Art. 313-B [Modificação ou Alteração não autorizada de Sistema de Informações] = Modificar ou Alterar, o funcionário, Sistema de informações ou Programa de Informática sem AUTORIZAÇÃO ou SOLICITAÇÃO da autoridade competente:
	PENA: DETENÇÃO, de 3 meses a 2 anos, e multa.
		#MNEMÔNICO: MÁ = Modificar, Alterar.
	§1º = Causas de aumento de Pena: As penas são aumentadas de 1/3 até 1/2 se da modificação ou alteração RESULTA dano para a Administração Pública ou para o Administrado.
		#NO 313-B O FUNCIONÁRIO MEXE NO SOFTWARE.
		#Parte da doutrina chama de Peculato-eletrônico (313-A e 313-B).
Art. 314 [Extravio, Sonegação ou Inutilização de Livro ou Documento] = Extraviar Livro Oficial ou qualquer documento de que tenha guarda em razão do cargo, ou Sonegá-lo ou Inutilizá-lo total OU parcialmente:
	PENA: RECLUSÃO, de 1 a 4 anos, se não constituir crime mais grave (Se constituir crime mais grave, enquadrar-se-á no mais grave)
		#ESTE É UM CRIME DOLOSO, APENAS POR DOLO.
Tabela de diferenciação do crime de extravio/sonegação...
	Crime Func. Pub.
X
Adm. Em Geral
	Crime Particular
X
Adm. Em Geral
	Crimes contra a Administração da Justiça
	Crimes contra a Ordem tributária, econômica, etc.
	Art. 314 – Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou doc
	Art. 337 – Subtração ou Inutilização de livro ou documento
	Art. 356 – Sonegação de papel ou objeto de valor probatório
	Lei 8137, Art. 3º - Crime funcional contra a ordem tributária.
	Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutiliza-lo, total ou parcialmente.
	Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento confiado à custódia de funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço pub.
	Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir autos, documento ou objeto de valor probatório, que recebeu na qualidade de advogado ou procurador.
	Extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função (...) acarretando pagamento indevido ou inexato tributo.
	PENA: Reclusão, de 1 a 4 anos, se não constituir crime mais grave.
	PENA: Reclusão, de 2 a 5 anos, se não constituir crime mais grave.
	PENA: Detenção, de 6 meses a 3 anos, e multa.
	
Art. 315 [Emprego Irregular de Verbas ou Rendas Públicas] = DAR às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:
	PENA: DETENÇÃO, de 1 a 3 meses, OU multa.
Art. 316 [CONCUSSÃO] = EXIGIR para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
	PENA: RECLUSÃO, de 2 a 8 anos, e multa.
		§1º [Excesso de Exação] = Se o funcionário EXIGE Tributo ou contribuição social, que sabe OU deveria saber indevido OU quando devido, emprega na cobrança meio VEXATÓRIO ou GRAVOSO que a lei NÃO AUTORIZA:
			PENA: RECLUSÃO, de 3 a 8 anos, e multa.
				#Exação = É a cobrança rigorosa de tributo ou contribuição social.
		
§2º [Excesso de Exação Qualificado] = Se o funcionário DESVIA em proveito Próprio ou alheio o que recebeu indevidamente em vez de recolher aos cofres públicos:
			PENA: RECLUSÃO, de 2 a 12 anos, e multa.
Art. 317 [Corrupção Passiva] = SOLICITAR ou RECEBER para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida ou ACEITAR promessa de tal vantagem.
	PENA: RECLUSÃO, de 2 a 12 anos, e multa.
		§1º [Corrupção Passiva qualificada] = A pena é aumentada de 1/3 se em razão da vantagem ou promessa o funcionário retarda ou omite ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
		§2º [Corrupção Passiva PRIVILEGIADA] = Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
			PENA: DETENÇÃO, de 3 meses a 1 ano, OU multa.
Art. 319 [Prevaricação] = Retardar ou Deixar de praticar indevidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
	PENA: DETENÇÃO, de 3 meses a 1 ano, e multa.
Art. 319-A [É um tipo de Prevaricação] = Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de VEDAR ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo:
	PENA: DETENÇÃO, de 3 meses a 1 ano.
Art. 320 [Condescendência Criminosa] = Deixar o funcionário, por indulgência (tolerância), de responsabilizar o subordinado, que cometeu infração, no exercício do cargo, ou quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
	PENA: DETENÇÃO, de 15 dias a 1 mês OU multa.
Art. 321 [Advocacia Administrativa] = Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração Pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
		#Por exemplo: Sou juiz e meu amigo tem uma causa que está difícil de ser resolvida, portanto, me pede que converse com o juiz responsável para o ajudar. Se eu fizer isso, incorrerei em crime de Advocacia Administrativa.
	PENA: DETENÇÃO, de 1 a 3 meses, OU multa.
		§ÚNICO = Se o interesse é ilegítimo:
			PENA: DETENÇÃO, de 3 meses a 1 ano, e multa.
Art. 322 [Violência Arbitrária] = Praticar Violência no exercício da função ou a pretexto de exercê-la:
	PENA: DETENÇÃO, de 6 meses a 3 anos, além da pena correspondente à violência. 
		#DOUTRINA DIZ QUE ESTE ARTIGO ESTÁ REVOGADO.
Art. 323 [Abandono de Função] = Abandonar cargo público fora dos casos permitidos em lei:
	PENA: DETENÇÃO, de 15 dias a 1 mês, OU multa.
		§1º = Se o fato resultaprejuízo público:
			PENA: DETENÇÃO, de 3 meses a 1 ano, e multa.
		§2º [Abandono de função Qualificado] = Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:
			PENA: DETENÇÃO, 1 ano a 3 anos, e multa.
Art. 324 [Exercício Funcional Ilegalmente antecipado ou prolongado] = Entrar no exercício de função pública, antes de satisfeitas as exigências legais ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi Exonerado; Removido; Substituído ou Suspenso:
	PENA: DETENÇÃO, de 15 dias a 1 mês, OU multa.
Art. 325 [Violação de Sigilo Funcional] = Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
	PENA: DETENÇÃO, de 6 meses a 2 anos, OU multa, SE NÃO CONSTITUIR CRIME MAIS GRAVE.
		§1º = Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: Permite ou facilita mediante atribuição, fornecimento, e empréstimo de senha, ou qualquer outra forma o acesso de pessoas não autorizadas a Sistema de informações ou banco de dados da Adm. Pública, ou; Se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.
		§2º [Violação de Sigilo qualificada] = Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem:
			PENA: RECLUSÃO, de 2 a 6 anos, e multa.
Art. 326 [Violação do sigilo de proposta de concorrência] = Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:
	PENA: DETENÇÃO, de 3 meses a 1 ano, e multa.
Capítulo II – Praticados por Particular contra a Adm. em Geral.
	#Aqui o sujeito ativo é o particular, porém nada impede que um funcionário público cometa esses crimes também.
Art. 328 [Usurpação de função pública] = Usurpar o exercício de função pública.
	PENA: DETENÇÃO, de 3 meses a 2 anos, e multa.
		§ÚNICO = Se do fato o agente aufere vantagem.
			PENA: RECLUSÃO, de 2 a 5 anos, e multa.
Art. 329 [Resistência] = Opor-se à execução de ato legal mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-la ou a quem lhe esteja prestando auxílio.
		PENA: DETENÇÃO, 2 meses a 2 anos.
	§1º = Se o ato, em razão da resistência não se executa:
		PENA: RECLUSÃO, de 1 a 3 anos.
	§2º [Resistência Qualificada] = as penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
		#Ou seja, se houver violência será acrescida a pena desta.
	#Tem que haver VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA e não contra coisas.
	#O Funcionário Público incompetente não poderá ser sujeito passivo, pois o ato não será legal.
	#Trata-se de crime FORMAL, tem que ser legal FORMALMENTE (Não importa se é justo ou injusto.)
	#Xingamento contra funcionário público é desacato e não resistência.
Art. 330 [Desobediência] = Desobedecer a ordem legal de funcionário público.
	PENA: DETENÇÃO, de 15 dias a 6 meses, e multa.
		#Pode ser por ação ou omissão.
		#A ordem deve ser legal.
		#Desobedecer é não atender, não obedecer. Se uma testemunha, depois que intimada, não comparecer, pode incorrer neste crime.
Art. 331 [Desacato] = Desacatar funcionário público no exercício da função OU em razão dela.
	PENA: DETENÇÃO, de 6 meses a 2 anos, OU multa.
		#Precisa ser feito pessoalmente, SEMPRE!
Art. 332 [Tráfico de Influência] = Solicitar, Exigir, Cobrar ou Obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário Público no exercício da função.
	PENA: RECLUSÃO, de 2 a 5 anos, e multa.
		#MNEMÔNICO: SECO = Solicitar, Exigir, Cobrar ou Obter.
		#Pretexto de influir: Subjetivo, ele pode nem influir em ato.
	§ÚNICO [Aumento de Pena] = A pena é aumentada da 1/2 se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário.
Art. 333 [Corrupção Ativa] = Oferecer ou Prometer vantagem indevida a funcionário público para determiná-lo praticar, omitir ou retardar ato de ofício.
	PENA: RECLUSÃO, de 2 a 12 anos, e multa.
		#É um crime formal, não precisa consumar o ato, basta oferecer.
	§ÚNICO [Aumento de Pena] = A pena é aumentada de 1/3 se em razão da vantagem ou promessa o funcionário retarda, omite ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
Art. 335 [Impedimento, Perturbação ou Fraude de concorrência] = Impedir, Perturbar ou Fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovida pela administração federal, estadual, municipal, ou por entidade paraestatal; Ou Afastar ou Procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento da vantagem:
	PENA: DETENÇÃO, de 6 meses a 2 anos, OU multa, além da pena correspondente à violência.
		§ÚNICO = Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem oferecida.
Art. 336 [Inutilização de Edital ou Sinal] = Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou Conspurcar (Sujar) edital afixado por ordem de funcionário público; Ou Violar ou Inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto.
	PENA: DETENÇÃO, 1 mês a 1 ano, OU multa.
Art. 337 [Subtração ou Inutilização de Livro ou Documento] = Subtrair ou inutilizar total OU parcialmente livro oficial, processo ou documento, confiado à custódia de funcionário em razão do ofício ou de particular em serviço público.
	PENA: RECLUSÃO, de 2 a 5 anos, se não constituir crime mais GRAVE.
Capítulo III – Crimes Contra a Administração da Justiça.
Art. 339 [Denunciação Caluniosa] = Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa, contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:
PENA: RECLUSÃO, de 2 a 8 anos, e multa.
		§1º = A pena é aumentada de 1/6 se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.
		§2º = A pena é diminuída de 1/2 se a imputação é de pratica de contravenção.
			#Imputar a alguém crime mesmo sabendo que essa pessoa é inocente. Tem uma sanção administrativa, constante do Art. 19 da LIA, que traz a pena de 6 meses a 10 meses de detenção àquele que REPRESENTA ADMINISTRATIVAMENTE contra pessoa, mesmo sabendo de sua inocência.
			#É UM CRIME DOLOSO.
Art. 340 [Comunicação falsa de crime ou de Contravenção] = Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado.
	PENA: DETENÇÃO, de 1 a 6 meses, OU multa.
		#É parecido com o trote. Fala que tem um crime acontecendo mesmo sabendo que não aconteceu nada.
		#Este é um crime MEIO, ou seja, é um crime que pode ser usado para fazer um outro crime. Por exemplo, quando você some com seu carro, alegando que este foi roubado, apenas para receber o seguro deste... Você incorrerá em estelionato e o crime de Comunicação falsa será absorvido, não sendo cumulado.
		#É UM CRIME DOLOSO.
Art. 341 [Auto-acusação falsa] = ACUSAR-SE, perante a autoridade, de CRIME inexistente ou praticado por outrem.
	PENA: DETENÇÃO, de 3 meses a 2 anos, OU multa.
Art. 342 [Falso Testemunho ou Falsa Perícia] = Fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade, como Tradutor, Testemunha, Perito, Contador ou Intérprete, em Processo Judicial, Processo Administrativo, Inquérito Policial ou Juízo arbitral.
	PENA: RECLUSÃO, de 2 a 4 anos, e multa.
		#Crime próprio, só pode ser praticado pelo rol de sujeitos elencado.
		#MNEMÔNICO: 2TPCI – Tradutor, Testemunha, Perito, Contador, Intérprete. 
		#Crime de mão própria. Somente a própria pessoa pode praticar.
	§1º [Aumento de Pena] = As penas aumentam-se de 1/6 a 1/3 se o crime é praticado mediante Suborno, ou se cometido com o fim de obter prova destinada em processo penal ou se cometido com o fim de obter prova destinada em processo civil, em que for parte a entidade da administração pública direta ou indireta.
		#No Processo Civil, apenas em processo em que for parte entidade da administração Direta ou Indireta.
	§2º [Extinção da Punibilidade] = O fator deixa de ser punível se, antes da sentença NO PROCESSO EM QUE OCORREU O ILÍCITO, o agente se retrata ou declara a verdade.
Art.343 [Corrupção Ativa de Tradutor, Testemunha, Perito, Contador e Intérprete] = Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a Tradutor, Testemunha, Perito, Contador ou Intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação. 
	PENA: RECLUSÃO, de 3 a 4 anos, e multa.
		#Quem der, oferecer ou prometer vantagem, responderá por Corrupção Ativa de Funcionário. Já o funcionário que ceder à vantagem/promessa, responderá por Falso Testemunho ou Falsa Perícia.
	§ÚNICO [Aumento de Pena] = As penas aumentam-se de 1/6 a 1/3 se o crime é praticado mediante Suborno, ou se cometido com o fim de obter prova destinada em processo penal ou se cometido com o fim de obter prova destinada em processo civil, em que for parte a entidade da administração pública direta ou indireta.
Art. 344 [Coação no curso do processo] = Usar de violência ou grave ameaça com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em Processo Judicial, Policial, Administrativo ou em juízo arbitral.
	PENA: RECLUSÃO, de 1 a 4 anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Art. 345 [Exercício Arbitrário das Próprias Razões (Justiça com as próprias mãos)] = Fazer Justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora LEGÍTIMA, salvo quando a lei o permite.
	PENA: DETENÇÃO, de 15 dias a 1 mês, OU multa, além da pena correspondente à violência.
		§ÚNICO = Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa. (Ou seja, será Ação Penal Privada)
Art. 346 [Subtração ou Dano de Coisa Própria em Poder de Terceiro] = Tirar, Suprimir, Destruir ou Danificar COISA PRÓPRIA, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção.
	PENA: DETENÇÃO, de 6 meses a 2 anos, e multa.
Art. 347 [Fraude Processual] = Inovar artificiosamente (Mexer no local, mexer na pessoa) na pendência de processo civil ou administrativo o estado de lugar de coisas ou de pessoas, a fim de induzir a erro Juiz ou o Perito.
	PENA: DETENÇÃO, de 3 meses a 2 anos, e multa.
		#Por exemplo, no caso de concessão de LOAS judicialmente, quando o autor esconde aparelhos domésticos, televisores e etc. a fim de ocultá-los perante ao perito.
			§ÚNICO [Aumento de Pena] = Se a inovação se destina a produzir efeito em Processo Penal, ainda que não iniciado, as penas se aplicam em DOBRO.
Art. 350 [Exercício arbitrário ou Abuso de poder] = Ordenar ou Executar medida privativa de liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder
	PENA: DETENÇÃO, de 1 mês a 1 ano.
		§ÚNICO = Na mesma pena incorre o funcionário que:
			I – ilegalmente recebe e recolhe alguém a prisão, ou a estabelecimento destinado a execução de pena privativa de liberdade;
			II – prolonga a execução de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de executar imediatamente a ordem de liberdade;
			III – submete pessoa que está sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei;
			IV – efetua, com abuso de poder, qualquer diligência.
Art. 357 [Exploração de Prestígio] = Receber ou Solicitar dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir Juiz, Jurado, Órgão do MP, Funcionário da Justiça, Perito, Tradutor, Intérprete ou Testemunha.
	PENA: RECLUSÃO, de 1 a 5 anos, e multa.
		#Muito parecido com o Tráfico de Influência, porém é mais específico quanto a quem influi e a causa de aumento de pena é diferente.
		#MNEMÔNICO: RESO UM TERÇO. REceber ou SOlicitar, pena aumenta em 1/3.
			§ÚNICO = A pena é aumentada de 1/3 se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.
Art. 359 [Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito] = Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus de que foi suspenso ou privado por decisão judicial.
	PENA: DETENÇÃO, de 3 meses a 2 anos, OU multa.
		#Exercer dá ideia de HABITUALIDADE. Portanto, para consumar este crime, é preciso que o apenado continue exercendo a função que lhe foi privada.

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