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CEFET_QUIMICA_UNIDADE_RJ_QUIMICA_GERAL_I

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CEFET QUÍMICA 
UNIDADE RJ 
 
QUÍMICA
 
GERAL
 
I
 
EXPERIMENTAL
 
1º
 
Período
 
Montagem e revisão: Profª. Ana Paula Fontan 
 
 
- 2 -
 
QUÍMICA
 
GERAL
 
I
 
EXPERIMENTAL
 
SUMÁRIO
 
Noções elementares de segurança em laboratório................................................................................. 03 
Material básico de laboratório ................................................................................................................. 05 
Limpeza e secagem de material de vidro................................................................................................. 07 
PRÁTICA n° 1: Medidas de volume......................................................................................................... 08 
PRÁTICA n° 2: Técnicas de pesagem e determinação de densidade................................................. 11 
PRÁTICA n° 3: Técnicas de aquecimento e Lei de Lavoisier............................................................. 15 
PRÁTICA n° 4: Fenômenos físicos e químicos...................................................................................... 20 
MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS.........................................................................................23 
PRÁTICA n° 5: Separação de misturas heterogêneas........................................................................... 29 
PRÁTICA n° 6: Separação de misturas homogêneas e Obtenção de gases....................................... 33
PRÁTICA n° 7: Ligações iônicas e moleculares..................................................................................... 35 
 
- 3 -
 
NOÇÕES
 
ELEMENTARES
 
DE
 
SEGURANÇA
 
EM
 
LABORATÓRIO
 
Sendo a Química uma Ciência Experimental, são necessários conhecimentos práticos, pois é a partir 
deles que conseguimos compreender suas Leis e Teorias. 
A freqüência ao laboratório de Química Geral é de grande importância, particularmente no ensino 
técnico, uma vez que, além de experiências que permitem a melhor compreensão do que está sendo estudado 
teoricamente, nele é realizado o aprendizado de técnicas básicas, tão necessárias e usadas ao longo de toda a 
vida profissional do técnico. 
Esta apostila é destinada aos alunos do 1º período e tem por objetivo auxiliar de forma segura os 
primeiros contatos dos estudantes com os trabalhos de laboratório. Infelizmente, a ocorrência de acidentes 
em laboratório não é tão rara como possa parecer; sendo assim, com a finalidade de diminuir a freqüência e a 
gravidade desses eventos, torna-se absolutamente imprescindível que durante os trabalhos realizados em 
laboratório se observe uma série de normas de segurança: 
 
Siga as instruções específicas do professor. Ao efetuar as experiências, siga rigorosamente seus roteiros, 
lendo-os com bastante atenção, identificando o material que será utilizado. 
 
Acidentes de qualquer natureza devem ser comunicados imediatamente ao professor. 
 
Localize o extintor de incêndio e familiarize-se com o seu uso. 
 
Certifique-se do bom funcionamento dos chuveiros de emergência. 
 
As tubulações de laboratório possuem cor específica, segundo normas de segurança. No caso do nosso 
laboratório são encontradas as seguintes cores: verde = água; amarela = gás não liqüefeito; cinza = 
eletricidade. 
 
Coloque todo o material escolar (mochilas, pastas, cadernos, etc.) no local próprio. Não utilize a bancada 
como mesa. 
 
Não fume no laboratório. 
 
Não coma dentro do laboratório. 
 
Uso de guarda-pó é indispensável. 
 
Durante as aulas práticas é
 
obrigatório
 
o uso de calça comprida e sapato fechado. No caso de cabelos 
compridos, estes deverão estar presos. 
 
Durante a permanência no laboratório, evite passar os dedos na boca, nariz, olhos e ouvidos. Seja 
particularmente cuidadoso quando manusear substâncias corrosivas como ácidos e bases. Lave sempre as 
mãos após manusear reagente (tenha sempre uma toalha pequena ou um perfex no bolso de seu guarda-
pó). 
 
Não trabalhe com material imperfeito, principalmente o vidro que contenha rachaduras, pontas ou arestas 
cortantes. 
 
Leia com atenção o rótulo de qualquer frasco de reagente antes de usá-lo, certificando-se de seu uso. 
 
Segure o frasco de reagente com o rótulo voltado para a palma de sua mão, evitando desta forma, danos 
ao rótulo. 
 
Sobras de reagentes não devem ser devolvidas ao frasco original, evitando assim possíveis 
contaminações. 
 
Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o nariz. Desloque com a mão, 
para sua direção, os vapores que se desprendem do frasco. 
 
Não aspire gases ou vapores sem antes se certificar de que não são tóxicos. 
 
Todas as experiências que envolvam produtos corrosivos ou vapores tóxicos devem ser realizadas na 
capela (dispositivo provido de exaustão). 
 
Ao introduzir tubos de vidro em rolhas, umedeça-os convenientemente e enrole a peça numa toalha para 
proteger as mãos. 
 
- 4 -
 
Quando for utilizar o gás, abra a torneira somente após acender o palito de fósforo (nunca um isqueiro!) 
e, ao terminar seu uso, feche com cuidado a torneira, evitando vazamentos. Traga sempre uma caixa de 
fósforos para as aulas práticas. 
 
Não aqueça reagentes em sistemas fechados. 
 
Ao aquecer tubos de ensaio não volte a extremidade aberta para si ou para uma pessoa próxima. 
 
Não deixe vidro quente onde possam pegá-lo inadvertidamente (o vidro quente parece com o vidro frio!). 
Coloque-o sempre sobre uma tela de amianto, o que alertará aos demais sobre o perigo de queimaduras. 
 
Para evitar acidentes, não deixe o bico de gás aceso com chama forte sobre a bancada. 
 
Não deixe produtos inflamáveis perto do fogo. 
 
Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite aquecimento prolongado ou que desenvolva 
grande quantidade de energia. 
 
Se qualquer produto químico for derramado sobre a bancada, lave imediatamente o local. 
 
Evite debruçar-se sobre a bancada. Algum reagente pode ter caído sobre a mesma, sem que fosse 
percebido, o que pode ocasionar acidentes. Conserve, portanto, sempre limpa a bancada e a aparelhagem 
que utilizar. 
 
Não deixe frascos de reagentes destampados, principalmente se contiverem substâncias voláteis. Tenha o 
cuidado de não trocar as tampas dos frascos. 
 
Os reagentes de uso coletivo deverão ser mantidos em seus devidos lugares. 
 
Durante os trabalhos em grupo apenas um aluno deverá se deslocar para pegar materiais e reagentes. 
 
Sempre que trabalhar com água e ácidos concentrados, use sempre a capela, adicionando, lentamente, o
 
ácido
 
sobre
 
a
 
água
 
e NUNCA
 
o contrário (poderá haver projeção, devido à energia liberada no 
processo). 
 
Não jogue nenhum material sólido nas pias e nos ralos. Habitue-se a utilizar sempre a lata de lixo. 
 
Tenha um caderno de laboratório, onde deverão estar registrados todos os dados da prática. 
 
Durante a realização das experiências, dirija sua atenção única e exclusivamente ao trabalho que está 
executando. Esta atitude permitirá que, além de fazer observações com maior exatidão, sejam evitados 
acidentes no laboratório. 
 
A princípio, o estudante deverá repetir a experiência caso a mesma não apresente o resultado esperado ou 
satisfatório. Antes, porém, de fazê-lo, procurar um dos professores para esclarecer as possíveis causas do 
erro e se há realmente necessidade de proceder a nova experiência. 
 
Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas e limpe todo o material 
utilizado, bem como a bancada. 
 
Mantenha o laboratório sempre limpo. Higiene também é uma questão de segurança. 
OBSERVAÇÃO:
Todos os materiais e reagentes de laboratório são de alto custo, portanto, cuide bem do seu material e 
utilize somente quantidades necessárias dos reagentes, evitando desperdícios. 
Qualquer
 
material
 
que
 
seja
 
quebrado
 
por
 
negligênciado
 
aluno
 
deverá
 
ser
 
reposto
 
pelo
 
mesmo. 
ATENÇÃO
 
Em caso de acidentes envolvendo ácidos ou bases, a primeira providência é 
lavar
 
o
 
local
 
abundantemente
 
com
 
água o maior tempo possível
Não adicione nenhuma substância no local afetado apenas água
 
 
- 5 -
 
MATERIAL
 
BÁSICO
 
DE
 
LABORATÓRIO
 
A execução de qualquer experimento na Química envolve geralmente a utilização de uma variedade 
de equipamentos de laboratório, a maioria muito simples, porém com finalidades específicas. O emprego de 
um dado equipamento ou material depende dos objetivos e das condições em que a experiência será 
executada. Contudo, na maioria dos casos, a seguinte correlação pode ser feita: 
Material
 
de
 
vidro
 
Tubos de ensaio – utilizado principalmente para efetuar reações químicas em pequena escala. 
 
Béquer ou Becher – recipiente com ou sem graduação, utilizado para o preparo de soluções (onde a 
concentração seja aproximada), aquecimento de líquidos, recristalizações, etc. 
 
Erlenmeyer – frasco utilizado para aquecer líquidos ou soluções e, principalmente, para efetuar um 
tipo de análise química denominada titulação. 
 
Kitassato – frasco de paredes espessas, munido de saída lateral e usado em filtrações sob sucção. 
 
Balão de fundo chato ou de Florence – frasco destinado a armazenar líquidos e soluções. 
 
Balão volumétrico – recipiente calibrado, de exatidão, fechado através de rolha esmerilhada, destinado 
a conter um determinado volume de solução, a uma dada temperatura É utilizado no preparo de soluções 
de concentrações bem definidas. 
 
Proveta – frasco com graduações, destinado a medidas aproximadas de um líquido ou solução. 
 
Cilindro graduado – frasco com graduações, semelhante à proveta, mas que possui rolha esmerilhada 
permitindo assim que, além de ser usado para efetuar medidas, possa também ser utilizado no preparo de 
soluções, desde que não haja um grande rigor no que se refere à concentração da mesma. 
 
Bureta – equipamento calibrado para medida exata de volume de líquidos e soluções. Permite o 
escoamento do líquido ou solução através de uma torneira esmerilhada e é utilizada em um tipo de 
análise química denominada titulação. 
 
Pipeta – equipamento calibrado para medida exata de volume de líquidos e soluções. Diferentemente da 
proveta, que conterá
 
o volume desejado, na pipeta deixamos
 
escoar
 
o volume necessário à nossa 
experiência. Existem dois tipos de pipetas: pipeta graduada pipeta volumétrica. A primeira é 
usada para escoar volumes variáveis enquanto a segunda é usada para escoar volumes fixos de líquidos 
ou soluções. Em termos de exatidão de medida, a pipeta graduada possui uma exatidão menor que a 
volumétrica. 
 
Funil – utilizado na transferência de líquidos ou soluções de um frasco para outro e para efetuar 
filtrações simples. Existem funis que possuem haste curta e de grande diâmetro, adequados para 
transferência de sólidos secos de um recipiente para outro. 
 
Vidro de relógio – usado geralmente para cobrir bechers contendo soluções, em pesagens, etc. 
 
Dessecador – utilizado no armazenamento de substâncias, quando se necessita de uma atmosfera com 
baixo teor de umidade. Também pode ser usado para manter substâncias sob pressão reduzida. 
 
Pesa-filtro – recipiente destinado à pesagem de substâncias que sofrem alteração em contato com o 
meio ambiente (absorção de umidade, de gás carbônico; volatilização; etc.). 
 
Bastão de vidro – usado na agitação e transferência de líquidos e soluções. Quando envolvidos em uma 
de suas extremidades por um tubo de látex é chamado “policial” e é empregado na remoção quantitativa 
de precipitados. 
 
Funil ou ampola de separação (também chamado de decantação) – equipamento usado para 
separar líquidos imiscíveis (mistura heterogênea de líquidos). 
 
Condensador – equipamento destinado à condensação de vapores, em destilações ou aquecimento a 
refluxo. 
o Balão
 
de
 
destilação:
 
recipiente, também de vidro, que possui uma saída lateral na qual o 
condensador estará acoplado e que é utilizado caso de destilações simples. 
 
- 6 -
 
o Balão
 
de
 
fundo
 
redondo: é o recipiente acoplado ao condensador no caso do aquecimento 
a refluxo ou destilação fracionada, quando estará acoplado à uma coluna de fracionamento. 
 
Em ambos os casos, a forma arredondada dos recipientes permite um aquecimento homogêneo. 
 
Cuba de vidro ou cristalizador – recipiente geralmente utilizado para conter misturas refrigerantes e 
finalidades diversas. 
Material
 
de
 
porcelana
 
Funil de Büchner – utilizado em filtrações por sucção, devendo ser acoplado a um kitassato. 
 
Cápsula – usada para efetuar evaporação de líquidos. 
 
Caçarola – usada para efetuar evaporação de líquidos. 
 
Cadinho – usado para a calcinação de substâncias. 
 
Almofariz (ou gral) e pistilo – destinado à pulverização de sólidos. Além de porcelana, podem ser 
feitos de ágata, vidro ou metal. 
Material
 
metálico
 
Suporte universal, mufa e garra – peças metálicas usadas para montar aparelhagens em geral. 
 
Pinças – peças de vários tipos, como Mohr e Hofmann, cuja finalidade é impedir ou reduzir o fluxo de 
líquidos ou gases através de tubos flexíveis. Existe um outro tipo de pinça usado para segurar objetos 
aquecidos. 
 
Bico de Bunsen – bico de gás, usado como principal fonte de aquecimento de materiais não 
inflamáveis. 
 
Tela de amianto – tela metálica, contendo amianto, utilizada para distribuir uniformemente o calor, 
durante o aquecimento de recipientes de vidro à chama de um bico de gás. 
 
Triângulo de ferro com porcelana – usado principalmente como suporte em aquecimento de 
cadinhos. 
 
Tripé – usado como suporte, principalmente de telas e triângulos. 
 
Banho de água ou banho–maria – utilizado para aquecimento indireto até 100 ºC. 
 
Argola – usada principalmente como suporte para funil de vidro . 
 
Espátula – usada para transferência de substâncias sólidas. 
 
Furador de rolhas – utilizado na perfuração de rolhas de cortiça ou borracha. 
Materiais
 
diversos
 
Suporte para tubos de ensaio 
 
Pinça de madeira – utilizada para segurar tubos de ensaio. 
 
Pissete – frasco, geralmente plástico, contendo água destilada, álcool ou outros solventes, usado para 
efetuar a lavagem de recipientes ou materiais com jatos de líquido nele contido. 
 
Estufa – equipamento empregado na secagem de materiais, por aquecimento, em geral até 200 ºC. 
 
Mufla ou forno – utilizado na calcinação de substâncias, por aquecimento em altas temperaturas (até 
1000 ou 1500 ºC). 
 
Manta elétrica – utilizada no aquecimento de líquidos inflamáveis contidos em balão de fundo 
redondo. 
 
Centrífuga – instrumento que serve para acelerar a sedimentação de sólidos em suspensão em líquidos. 
 
Balança – instrumento para determinação de massa. 
 
- 7 -
 
LIMPEZA
 
E
 
SECAGEM
 
DE
 
MATERIAL
 
DE
 
VIDRO
 
Limpeza
 
Recomenda-se limpar o material com solução de detergente, enxaguá-lo várias vezes com água de 
torneira e depois com jatos de água deionizada (utilizar o pissete). 
Verifica-se a limpeza, deixando escoar a água, isto é, se a película líquida inicialmente formada nas 
paredes escorre uniformemente, sem deixar gotículas presas, a superfície está limpa. 
Caso seja necessária uma limpeza mais rigorosa, existem soluções especiais para esse objetivo No 
caso da Química Geral, a lavagem com detergente é suficiente. 
Os materiais volumétricos devem estar perfeitamente limpos, para que os resultados das medidas 
possam ser os mais confiáveis. 
Secagem 
 
Para secagem do material, pode-se utilizar: 
 
Secagem comum – por evaporação à temperatura ambiente. 
 
Secagem rápida – pode ser obtida, após enxaguar o material, com álcool ou acetona. 
 
Secagem em corrente de ar – ar aspirado por meio de uma bomba de vácuo ou trompa d’água. 
 
Estufa – aquecimento em estufa em temperaturaum pouco superior a 100 ºC. 
No caso da estufa, não se pode secar material volumétrico (buretas e pipetas), pois o mesmo nunca deve 
ser aquecido, o que comprometerá a calibração feita em sua confecção. Caso não se disponha de tempo para 
secar buretas ou pipetas, deve-se enxaguá-las repetidas vezes com pequenas porções do líquido que será 
usado para enchê-las (este processo recebe o nome de rinsagem). 
LEITURA
 
DE
 
RÓTULOS
 
Um hábito que deve ser adquirido em trabalhos de laboratório é a leitura do rótulo do reagente que se 
irá manusear. Este hábito evitará acidentes e o uso indevido dos mesmos, como por exemplo, a troca de 
reagentes em um experimento. 
No caso dos reagentes vindos de fábrica, os rótulos contêm informações a respeito da fórmula da 
substância, sua pureza, densidade, massa molecular, além de símbolos que indicam se o reagente é 
inflamável, irritante, venenoso, etc. Estes reagentes são normalmente chamados de P.A. (pró – análise) 
quando possuem um alto grau de pureza. 
No caso de soluções preparadas a partir de reagentes P.A., os frascos deverão conter o nome e a 
fórmula do reagente, assim como a concentração da solução (relação soluto /solvente). 
 
- 8 -
 
PRÁTICA
 
Nº.
 
1:
 
MEDIDAS
 
DE
 
VOLUME
 
E
 
TRANSFERÊNCIA
 
DE
 
REAGENTES
 
O material a ser utilizado na medição de volumes depende da exatidão da medida que se necessita. 
Quando não é necessária uma grande exatidão na medida, esta pode ser efetuada em becher 
graduado, proveta ou pipeta graduada (ordem crescente de exatidão). 
Para medidas exatas, utiliza-se pipeta volumétrica, balão volumétrico e também buretas, que são 
calibrados pelo fabricante em temperatura padrão de 20ºC. 
Pipeta graduada Pipeta volumétrica Bureta Cilindro graduado Balão volumétrico Becher 
Observação:
 
exatidão
próximo do valor real precisão
repet ibilidade de resultados encontrados
 
Alguns critérios devem ser considerados na medição de volumes: 
 
O líquido (ou solução) a ser medido deve estar sempre à temperatura ambiente, pois variações de 
temperatura provocam dilatações e contrações. 
 
A escolha do material para se medir um líquido ou solução depende da exatidão que se necessita e do 
líquido ou solução a ser medido. Assim, por exemplo, se necessitamos de aproximadamente 20 mL, é 
mais correto usarmos um becher do que uma proveta. 
 
A medida do volume é feita comparando-se o nível do mesmo com os traços marcados na parede do 
recipiente. A leitura do nível para líquidos (ou soluções) transparentes, ao contrário dos líquidos escuros, 
deve ser feita na parte inferior do menisco. 
 
No momento da leitura de volume, a linha de visão do operador deverá estar perpendicular à escala 
graduada, para evitar o chamado “erro de paralaxe”. 
 
Dependendo da graduação do material, às vezes torna-se necessário fazer uma estimativa do volume a 
ser medido. Para tal, estimar o volume entre os traços da menor divisão, dividindo-o, mentalmente, em 
cinco intervalos equivalentes (2 – 4 – 6 – 8) ou, em caso de graduação muito pequena, em dois intervalos 
(0 –5). Determinar, em seguida, a posição do menisco em relação à graduação. 
 
- 9 -
 
Técnica
 
do
 
uso
 
de
 
pipetas
 
1. Mergulha-se a pipeta, limpa e seca, no líquido (ou solução) a ser medido. 
2. Aplica-se sucção (com a boca, pêra de borracha ou pró-pipete, conforme o material a ser pipetado) 
na parte superior da pipeta, aspirando líquido (ou solução) até um pouco acima da marca. Nesta operação, a
 
ponta
 
da
 
pipeta
 
deve
 
ser
 
mantida
 
sempre
 
mergulhada
 
no
 
líquido
 
(ou solução), caso contrário será 
aspirado ar. 
3. Fecha-se a extremidade superior da pipeta com o dedo indicador. Relaxando levemente a pressão 
do dedo, deixa-se escoar o líquido (ou solução) excedente, até que a parte inferior (ou superior, dependendo 
do líquido ou solução utilizada) do menisco coincida com a graduação desejada. 
4. Remove-se a gota aderente à pipeta, tocando a ponta desta na parede do frasco utilizado para 
receber o líquido (ou solução) excedente. 
5. A seguir, encosta-se a ponta da pipeta na parede interna do recipiente destinado a receber o líquido 
(ou solução) e deixa-se escoar. Esperam-se mais 15 segundos e afasta-se a pipeta, sem tentar remover o 
líquido (ou solução) remanescente na ponta. 
Importante: No caso da pipeta apresentar dois traços em sua porção superior, após o 
escoamento do líquido (ou solução), deve-se soprá-la, pois o material remanescente na ponta faz 
parte da leitura realizada. 
Observações:
 
Transferência
 
de
 
líquidos
 
e
 
sólidos
 
As transferências realizadas em laboratório devem ser feitas segundo determinadas técnicas, 
desenvolvidas com o objetivo de evitar acidentes de trabalho. 
Transferência
 
de
 
líquidos
 
e
 
soluções
 
líquidas
 
É necessário o uso adequado do bastão de vidro, para evitar que haja projeção do líquido e que o 
mesmo escorra pelas paredes externas do recipiente que o contém. 
 
Nas transferências para frascos contendo aberturas estreitas, é recomendável o uso de funil. 
Transferência
 
de
 
sólidos
 
Em pesagens utilizar uma espátula adequada e limpa para transferir o sólido do frasco reagente. 
Ter o cuidado de não contaminar as tampas dos frascos dos reagentes utilizados (durante o 
procedimento mantenha a tampa do frasco sobre uma folha de papel limpa). 
 
Para recipientes de abertura estreita deve ser utilizado um funil de sólidos (haste curta e diâmetro 
apreciável). No caso de não haver funil de sólidos, pode-se utilizar um papel de filtro, dobrado 
na forma de um funil, ou uma pequena tira de papel. 
 
- 10 -
 
PROCEDIMENTO
 
EXPERIMENTAL:
 
Atenção:
 
I ) Leitura
 
de
 
volumes : 
 
Um dos componentes do grupo deverá dirigir-se à bancada lateral munido de um becher de capacidade 
de 250 mL e um bastão de vidro e, com a técnica adequada, transferir para o mesmo, 220 mL de solução 
nº 1,que se encontra num frasco de reagente, devidamente identificado. Leve este becher para sua 
bancada utilizando-o para os itens abaixo: 
 
Medir
 
em
 
provetas
 
adequadas os seguintes volumes: 
 
22,0 ml 
 
6,4 mL 
 
10,0 mL 
 
1,8 mL 
 
Medir 20,00 mL da solução utilizando uma pipeta
 
volumétrica ; 
 
Escolher
 
pipetas
 
graduadas
 
adequadas e deixar escoar os volumes abaixo para um becher de 50 mL : 
 
2,3 mL 
 
6,5 mL 
 
0,7 mL 
 
1,6 mL 
 
2,00 mL 
 
Em um becher com capacidade de 50 mL, coloque um volume qualquer ( inferior à capacidade do 
becher) da solução nº 2 e estime o volume. 
 
Fazer leitura de volume escoado em bureta. 
II ) Comparação
 
de
 
volumes : 
Compare os valores lidos para um mesmo volume em instrumentos diferentes. 
Por exemplo: medir em pipeta graduada um volume de 15 mL e transferir este volume para um becher de 
50 mL, avaliando o volume medido no becher . Em seguida, transferir novamente o volume, agora para uma 
proveta de 50 mL, fazendo a leitura de maneira adequada. 
III) Transferência
 
de
 
reagentes: 
Colocar em um becher certa quantidade de sólido que se encontra na bancada lateral. A seguir, 
transferir pequenas quantidades para 3 tubos de ensaio utilizando, respectivamente, uma espátula, em funil 
de papel e uma tira de papel. 
 
- 11 -
 
PRÁTICA
 
Nº.
 
2:
 
TÉCNICAS
 
DE
 
PESAGEM
 
A pesagem é uma das mais importantes operações nos laboratórios de Química. Neste processo, a 
massa de um corpo é determinada por comparação com massas conhecidas, utilizando-se balanças. 
Erros
 
nas
 
pesagens
 
As principais causas de erro são: 
 
Modificações nas condições em que se encontra o recipiente e/ou substância, entre pesadas sucessivas. 
 
Empuxo diferente do ar sobre o corpo e os pesos. 
 
Inexatidão nos pesos. 
 
Efeitos da temperatura. 
 
Absorção de umidade e/ou gás carbônico do ar – as substâncias absorvidas também serãopesadas, 
causando erro. Como solução deve-se secar a substância antes da pesagem, deixá-la esfriar num 
dessecador e pesá-la num pesa-filtro. 
 
Película de água aderida à superfície dos corpos – correspondente ao teor do vapor de água contido na 
atmosfera ambiente. Quanto mais baixa for a temperatura do corpo em relação à temperatura ambiente, 
tanto maior a espessura dessa película. Assim, um corpo frio aparentará maior peso do que um corpo 
quente. A solução nesse caso consiste em só pesar o objeto após o mesmo ter adquirido a temperatura 
ambiente. 
Cuidados
 
gerais
 
com
 
as
 
balanças
 
Balanças não são sensíveis apenas a vibrações, mas reagem também a oscilações rápidas de 
temperatura e a correntes de ar. Por estes motivos, na instalação das mesmas devem ser evitados locais com 
incidência de sol e correntes de ar, assim como mesas ou bancadas que sofram trepidações facilmente. No 
caso das balanças ditas “analíticas”, de grande sensibilidade e exatidão, é conveniente a construção de uma 
sala exclusiva para elas. 
Em virtude do que foi dito, alguns cuidados devem ser tomados no manuseio de balanças, seja qual 
for o seu tipo: 
 
A balança deve ser mantida sempre limpa. 
 
Os reagentes não devem ser colocados diretamente sobre o prato da balança. Devem ser utilizados 
recipientes apropriados (vidro de relógio, becher, etc.). 
 
Terminada a pesagem, todos os recipientes devem ser retirados dos pratos e os botões e massas aferidas 
recolocados à posição inicial (zero). 
 
Quando o objeto a ser pesado é colocado ou retirado do prato, a balança deve estar travada, para evitar 
desgastes nas peças da balança. 
 
Os objetos a serem pesados não devem ser seguros com a mão, mas com uma pinça ou tira de papel, 
evitando assim que haja aumento da massa do objeto pela gordura das mãos. Esta preocupação somente é 
necessária quando se utilizam balanças denominadas analíticas, muito sensíveis, que são capazes de 
determinar massas até o décimo de miligrama. 
 
Os recipientes e reagentes a serem utilizados devem encontrar-se à temperatura ambiente. 
 
O operador (ou outra pessoa) não deve apoiar-se na bancada da balança durante a pesagem, para evitar 
oscilações na balança. 
 
- 12 -
 
Balança
 
de
 
prato
 
externo
 
digital
 
Nivelar e ligar a balança. 
 
 “Zerar” a balança, pressionando o botão com o dedo indicador. 
 
Colocar sobre o prato da balança o recipiente no qual se fará a pesada. 
 
Para pesar X gramas de uma substância, considerar a massa do recipiente ou utilizar o botão de tara 
(neste caso, a balança é novamente zerada e a massa do recipiente é ignorada). 
 
Acrescentar cuidadosamente ao recipiente, a substância a ser pesada até que o valor desejado apareça no 
visor. 
 
Após a pesagem, retirar o recipiente com a substância, zerar novamente a balança, desligando-a 
posteriormente. 
Tipos
 
de
 
pesagem
 
Direta: consiste na determinação da massa de um objeto compacto ( vidro de relógio, becher, etc.). 
 
Por adição: consiste na determinação da massa de substâncias, adicionando-as a um recipiente (vazio) 
cuja massa foi previamente determinada. 
 
Por diferença: consiste na determinação da massa de substâncias que se alteram em contato com o ar 
(absorção de umidade, de gás carbônico, substâncias voláteis, etc.). A substância é colocada num 
recipiente adequado (pesa-filtro), provido de tampa, e o conjunto é pesado. A quantidade necessária da 
substância é retirada do recipiente e sua massa determinada pesando-se novamente o conjunto. 
PROCEDIMENTO
 
EXPERIMENTAL
 
Determinar a massa de um vidro de relógio, anotando seu valor. Pesar, por
 
adição, em torno de 1,2 g de 
carbonato de cálcio. Anotar o resultado encontrado, levando em conta a exatidão da balança. 
 
Determinar a massa de um becher de 50 mL contendo sal de cozinha até aproximadamente a metade. 
Pesar, por
 
diferença, em torno de 5,5 g de sal, anotando o valor encontrado, levando em conta a exatidão 
da balança. Não esqueça de levar um becher para junto da balança para recolher o sal pesado. 
 
Coloque na balança um becher de 50 mL, tarando-o. Pesar cerca de 8,6 g de areia, anotando o valor 
encontrado, levando em conta a exatidão da balança. 
 
- 13 -
 
DETERMINAÇÃO
 
DE
 
DENSIDADE
 
1. OBJETIVO:
 
Calcular a densidade de algumas amostras de sólidos e líquidos. 
2. INTRODUÇÃO
 
TEÓRICA:
 
A densidade é uma característica específica das substâncias. Ela é determinada medindo-se a massa 
da amostra (através de uma balança), o volume (pode ser determinado através dos conhecimentos de 
geometria, no caso de sólidos regulares, ou através de instrumentos e técnicas de laboratório que possibilitem 
tal aferição), e fazendo-se o quociente entre os dois (d = m/v). A massa deve ser expressa em gramas (g) e o 
volume em centímetros cúbicos (cm3). 
3. MATERIAIS
 
E
 
REAGENTES: 
Materiais
 
Reagentes
Proveta (plástica) de 50,0 mL Ferro (Fe) 
Pipeta graduada de 5,0 e 10,0 mL Chumbo (Pb) 
Pipeta volumétrica de 10,00 mL Água deionizada (H2O) 
Becher de 50 mL Álcool etílico P.A (C2H5OH) 
Bastão de vidro 
Balança 
4. PROCEDIMENTO
 
EXPERIMENTAL:
I) Determinação
 
de
 
densidade
 
de
 
sólidos
1. Pesar um pedaço de ferro, anotando a massa encontrada. 
Massa de ferro encontrada: ___________________ 
2. Em uma proveta de 50,0 mL colocar água suficiente para que o pedaço de ferro pesado possa ficar imerso, 
. 
3. Colocar o pedaço de ferro pesado na água e (corresponde à massa do metal). 
Para diminuir o erro, retire o volume deslocado com uma pipeta graduada e faça nela a leitura. 
Volume de água deslocado: ___________________ 
4. Calcular a densidade 
Densidade = 
5. Repetir os procedimentos acima, substituindo o ferro por chumbo. 
Massa de chumbo encontrada: _________________ 
Volume de água deslocado: ___________________ 
Densidade = 
Densidade ( g/mL ) Material
 
Massa 
( g ) 
Volume 
( mL ) teórica experimental 
Erro ( % ) 
Fe 7,86 
Pb 11,34 
 
 
- 14 -
 
II) Determinação
 
da
 
densidade
 
de
 
líquidos
1. Determinar a massa de um becher de 50 mL limpo e seco. 
Massa do becher: ___________________ 
2. Pipetar 10,00 mL (com pipeta volumétrica) de água deionizada e transferir para o becher cuja massa já 
foi determinada, determinando a massa do conjunto becher + água. 
Massa do becher + água: _______________ 
Massa da água: _______________________ 
3. Com os valores da massa e do volume da água, determine sua densidade. 
Densidade: ________________________ 
4. Repetir os procedimentos acima, substituindo a água por álcool etílico. 
Massa do becher: ___________________ 
Massa do becher + álcool: _______________ 
Massa do álcool: _______________________ 
Densidade: ________________________ 
Densidade ( g/mL ) Material Massa 
( g ) 
Volume 
( mL ) teórica experimental 
Erro ( % )
 
Água 1,00 
Álcool 0.79 
 
O erro percentual (E) pode ser dado por: 
 
E = diferença entre os valores teórico e experimental . 100 
 valor teórico 
 
- 15 -
 
PRÁTICA
 
Nº.
 
3
 
TÉCNICAS
 
DE
 
AQUECIMENTO
 
E
 
ESTUDO
 
DA
 
LEI
 
DE
 
LAVOISIER
 
Fontes
 
de
 
calor
 
Algumas operações em laboratório envolvem processos de aquecimento. A escolha da fonte de calor 
depende do material a ser aquecido e o porquê de ser aquecido. 
As fontes de aquecimento mais utilizadas são: gás e energia elétrica 
 
Bicos
 
de
 
gás:
 
Os bicos de gás são utilizados em aquecimento de substâncias não
 
inflamáveis. 
O aquecimento pode ser: 
Direto:
 
a chama fica em contato direto com o recipiente; é o caso do aquecimento de cadinhos, que 
ficam apoiados sobre o tripé em triângulos de porcelana e de tubos de ensaio, que são seguros através de uma 
pinça de madeira. 
Indiretoos recipientes ficam apoiados sobre uma tela, denominada tela de amianto, que distribui 
uniformemente o calor da chama; é o caso do aquecimento de bechers, balões de fundo chato, caçarolas, 
balões de fundo redondo e de destilação, etc. 
 
Energia
 
elétrica:
 
Para aquecimento de substâncias inflamáveis são utilizados os seguintes aparelhos: 
 
Manta elétrica – serve para aquecimento de balão de fundo redondo. 
 
Chapa elétrica – serve para aquecimento de balão de fundo chato, becher, erlenmeyer, etc. 
Para calcinação e secagem de material: 
 
Forno ou mufla – atinge temperaturas de 1000 a 1500 ºC, sendo utilizado para fazer calcinações. O 
material mais utilizado neste tipo de aquecimento é o cadinho. 
 
Estufa – utilizada na secagem de materiais, atingindo no máximo 200 ºC. 
Trabalhos
 
com
 
bico
 
de
 
gás
 
Em nosso laboratório utilizamos um bico de gás denominado bico de Bunsen. As partes 
fundamentais do bico de Bunsen são: a base
 
(onde se encontra a entrada de gás), o tubo
 
ou haste
 
(onde se 
encontram as janelas de ar que fornecem o oxigênio necessário para alimentar a combustão, e por onde passa 
o fluxo de gás) e o anel (parte que envolve a haste e contém as janelas de entrada de ar). 
Para utilizar adequadamente o bico de Bunsen, uma vez que ele esteja conectado à rede de 
distribuição de gás através de um tubo de látex, deve ser observada a seguinte seqüência: 
 
Verificar se a entrada de gás geral da bancada está aberta. 
 
Verificar se as entradas
 
de
 
gás
 
e
 
ar do bico de Bunsen estão
 
fechadas. 
 
Acender o fósforo. 
 
Abrir a torneira de gás do bico. 
 
Aproximar o palito aceso da extremidade do bico (a chama obtida é amarela e luminosa) 
 
Regular a entrada de ar, até que se obtenha uma chama azul. 
 
- 16 -
 
Para apagar o bico, fechar
 
sempre
 
a
 
entrada
 
de
 
ar (janela) antes da torneira. 
Na chama obtida distinguem-se três zonas distintas: zona
 
oxidante
 
(região externa mais quente, 
onde se obtêm as maiores temperaturas e localizada acima do cone interno), zona
 
redutora
 
(região interna 
mais fria, onde se conseguem as temperaturas mais baixas e onde ocorre o início da combustão) e zona
 
neutra (de baixas temperaturas, pois ainda não se dá a combustão do gás). 
Observações
 
Técnicas
 
Aquecimento
 
de
 
tubos
 
de
 
ensaio (aquecimento direto):
O aquecimento é feito com auxílio de uma pinça de madeira, localizada perto da extremidade aberta 
do tubo. O tubo deverá ficar inclinado durante o aquecimento (cerca de 45º em relação ao bico) e NUNCA
 
direcionado para alguém que se encontre nas proximidades. 
No caso de aquecimento de líquidos ou soluções, o aquecimento é feito em chama branda (a janela 
do bico encontra-se fechada), que evita projeções, com movimentos ascendentes e descendentes. 
No caso de aquecimento de sólidos pode ser usada uma chama intensa (também chamada de 
oxidante, onde a janela do bico encontra-se aberta), caso seja necessário. 
 
Aquecimento
 
de
 
becher (aquecimento indireto):
Utiliza-se um sistema constituído de tripé, tela de amianto e bico de gás. Uma vez terminado o 
aquecimento, o becher é retirado com auxílio de uma pinça adequada e colocado sobre outra tela de amianto, 
enquanto esfria, para alertar aos demais do perigo de queimaduras. No caso de aquecimento onde haja a 
evaporação total do solvente, deve-se
 
desligar
 
o
 
gás
 
antes
 
da
 
secura
 
completa, para evitar que o becher se 
quebre. 
 
Aquecimento
 
de
 
cadinho (aquecimento direto):
Usado quando há necessidade de aquecimento intenso, o cadinho é colocado sobre um triângulo de 
porcelana, devidamente apoiado em um tripé, e a chama do bico de gás incide diretamente sobre o mesmo. O 
aquecimento é feito em chama forte. 
PROCEDIMENTO
 
EXPERIMENTAL
I) Aquecimento
 
direto
 
em
 
cadinho: 
 
Montar um sistema para aquecimento direto de cadinhos (triângulo de porcelana apoiado em tripé). 
 
Pesar um cadinho cadinho limpo e seco e anotar o valor de sua massa. 
Massa do cadinho: ______________________ 
 
Pesar, por adição, cerca de 2 gramas de sulfato de cobre II pentahidratado (CuSO4·5H2O), anotando a 
massa correta. 
Aspecto do sulfato de cobre II pentahidratado (CuSO4·5H2O): _____________________________________ 
 
- 17 -
 
Massa do cadinho + CuSO4·5H2O: _______________________ 
Massa do CuSO4·5H2O: ________________________________ 
 
Transferir o cadinho para o triângulo de porcelana, segurando-o com a pinça e aquecê-lo fortemente até 
que toda a coloração azul do sal tenha desaparecido. 
 
Transferir o cadinho para um dessecador e deixá-lo esfriar até atingir a temperatura ambiente. 
 
Pesar novamente o cadinho (na mesma balança) e anotar o valor da massa. 
Aspecto do sulfato de cobre II após o aquecimento: _____________________________________ 
Massa do cadinho + CuSO4: _______________________ 
Massa do CuSO4: ________________________________ 
 
Com o auxílio de uma pipeta, gotejar água sobre o sólido contido no cadinho, tocando a base do mesmo 
com a ponta dos dedos e anotando suas observações. 
II) Aquecimento
 
indireto
 
em
 
becher
 
(cristalização)
 
Juntar, em um becher, 10 mL de solução de cloreto de sódio (NaCl). 
Aspecto da solução: ______________________________________________________ 
 
Aquecê-lo sobre uma tela de amianto, reduzindo o aquecimento quando começarem a se formar os 
primeiros cristais. 
 
Aquecer em chama branda até quase à secura. 
 
Observar o aspecto dos cristais formados. 
Aspecto dos cristais: ______________________________________________________________________ 
III) Aquecimento
 
direto
 
em
 
tubo
 
de
 
ensaio
 
1. Aquecimento de líquidos ou soluções: 
 
Colocar em um tubo de ensaio um pequeno prego de ferro, com cuidado para que o mesmo não perfure o 
fundo do tubo. 
 
Pipetar 3,0 mL de solução 10% v/v de ácido clorídrico (HCl) para o interior do tubo e observar por 
alguns minutos. 
Aspecto da solução de ácido clorídrico (HCl) : _________________________________________________ 
Aspecto da interação prego – solução: ________________________________________________________ 
 
Aquecer o tubo, com o auxílio de uma pinça de madeira e a técnica adequada (chama branda), por alguns 
minutos, anotando suas observações. Cuidado para que não haja projeções durante o aquecimento. 
Observações após o aquecimento: ___________________________________________________________ 
2. Aquecimento de sólidos: 
 
Colocar em um tubo de ensaio uma pequena quantidade de cloreto de amônio sólido. 
 
Aquecer o tubo, com o auxílio de uma pinça de madeira e a técnica adequada (chama oxidante), por 
alguns minutos. 
 
- 18 -
 
LEI
 
DE
 
LAVOISIER
 
1. OBJETIVOS:
 
Verificar experimentalmente a lei de Lavoisier, comprovando que nas reações químicas, em um 
sistema fechado, há conservação das massas. 
2. INTRODUÇÃO
 
TEÓRICA:
Lei
 
de
 
Lavoisier:
 
A "Lei da Conservação das Massas" proposta por Lavoisier em 1774, foi enunciada com 
base em inúmeras experiências, utilizando-se sistemas fechados, e que diz o seguinte: 
"Numa reação química, não ocorre alteração na massa do sistema." 
3. MATERIAIS
 
E
 
REAGENTES: 
Material por bancada
 
Reagentes
Tubo de Lavoisier (com rolha) Solução de cloreto férrico (FeCl3) 0,1 mol/L 
Balança Solução de hidróxido de sódio (NaOH) 0,1 mol/L 
Erlenmeyer Carbonato de cálcio (CaCO3) 
Bastão de vidro Solução de ácido clorídrico (HCl) ( 30% ) 
4. PROCEDIMENTO
 
EXPERIMENTAL: 
REAÇÃO EM SISTEMA ABERTO: 
 
Montar um sistema constituído por um erlenmeyer e um tubo de Lavoisier (um dos ramos do tubo deve 
estar dentro do erlenmeyer). 
 
Colocar em um dos ramos do tubo de Lavoisier (QUE DEVERÁ ESTAR SECO) uma pequena
 
quantidade
 
de carbonato de cálcio (CaCO3) e no outro ramo, com cuidado para que não escorrapara o ramo anterior, 
5,0 mL de solução de ácido clorídrico (HCl). Não
 
tampar
 
o
 
tubo.
 
Observar atentamente o aspecto das 
substâncias reagentes. 
Aspecto
 
dos
 
reagentes: 
Carbonato de cálcio (CaCO3): ______________________________________________________________ 
Solução de ácido clorídrico (HCl): __________________________________________________________ 
 
Determinar a massa total do sistema, anotando seu valor. 
Massa do sistema antes da reação: ______________________ 
 
Inclinar o tubo cuidadosamente, de modo que as substâncias entrem em contato, observando o aspecto 
dos produtos formados. 
Aspecto dos produtos: ____________________________________________________________________ 
 
Pesar o sistema com os produtos e anotar o valor. 
Massa do sistema após a reação: ______________________ 
 
- 19 -
 
REAÇÃO EM SISTEMA FECHADO: 
 
Montar um sistema constituído por um erlenmeyer e um tubo de Lavoisier (um dos ramos do tubo deve 
estar dentro do erlenmeyer). 
 
Colocar em um dos ramos do tubo de Lavoisier 2,0 mL de solução de cloreto férrico (FeCl3) e no outro 
ramo, com cuidado para que não escorra para o ramo anterior, 2,0 mL de solução de hidróxido de sódio 
(NaOH). Tampar
 
bem
 
o
 
tubo
 
com
 
a
 
rolha e observar atentamente o aspecto das substâncias reagentes. 
Aspecto
 
dos
 
reagentes: 
Solução de cloreto férrico (FeCl3): __________________________________________________________ 
Solução de hidróxido de sódio (NaOH): ______________________________________________________ 
 
Determinar a massa total do sistema, anotando seu valor. 
Massa do sistema antes da reação: ______________________ 
 
Inclinar o tubo cuidadosamente, de modo que as soluções entrem em contato, observando o aspecto dos 
produtos formados. (procure equilibrar os volumes nos dois ramos) 
Aspecto dos produtos: ____________________________________________________________________ 
 
Pesar o sistema com os produtos (na mesma balança utilizada anteriormente) e anotar o valor. 
Massa do sistema após a reação: ______________________ 
 
- 20 -
 
PRÁTICA
 
Nº.
 
4:
 
FENÔMENOS
 
FÍSICOS
 
E
 
QUÍMICOS
 
1. OBJETIVO:
 
Identificar a diferença entre uma simples mistura de substâncias e uma reação química. 
Verificar as diferenças entre os fenômenos físicos e químicos através de processos experimentais. 
2. INTRODUÇÃO
 
TEÓRICA: 
Fenômeno físico é aquele que não altera a estrutura das substâncias, ou seja, não altera a sua 
composição química. 
Fenômeno químico é aquele que altera a estrutura das substâncias, modificando sua composição 
química. 
Experimentalmente, é possível diferenciar os fenômenos físicos dos químicos pela observação das 
alterações ocorridas durante as experiências. A formação de gases, de produtos insolúveis 
(denominados precipitados) e de colorações inesperadas no sistema, são fortes indícios da 
ocorrência de um fenômeno químico, uma vez que possuem características diferentes das dos 
reagentes usados. 
Observe
 
cuidadosamente
 
os
 
reagentes
 
usados:
 
seu
 
estado
 
físico;
 
se
 
está
 
puro
 
ou
 
em
 
mistura;
 
sua
 
coloração,
 
etc.,
 
com
 
o
 
objetivo
 
de
 
analisar
 
as
 
modificações
 
ocorridas.
 
3. MATERIAIS
 
E
 
REAGENTES: 
Material por bancada
 
Reagentes
 
Bico de Bunsen Iodo (I2) ; magnésio metálico (Mg°) 
Tela de amianto (2) Carbonato de cálcio sólido (CaCO3) 
Tripé Cobre metálico (Cu°) e ferro metálico (Fe°) 
Tubos de ensaio Solução de cloreto férrico (FeCl3) 0,1 mol/L 
Estante para tubos Solução de tiocianato de amônio (NH4SCN) 0,1 mol/L 
Becher de 50 mL (3) Solução de ácido clorídrico (HCl) 30% v/v 
Pinça para becher Solução de ácido clorídrico (HCl) 0,1 mol/L 
Vidro de relógio Solução de hidróxido de sódio (NaOH)0,1 mol/L 
Solução de sulfato de sódio (Na2SO4) 0,1 mol/L 
Solução de cloreto de bário (BaCl2) 0,1 mol/L 
Solução de sulfato cúprico (CuSO4) 0,1 mol/L 
Solução de cloreto férrico (FeCl3) 0,1 mol/L 
Água de cal ou de barita (Ca(OH)2 ou Ba(OH)2) 
4. PROCEDIMENTO
 
EXPERIMENTAL: 
Colocar alguns cristais de iodo (I2) em um becher limpo e seco. Cobrir o becher com um vidro de relógio 
contendo água. Colocar este conjunto sobre uma tela de amianto. Com o auxílio de um tripé aquecê-lo com 
chama baixa até que os vapores de iodo cheguem ao vidro de relógio. Desligar o gás e deixar esfriar o 
sistema (colocar o becher para esfriar sobre outra tela de amianto, na bancada). Anotar todas as observações 
(antes e depois do experimento) e determinar se o fenômeno é físico ou químico. 
Aspecto do iodo (I2) antes do aquecimento: ___________________________________________________ 
Aspecto do iodo (I2) após o aquecimento: _____________________________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: ____________________________________________________________________________ 
 
- 21 -
 
Colocar uma pequena porção de carbonato de cálcio (CaCO3) em um becher. Juntar 3,0 mL de solução de 
ácido clorídrico (HCl) e observar. Esperar até que não mais se note a presença de carbonato de cálcio (se for 
necessário, acrescentar mais ácido). 
Aspecto do carbonato de cálcio (CaCO3): _____________________________________________________ 
Aspecto da solução de ácido clorídrico (HCl) : _________________________________________________ 
Observações após a junção dos reagentes: _____________________________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: ____________________________________________________________________________ 
Colocar 1,0 mL de solução de sulfato de sódio (Na2SO4) em um tubo de ensaio e adicionar 1,0 mL de 
solução de cloreto de bário (BaCl2). Agitar, observar e colocar o tubo na estante. Após algum tempo de 
repouso, observar novamente o tubo. O fenômeno é físico ou químico?
 
Aspecto da solução de sulfato de sódio (Na2SO4): ______________________________________________ 
Aspecto da solução de cloreto de bário (BaCl2): ________________________________________________ 
Observações após a junção dos reagentes: _____________________________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: ____________________________________________________________________________ 
Colocar 1,0 mL de solução de cloreto férrico (FeCl3) e adicionar 1,0 mL de solução de tiocianato de amônio 
(NH4SCN). Agitar, observar e colocar o tubo na estante. O fenômeno é físico ou químico? 
Aspecto da solução de cloreto férrico (FeCl3): _________________________________________________ 
Aspecto da solução de tiocianato de amônio (NH4SCN): _________________________________________ 
Observações após a junção dos reagentes: _____________________________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: ____________________________________________________________________________ 
Em um tubo de ensaio adicionar volumes iguais de solução de sulfato cúprico (CuSO4) e solução de cloreto 
férrico (FeCl3) (1,0 mL de cada ). Agitar e observar. O fenômeno é físico ou químico? 
Aspecto da solução de sulfato cúprico (CuSO4): _______________________________________________ 
Aspecto da solução de cloreto férrico (FeCl3): _________________________________________________ 
Observações após a junção dos reagentes: _____________________________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: ____________________________________________________________________________ 
Segurar um pequeno pedaço de magnésio metálico (Mg°) com uma pinça metálica. Introduzir a ponta do 
metal na chama (zona oxidante) do bico de Bunsen. Observar com cuidado a combustão do magnésio e o 
aspecto da substância que resta na pinça (a luz produzida é muito viva e pode prejudicar a vista). 
Aspecto do magnésio metálico(Mg°) antes e depois da combustão: ______________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
 
- 22 -
 
Em um tubo de ensaio adicionar volumes iguais de solução de ácido clorídrico (HCl) e solução de hidróxido 
de sódio (NaOH) (1,0 mL de cada ). Agitar e observar. O fenômeno é físico ou químico? 
Aspecto da solução de ácido clorídrico (HCl):__________________________________________________ 
Aspecto da solução de hidróxido de sódio (NaOH):______________________________________________ 
Observações após a junção dos reagentes: _____________________________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: ____________________________________________________________________________ 
Em um tubo de ensaio adicionar 2,0 mL de solução de ácido clorídrico (HCl) 30% v/v e um pequeno pedaço 
de cobre metálico(Cu°). Agitar e observar. O fenômeno é físico ou químico? 
Aspecto da solução de ácido clorídrico (HCl):__________________________________________________ 
Aspecto do pedaço de cobre:______________________________________________ 
Observações após a junção dos reagentes: _____________________________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: ____________________________________________________________________________ 
Em um tubo de ensaio adicionar 2,0 mL de solução de ácido clorídrico (HCl) 30% v/v e um pequeno pedaço 
de ferro metálico( prego - Fe°). Agitar e observar. O fenômeno é físico ou químico? 
Aspecto da solução de ácido clorídrico (HCl):__________________________________________________ 
Aspecto do pedaço de ferro:______________________________________________ 
Observações após a junção dos reagentes: _____________________________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: ____________________________________________________________________________ 
Em um tubo de ensaio adicionar 5,0 mL de água de barita (solução de hidróxido de bário – Ba(OH)2) e 
soprá-la , introduzindo a ponta de uma pipeta na solução .Observar. O fenômeno é físico ou químico? 
Aspecto da água de barita: __________________________________________________ 
Observações após o sopro: _____________________________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: ____________________________________________________________________________ 
 
 
- 23 -
 
MÉTODOS
 
DE
 
SEPARAÇÃO
 
DE
 
MISTURAS
 
Mistura é a associação de duas ou mais substâncias diferentes cujas estruturas permanecem 
inalteradas, isto é, não ocorre reação química entre elas. Temos dois tipos de misturas: 
a) Mistura
 
homogênea
 
não
 
é
 
possível
 
distinguir
 
superfícies
 
de
 
separação
 
entre seus 
componentes, nem mesmo com os mais aperfeiçoados aparelhos de aumento, tais como ultramicroscópio ou 
microscópio eletrônico. 
b) Mistura
 
heterogênea
 
é
 
possível
 
distinguir
 
superfícies
 
de
 
separação
 
entre seus componentes, 
em alguns casos a olho nu, em outros com microscópio comum. 
É muito comum as substâncias aparecem misturadas na Natureza. Freqüentemente, portanto, é 
necessário separar as substâncias existentes na mistura, até ficarmos com cada substância totalmente isolada 
das demais (substância pura). Esta separação chama-se desdobramento, fracionamento ou análise imediata da 
mistura. 
Os processos empregados na análise imediata enquadram-se em dois tipos, conforme a mistura seja 
homogênea ou heterogênea : 
 
Nas misturas heterogêneas usam-se os processos mecânicos, que têm por finalidade separar as 
diferentes fases, obtendo-se deste modo misturas homogêneas ou substâncias puras. 
 
Nas misturas homogêneas recorrem-se a processos mais enérgicos, empregando-se processos 
físicos ou de fracionamento, pois a mistura homogênea fraciona-se em duas ou mais substâncias puras, isto é, 
seus componentes. 
 Misturas heterogêneas (processos mecânicos) 
 ANÁLISE IMEDIATA 
Misturas homogêneas (processos físicos) 
SEPARAÇÃO
 
DOS
 
COMPONENTES
 
DE
 
MISTURAS
 
HETEROGÊNEAS
 
Sólido
 
-
 
Sólido
 
Catação Separam-se os componentes sólidos usando a mão ou uma pinça. 
 
Ventilação
 
- Usa-se uma corrente de ar para arrastar os componentes de densidade menor. É o que se faz 
para separar o café da palha; é também o princípio de funcionamento das máquinas de beneficiamento de 
arroz e cereais: a corrente de ar arrasta a palha ou a casca, e ficam os grãos. 
 
Levigação
 
Consiste em lavar a mistura com uma corrente de água, separando assim o sólido menos 
denso. É o que se faz no garimpo para separar o ouro da areia. A água arrasta o componente menos denso (a 
areia), e o ouro, bem mais denso, fica. 
 
Separação
 
magnética (ou imantação) - Usada quando um dos sólidos é atraído por um ímã. Esse 
processo é usado em larga escala para separar alguns minérios de ferro de suas impurezas e, certos filtros 
instalados junto às chaminés das indústrias funcionam baseados nesse princípio, retendo as partículas 
paramagnéticas (suscetíveis de magnetização). 
 
Flotação - Banha-se a mistura em um líquido de densidade intermediária. O componente menos denso 
flutua e o mais denso se deposita. É o processo utilizado na separação de certos minérios de suas impurezas 
(ganga). O minério é banhado em óleo, e as partículas recobertas de óleo ficam menos densas que a água. O 
minério, então, é mergulhado em água (o líquido de densidade intermediária) e flutua. A ganga se deposita. 
 
Peneiração
 
- A utilização de uma peneira permite separar os componentes. É o que faz o pedreiro quando 
quer obter areia de várias granulações. 
 
Cristalização
 
fracionada
 
- Todos os componentes da mistura são dissolvidos em um líquido que, em 
seguida, sofre evaporação provocando a cristalização separada de cada componente. A cristalização 
fracionada é usada, por exemplo, nas salinas para obtenção de sais a partir da água do mar. A evaporação da 
 
- 24 -
 
água permite a cristalização de diferentes sais, sendo que o último a ser obtido é o cloreto de sódio (NaCl), 
usado na alimentação. 
Dissolução
 
fracionada
 
- Trata-se a mistura com um solvente que dissolva apenas um dos componentes. 
Por filtração, separam-se os demais. Por evaporação, recupera-se o componente dissolvido. Para separar 
areia e sal, por exemplo, basta lavar a mistura. O sal se dissolve na água e a nova mistura é filtrada. A areia 
fica retida e passam a água e o sal dissolvido. Evapora-se a água e recupera-se o sal. 
Sólido
 
-
 
Líquido
 
Decantação
 
Consiste em deixar a mistura em repouso por certo tempo, até que as partículas de sólido 
se depositem. Depois, com cuidado, transfere-se o líquido para outro recipiente. O café à moda síria ou árabe 
não é coado. É servido depois que o pó se deposita. 
 
Centrifugação
 
Consiste em acelerar a decantação pelo uso de centrifugadores (denominados 
centrífugas). Na centrífuga, devido ao movimento de rotação, as partículas de maior densidade, por inércia, 
são arremessadas para o fundo do tubo. Para separar as partículas sólidas, ricas em gordura, da fase líquida 
do leite, as indústrias submetem-no à centrifugação. 
 
Filtração
 
Consiste em fazer passar a mistura por uma parede ou superfície porosa. O sólido fica retido. 
Esse processo tem largo emprego doméstico; é usado para coar café ou coalhada, para coar um suco através 
do pano, etc. Em laboratório, podemos usar a filtração denominada simples, onde o meio filtrante 
(denominado papel de filtro) é adaptado a um funil e a filtração ocorre por ação da gravidade ou a filtração a 
vácuo, onde a filtração é acelerada pelo acoplamento de uma bomba de vácuo, que faz com que a pressão no 
interior do recipiente diminua (neste tipo de filtração usa-se um funil especial, denominado funil de Büchner, 
que permite que se acople a bomba de vácuo). 
Líquido
 
-Líquido
 
Decantação 
 
Quando se trata de separar líquidos imiscíveis com densidades diferentes, usa-se um funil 
de separação (denominado funil ou ampola de decantação ou funil de bromo).Coloca-se a mistura nesse funil 
e espera-se que as duas fases se separem. Abre-se a torneira e deixa-se escoar o líquido mais denso. O outro 
estará automaticamente separado. Pode-se utilizar esse processo na mistura água e óleo. 
Líquido
 
-
 
Gás
 
A mistura é heterogênea desde que se observem bolhas de gás disseminadas na fase líquida, a 
exemplo do que acontece nas bebidas gaseificadas. Para separar um líquido de um gás, basta aquecer a 
mistura e o gás é eliminado. É por isso que a água fervida não tem gosto agradável - elimina-se o oxigênio 
nela dissolvido. 
Gás
 
-
 
Sólido
 
Decantação
 
- A mistura passa através de obstáculos, em forma de zigue-zague, onde as partículas sólidas 
perdem velocidade e se depositam. Industrialmente, esse processo é feito em equipamento denominado 
câmara de poeira ou chicana. 
 
Filtração
 
- A mistura passa através de um filtro, onde o sólido fica retido. Esse processo é muito utilizado 
nas indústrias, principalmente para evitar o lançamento de partículas sólidas na atmosfera. Atualmente, as 
indústrias potencialmente poluentes são obrigadas por lei a usar dispositivos filtrantes nas chaminés. 
Esse método de separação também pode ser utilizado em sua casa, com um equipamento mais 
simples: o aspirador de pó. As partículas sólidas aspiradas junto com o ar são retidas no filtro. 
 
- 25 -
 
SEPARAÇÃO
 
DOS
 
COMPONENTES
 
DE
 
MISTURA
 
HOMOGÊNEA
 
Sólido
 
-
 
Líquido
 
Nas misturas homogêneas sólido-líquido (soluções), o componente sólido encontra-se totalmente 
dissolvido no líquido, o que impede a sua separação por filtração. A maneira mais comum de separar os 
componentes desse tipo de mistura está relacionada com as diferenças nos seus pontos de ebulição. Isto pode 
ser feito de duas maneiras: 
 
Evaporação
 
- A mistura é deixada em repouso ou é aquecida até que o líquido (componente mais volátil) 
sofra evaporação. É o processo empregado nas salinas. 
O inconveniente neste processo é o não aproveitamento do componente líquido. 
 
Destilação
 
simples
 
- A mistura é aquecida em uma aparelhagem apropriada, de tal maneira que o 
componente líquido inicialmente evapora e, a seguir, sofre condensação, sendo recolhido em outro frasco. 
Líquido
 
-
 
Líquido
 
Destilação
 
fracionada
 
- Consiste no aquecimento da mistura de líquidos miscíveis (solução), cujos 
pontos de ebulição (PE) não sejam muito próximos. Os líquidos são separados na medida em que cada um 
dos seus pontos de ebulição é atingido. Inicialmente é separado o líquido com menor PE (o mais volátil). 
Enquanto este destila, a temperatura se mantém constante. Terminada a destilação do primeiro líquido, a 
temperatura volta a subir até que se atinja o PE do segundo. Começa aí a destilação deste. Tudo é controlado 
por termômetro. 
Na realidade, a temperatura em que começa a ebulição não é a do componente mais volátil, porque, 
junto com ele, também vaporiza, embora em proporção menor, o menos volátil. Como o produto destilado é 
mais rico no componente mais volátil, precisaríamos submetê-lo a sucessivas destilações para que 
ocorressem separações cada vez mais eficientes, obtendo, no final, um produto de alto grau de pureza. Para 
evitar esse trabalho, adapta-se ao balão de destilação uma coluna de fracionamento, ao longo da qual 
ocorrem, naturalmente, sucessivas vaporizações e condensações. 
A coluna de fracionamento é preenchida com esferas ou anéis de vidro, que servem de obstáculo à 
passagem do vapor. 
Os dois líquidos entram em ebulição e seus vapores, ao encontrar os primeiros obstáculos, 
condensam-se e aquecem a porção inferior da coluna. A mistura líquida condensada entra novamente em 
ebulição e vai condensar novamente mais acima, e assim sucessivamente. Como a temperatura diminui 
gradualmente ao longo da coluna, a fração do componente menos volátil (maior PE) vai ficando cada vez 
menor. No topo da coluna sai o líquido mais volátil (menor PE), em alto grau de pureza. 
Esse processo é muito utilizado, principalmente em indústrias petroquímicas, na separação dos 
diferentes derivados do petróleo. 
Gás
 
-
 
Gás
 
Liquefação
 
fracionada
 
- A mistura de gases passa por um processo de liquefação e, posteriormente, pela 
destilação fracionada. Esse processo é usado industrialmente para separar oxigênio e nitrogênio do ar 
atmosférico. Após a liquefação do ar, a mistura líquida é destilada e o primeiro componente a ser obtido é o 
N2, pois apresenta menor PE (-195,8.ºC); posteriormente, obtém-se o O2, que possui maior PE (-183.ºC) 
 
Adsorção Consiste na retenção superficial de gases. Algumas substâncias, tais como o carvão ativo, têm 
a propriedade de reter, na sua superfície, substâncias no estado gasoso. Uma das principais aplicações da 
adsorção são as máscaras contra gases venenosos. 
 
- 26 -
 
EXERCÍCIOS
1) Indique os métodos que devem ser utilizados para separar as misturas: 
a) solução aquosa de NaCl b) água, areia e ferro c) solução aquosa de acetona 
2) Deseja-se fazer a separação dos componentes da pólvora negra, que é constituída de nitrato de sódio, 
carvão e enxofre. Sabe-se que o nitrato de sódio é solúvel em água, o enxofre é solúvel em dissulfeto de 
carbono, enquanto que o carvão é insolúvel nesses solventes. Proponha um procedimento para realizar essa 
separação. 
3) Têm-se as seguintes misturas: 
I.areia e água II.álcool (etanol) e água III.sal de cozinha (NaCl) e água, neste caso uma mistura homogênea. 
Cada uma dessas misturas foi submetida a uma filtração em funil com papel e, em seguida, o líquido 
resultante (filtrado) foi aquecido até sua total evaporação. Pergunta-se: 
a) Qual mistura deixou um resíduo sólido no papel após a filtração? O que era esse resíduo? 
b) Em qual caso apareceu um resíduo sólido após a evaporação do líquido? O que era esse resíduo? 
4) Uma cozinheira deixou cair óleo de cozinha num recipiente contendo sal de cozinha. Sabendo que o sal é 
imiscível no óleo e solúvel na água, mostre como você procede para separá-los e deixá-los em condições de 
uso. 
5) Duas amostras de uma solução aquosa de CuSO4, de coloração azul, foram submetidas, respectivamente, 
às seguintes operações: (I) filtração com papel de filtro; (II) destilação simples. Determine a coloração 
resultante, justificando sua resposta; 
a) do material que passou pelo filtro na operação I b) do produto condensado na operação II 
6) Assinale as afirmativas corretas: 
a) A água pura é uma substância simples. 
b) A dissolução do açúcar em água representa uma transformação física. 
c) O enegrecimento de um objeto de prata exposto ao ar representa uma transformação química. 
d) Um sistema formado por gases pode ser homogêneo ou heterogêneo, dependendo da natureza dos gases. 
e) O funil de decantação pode ser utilizado na separação de dois líquidos imiscíveis. 
f) A separação dos componentes de uma mistura homogênea sólido - líquido pode ser efetuada através de 
filtração comum. 
g) Uma substância pura sempre apresenta pontos de fusão e de ebulição constantes. 
7) Considere as misturas da tabela: 
Mistura Componentes 
I água e sal 
II água e azeite 
III ar e poeira 
 
Os componentes dessas misturas podem ser separados, respectivamente, pelos processos: 
a) I - eletrólise; II - filtração; III – decantação 
b) I - destilação; II - filtração; III - decantação 
c) I - filtração; II - destilação; III - liquefação do ar 
d) I - decantação; II - destilação; III - filtração 
e) I - destilação; II - decantação; III - filtração 
 
- 27 -
 
8) São dadas três misturas heterogêneas de sólidos: 
I .arroz e casca II. serragem e limalha de ferro III. areia e cascalho 
Os processos mais convenientes para separá-las são respectivamente: 
I II III 
a) levigaçãoseparação magnética ventilação 
b) destilação simples flotação peneiração 
c) ventilação flotação peneiração 
d) peneiração separação magnética flotação 
e) peneiração ventilação centrifugação 
 
9) Um modo conveniente para retirar a parte gordurosa do leite é o emprego de .................... 
10) Industrialmente, os gases N2 e O2 são extraídos do ar atmosférico. Para tanto, o ar é submetido, 
sucessivamente, aos processos: 
a)liquefação e filtração b) solidificação e filtração 
c) liquefação e destilação fracionada d) solidificação e decantação 
e) liquefação e fusão fracionada 
11) Tintura de iodo é uma solução alcoólica de I2(iodo - sólido de cor violeta) e KI(iodeto de potássio - 
sólido de cor branca). Deixou-se um frasco dessa solução aberto e depois de certo tempo observou-se que 
restavam no fundo grãos de cor violeta e branca. 
Pode-se concluir, a partir desses dados, que : 
a) a mistura original era heterogênea 
b) ocorreu cristalização da solução 
c) ocorreu sublimação dos componentes 
d) ocorreu vaporização do soluto 
e) ocorreu vaporização do solvente, restando cristais de iodo e de iodeto de potássio 
12) A separação dos componentes de uma mistura de gasolina e água pode ser feita por meio de .................. 
13) Em um acampamento, um estudante deixou cair na areia todo o sal de cozinha disponível. Entretanto, 
tendo conhecimento sobre separação de misturas, conseguiu recuperar praticamente todo o sal. Que 
operações este estudante pode ter realizado? 
14) Considere a tabela a seguir: 
I II III IV 
água e gasolina álcool hidrogênio água e álcool 
 
I) Os sistemas I, II, III e IV são, respectivamente: 
a) solução - mistura heterogênea - substância composta - substância simples 
b) solução - mistura heterogênea - substância simples - substância composta 
c) substância simples - substância composta - solução - mistura heterogênea 
d) substância composta - substância simples - mistura heterogênea - solução 
e) mistura heterogênea - substância composta - substância simples - solução 
II) Para separar os componentes do sistema I, deve-se usar o processo de: 
a) decantação e sifonação b) filtração c) destilação d) levigação e) sublimação 
III) O sistema IV pode ser separado por: 
 
- 28 -
 
a) evaporação b) filtração a vácuo c) fusão simples d) destilação fracionada 
e) sublimação 
15) Uma mistura gasosa constituída de dois gases, que não reagem entre si, foi liquefeita. Se o líquido obtido 
for submetido a uma destilação fracionada, à pressão constante, qual o componente que destila primeiro? 
RESPOSTAS
 
1) a) Destilação ou evaporação 
b) Separação magnética (imantação) e depois filtração 
c) Destilação fracionada 
2) Acrescenta-se água à mistura que dissolverá apenas o nitrato de sódio. Filtra-se e 
separa-se o nitrato da água por destilação. À mistura restante acrescenta-se dissulfeto 
de carbono para a dissolução do enxofre. Filtra-se para separação do carvão. 
Recupera-se o enxofre por destilação. 
3) a) I ; areia 
b) III ; NaCl 
4) Junta-se água à mistura e agita-se. O sal se solubiliza na água e sobre ele flutua o 
óleo de cozinha. Utilizando um funil de separação, separa-se o óleo da mistura água e 
sal. O sal é separado por evaporação da água. 
5) a) Azul, pois o CuSO4 (que comunica a coloração azul à solução) passa através do 
papel de filtro. 
 b) Incolor, pois o destilado é apenas água 
6) b – c – e – g 
7) letra e 
8) letra c 
9) centrifugação 
10) letra c 
11) letra e 
12) Decantação 
13) Adiciona-se água à areia e o sal que estão misturados. Filtra-se a mistura, ficando 
a areia retida no filtro e passando a mistura água e sal. Aquece-se o filtrado, 
evaporando assim a água e restando o sal. 
14) I) letra e 
II) letra a 
III) letra d 
15) O que tiver menor PE 
 
 
- 29 -
 
PRÁTICA
 
Nº.
 
5:
 
SEPARAÇÃO
 
DE
 
MISTURAS
 
HETEROGÊNEAS
 
1. OBJETIVO: Separar os componentes de misturas heterogêneas.
2. MATERIAIS
 
E
 
REAGENTES: 
Materiais
 
Reagentes
Gral (ou almofariz) com pistilo 
Becher de 50 e 100 mL (2 de cada) Giz 
Proveta de 50 ou 100 mL Precipitado de hidróxido férrico 
Suporte universal/ argola e mufa Querosene misturado com iodo 
Funil / Papel de filtro Enxofre (S) 
Bastão de vidro Sulfato cúprico sólido (CuSO4) 
Funil de Büchner / Kitassato 
Tubos de centrífuga 
Bico de Bunsen 
Tripé / Tela de amianto 
Ampola de decantação 
3. PROCEDIMENTO
 
EXPERIMENTAL: 
I. Filtração: 
É um processo que consiste em separar de um líquido ou gás, um sólido em suspensão. 
Executa-se a filtração fazendo passar a mistura heterogênea através de um material poroso que retenha o 
sólido que se acha em suspensão. 
A especificação do material poroso (filtro) depende dos diâmetros das partículas sólidas a separar. 
I.1 Filtração
 
simples
 
Na filtração simples, o material que funciona como filtro é um papel de celulose pura, sem cola, bastante 
poroso (papel de filtro). 
Dobra
 
do
 
papel
 
de
 
filtro
 
Dobrar o papel ao meio formando um semicírculo. 
 
Fazer uma segunda dobra não exatamente ao meio, mas de tal modo que as extremidades fiquem 
afastadas mais ou menos 0,5 cm. 
 
Fazer um leve corte numa das extremidades, para facilitar a aderência do papel ao funil. 
 
Após colocar o papel no funil, umedeça-o com água deionizada para facilitar a aderência. 
 
- 30 -
 
Procedimento
 
I.2. Filtração
 
à
 
pressão
 
reduzida:
Preparo
 
do
 
funil
 
de
 
Büchner
 
O papel de filtro é colocado sobre a placa perfurada do funil de Büchner de modo que se adapte 
perfeitamente, sem dobras, a um ou dois milímetros do diâmetro interno do funil. 
 
Umedecer o papel de filtro com água deionizada para facilitar a aderência. 
 
- 31 -
 
Procedimento
 
II. Centrifugação:
 
Em análise química, é comum a formação de um precipitado. A decantação pela ação da gravidade 
às vezes torna-se lenta, podendo ser acelerada pela centrifugação. 
A técnica da centrifugação consiste na separação de uma mistura sólido líquido pela ação da força 
centrífuga. Na prática, dois tubos (denominados tubos de centrífuga) são colocados em posições 
diametralmente opostas num centrifugador (ou centrífuga): um contendo a mistura e o outro contendo água 
suficiente para que seu peso seja igual ao do tubo com a mistura (para que haja equilíbrio). 
Procedimento
 
III .Decantação: 
Processo que consiste em separar
 
dois
 
líquidos
 
não
 
miscíveis
 
de
 
densidades
 
diferentes, ou então, 
um
 
sólido
 
de
 
um
 
líquido. 
 
- 32 -
 
Procedimento
 
IV. Dissolução fracionada:
Usada para separar sólido
 
de
 
sólido. 
Utiliza-se um solvente que seja capaz de dissolver somente um dos componentes da mistura, daí o 
nome: dissolução de fração da mistura. 
Procedimento
 
 
- 33 -
 
PRÁTICA
 
Nº.
 
6:
 
SEPARAÇÃO
 
DE
 
MISTURAS
 
HOMOGÊNEAS
 
E 
OBTENÇÃO
 
DE
 
GASES
 
1. OBJETIVO: Separar os componentes de misturas homogêneas.
2. MATERIAIS
 
E
 
REAGENTES: 
Materiais
 
Reagentes
Balão de destilação – Condensador – Unha 
Suporte Universal – Garras e mufas - Tripé Solução p/destilação 
Tela de amianto – Bico de Bunsen – Tubos de látex Solução alcoólica de naftaleno 
Bastão de vidro – Argola - Funil 
Erlenmeyer de 100 ou 250 mL - Proveta de 50 mL 
Rolhas (para o balão de destilação e condensador) 
Tubos de ensaio - Estante para tubo 
Papel de filtro 
4. PROCEDIMENTO
 
EXPERIMENTAL: 
Destilação
 
Simples: 
 
Colocar em um becher cerca de 50 mL de solução para destilação. 
 
Montar a aparelhagem conforme o esquema acima. 
 
Usando um funil, transfira, com auxílio de um bastão, a solução para o balão de destilação. 
 
Colocarpérolas de vidro no balão de destilação (evitam o superaquecimento). 
 
Ligar a água, para que ocorra a refrigeração no condensador, verificando se todas as conexões estão em 
ordem e se o fluxo de água não está muito intenso. 
 
- 34 -
 
Aquecer o balão. 
 
Verificar que, quando a solução atinge seu ponto de ebulição, a água passa para o estado gasoso, indo 
para o condensador, onde volta ao estado líquido. 
 
A primeira parte do destilado deverá ser desprezada (pode conter impurezas). 
 
O aquecimento deverá cessar pouco antes de levar o balão à secura. 
 
II. Precipitação
 
por
 
mudança
 
de
 
solvente:
 
Método se separação dos componentes de uma mistura homogênea, adicionando-se uma substância 
que solubiliza apenas um dos componentes presentes na mistura, havendo então, decantação do outro 
componente que poderá ser separado, por exemplo, por filtração. 
 
OBTENÇÃO
 
DE
 
GASES
 
1. OBJETIVO:
 
Fornecer ao aluno algumas técnicas básicas de obtenção de gases em laboratório, que poderão ser 
utilizadas de formas diferentes e para diversos fins. 
2. INTRODUÇÃO
 
TEÓRICA: 
Muitas vezes se torna necessária a obtenção de gases em laboratório, para sua posterior utilização 
como reagente de uma outra reação. As técnicas empregadas são simples, mas é necessário que se tenha 
cuidado na verificação das vedações da aparelhagem, para que não haja perdas do produto obtido. 
3. MATERIAIS
 
E
 
REAGENTES: 
Materiais
 
Reagentes
Tubo microgerador de gás com rolha Solução de ácido clorídrico 30% v/v (HCl) 
Tubo de látex e cuba Zinco granulado (Zn o) ou alumínio (Al o) 
Tubos e estante para tubos 
4. PROCEDIMENTO
 
EXPERIMENTAL: 
Obtenção
 
de
 
hidrogênio
 
(H2): 
 
Montar um sistema conforme o explicado pelo professor 
 
Adicionar ao tubo microgerador de gás uma pequena quantidade de zinco granulado (ou alumínio). 
 
A seguir, adicionar 3 mL de ácido clorídrico, fechando imediatamente o tubo com o auxílio de uma 
rolha. 
 
Recolher o gás obtido em tubos de ensaio cheios d'água e invertidos em cuba contendo água, 
desprezando a primeira porção de gás obtido e mantendo os tubos, após o recolhimento do gás , com a 
extremidade aberta voltada para baixo ( o hidrogênio é mais leve que o ar ). 
 
Teste de confirmação: aproximar um palito de fósforo aceso da extremidade aberta do tubo de ensaio e 
observar. 
 
- 35 -
 
PRÁTICA
 
Nº.7:
 
LIGAÇÕES
 
IÔNICAS
 
E
 
MOLECULARES
 
1. OBJETIVOS:
 
Constatar, na prática, diferenças entre o comportamento de substâncias iônicas e moleculares. 
 
Verificar a solubilidade de alguns compostos, já que a natureza iônica de uma substância influi 
na solubilidade em determinados solventes. 
2. INTRODUÇÃO
 
TEÓRICA: 
Substâncias iônicas são aquelas formadas por íons (cátions e ânions) ligados entre si por forças de 
natureza elétrica. 
Substâncias moleculares ou covalentes são formadas a partir do compartilhamento de elétrons entre 
os átomos dos elementos que estão se ligando. Apesar de não possuírem íons em sua constituição, as 
moléculas podem apresentar pólos elétricos, devido à diferença de eletronegatividade dos elementos; neste 
caso, são denominadas moléculas polares.
 
Quando não há diferença de epletronegatividade ou quando a 
resultante dessas diferenças é nula, a molécula é denominada apolar. 
As substâncias moleculares têm suas moléculas atraídas entre si por forças denominadas de 
intermoleculares. 
No caso de substâncias cujas moléculas sejam apolares a força de atração que justifica sua existência 
nos estados sólido e líquido é denominada de dipolo
 
induzido
 
– dipolo
 
induzido; no caso de substâncias 
cujas moléculas sejam polares a força intermolecular é denominada dipolo
 
permanente
 
– dipolo
 
permanente
 
ou simplesmente dipolo – dipolo. 
Há um tipo de dipolo – dipolo, muito forte, que ocorre entre moléculas onde o hidrogênio esteja 
ligado a oxigênio, nitrogênio ou flúor. Esta força recebe o nome particular de ponte
 
de
 
hidrogênio
 
(ou 
ligação de hidrogênio). 
Nas substâncias moleculares, de um modo geral, dois fatores influem nos PF e PE: 
Quanto mais intensas as atrações intermoleculares, maiores os seus PF e PE. 
Quanto maior for o tamanho de uma molécula, maior será a sua superfície, o que propicia um 
maior número de interações com as moléculas vizinhas, acarretando PF e PE maiores
Para comparar os pontos de fusão e ebulição de diferentes substâncias, devemos considerar esses dois fatores 
Quanto maior a intensidade da interação, maiores os PF e PE.
 Quanto maior o tamanho da molécula, maiores os PF e PE. 
A solubilidade de uma substância (denominada soluto) em outra (denominada solvente), está 
relacionada à semelhança das forças atuantes nas mesmas (iônicas ou intermoleculares). Em conseqüência 
disso, substâncias iônicas e substâncias moleculares polares tendem a se solubilizar em solventes também 
polares, enquanto que substâncias apolares tendem a se solubilizar em solventes apolares. O envolvimento 
 
- 36 -
 
das partículas do soluto pelas moléculas do solvente é denominado de solvatação
 
e, no caso do solvente 
usado ser a água é comum substituir-se o termo por hidratação.
 
O fenômeno da dissolução é fundamentalmente um processo físico-químico, dependendo, em 
grande extensão, das forças de coesão que ligam: 
 
As moléculas do solvente 
 
As partículas do soluto 
 
As moléculas do solvente e as partículas do soluto.
 
Embora não seja possível prever com precisão absoluta quando uma substância é solúvel em outra, 
podemos estabelecer genericamente que: 
A dissolução ocorre com facilidade, quando as forças de ligação entre as moléculas do 
solvente, de um lado, e entre as partículas do soluto, de outro, são do mesmo tipo e magnitude. 
Uma
 
substância
 
é
 
solúvel
 
em
 
outra
 
que
 
lhe
 
é
 
semelhante, interpretando esta semelhança do ponto 
de vista estrutural, de polaridade e caráter das forças intermoleculares. 
Assim,
 
um
 
composto
 
polar
 
é
 
solúvel
 
em
 
solvente
 
polar. 
3. MATERIAIS
 
E
 
REAGENTES:
 
Materiais
 
Reagentes
 
3 Buretas de 25,00 ou 50,0 mL Sólidos
 
: Cloreto de sódio (NaCl) ; cloreto de zinco (ZnCl2) 
Suportes e garras para buretas Naftaleno sólido (C10H8) ; Iodo sólido (I2) ; 
Bico de Bunsen Sacarose (C12H22O11) 
Tubos de ensaio e estante 
Pissete Álcool etílico P.A. (C2H5OH) 
Pinça de madeira Óleo comestível 
Tetracloreto de carbono (CCl4) ou querosene 
4. PROCEDIMENTO
 
EXPERIMENTAL: 
I . SUBSTÂNCIAS
 
IÔNICAS
 
E
 
MOLECULARES
 
FRENTE
 
AO
 
AQUECIMENTO: 
Atenção:
 
Procurar um dos professores, levando um tubo de ensaio, para que uma pequena quantidade de iodo seja 
adicionada ao tubo. Retorne à sua bancada e aqueça o tubo, com o auxílio de uma pinça de madeira, até 
observar alguma mudança no estado físico do iodo. 
 
Em três tubos de ensaio, adicionar respectivamente sacarose, cloreto de zinco (ZnCl2) e cloreto de sódio 
(NaCl) ( todos no estado sólido ). 
 
Aquecer, com o auxílio de uma pinça de madeira, cada um dos tubos até observar mudança no seu estado 
físico. 
 
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II. POLARIDADE
 
E
 
SOLUBILIDADE: 
Atenção: 
Por se tratar de um ensaio comparativo, é necessário utilizar-se quantidades 
equivalentes de reagentes nos tubos de ensaio! 
 
Em três tubos de ensaio adicionar, utilizando as buretas, respectivamente, 1,0 mL de água, 1,0 mL de 
álcool etílico e 1,0 mL de querosene. A cada um dos tubos adicionar 2 gotas de óleo comestível, agitar 
intensamente e observar os resultados. 
 
Repetir o procedimento anterior, substituindo o óleo comestível por quantidades pequenas e equivalentes 
de: Cloreto de sódio; Naftaleno; Iodo. 
Solubilidade comparativa Solvente 
óleo NaCl naftaleno iodo 
Água 
Álcool

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