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ICL de exames bioquímicos Profª. Juliana Menara Jully_menara@Hotmail.com Perfil pancreático Pâncreas • Glândula mista • Função exócrina: produz e secreta enzimas digestivas • Função endócrina: produz e secreta hormônios peptídicos que regulam o metabolismo energético Pâncreas exógeno (acinos) • Suco pancreático • Componente enzimático = enzimas para digerir carboidratos, proteínas e lipídeos • Tripsina • Lipase • Amilase • Componente aquoso rico em bicarbonato de sódio (NaCH3) que neutraliza o pH ácido do “quimio” que chega ao duodeno Pancreatite • Processo inflamatório do pâncreas provocado por múltiplas etiologias que iniciam um processo comum central: • Ativação intra-pancreática das enzimas digestivas • Manifestações clínicas e alterações laboratoriais: • Dor abdominal • Dor Lombar • Elevação das enzimas pancreáticas sanguíneas Pancreatite Aguda (PA) • É um distúrbio inflamatório agudo do pâncreas associado a edema e graus variáveis de autodigestão, necrose e hemorragia • Ocorre geralmente em Idosos • 80% forma benigna e auto-limitadae os demais desenvolvem a forma grave. Causas da PA • Cálculos biliares (pedra) da vesícula que se deslocam e impedem o escoamento das substâncias produzidas pelo pâncreas; • Ingestão abusiva de álcool e de alguns medicamentos como corticóides e imunodepressores; • Tumores que obstruem os canalículos do pâncreas; • Traumatismo pancreático; • Níveis elevados de colesterol e triglicérides • Fatores genéticos. 80% dos casos Diagnóstico laboratorial da PA • Amilasemia • Aumenta: 2 a 12 h após o início do quadro • – atinge valores: 4/6x VR • – Pico: 12 a 72 h – Normaliza 3-4 dias • Níveis séricos não se correlacionam com a gravidade da lesão; • Casos de pancreatite podem se apresentar com amilasemia normal Diagnóstico laboratorial da PA • Amilasúria • A excreção urinária ↑ dentro de 24 horas após a amilase sérica; • Níveis urinários mantêm-se elevados até 3 a 4 dias após a normalização da amilasemia. • Na Pancreatite Aguda a reabsorção tubular de amilase está ↓; • Se ↓Função Renal, ↑excreção de amilase. Lipasemia • Aumenta: 4 a 8 h após o início do quadro (Pico: 24 h e Normaliza 8-14 dias); • A determinação da lipase na urina não é atualmente utilizada. • Pode-se encontrar normoamilasemia (20%) • A atividade lipásica não é necessariamente proporcional à severidade do ataque. • É um marcador mais específico de doença pancreática aguda do que a amilase Diagnóstico laboratorial da PA Outros exames: • Contagem de leucócitos (>16.000/mm3); • Desidrogenase lática (DHL) > 2x os VR; • É uma enzima que ajuda no processo de transformação do açúcar em energia para uso das células. • Diminuição Hematócrito > 10%; Diagnóstico laboratorial da PA Amilase x Lipase • Uso combinado = melhor diagnóstico • 20% das PA tem níveis de amilase normais e lipase isoladamente elevada • Em casos de aumento isolado de amilase e níveis normais de lipase: Parotidites agudas Diagnóstico laboratorial da PA Pancreatite Crônica (PC) • geralmente a pancreatite torna-se crônica se a aguda não for tratada adequadamente • Lesão progressiva e irreversível • Fibrose • Atrofia glandular • Insuficiência pancreática endócrina/exocrina Diagnóstico Laboratorial PC • Amilase e lipase – normal, na maioria dos casos. • Podem estar elevada nas fases iniciais da doença ou nos períodos de agravamento. • Com a fibrose e a perda progressiva do parênquima pancreático, os níveis tendem a normalizar • Pesquisa de gordura nas fezes • Aumento de gordura nas fezes Perfil cardíaco Principais marcadores •Creatinoquinase fração MB (CK-MB) •Troponinas I (cTnI) •Mioglobina •Lactato desidrogenase •AST/TGO Creatinoquinase (CK) • Associada a geração de ATP/Energia nos sistemas contráteis • Atividades mais elevadas • Músculo esquelético • Cérebro • Tecido cardíaco CK Isoenzimas da CK • CK-BB ou CK-1: predominante no cérebro, rara no sangue • CK-MB ou CK-2: predominante no miocárdio • CK-MM ou CK-3: predominante no músculo esquelético. CK-MB está confinada quase que exclusivamente ao tecido cardíaco CK total e IAM • A CK total começa a se elevar 6 horas após o início do infarto agudo do miocárdio (IAM) • Pico máximo após 12 a 24 horas, permanecendo elevada até 72 horas quando não ocorre um novo infarto. • Os valores no pico máximo podem chegar a mais de 10 vezes o limite superior dos valores de referência. CK-MB e IAM • Eleva-se 3 a 8 horas após dor • Pico entre 18 e 24 horas • Retorno ao normal entre 48 e 72 horas Valores de referência (37ºC) Mulheres e Homens 0 - 24 U/L ou até 6% da atividade da CK total Troponina (Tn) • É um complexo de três proteínas • Envolvida na contração e relaxamento dos músculos (esquelético e cardíaco) • TnT: subunidade ligadora de tropomiosina • TnI: subunidade inibidora da actina • Tnc: subunidade ligadora de cálcio Troponinas no diagnóstico do IAM • Isoformas: cTnT e cTnI (mais específica) • Elevam-se 4 a 6 horas após a dor • Pico entre 14 e 36 horas • Normalização entre 10 e 14 dias • São mais específicas que CK-MB • Detecta pequenas lesões miocárdicas (microenfatos) Mioglobina • Hemoproteína citoplasmática • Transporta oxigênio do músculo esquelético e cardíaco • Marcador precoce de IAM • Eleva-se 1 a 2 horas após dor • Baixo peso molecular • Pico entre 6 e 9 horas • Normalização entre 12 e 24 horas • Sensível mas não específico (pode provir de músculo cardíaco e esquelético) Mioglobina elevada: • IAM • Dano muscular esquelético • Após cirurgia • Exercício intenso • Atrofia muscular progressiva • Insuficiência renal grave Lactato-Desidrogenase (LD) • Enzima oxiredutase • Presente no citoplasma de quase todas as células do organismo principalmente: • Miocárdio • Fígado • Músculo esquelético • Rins • Eritrócitos Isoenzimas Aumento da LD no IAM Infarto agudo do miocárdio • Aumento de LD1 e LD2 • 8 a 12 horas após dor • Pico entre 24 e 48 horas • Valores elevados por 7 a 12 dias Aumentos de LD outras causas • IAM • Anemia hemolítica • Enfermidade hepática • Doenças renais • Leucemias • Infecções virais: mononucleose infecciosa • Embolia pulmonar • Traumatismo muscular e exercícios muito intensos AST/TGO • Atividades mais elevadas no fígado, miocárdio e músculo esquelético (inespecífica); • Localizada na mitocôndria; • IAM: • 6 a 8 h do início; • 18 a 24 h pico; • 5 dias normal; Quase não é usada Perfil lipídico Lipoproteinas • Classificadas de acordo com sua constituição e densidade: • Quilomícron • VLDL (lipoproteína de muito baixa densidade) • IDL (lipoproteína de densidade intermediária) • LDL (lipoproteína de baixa densidade) • HDL (lipoproteína de alta densidade) • Qm – transporte de lipidios da dieta, via intestinal (síntese intestinal) – rico em triglicerídeos • o VLDL – transporte de lipidios endógenos • (sintese hepática) – rica em trigicerídeos • IDL – Produto da quebra de VLDL – • Precursores de LDL, receptores do colesterol esterificado. • o LDL – Produto da quebra de VLDL – Transporte de colesterol. • o HDL – (síntese hepática principalmente): • transporte de colesterol livre dos tecidos periféricos para o fígado. Lipoproteinas Dislipidemias Alterações metabólicas lipídicas decorrentes de distúrbios em qualquer fase do metabolismo lipídico, que ocasionam repercussão nos níveis séricos daslipoproteínas Dislipidemias primárias Origem genética • Hiperquilomicronemia – Aumento de Qm • Deficiência de LPL • Deficiencia de Apo C-II • Hipercolesterolemia familiar (HF) – Aumento de LDL • Defeitos no LDL-R • Hipertrigliceridemia Familiar - Aumento VLDL Superprodução Diminuição da remoção • Hiperlipidemia familiar combinada – Aumento de LDL e VLDL • Síntese aumentada de apo – B100 Classificação das dislipidemias Dislipidemias secundárias • Causadas por doenças: DM, obesidade hipotireoidismo, doenças renais, hepatopatias colestáticas crônicas. • Causadas por medicamentos: diuréticos, betabloqueadores, corticosteróides, anabolizantes, ciclosporinas. • Causadas por hábitos de vida inadequados: tabagismo, etilismo, vida sedentária. Avaliação laboratorial das dislipidemias • Colesterol total (CT) • Triglicerídeos (TG) • Colesterol ligado à HDL (HDL-C) • Colesterol ligado à LDL (LDL-C) Colesterol • Precursor de hormônios esteróides: • Componente da vitamina D • Formação dos ácidos biliares • Componente das estruturas celulares 25% do colesterol plasmático é proveniente da dieta Determinação do Colesterol Total • É o colesterol Presente na LDL, HDL e VLDL • Não ingerir bebida alcoólica nas 72 horas que antecedem o exame e não praticar exercícios nas 24 horas que antecedem o exame • Amostra: soro ou plasma • Método: Enzimático colorimétrico - fotometria Triglicerídeos • Constituem as principais frações dos QM e VLDL e de pequena parte das LDL • O acúmulo de QM e VLDL no compartimento plasmático levam a hipertrigliceridemia Colesterol HDL • HDL-C: mede-se o colesterol ligado a HDL no plasma e no soro. • Precipitação de VLDL e LDL • Não ingerir bebida alcoólica nas 72 horas que antecedem o exame e não praticar exercícios nas 24 horas que antecedem o exame • Método: Enzimático colorimétrico - fotometria Colesterol LDL (LDL-C) • LDL-C : mede-se o colesterol ligado a LDL no plasma e no soro. • São as partículas lipídicas mais aterogênicas • Níveis elevados estão diretamente associados ao risco de doenças cardiovasculares Fórmula de friedewald LDL-C = CT – (HDL-C + TG/5) Onde TG/5 = VLDL • TG deve ser < 400 mg/dL Colesterol não HDL • Finalidade: melhorar a quantificação das lipoproteínas aterogênicas • Verifica aumento de LDL, IDL e VLDL • Indispensável nas hipertrigliceridemias graves (TG>400)- quando não se pode aplicar a fórmula de Friedewald Indice de castelli Permitem avaliar o fator de risco para doenças cardiovasculares. Assim, quanto maior o nível de LDL e menor de HDL, maior será o risco o qual pode ser quantificado através dos índices de Castelli: Índice de Castelli I = colesterol total / HDL; Índice de Castelli II = LDL /HDL. O risco de doença cardiovascular estará aumentado quando: Índice de Castelli I: for maior que 4,4 Índice de Castelli II: maior que 2,9. V Diretriz Brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose Perfil renal Ureia • Avalia principalmente função renal; • Sintetizada no fígado a partir da amônia (tóxica) proveniente do catabolismo das proteínas; • Constitui 45% do nitrogênio não protéico no sangue; • Após a síntese hepática, a uréia é transportada pelo plasma até os rins, onde é filtrada pelos glomérulos; • É excretada na urina, embora 40-70% seja reabsorvida por difusão passiva pelos túbulos. • Pode ser avaliada no soro (uremia) e outros líquidos biológicos (urina) • A uremia é afetado por: • função renal, • dieta (proteínas), • catabolismo das proteínas VR ureia (soro): 15 a 40 mg/dL VR ureia (urina): 26 a 43 g/24h Ureia Hiperuremia • Teores aumentados de uréia são de três tipos: • Pré-renal: filtração glomerular diminuída em presença de função renal normal; • Causas: • Decréscimo do fluxo sanguíneo (desidratação, hemorragias), • Reabsorção de proteínas (hemorragia gastrointestinal e desidratação) • Alterações no metabolismo proteico. ↑ ureia e creatinina normal. Hiperuremia • Renal: A filtração glomerular está diminuída com retenção de uréia em consequência da doença renal aguda ou crônica; • Causas: Glomerulonefrites e Necrose tubular aguda • ↑ ureia e creatinina • Pós-renal: Obstrução do trato urinário com a reabsorção da uréia pela circulação; • Causas: • Obstrução uretral (cálculos, coágulos tumores etc); • Obstrução na saída da bexiga (hipertrofia prostática, cálculos carcinoma etc). • Hipouremia: • Insuficiência hepática, • dieta pobre em proteínas, • Desnutrição. • OBS: Hiperamonemia, podendo ser fatal. No cérebro causa retardo mental e letargia Hiperuremia Creatina/creatinina • Creatina: • Sintetizada no fígado, rim e pâncreas; • É transportada para as células musculares e cérebro; • É fosforilada a creatina-fosfato (substância que atua como reservatório de energia) • Creatina-fosfato - perde ácido fosfórico • Creatina perde água Condições fisiológicas formar seu anidrido, a creatinina Creatinina • É uma das melhores substâncias para a avaliação da taxa de filtração glomerular: • Sintetizada a uma taxa relativamente constante por cada indivíduo, • É praticamente excretada por filtração glomerular • Não há reabsorção tubular • Existe uma secreção tubular apenas residual VR creatinina (soro): 0,4 a 1,3 mg/dL VR creatinina (urina): ♂ 21-26 mg/kg/24h ♀ 16-22 mg/kg/24h • Hipercreatinemia: deterioração da função renal • ↓ filtração glomerular ↓ excreção urinária = ↑ concentração plasmática • Os níveis de creatinina muitas vezes não ultrapassam os limites de referência até que 50 - 70% da função renal esteja comprometida. • Teores dentro da faixa de referência não implicam necessariamente em função renal normal. • A diminuição de creatinina não tem significado clínico Creatinina • Causas pré-renais: Doenças e lesões musculares, acidose diabética, uso excessivo de diuréticos, etc • Causas renais: Doenças renais (lesões glomerulares e tubulares) • Causas pós-renais: Obstrução do trato urinário (hipertrofia prostática e compressões dos ureteres) Creatinina Depuração da creatinina (clearance) • Representa a quantidade de plasma completamente depurado da creatinina pelos rins em um minuto. • Compara o nível de creatinina encontrado na urina, com o nível encontrado na corrente sanguínea; • Avalia a velocidade de filtração glomerular. • Depuração da creatinina × creatinina sérica: • A creatinina sérica aumenta após a perda da função de 50 - 70% dos glomérulos, • A depuração de creatinina diminui após a perda de apenas 30% dos glomérulos. Depuração da creatinina Cálculo para a DCE • U = Creatinina na urina (mg/dL); • S = Creatinina no soro (mg/dL); • V = Volume urinário (para um volume de 24 h: dividir por 1440); • A = Área de superfície corporal do paciente; (Obtida a partir do peso e altura) • 1,73 = Área de superfície corporal média (K) Depuração da creatinina Correlação Clínica • VALORES AUMENTADOS • Sem significação clínica (erros na coleta da urina • e/ou esvaziamento incompleto da bexiga). • VALORES DIMINUÍDOS : ↓ TFG • Enfermidades agudas ou crônicas do glomérulo; • Redução do fluxo sanguíneo do glomérulo; • Lesão tubular aguda. Ácido Úrico • É um composto derivado do catabolismo das purinas (adenina e guanina) • Formado principalmente no fígado • Quase todo o ácido úrico no plasma está na forma de urato monossódico. • Avalia não só a função renal, mas várias outras condições patológicas, como a gota • A uricemia está diretamente associada a dieta, gênero e obesidade • VR ácidoúrico (soro) ♂: 2,5 a 7,0mg/dL • ♀: 1,5 a 6,0 mg/dL Ácido Úrico • Hiperuricemia: concentração plasmática acima de 7,0 mg/dL nos homens e de 6,0 mg/dL nas mulheres. • Causas: • Aumento na sua síntese • Defeitos em sua eliminação - retenção renal (insuficiência renal, terapias por fármacos, chumbo). • Conseqüência Gota: precipitação de cristais de urato nas articulações. Hipouricemia • Pouca importância clínica • Doença hepatocelular severa com redução da síntese de purinas • Defeitos da reabsorção do ácido úrico (síndrome de fanconi) • Outras: acromegalia, recidiva de anemia perniciosa, dieta pobre em purinas Gota • Defeito genético do metabolismo que causa um aumento na produção de ácido úrico ou um defeito renal que resulta em excreção diminuída de ácido úrico ou ainda uma combinação de ambos. Causas: • Ingesta excessiva de alimentos ricos em purinas (sardinha, fígado, ervilha, carne vermelha, álcool) • Hereditariedade • Anemia • Leucemia • Psoríase • Diuréticos • Etanol Gota Podem ocorrer depósitos de cristais debaixo da pele, formando protuberâncias localizadas nos dedos, cotovelos e orelhas. (tofos) Diagnóstico da Gota • Clínico com base no envolvimento das juntas, história de episódios similares • Laboratorial: • Aumento de ácido úrico no soro/plasma • Em casos não esclarecidos é necessário a aspiração do líquido sinovial durante o ataque agudo: presença de cristais de urato em forma de agulha Perfil hepático Fosfatase alcalina (FA)* • Função Inespecífica: catalisa hidrólise de vários fosfomonoésteres (PME) em pH alcalino. • Localização: membranas e superfícies celulares na mucosa do intestino delgado, fígado, túbulos renais, baço, ossos, leucócitos e placenta. Hiperfosfatemia Alcalina •Doença hepatobiliar: qualquer forma de obstrução biliar induz a elevação de fosfatase alcalina pelos hepatócitos. •Doenças Ósseas: hiperatividade osteoblástica •Gravidez: enzima adicional de origem placentária •Outros: Insuficiência renal, neoplasias, infarto, hipertireoidismo, infarto etc... Gama-GT • Funções: • Envolvida no transporte de aminoácidos e peptídeos através das membranas celulares • Síntese protéica • Localizações: • Encontrada no fígado, vias biliares, rins, intestino, pâncreas, próstata, pulmões, cérebro e coração. • A enzima presente no soro tem origem principalmente no sistema hepatobiliar Aumentos de gama-GT • Obstrução intra e extra hepática do trato biliar • Diagnóstico diferencial de desordens hepáticas e do trato biliar. • Método de triagem do alcoolismo. • Frequência de elevação igual a da AST. • Sensibilidade maior que a AST e ALP. • Não se eleva na adolescência, gravidez e em doenças ósseas como a ALP. Aumentos de gama-GT • Doenças hepáticas relacionadas ao álcool • A liberação de γ-GT reflete os efeitos tóxicos do álcool e de fármacos • γ-GT serve para avaliar o uso de álcool em pacientes com doenças hepáticas Relação FA/GGT • Aumento da fosfatase alcalina e GGT normal: Investigar fração óssea • Aumento de GGT isolado: esclarecer hepatocarcinoma ou metástase • Aumento de FA e GGT: causa hepática preocupante (GGT reforça que FA é hepática) Aminotransferases • São enzimas intracelulares presentes em grande quantidade nos hepatócitos; • Lesão das células hepáticas liberam essas enzimas para circulação; • As reações catalisadas - exercem papéis centrais tanto na síntese quanto na degradação de aminoácidos. • ALT – citoplasma do hepatócito • AST – mitocôndria (80%) • Duas Enzimas: • Aspartato-aminotransferase – AST (Transaminase glutâmico-oxalacética – TGO) • Alanina-aminotransferase – ALT (transaminase glutâmico-pirúvica – TGP) Aminotransferases AST/TGO • É uma enzima encontrada em vários tecidos, como coração, fígado e músculos esqueléticos. • A elevação da AST é devida a algum grau de lesão hepatocelular aguda, que, após a lesão, libera a AST das células lesadas. Lesão Leve • Elevação transitória e mínima, podendo ficar dentro dos níveis de referência. • Lesão Aguda • Na hepatite viral aguda, os níveis estão quase sempre elevados mais que 10x o LR. Outras causas de elevação • Infarto agudo do miocárdio, distrofia muscular, pancreatite, cirrose, cirurgia recente. ALT/TGP • Enzima encontrada principalmente no fígado. • Menor proporção nos rins, coração e músculo esquelético. • A Maior parte da elevação - hepatopatia (lesão tecidual nos outros órgãos também possa afetar os níveis séricos). Relação AST/ALT • A ALT dividida pela AST pode sugerir ao médico uma disfunção hepática. • ALT/AST >2, isso indica ingestão de álcool, doença de Wilson e ações de drogas. • ALT/AST >1 - doença hepática por isquemia, hepatite crônica, tumores do fígado e cirrose hepática de qualquer origem. • ALT/AST <1, (ALT<AST) -hepatite viral aguda ou obstrução das vias biliares. Aumento das aminotransferases • Doenças hepatobiliares • Dano hepatocelular leve: • Predomínio de ALT no soro • Dano hepatocelular grave: • Aumento de AST e ALT: ↑AST/ALT no soro Albumina • Representa cerca de 40-60% das proteínas do plasma • Sintetizada exclusivamente no fígado; • Meia-vida de 15 – 20 dias (longa); • Considerado um marcador ruim (lenta visibilidade do processo); • Hipoalbuminemia - hepatopatias • Não é específica para doença hepática; Albumina: 3,5 a 5,5 Amônia Produzida pela desaminação oxidativa dos aa; A maior parte é detoxificada pelas células hepáticas em uréia - excretada na urina. Parte da amônia é incorporada, temporariamente, à glutamina. Os rins captam a glutamina do plasma e formam amônia pela ação glutaminase. A amônia assim produzida é excretada na urina. ↓ concentrações - metabólito normal no sangue, ↑ concentrações - neurotóxica Referência: 11,0 a 35,0 umol/L Hiperamonemia • Insuficiência hepática; • Defeitos congênitos do ciclo da uréia; • Fármacos; Amônia (tóxica) Destruição do Tecido Hepático M e ta b o liz a d o n o F íg a d o Uréia O2 ATP Carbamoil Fosfato sintase Citrulina Ornitina Carbamoil transferase Ornitin a Acúmulo da amônia e aminoácidos Encefalopatia Hepática SNC Tempo de Protrombina • Revela deficiência dos fatores do complexo protrombínico (protrombina, fator V, VII e X), bem como de fibrinogênio, • Todos sendo proteínas plasmáticas sintetizadas exclusivamente no fígado • O prolongamento no tempo de protrombina: • hepatite grave; • Cirrose; • obstrução biliar crônica; • Pode se apresentar discretamente alterado nas hepatites virais. Tempo de Protrombina: 10,7 a 14,3 segundos
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