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Completação Ao terminar a perfuração de um poço, é necessário deixá-lo em condições de operar, de forma segura e econômica, durante toda a sua vida produtiva. Ao conjunto de operações destinadas a equipar o poço para sua produção ou injeção é denominado completação. Considerando que a completação tem reflexo em toda a vida produtiva do poço, faz-se necessário um planejamento criterioso das operações. Classificação das completações Há varias maneiras de classificar as completações dos poços, visto que cada poço possui uma característica peculiar e há varias maneiras de agrupar essas características. Vamos aqui propor as classificações: 1. Quanto ao posicionamento da cabeça; 2. Quanto al revestimento de produção; 3. Quanto ao número de zonas explotadas. Posicionamento da cabeça Seguido a classificação da localização das jazidas, em ambiente terrestre ou marinho, nós também podemos classificar a cabeça de poço como terrestre (seca) ou marinha (molhada). Essa classificação é muito importante pois indica qual tipo de árvore de natal será necessária durante o processo de produção. Para as cabeças de poço de jazidas de águas rasas é possível instalar árvores secas, para tanto o revestimento vai da plataforma ao reservatório. Tipos de revestimentos Quanto ao revestimento de produção, a completação pode ser a poço aberto, revestimento canhoneado e com contenção de areia. Numero de zonas explotadas Sob esse aspecto nós podemos dividi-las em completação simples ou dupla. A completação simples ocorre quanto uma única tubulação metálica é descida no interior do revestimento de produção, da superfície até a zona de interesse. Esse tipo de completação possibilita produzir de modo controlado e independente somente uma zona de interesse. Numero de zonas explotadas Na completação dupla nós podemos produzir duas ou mais zonas de interesse. Quanto ao método de elevação Elevando em consideração a nossa realidade é conveniente separa as completações em poço surgente, de gás lift e com BCS. Há outros métodos de elevação, porém não convêm aqui lançar mão deles para classificar as completações mais usadas. Dentre os três o gás lift é o mais usado, devido a relação entre as intervenções necessárias e o volume de óleo explotado. O BCS (bombeio centrífugo submarino) é o que oferece a melhor vazão, porém é necessário um número considerável de intervenções para mantê-lo em operação. Etapas da Completação A completação de um poço envolve um conjunto de operações subseqüentes à perfuração. Podemos genericamente apontar as seguintes operações: Avaliação da cimentação; Canhoneio; Instalação da coluna de produção. Avaliação da cimentação A avaliação da qualidade da cimentação é feita através de perfis corridos nos intervalos cimentados. Esses perfis funcionam basicamente por emissão/propagação de ondas mecânicas. Em momento mais apropriado iremos tratar de todos esses perfis. Canhoneio Para comunicar o interior do poço com a formação produtora, perfura-se o revestimento utilizando-se cargas explosivas, especialmente moldadas para esta finalidade. As cargas moldadas são descidas no poço dentro dos canhões, que são cilindros de aço com furos nos quais se alojam as cargas. Canhoneio Convencional TCP (Tubing Conveyed Perforator Através da coluna de produção Instalação da coluna de produção A coluna de produção é constituida basicamente por tubos metálicos, conde são conectados os demais componentes. É descida pelo interior do revestimento de produção com as seguintes finalidades: Conduzir os fluidos produzidos até a superfície; Permitir a instalação de equipamentos para a elevação artificial; Possibilitar a circulação de fluidos para o amortecimento do poço. Instalação da coluna de produção Principais componentes da coluna A coluna de produção é um conjunto de dutos e equipamentos situados no interior do poço que visam a sua melhor produção. Com essa definição é possível imaginar que há um número muito variável de tipos de completação. Vamos relacionar aqui os equipamentos pertinentes a realidade off-shore. Tubos de Produção A variação de tubos existentes no mercado é suficiente para atender a todas as condições de produção e injeção. A seleção da tubulação deve levar em consideração o diâmetro interno do revestimento, a vazão de produção esperada, o tipo de fluido e os esforços mecânicos a serem produzidos. A estanqueidade da coluna de produção é muito importante, por isso há uma considerável preocupação com o tipo de rosca das conexões dos tubos. DHSV (Down Hole Safety Valve) A DHSV é um componente da coluna de produção que fica posicionado normalmente a cerca de 30 m abaixo do fundo do mar e tem a função de fechar o poço em casos de emergência. Mandril de gás lift Os mandris de gás lift são os componentes da coluna de produção que servem para alojar as válvulas que permitirão a circulação de gás do espaço anular para a coluna de produção. TSR (Tubing seal receptacle) O TSR, ou junta telescópica, é usado para absorver a expansão ou contração da coluna de produçã, causada pelas variações de tempreatura sofridas quando da produção ou injeção. Permite retirada parcial da coluna. É composto basicamente de duas partes independentes: a camisa externa e o mandril. A vedação entre os dois conjuntos é feita pelo conjunto de unidades selantes sobre o mandril polido. TSR (Tubing seal receptacle) Packer O packer, ou obturador, tem a função básica de promover a vedação do espaço anular de produção e de injeção de gás lift (ou superior). Os packers possuem os seguintes objetivos: - Proteger o revestimento acima dele; - Possibilitar a injeção de gás lift; - Permitir a produção de mais de uma zona. São divididos em dois grupos: recuperáveis e permanentes. Packer Niples de Assentamento Serve para alojar tampões mecânicos, válvulas de retenção ou registradores de pressão. Normalmente são instalados na cauda da coluna de produção, abaixo de todas as outras ferramentas, mas podem também ser instalados, tanto quantos necessários, em vários pontos da coluna. Há dois tipos principais de niples de assentamentos: não-seletivo (R) e seletivo (F). Niples de Assentamento Sliding Sleeve (camisa deslizante) Possui uma camisa interna que pode ser aberta ou fechada, quando necessário, através operações com cabo. A área de fluxo normalmente é equivalente à seção da coluna de produção e destina-se a promover a comunicação anular-coluna. As camisas deslizantes podem ser utilizadas em completações seletivas, possibilitando colocar em produção ou isolar zonas empacotadas por dois packers. Sliding Sleeve (camisa deslizante) Ckeck Valve É uma válvula que serve para impedir o fluxo no sentido descendente. É composta de uma sede, com uma válvula de retenção que se abre quando pressurizada de baixo para cima e veda quando pressurizada de cima para baixo. Shear out É um equipamento instalado na extremidade inferior da coluna de produção que permite o tamponamento temporário desta. Também conhecido por sub de pressurização. A sede tamponada é utilizada para o assentamento de packers, cujo mecanismo de assentamento demanda pressão. Caso haja necessidade de tamponar novamente a shear out, esferas compatíveis com cada uma das sedes são lançadas no poço. Shear out Shear-out dupla em corte Shear out tripla em esquema Sedes e esferas da Shear-out Equipamentos de superfície São os equipamentos responsáveis pela ancoragem da coluna de produção, pela vedação entre a coluna e o revestimento de produção e pelo controle do fluxo de fluidos na superfície. Existe uma série de equipamentos padronizados que constituem os diversos sistemas de cabeça de poço, para a completação de poços terrestres e marítimos. Cabeça de Poço Pode ser considerada genericamentecomo o conjunto de equipamentos necessários na “boca do poço” que possuem a seguinte função: - Garantir a comunicação entre a árvore de natal e a coluna; - Responsável pela sustentação da coluna; - Garantir a transferência das pressões e fluidos para os devidos locais. Cabeça de Poço Cabeça de Poço Árvore de Natal É o conjunto de válvulas na cabeça de poço que possibilitam o seu controle. Podem ser divididas em dois grupos: - Árvore de Natal Convencional (ANC), também conhecida como árvore seca; - Árvore de Natal Molhada (ANM). Árvore de Natal Convencional Árvore de Natal Molhada A ANM é um equipamento instalado no fundo do mar, constituído basicamente por um conjunto de válvulas tipo gaveta, um conjunto de linhas de fluxo e um sistema de controle interligado a um painel localizado na plataforma de produção. Árvore de Natal Molhada As ANM podem ser classificadas como: Diver operated(DO); Diver assisted(DA) Diverless pull-in(DLP); Diverless lay-away(DLL); Diverless GuideLineLess lay-away; Diverless guidelineless (GLL) com conexão vertical indireta(CVI); Diverless guidelineless (GLL) com conexão vertical direta (CVD); Diverless guidelineless (GLL) com módulo de conexão vertical (MCV). Árvore de Natal Molhada ANM-DO Árvore de baixo custo, foram introduzidas para viabilizar a produção de campos em águas de até 200 metros. ANM-DA São árvores instaladas em profundidades de até 300 metros. O mergulhador faz apenas as conexões. ANM-DLP Destinada a lâmina d’água de até 400 metros. Dispensa o auxilio do mergulhador, sendo a conexão das linhas feitas na horizontal, com o auxílio de ferramenta específica, em uma operação conhecida como pull-in. Árvore de Natal Molhada ANM-DLL Diante da dificuldade de conexão das linhas nos modelos anteriores. Desenvolveu-se essa metodologia onde a linha é acoplada na sonda. ANM-GLL Processo semelhante ao DLL porém sem a utilização do cabo guia. ANM-GLL-CVI A linha não é lançada junto com o árvore, é lança por um barco auxiliar em um trenó. Árvore de Natal Molhada ANM-GLL-CVD Ao invés de fazer uso do trenó, as linhas de fluxo são posicionadas direto no berço localizada na BAP. ANM-GLL-MCV As conexões das linhas e da árvore são independentes. Possibilitando maior aproveitamento do tempo de sonda. Árvore de Natal Molhada Conceito de conexão vertical direta Conceito de módulo de conexão vertical Trenó Telas
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