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Princípios Direito Penal

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92 M A N U A L DE D I R E I T O P E N A L - Parte Gera i • GUILHERME DE SOUZA NUCCI 
SÍNTESE 
Princípios: são as ordenações que se irradiam por todo o sistema, dando-lhe con-
torno e inspirando o legislador (criação da norma) e o pz (aplicação da norma) a 
seguir-lhe os passos. Servem, ainda, de fonte para interpretação e integração do 
sistema normativo. 
Dignidade da pessoa humana: é um princípio regente, base e meta do Estado Demo-
crático de Direito, regulador do mínimo existencial para a sobrevivência apropnada, a 
ser garantido a todo ser humano, bem como o elemento propulsor da respeitabilidade 
e da autoestima do indivíduo nas relações sociais. 
Devido processo legai: cuida-se de princípio regente, com raízes no princípio da 
legalidade, assegurando ao ser humano a justa punição, quando cometer um crime, 
precedida do processo penal adequado, o qual deve respeitar todos os princípios 
penais e processuais penais. 
Legalidade: não há crime nem pena sem expressa previsão legal. 
Anterioridade: não há crime nem pena sem anterior previsão legal. 
Retroatividade da lei benéfica: leis penais benéficas podem retroceder no tempo 
para aplicação ao caso concreto, ainda que já tenha sido definitivamente julgado. 
Humanidade: não haverá penas cuja aflição gerada, física ou moral, ultrapasse os 
limites constitucionais da dignidade humana. 
Responsabilidade pessoal: a pena não passará da pessoa do condenado. 
Individualização da pena: não haverá pena padronizada, dando-se a cada réu o que 
efetivamente merece. 
Intervenção mínima: o direito penal deve ser a última opção do legislador para resol-
ver conflitos emergentes na sociedade, preocupando-se em proteger bens jurídicos 
efetivamente relevantes. 
Taxatividade: o tipo penal incriminador deve ser bem definido e detalhado para não 
gerar qualquer dúvida quanto ao seu alcance e aplicação. 
Proporcionalidade: as penas devem ser proporcionais ã gravidade da infração penal. 
Vedação da dupla punição pelo mesmo fato: o autor da infração penai somente 
pode sofrer punição uma única vez pelo que cometeu, constituindo abuso estatal 
pretender sancioná-lo seguidamente pela mesma conduta. 
Culpabilidade: não há cnme sem dolo e sem culpa.

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