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Sumário • Etapas da Completação: Instalação dos Equipamentos de Superfície (Cabeça de Produção e BOP); Condicionamento do Poço (Revestimento e Troca do Fluido); Avaliação da Cimentação (Possível correção da cimentação primária); Canhoneio; Instalação da Coluna de Produção/Injeção (COP/COI); Instalação dos Equipamento de Superfície (ANM e ANC); Colocação do Poço em Produção (Indução de Surgência); Objetivos • Compreender os equipamentos instalados na cabeça de um poço, na completação seca e molhada • Identificar os equipamentos e suas finalidades Cabeças de Revestimento e Suspensores Cabeças de Produção e Suspensores Árvores de Natal Adaptadores • Entender o poço Barreiras de segurança na superfície Acessos ao poço Pontos de comunicação de pressão • Critérios utilizados no dimensionamento dos equipamentos • Sequência operacional de instalação dos equipamentos Premissas • Em todos os momentos, devem existir pelo menos duas barreiras de segurança em cada percurso (ou seja, dois Conjuntos Solidários de Barreiras – CSB) Se uma falhar, ainda existirá uma segunda opção; Nada impede a instalação de mais barreiras de segurança; • As colunas de revestimento e a coluna de produção não podem ser totalmente apoiadas no fundo do poço, sob o risco de flambagem Existe uma resistência à flambagem, que não será tratada neste momento; Elas precisam ser “penduradas” na superfície; Premissas • Os fluidos do poço podem fluir pelo interior da coluna, entre duas colunas ou por trás dos revestimentos; • O cimento serve como barreira de segurança, mas pode haver falhas no cimento: Perda para formações; Contaminação; Canalizações. Cabeça de Poço de Superfície • Os equipamentos de superfície são instalados ao final de cada etapa da perfuração Cada revestimento vai possuir um equipamento correspondente na superfície; Cabeças de revestimento e suspensores; • Ao final da perfuração, os últimos equipamentos remanescentes serão instalados na completação do poço Cabeça de produção e suspensor; Árvore de natal; Adaptadores; Cabeça de Poço de Superfície Relembrando • Após a perfuração da primeira fase, foi instalada a cabeça de revestimento (e o drilling spool, BOP e etc) Soldada ou enroscada • As operações seguiram com a perfuração de segunda fase Ao final, é descido um suspensor de revestimento, que é alojado na cabeça de revestimento (da primeira fase) Ele possui vedações contra o revestimento e contra a cabeça de revestimento Ativadas pelo peso do revestimento Equipamentos de Superfície – Completação Seca • Cabeça de Produção; • Suspensor para Coluna de Produção; • Árvore de Natal; • Adaptadores. Equipamentos de Superfície – Completação Seca • Antes de explicar os componentes, é interessante apresentar a terminologia comumente utilizada. Cabeça de Produção (CP) = Tubing Head; Suspensor da Coluna de Produção = Tubing Hanger = “Donut”; Árvore de Natal (ANC) = Christmas Tree; Cabeça de Produção • Após a descida e cimentação do último revestimento, será feita a retirada do BOP para o corte do revestimento; Um bridge plug deve ser instalado no revestimento, garantindo as barreiras de segurança! • Só então é instalada a cabeça de produção; • A Cabeça de Produção possui duas saídas laterais, que dão acesso ao anular do poço. Cabeça de Produção • Possui um elemento de vedação em sua extremidade inferior, vedando contra o último revestimento descido. Análogo à cabeça de revestimento de carretel • Da mesma forma que os revestimentos, a coluna de produção também deve ser sustentada na superfície Este é o papel da cabeça de produção e suspensor Cabeça de Produção • Ela possui um perfil interno para alojar o suspensor da coluna de produção; • Em seu flange superior, existem parafusos (lock down screws),chamados parafusos prisioneiros. Como o peso da coluna de produção é pequeno, eles auxiliam ativação das vedações e travam o tubing hanger no lugar. Além disso, esses parafusos impedem que o TH seja ejetado em caso de pressão no anular. Suspensor Para Coluna de Produção (TH) • Depois da instalação da cabeça de produção, o poço está pronto para a descida da coluna de produção? • NÃO! Temos um bridge plug instalado no revestimento! • Para retirar o bridge plug será necessário instalar o BOP! Suspensor Para Coluna de Produção (TH) • A coluna, diferente do revestimento, é enroscada. Não há “mordentes” • O suspensor é instalado no perfil interno da cabeça de produção Adaptadores • Até aqui, com exceção da primeira cabeça de revestimento, todos os equipamentos apresentados são flangeados Flanges possuem tamanhos e classes de pressão diferentes Existem componentes rosqueados (pino ou caixa) Cabeças de revestimento e de produção “genéricas” o Tamanhos e acessos padrão Adaptadores • O mais comuns são: Adaptadores para a cabeça de produção Adaptadores para a árvore de natal o Conversão de flanges o Árvore de natal rosqueada o Entrada do cabo de PDG ou do cabo de energia para bombas Adaptadores utilizados nas saídas laterais das cabeças de revestimento e de produção Árvore de Natal • Conjunto de equipamentos de superfície que tem como finalidade controlar a produção do poço Ajuste de vazão o Fechar o poço, inclusive Vedações • Recebe a produção e a guia para a linha de produção Tanques ou estação Árvore de Natal Árvore de Natal • É composta de válvulas mestras inferior e superior, cruzeta, válvula de pistoneio, válvula lateral e válvula de agulha As válvulas mestras permitem fechar o poço em caso de necessidade. São no mínimo duas, por redundância; A cruzeta é uma conexão hidráulica com múltiplos pontos de acesso (equivalente a um “Tê” nos sistemas elétricos); A válvula lateral permite fechar o poço, fora da linha vertical, mantendo as mestras abertas; A válvula de agulha permite regular o fluxo; A válvula de pistoneio permite, futuramente, acessar o poço equipado, pelo interior da coluna; Árvore de Natal • Não há ponto de acesso ao anular na árvore de natal (válido para a árvore convencional! Nas árvores submarinas, pode haver acesso na própria árvore) O acesso ao anular é feito através das saídas laterais da cabeça de produção. Resumindo • Depois de: Instalar a cabeça de revestimento de carretel; Perfurar a respectiva fase; Descer o revestimento; Cimentação, suspensão e corte do revestimento de produção; • Falta: Instalar o adaptador para a cabeça de produção (se houver); Instalar a cabeça de produção; Descer a coluna de produção com o suspensor de coluna; Instalar o adaptador para a árvore de natal (se houver); Instalar a árvore de natal; Diâmetro Interno e Drift • Todos os componentes da cabeça do poço (e demais elementos tubulares do poço) possuem um diâmetro interno. Exemplo: Um drill pipe de 5 1/2”, 23 lb/ft possui um diâmetro interno de 4”. Um equipamento de 3,9” pode ser descido no poço? o Talvez, mas não há garantias! o Existem tolerâncias na fabricação dos equipamentos. O diâmetro interno, por exemplo, pode variar. o Existe, entretanto, um diâmetro mínimo que deve ser respeitado. o Este valor recebe a denominação “drift” O drift do drill pipe anterior é 3,875”, que é o tamanho do maior equipamento que pode ser descido sem risco no poço; Diâmetro Interno e Drift • Qual a utilidade do diâmetro interno? Espessura média dos elementos tubulares Volumetria, já que da mesma forma que pode haver uma redução, pode também haver um aumento no valor Pressão de Trabalho e Pressão de Teste • O dimensionamento de elementos tubulares analisa o efeito da pressão sob diferentes aspectos Pressão interna Colapso • Para a cabeça do poço, a pressão de trabalho representa sempre o maior diferencial de pressão, de dentro para fora, que um equipamento pode operar sem risco. Os valores são padronizados pela API Specification 6A São afetados pela temperatura, embora, na construção de nossos poços, isso não seja significativo Pressão de Trabalho e Pressão de Teste • Foram determinadas classes de pressão de 1.000, 2.000, 3.000, 5.000, 10.000, 15.000 e 20.000 psi Se a cabeça do poço demandar, por exemplo, 5.200 psi, deve ser adotado o valor de 10.000 psi • Para garantir que os equipamentos suportem as pressões de trabalho, eles devem ser testados com 1.5 ou 2.0 vezes sua pressão de trabalho (dependendo do tamanho e classe de pressão) Observações • É importante ressaltar que as diversas características dos materiais influenciam seu desempenho. A metalurgia é importante, sendo muitas delas padronizadas. o Limite de escoamento o Dureza o Resistência a ataque de fluidos agressivos A instalação (torque aplicado nos parafusos) Especificação dos Equipamentos de Superfície • Os dois critérios mais importantes no dimensionamentos dos diversos equipamentos de superfície são as dimensões e a pressão de trabalho; As dimensões são, obviamente, influenciadas pelos revestimentos; Outros critérios importantes são: o Metalurgia o Tipo de conexão (rosqueada, soldada ou flangeada) Cabeça de Poço Submarina e Produção Offshore Início de Poço Submarino – Relembrando • Perfurado A fase de 26” é perfurada com rotação e circulação de fluido. É usada em formações duras, mas o número de manobras e o tempo é muito maior do que nos outros métodos. • Jateado A fase de 26” é jateada, ou seja, a broca desce apenas com circulação. A próxima fase é perfurada com a mesma broca que jateou a fase de 26”. Isso implica em um número menor de manobras e consequente economia de tempo. • Base Torpedo O revestimento condutor é cravado por uma ponteira que é lançada no fundo do mar. Muita economia de tempo, mas só funciona em determinadas formações Alojador de Alta Pressão • A cabeça de poço submarina é muito diferente da terrestre. Aqui, todos os suspensores de revestimento estão alojados no Alojador de Alta Pressão (AAP); • A função do AAP é servir de sede para os suspensores. O AAP é soldado ao revestimento de superfície. Com exceção do condutor, todos os outros revestimentos são apoiados no AAP; • As ranhuras superiores servem para fazer a conexão com o BOP. Suspensores de Revestimento Cabeça de Poço Submarina • Em azul claro (B), está o AAP. • Os equipamentos I, J, K e L são os suspensores de revestimento. • O equipamento A é a Base Adaptadora de Produção (BAP), que será vista a seguir. Base Adaptadora de Produção (BAP) • A BAP é instalada acima do AAP. • Algumas de suas funções: Orientar e apoiar o Tubing Hanger Orientar e permitir o travamento da ANM. É onde serão instaladas as linhas de produção, de controle (umbilical) e de acesso ao anular (linha de serviço) Base Adaptadora de Produção (BAP) Suspensor de Coluna – Tubing Hanger (TH) • Além de manter suspensa a coluna de produção, o TH faz as seguintes interfaces: Coluna de Produção X Tubulação de Produção da ANM (a ser vista nos próximos slides) Anular do poço X Tubulação de anular da ANM; Cabo elétrico do PDG; Linhas hidráulicas da DHSV; O TH trava e veda no perfil interno da BAP. Suspensor de Coluna – Tubing Hanger (TH) Suspensor de Coluna – Tubing Hanger (TH) Árvore de Natal Molhada (ANM) • Assim como a ANC, a ANM é um conjunto de válvulas que tem a função de controlar o fluxo de produção e do anular, além de permitir a passagem dos sinais de controle (PDG, DHSV, controles dos equipamentos de superfície); • A ANM possui sensores de pressão e temperatura na coluna e no anular. • Possui um painel de controle, que é operado pelo ROV (Remote Operated Vehicle) Árvore de Natal Molhada (ANM) Árvore de Natal Molhada (ANM) • Tanto o bloco de anular quanto o de produção possuem um conjunto de válvulas em “Tê”: master, wing e swab. • A válvula swab (produção ou anular) é aberta quando se opera com a sonda. • A válvula wing (produção ou anular) é aberta durante a produção. • A válvula de crossover é usada em algumas situações como interligação entre o bloco de produção e o anular. Modos de Operação da ANM Produção normal – poço surgente Modos de Operação da ANM Produção normal – poço com gás - lift Modos de Operação da ANM Limpezas das linhas a partir da UEP Instalação de Subconjuntos da ANM • De uma maneira geral, todo tipo de equipamento submarino necessita de sua ferramenta e um meio para que seja possível sua instalação. • A função básica da ferramenta é manter, através de um conector, o equipamento suspenso quando da sua descida e permitir, após instalação, a retirada do meio utilizado para instalação. • A função básica do meio utilizado é o de levar o equipamento até sua profundidade de instalação e, em geral, propiciar o controle da operação de instalação, teste da interface desde a superfície e acesso ao poço.. • Exemplo de meios: Riser de Completação, Drill Pipe Riser, Drill Pipes comuns, Instalação de Subconjuntos da ANM • Exemplo de Ferramentas: FIBAP: Ferramenta de Instalação da BAP; THRT: Tubing Hanger Running Tool; TRT : Tree Running Tool; o Obs: a TRT funciona como ferramenta da ANM e também da Tree Cap. FIBOP: Ferramenta de Instalação do BOP Sequência de instalação de ANM com sonda de completação Instalação de Subconjuntos da ANM Sequência básica: • 1-Preparação na superfície. Fase onde são feitas inspeções, testes, movimentações e acoplamento dos dispositivos, preparando o equipamento para iniciar descida. Utiliza-se Bases de Teste para equipamentos e ferramentas. • 2- Descida : Fase de conexãp dos risers permitindo a descida do equipamento até a profundidade desejada. • 3-Instalação : Fase em que é feito o assentamento do equipamento no local desejado. Ë a fase mais cr[itica. O assentamento deve ser o mais suave possível para se evitar danos nos equipamentos. Antes do assentamento devem ser observados alguns cuidados como: boas condições de mar (heave e correnteza), orientação do equipamento, condições do sistema DP da sonda e garantir boa visibilidade do ROV. • 4- Testes de acoplamento. Em geral ,os dois principais são : teste de overpull e teste de vedação. • 5- Retirada da ferramenta: Após a retirada, deve-se efetuar procedimento de preservação e mover para base de transporte. Sequência de Instalação de ANM • O primeiro passo (1) é a perfuração do poço. Após a perfuração, é necessário retirar o BOP de perfuração; (2) para permitir a instalação da BAP. • A retirada do BOP deve ser precedida da instalação de barreiras de segurança (tampões de cimento)no poço. Também podem ser instalados packers tamponados. A BAP é, então, descida com a Ferramenta de Instalação da BAP (FIBAP) (3) com risers de completação ou Drill Pipes comuns. • Após o travamento do conector da BAP no alojador de alta pressão do SCPS e execução de testes, a FIBAP é desconectada e retirada (4), juntamente com os risers de completação. • A BAP é descida com a Bucha de Desgaste ou Wear Bushing (WB) já assentada em seu interior. Esta bucha evita danos à área de vedação do tubing hanger, principalmente quando há passagem de coluna de perfuração com broca. Sequência de Instalação de ANM • Obs: SCPS: Sistema de Cabeça de Poço Submarino MCV: mandril de conexão vertical DHSV (Down Hole Safety Valve) = SSSV (Sub Surface Safety Valve) MLF: Mandril das Linhas de Fluxo Sequência de Instalação de ANM • O próximo passo é descer novamente o BOP de perfuração (5) com risers de perfuração e assentar no alojador de alta pressão da BAP. • Após os testes do BOP, é descida uma broca para cortar os tampões de cimento e condicionar o poço, trocando, ao final, o fluido do poço por fluido de completação(5). • A coluna de produção é descida, juntamente com o Tubing Hanger, através do riser de perfuração. O tubing hanger é descido com a Tubing Hanger Running Tool (THRT), e riser de completação (6). O TH é assentado e orientado no alojador de alta pressão da BAP (5). • Após os testes de pressão, a THRT é desconectada e o conjunto THRT/ JRC são retirados com o riser de completação (6). • Em seguida, o BOP é retirado (7). Para que o BOP possa ser retirado de maneira segura, é preciso haver duas barreiras mecânicas no anular (normalmente o PKR e o Tubing Hanger) e na coluna de produção. As barreiras na COP podem ser Standing Valve, DHSV, Plug, Válvulas Hidráulicas. • A ANM é então descida (8) com a Tree Running Tool (TRT) e riser de completação e assentada no alojador de alta pressão da BAP, onde o TH já se encontra instalado. São efetuados diversos testes de pressão e funcionais para verificar a operacionalidade dos atuadores da ANM. Sequência de Instalação de ANM Sequência de Instalação de ANM • A TRT é então retirada (9). • Após a retirada da TRT é descido o conjunto TRT+ BOP WO + FIBOP com riser de completação (10). • Com esta configuração são possíveis as operações com cabo ou Flexitubo dentro do poço. • As barreiras da COP são retiradas. Se foi assentado um plug, este deve ser retirado com equipamento de slickline. • Em seguida, é feita a indução de surgência para efetuar TFR (Teste de Formação a poço revestido). Caso haja standing valve (STV) na coluna de produção, esta é retirada com wireline ou flexitubo, após a indução de surgência para realização do TFR (10). Como há operação de wireline ou flexitubo, é necessária a utilização de BOP de workover (BOP WO), que desce junto com a ANM e sua ferramenta de instalação. • A FIBOP, ou Ferramenta de Instalação do BOP de workover tem o mesma função do LMRP (Lower Marine Riser Package) do BOP de perfuração. Ou seja, em caso de perda de posição da sonda de completação, é feita a desconexão da FIBOP. Após o TFR, o poço é fechado (10) e a TRT+BOP+FIBOP são retirados (11) com o riser de completação. A Tree cap é descida (11) com riser de completação e assentada no topo da ANM (tree manifold) Sequência de Instalação de ANM Sequência de Instalação de ANM • A capa de corrosão (CC) é descida a cabo e assentada no topo da Tree Cap (13). A sonda de completação deixa a locação. Um navio de lançamento de linhas instala o MCV (Mandrl de Conexão Vertical) na BAP (14). O MCV é descido a cabo e junto com as flowlines. O MCV é travado no mandril da BAP com auxílio de ROV. Sequência de Instalação de ANM A Running Toll (RT) do MCV é retirada.(15) Sequência de Instalação de ANM O barco de lançamento de linhas lança as linhas na direção da UEP.(16) Sequência de Instalação de ANM As linhas são conectadas à UEP (17). Os procedimentos de prevenção de hidratos são efetuados e inicia-se a produção do poço para a UEP.
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