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Praticar Ciência Conceito de ciência A Ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente sistematizados e verificáveis, que fazem referências a objetos de uma mesma natureza (ANDER-EGG, 1978, p. 15, apud MARCONI; LAKATOS,2011, p. 22). Conceito de Ciência A ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objeto limitado, capaz de ser submetido à verificação (TRUJILLO, 1974, p. 8, apud MARCONI; LAKATOS,2011, p. 22). Praticar Ciência Praticar ciência significa avançar no conhecimento Praticar ciência busca a construção do saber científico preciso e rigoroso. Praticar ciência significa questionar e buscar a explicação, compreensão, e ou solução de problemas. Para produzir conhecimento há que se considerar as representações sociais que se formam no entrelaçamento e pressão de várias forças que constituem o processo de construção social da realidade. Imaginário social Episteme Ciência Senso comum Meta sistema de normas Hábitos e costumes Praticar Ciência Epistemologia Formação do conhecimento teórico Produção do conhecimento científico reflexivo. Natureza do conhecimento teórico Etapas do conhecimento humano Limites do conhecimento humano Trata das condições sobre as quais se pode produzir o conhecimento científico e dos modos para alcançá-lo avaliando a consistência lógica de teorias. HERMENÊUTICA O pensamento hermenêutico refere-se à interpretação culturalmente contextualizada do sentido das palavras. Entendimento da produção de sentido. A hermenêutica moderna engloba formas verbais e não verbais de comunicação. Construção interpretada do discurso do outro. Abordagens Teóricas (episteme) Humanismo, o surgimento da ciência humana - Law Iluminismo - Law Idealismo - Law Fenomenologia - Triviños Positivismo - Trivinõs Marxismo, materialismo histórico e materialismo dialético – Triviños Pragmatismo - Law HUMANISMO Após a era medieval, no renascentismo surge um novo modo de pensar a Ciência humana (meados do século XIV). O Pensamento pautado em dogmas religiosos que explicavam e compreendiam o mundo, por meio do pensamento especulativo, religioso e alquímico, foi ultrapassado pelo racionalismo. “Penso, logo existo” (humanismo-racionalismo) Com as ideias de Francis Bacon e Descartes passou-se a pensar o mundo, norteado pela Razão. René Descartes (1596-1650) criou um método matemático aplicado a todas as áreas de entendimento humano, construindo um conhecimento de conceitos por meio da pura Razão. Humanismo - racionalismo Reforçando as ideias de Copérnico e de Ptolomeu, Galileu conseguiu provar que o sol era o centro do universo (heliocentrismo). O movimento da Reforma, com Lutero, Erasmo e Calvino, enfrentaram o poder e as crenças hegemônicas da igreja cristã católica. Humanismo-Racionalismo Lutero (Alemanha) em 1517, desafiou a igreja igreja católica, queimando a bula papal que pregava que as pessoas só podiam se relacionar com Deus por meio da igreja. Contestou a autoridade da igreja, ocorrendo assim um cisma na Igreja, livrando os pensadores, dos dogmas religiosos da igreja católica. Em 1445 Gutenberg inventa a prensa, permitindo a produção em massa de livros, facilitando a difusão de ideias pela Europa. ILUMINISMO OUSAR PENSAR O desenvolvimento intelectual e social na Europa, alcançou o seu auge no séc. XVIII, consolidando a Idade da Razão com o livre pensar pautado na Razão. A tomada da Bastilha em Paris, marca o início da Revolução Francesa (1789), contra os abusos da monarquia e a conquista de uma república. ILUMINISMO Notáveis que avançaram no conhecimento: Francis Bacon Rousseau Voltaire Diderot Isaac Newton ILUMINISMO No pensamento iluminista prevalece o uso da Razão e o livre pensar tendo como foco o progresso, o avanço científico e político. Luzes (brilho) no aflorar do pensamento humano pautado pela Razão. A ciência tornou-se o novo Deus. Os pensadores libertaram-se da tradição, da autoridade, da superstição e da religião. Liberdade, Igualdade e Progresso Social. ILUMINISMO e ILUSTRAÇÃO Os iluministas não aceitam o pensamento dogmático e religioso como ciência e defendem que somente as ideias pautadas pela a razão e o livre pensar, podem ser considaradas no penamento científico. OUSAR PENSAR (iluminismo) O ousar pensar, o conhecimento científico pautado na Razão, criado por Emmanuel Kant, evoluiu para o empirismo que se distanciava um pouco do raciocínio matemático para centrar-se na observação e na explicação descritiva. Empirismo/Positivismo: ciência dos sentidos No empirismo (sec. XIX) o conhecimento é adquirido a partir do vivido, da experiência. Negou-se o conhecimento inato de princípios abstratos e passou-se a valorizar os sentidos. Augusto Comte rejeitou qualquer pretensão ao conhecimento científico que não fosse baseado na experiência concreta. Positivismo O positivismo não aceita todo e qualquer pensamento religioso, dogmático, metafísico e transcendental. Essência do Positivismo: Experiência, vivência, e observação dos fenômenos e dos fatos sociais. A explicação dos fenômenos deve ser neutra e objetiva, de acordo como são observados na realidade concreta. Não se pode levar em contar nas pesquisas, a subjetividade ou os fatores não observáveis na realidade concreta. Positivismo Na pesquisa positivista, as causas dos fenômenos não interessam, porque são subjetivas. Conhecer as causas pertence ao olhar metafísico. E essa perspectiva não pertence à ciência. Os fatos são o único objeto da ciência. Os fatos observados, na pesquisa permitem descobrir as relações entre as coisas, ou os fatos. IDEALISMO No séc. XIX, ao mesmo tempo que as mudanças tecnológicas se impunham na vida em sociedade e nas empresas, a nova classe trabalhadora empobrecida e revoltada com as péssimas condições de trabalho, despontou principalmente na Alemanha, um movimento romântico na Ciência Social, voltado para o resgate de alguns princípios filosóficos do passado, buscando melhorar as condições dos trabalhadores. Idealismo O idealismo não negava a razão como prioritária na ciência, mas admitia a existência e relevância da metafísica, dos fatores substanciais e transcendentes da consciência humana. Resgatou-se princípios de Kant que acreditava que o ser humano já nascia com duas tendências: ser racional e ser ético-moral. Hegel foi o grande expoente do idealismo, com a obra, Fenomenologia do Espírito. FENOMENOLOGIA Edmund Husserl (1859-1938) Inspirado no Idealismo e em Platão, Leibnitz, Descartes e Brentano principalmente. Ideia principal: o mundo está sempre aí antes da reflexão, e ao vivenciar intencional e conscientemente o mundo em que se insere, o sujeito descreve os objetos e os fenômenos sociais como ele os percebe. Dasein: ser aí no mundo Essência da fenomenologia: Intencionalidade de consciência Enquanto não houver por parte do sujeito uma intencionalidade de consciência não haverá percepção, compreensão e interpretação do mundo que o cerca. A fenomenologia vê o sujeito transcendental como condição de todas as experiências humanas possíveis. MARXISMO (1840) Criador Karl Marx e Engels Revolucionou as ciências sociais pelas conotações sociais, políticas e transformadoras da sociedade. Aspectos teóricos principais do marxismo: Materialismo histórico Materialismo dialético MATERIALISMO HISTÓRICO Estuda a evolução histórica, da prática social dos homens, das leis sociológicas, que caracterizam a vida em sociedade. O materialismo histórico significou uma mudança fundamental na interpretação dos fenômenos sociais. Ênfase: centra-se na força das ideias, capaz de introduzir mudanças nas bases econômicas e sociais, na conscientação do povo. O materialismo histórico destaca a mobilização social, com a ação dos partidos políticos, dos agrupamentos humanos, orientados pelas ideias voltadas para o socialismo, e para o proletariado e contra as forças dos poderosos economicamente. Um dos métodos do materialismo centra-se na conscientização e reflexão coletiva, como forma concreta de transformar a realidade. MATERIALISMO DIALÉTICO Matéria: Realidade objetiva (concreta) está integrada por infinidade de objetos e sistemas que existem no mundo real. Dialética: união dos contrários Materialismo dialético Postura teórica e crítica dos sistema capitalista, engajada e orientadora da revolução do proletariado, que significa transformação social no ideário marxista. Teoria Crítica-Escola de Frankfurt Neo Marxistas Theodor Adorno/ Horckheimer/Habermas/Marcuse/Fromm Críticos do Positivismo Apoiam-se no ideário do Iluminismo e da Psicanálise . Centralidade Neo marxismo, socialismo moderado. Opositores e críticos do Capitalismo, principalmente da sociedade de consumo. Teoria Crítica-Escola de Frankfurt Críticos da ideologia da sociedade moderna que inculca um ideário de necessidades artificiais que somente favorece as grandes corporações e o poder dominante. Ideologia: Inculcar nos outros, ideário ou ação que aparenta ser benéfico a todos, mas somente beneficia o autor das ideias. TEORIA CRÍTICA E A IDEOLOGIA Instrumento de dominação que aje por meio de convencimento de forma prescritiva alienando a consciência humana, mascarando a realidade. Uma ideia, discurso ou ação que mascara o objeto mostrando apenas a sua aparência e escondendo suas carácterísticas dominadoras. Construção de uma falsa consciência. Pragmatismo Modo de pensar um método ou problema de pesquisa centrado no conjunto dos seus desdobramentos práticos. Criador W. James (1898) inspirado em Pierce. Desdobramentos: Totalidade das possibilidades de formação de conduta deliberadas visando a obtenção resultados. Método: eliminar discussões metafísicas que de outro modo seriam intermináveis. Valor utilitário do pensamento/ típico nos USA. Bibliografia DEMO, P. Praticar Ciência: metodologias do conhecimento científico. São Paulo: Saraiva, 2012. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011. LAW, S. Filosofia. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2009. TRIVIÑOS, Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1992.
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