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APOSTILA JOGOS BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS

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Jogos, brinquedos e brincadeiras no aprendizado da criança
 As atividades lúdicas são extremamente importantes no aprendizado das crianças, pois são atividades que reúnem, interessam e exigem concentração das crianças. A partir de jogos, brinquedos e brincadeiras, a criança consegue criar, imaginar, fazer de conta, experimentar, medir, enfim, aprender.
 Através de brinquedos, jogos e brincadeiras, a criança tem a oportunidade de se desenvolver, pois além de ter a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia estimuladas, ainda desenvolve a linguagem, a concentração e a atenção. O brincar contribui para que a criança se torne um adulto eficiente e equilibrado. Além disso, as crianças aprendem muito mais se o conteúdo for apresentado em forma de jogos ou brincadeiras.
 Durante as brincadeiras, a criança se constrói, experimenta, pensa, aprende a dominar a angústia, a conhecer o próprio corpo (Nicoletti e Filho, 2004), a compor sua personalidade e é nessa hora que ela exprime toda a sua criatividade. Infelizmente, muitas escolas veem as atividades lúdicas apenas como um passatempo para preencher as horas vagas, um período de descanso ou como a hora de a criança gastar um pouco de energia, e não levam em consideração a importância dessa hora.
Piaget (apud WAJSKOP, 1995, p. 63) nos diz que: “Os jogos fazem parte do ato de educar, num compromisso consciente, intencional e modificador da sociedade; educar ludicamente não é jogar lições empacotadas para o educando consumir passivamente; antes disso é um ato consciente e planejado, é tornar o indivíduo consciente, engajado e feliz no mundo”.
 Por meio das atividades lúdicas, o professor estimula a imaginação das crianças, fazendo com que ideias e questionamentos sejam despertados. É preciso que o professor fique muito atento para que nenhuma criança seja autoritária com as outras, e que todas tenham as mesmas oportunidades na brincadeira. O professor deve estar atento também com a competição nos jogos, e deve intervir quando necessário, para que as crianças saibam que os jogos são coletivos e democráticos, e dão condições de vencer a todos os jogadores.     
 É muito importante lembrar que as crianças têm todo o seu aprendizado baseado em imitações. Por isso, se quisermos que nossas crianças aprendam a tolerância, o respeito pelo próximo, a justiça, a paz, a solidariedade, a aceitação e o reconhecimento do valor das diferenças, é necessário darmos o exemplo, sendo um modelo vivo do que queremos ensiná-los.
O JOGO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA RELAÇÃO COM DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA.
O jogo possibilita às crianças conhecerem e se inserirem como sujeitos na vida social dos adultos, compreenderem as regras e funções sociais que são decorrentes das relações humanas e sociais. A atividade do jogo e da brincadeira mostram-se como conteúdo significativo no processo de aprendizagem das crianças em idade pré-escolar, visto que se estabelece como atividade principal da criança, essencial para a consolidação de um processo de desenvolvimento adequado às suas necessidades.
Durante o jogo e a brincadeira a criança entra em contato com o seu corpo, com o corpo do outro, seu espaço, espaço do outro e, com isto, pode-se perceber o surgimento de um espaço de formação de novas experiências ocasionadas pela troca e pelo prazer; o contato com suas emoções, seus sentimentos, através da relação íntima e/ou compartilhada .
 O brincar tem um papel essencial na estruturação do psiquismo da criança, pois além da imaginação, brincando a criança desenvolve afetos, aprende a lidar melhor com os conflitos e ansiedades e, conforme ela assume os diversos papéis, concebe competências cognitivas e interativas .
As brincadeiras não são instintivas, e o que as determina é a percepção que a criança tem com o mundo dos objetos. Com isso, a criança opera com os objetos que são utilizados pelos adultos e, dessa forma, toma consciência deles e das ações humanas realizadas com eles . A partir dessas condições, o jogo é considerado importante no processo de desenvolvimento humano, e se constitui como atividade principal da criança da Educação Infantil, por se constituir em uma atividade que a criança melhor realiza a relação criança/mundo.
As atividades do jogo e da brincadeira são conteúdos importantes no processo de aprendizagem das crianças em idade pré-escolar , visto que são atividades principais da criança, e por isso, são fundamentais para estabilizar o processo de desenvolvimento saudável e adequado às suas necessidades. Na idade pré-escolar, a criança encontra-se no auge do seu período de aprendizagem, na qual toda capacidade deve ser bem explorada e também é o momento certo em que qualquer dificuldade no desenvolvimento deve ser identificada e “trabalhada”, buscando sua superação o principal significado do jogo é possibilitar que a criança modele as relações entre as pessoas que exercem influência sobre o desenvolvimento psíquico e sobre a formação de sua personalidade. 
 A imaginação é um processo psicológico novo, sendo assim a criança tem na brincadeira, um potencial de desenvolvimento. Na brincadeira a criança age, independentemente daquilo que ela vê, superando assim a percepção imediata dos objetos.
o brincar não é uma atividade espontânea da criança; o brincar é uma aprendizagem social, que se insere a criança no contexto em que ela vive, ampliando suas experiências com o lúdico. Através do ato de brincar as crianças podem estabelecer os diferentes vínculos entre "as características do papel assumido, suas competências e as relações que possuem com outros papéis, tomando consciência disto e generalizando para outras situações. O brincar apresenta-se através de diversas categorias, que são distinguidos pelo uso de material ou de recursos sendo elas: brincar de faz-de-conta (jogo de papéis), brincar com materiais de construção e brincar com regras. Esses jogos e brincadeiras proporcionam o desenvolvimento dos conhecimentos infantis através da atividade lúdica.
BRINCADEIRAS E JOGOS TRADICIONAIS NO BRASIL
Existem brincadeiras e brinquedos que hoje conhecemos por passar de geração em geração. Possuem várias origens e participaram de várias etapas do desenvolvimento do país. Hoje, essas brincadeiras fazem parte da cultura do nosso povo e parte do folclore brasileiro que marcam os períodos por aqui vividos.
Os índios que viviam no Brasil antes do seu período de descobrimento utilizavam uma trouxa de folha cheia de pedras que eram amarradas numa espiga de milho. Brincavam de jogar esta trouxa de um lado para outro, chamavam-na de Pe’teka, que em tupi significa bater.
De origem francesa, a amarelinha chegou ao Brasil e rapidamente se tornou popular. A brincadeira consiste em um desenho formado por blocos numerados de 1 a 9, com semicírculos nas extremidades que são jogados com uma pedrinha que deve obedecer as paredes de cada bloco.
Cerca de 1000 anos antes de Cristo a pipa era utilizada como forma de sinalização, mas ao chegar ao Brasil, trazida pelos portugueses, a pipa se tornou somente uma forma de diversão. Ela voa através da força dos ventos e é controlada por uma corda que permite ao condutor deixá-la cada vez mais alta ou mais baixa.
A ciranda, que é a dança mais famosa do Brasil, foi trazida de Portugal como dança adulta, mas logo sofreu transformações e passou a alegrar as brincadeiras infantis. É bastante utilizada ainda hoje em escolas, parques e espaços que prezam as brincadeiras antigas, passando-as às novas gerações, mostrando sua importância folclórica e cultural.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS PARA BEBÊS
Brincar é mais que entretenimento; é a forma como o bebê descobre a si mesmo e ao mundo. Seu corpo é o “brinquedo” que lhe dá mais autonomia. Por isso, não se deve impedi-lo de colocar dedos, mãos, punho e, posteriormente, os pezinhos na boca, nem de rolar por medo de asfixia. Quando o bebê é capaz de rolar, ele já sustenta a cabeça e arqueiaas costas, impedindo que seu rosto se “cole” à superfície onde ele se encontra.
Para explorar seu próprio corpo e o que tem à sua volta, o chão torna-se um excelente lugar para o bebê brincar, sem riscos de queda e com a possibilidade de ele escolher a posição que lhe é mais confortável. Edredons ou tapetes de EVA cumprem com a função de deixar o espaço de brincar mais gostoso e seguro contra eventuais batidas do corpo no chão.
Os momentos de brincar não se limitam a um horário específico. No colo, no banho, no trocador, no carrinho, no berço ou no chão, o bebê deve ser convidado ao olhar, à fala, à escuta, ao toque, à imitação. Ele precisa que o adulto o convide a explorar seu meio com todos os sentidos. Isto é brincar e isto é o estímulo que ele precisa para se desenvolver de maneira integral e integrada.
Livrinhos de tecido ou plástico, pequenos potes, fitas de cetim, pedaços de pano, bichinhos ou bonecos macios, argolas, bolinhas, cubos, objeto espelhado, chocalhos e mordedores garantem a diversão, especialmente quando têm cores primárias, que são as que mais agradam os bebês desta faixa etária. Gavetas e armários da cozinha, caixa de aviamentos e cestas com recicláveis contém objetos tão ou mais interessantes do que os comprados prontos. Quanto mais simples, melhor. Basta serem seguros e higienizados.
Sons de brinquedos atraem os bebês pela relação causa-efeito. Isto significa que não é preciso brinquedos que cantem ou falem (aliás, eles costumam, com o tempo, mais irritar do que agradar). Um chocalho, que pode ser feito com um pouco de macarrão, feijão, arroz ou milho em frasco bem vedado, atende bem às necessidades do bebê. Os sons produzidos pelo bebê também o divertem, permitindo o jogo de imitações. Desta forma, vale repetir os sons e bocas que ele faz e depois convidá-lo a repetir os nossos, seja face a face ou em frente ao espelho.
Tapetões com arco e penduricalhos são bastante atraentes para os bebês desta faixa etária, mas como seu uso se limita a uma superfície plana e a um tamanho de bebê (os bebês grandes, aos seis meses, ficam “apertados” embaixo do arco), uma boa opção é substituí-los por pendentes construídos com barbantes, fitas, elásticos largos, tampas de plástico, pedaços de tecido e o que mais a criatividade encontrar. Tais pêndulos têm a vantagem de poder ser reinventados e fixados nos berços, carrinhos, entre pés de mesa ou cadeira, ou simplesmente ser segurados por quem está com o bebê.
Embora os brinquedos comecem a fazer parte do cenário do bebê, é fundamental lembrar que a presença humana dedicada ao bebê é essencial para que ele possa desenvolver também a capacidade de ficar só. Nesta etapa da vida, brincar sozinho significa ter a oportunidade de escolher a brincadeira: rolar, chutar, colocar a mão na boca, dar gritinhos e assim por diante. Aos poucos, conforme o bebê sente-se seguro com a presença física de alguém a ele dedicado (não basta um corpo!), ele vai podendo brincar só sem que isto represente solidão, sentimento de abandono, desintegração ou mesmo uma defesa contra o ambiente. Este tempo vai aumentando conforme o bebê cresce amparado por esta conexão humana.
Neste processo de reconhecimento do outro como não sendo extensão de si próprios, os bebês precisam ser ajudados nas situações de ruptura para que elas não sejam vivenciadas com angústia excessiva. As brincadeiras de Cadê-Achou ajudam-nos a elaborar a ideia de que quem desaparece (vai embora), reaparece (volta). Esconder-se rapidamente atrás da roupinha que vai ser vestida, da toalha de banho, de um livrinho ou paninho é divertido e psiquicamente estruturante. Por isso, nada de sair de perto do bebê sem avisar aonde vai.
Brincar sozinho é bom, mas não o suficiente para um crescimento saudável. Momentos singelos, como a troca da fralda ou o banho devem incluir brincadeiras de interação. Nesse brincar, ganha o bebê e ganha o cuidador, já que ambos estreitam ainda mais seu laço afetivo. Brincar também é se relacionar, aprender estar junto e separado.

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