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AULA 6 - FARMACOLOGIA- DROGAS COLINERGICAS E ANTAGONISTAS

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Agonistas e Antagonistas colinérgicos
Profa. Ana Paula Landi Librandi
FARMACOLOGIA 
Enfermagem e Nutrição
UNIP
S N C
C
T
L
S
S N S
S N P
SN Autônomo - Divisão Anatômica
O sistema nervoso parassimpático
Caracteriza-se por ter a ACETILCOLINA (ACh) como neurotransmissor
É a sinapse mais comum no SN
Localizações:
Sinapses entre neurônios no SNC
Sinapses ganglionares, entre neurônios pré e pós ganglionares do sistema nervoso autônomo simpático como parassimpático
Sinapses pós ganglionares do sistema nervoso parassimpático (com o órgão efetor)
Sinapses musculares (entre os neurônios e o músculo esquelético)
SINAPSE COLINÉRGICA
Sinapse Colinérgica - Liberação da ACh
ACh
Tecido pós-sináptico
- - - - -
+ + + +
P A
+ + + +
- - - - -
despolarização
Ca2+
exocitose
ACh
ACh
Ca2+
(+)
VOC
5
Envolve 6 etapas 
 Síntese de ACh
 Estocagem
 Liberação 
 Ligação da ACh ao receptor	
Degradação do neurotransmissor na fenda sináptica
Reciclagem da colina 
A neurotransmissão dos neurônios Colinérgicos 
Ligação com receptores:
NICOTÍNICOS		
Sinapse colinérgica entre neurônio e músculo esquelético
Sinapse colinérgica ganglionar
MUSCARÍNICOS 	
Neuromiocárdica
Neuromuscular lisa
Neuroglandular
Neuro-neuronal	
Receptores da Acetilcolina
Receptores Localização 
M1 neurônios 
M2 células cardíacas, músculo liso e neurônios
M3 glândulas exócrinas, músculo liso e endotélio 
Nm Junção muscular do músculo esquelético 
Nn neurônios
Localização dos Receptores Colinérgicos
9
Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
SNC
Estômago
Receptores Muscarínicos
M1
 Ca2+
Excitação
Secreção HCl
ACh
ACh
ACh
ACh
PLC
IP3
DAG
G
11
Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
ACh
ACh
ACh
Coração
ACh
Receptores Muscarínicos
M2
Hiperpolarização
Inibição neural
Inibição cardíaca
Ca2+
cond.K+
AC
AMPc
Gi
12
Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
Glândulas
Músc. liso
Receptores Muscarínicos
M3
 Ca2+
Secreção
Contração
Síntese NO
ACh
ACh
ACh
ACh
PLC
IP3
DAG
G
13
Sinapse Colinérgica - Ações da Acetilcolina
ACh
ACh
ACh
Receptores Nicotínicos
Nic.
JNM
Neur.Gânglios
Despolariz.
Excitação Neur.
Contração M.Esq.
Na+
K+
14
Inativação da Acetilcolina 
Acetilcolinesterase: promove a hidrólise da acetilcolina em ácido acético e colina, em seus sítios aniônicos e esterásicos
AGONISTAS COLINÉRGICOS
DIRETOS
INDIRETOS OU INIBIDORES DA COLINESTERASE
Grupos Farmacológicos
Agonistas colinérgicos de ação direta
- efeito mais prolongado que o da Ach
Ésteres sintéticos de colina: carbacol betanecol
 alcalóides de ocorrência natural: pilocarpina
Betanecol e pilocarpina – receptores muscarínicos
	
Acetilcolina
Mecanismos de ação: estimulação de receptores colinérgicos – muscarínicos ou nicotínicos.
ACETILCOLINA NÃO POSSUI AÇÕES TERAPÊUTICAS: sofre hidrólise rápida e efeito difuso
Foi sintetizada por Baeyer em 1867
***Derivados da Ach com aplicação clínica: betanecol, carbacol 
3. Não consegue penetrar membranas
4. Ações:
Breve redução da FC e DC
Diminuição da PA: aumento de cálcio intracelular – NO
Aumento da secreção salivar, brônquica, motilidade intestinal, miose, aumento do tônus do músculo detrusor da urina
Betanecol
Não sofre hidrólise pela acetilcolinesterase
Apenas forte ação muscarínica
***bexiga : aumento da expulsão de urina
 TGI: aumento da motilidade intestinal
3. Aplicações terapêuticas:
- pós-parto ou pós-cirurgia: estimular bexiga atônica
4. Efeitos adversos:
Sudorese, salivação
Diminuição da PA
Nauseas, vomitos, diarreia, dor abdominal
Broncoespasmo
LIBERAN
Carbacol
Ações nicotínicas e muscarínicas
Sistema cardiovascular e TGI
Miose – cirurgia de catarata
 Aplicações terapêuticas:
rara: mau substrato da enzima colinesterase
Glaucoma (redução da pressão intra-ocular)
PILOCARPINA
Não é hidrolisado pela acetilcolinesterase.
Ação muscarínica 
Colinérgico menos potente que a acetilcolina
Ação: Oftalmologia – aplicação tópica
Uso: oftalmológico: diminuição da pressão ocular – glaucoma (glaucoma) e miose depois de cirurgias
A redução máxima da pressão intraocular ocorre em 2 a 4 horas / pode durar até 14 horas – 2 a 3 gts 4 a 6 vz por dia
Nome comercial: Pilocarpina – colirio – 1%, 2%, 3% e 4%
Nebulizações oral - xerostomia
normal
Após 5 min da 
instilação de um Agonista Colinérgico
 Miose provocada por agonistas 
colinérgicos
Agentes Anticolinesterásicos ou Colinérgicos Indiretos
 São fármacos responsáveis pela inibição das colinesterases, ou seja, são fármacos que inibem o metabolismo da acetilcolina, exercem seu efeito primário no sítio ativo dessa enzima, embora alguns também possuam ações diretas nos receptores nicotínicos
Ocorre portanto acúmulo de acetilcolina na fenda sináptica
Conceito
Fisostigmina
Alcalóide encontrado em plantas
Aumento da motilidade intestinal e da bexiga – tratamento de atonia
Miose e glaucoma
Efeitos adversos: convulsões e bradicardia e redução da PA.
Anticolinesterásicos Reversíveis
Neostigmina
Mais polar que fisostigmina – não entra no SNC
Composto sintético – miastenia grave (MG)
MG : anticorpo anti-receptor nicotínico
Piridostigmina e ambenônio: outros inibidores da Achcolinesterase - MG
Anticolinesterásicos Reversíveis
PROSTIGMINE
Efedrônio
Absorção mais rápida e ação mais curta que a neostigmina
Diagnóstico da miastenia grave (MG)
Anticolinesterásicos Reversíveis
 São substâncias tóxicas utilizadas como armas químicas e/ou inseticidas
São representados pelos organofosforados: paration, malation, sarin, soman e tabun
Apenas o isoflurofato (ecotiofato) é utilizado na terapêutica
Anticolinesterásicos de ação irreversível
São altamente lipossolúveis
Sofrem hidrólise lenta no plasma, rins, fígado e pulmões sendo excretados principalmente pela urina
Anticolinesterásicos de ação irreversível
Medidas para o tratamento de intoxicação por Inibidores da Colinesterase 
Manutenção dos sinais vitais: respiração em particular
Descontaminação para impedir qualquer absorção posterior:
-remoção das roupas, lavagem da pele, lavagem gástrica, uso de laxantes
Medidas para o tratamento de intoxicação por Inibidores da Colinesterase 
Administração de oxigênio
Em caso de convulsões administração de diazepam (5 a 10 mg/kg)
Atropina parenteral em altas doses para controlar os sinais de excesso muscarínico
A terapia inclui tratamento com Pralidoxima
Reativadores da Colinesterase
PRALIDOXIMA
Reativa a ACh-E bloqueada
 Tem alta afinidade pelo fósforo formando uma fosforiloxima - desloca o organofosforado, desde que administrada antes do envelhecimento da ligação
ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS
Alcalóides naturais atropina e escopolamina;
Derivados semi-sintéticos desses alcalóides;
Congêneres sintéticos, dentre os quais alguns mostram seletividade para determinados subtipos de receptores muscarínicos.
BLOQUEADORES COLINÉRGICOS
 Grupo de fármacos que reduzem a atividade da Ach e/ou agonistas colinérgicos.
ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS
Atropa belladonna (erva-moura mortal)
ÁTROPOS + BELLADONNA =
Atropa belladonna
MIDRÍASE
Datura stramonium
Figueira-do-inferno ou estramônio
Hyoscyamus niger 
Meimendro negro
ATROPINA
ESCOPOLAMINA
Antagonistas Muscarínicos
Atropina
Escopolamina
Homatropina
Pirenzepina
Ipratrópio
 Tiotrópio
Tolterodina
Ciclopentolato
39
MECANISMO DE AÇÃO
Composto
Propriedade farmacológica
Usos Clínicos
Atropina
-boca seca
-visão borrada
-taquicardia
Constipação
ATROVERAN
Antagonista nãoseletivo;
Bemabsorvido porv.o.;
Em dose clínicas, pequena penetração da BHE;
Estimulante do SNC.
Adjuvante na anestesia (redução das secreções,broncodilatação);
Envenenamentoporanticolinesterásicos;
Bradicardia;
Hipermotilidadegastrointestinal.
Escopolamina
Similar à atropina;
Maiorpenetração da BHE;
Depressor do SNC.
Como a atropina;
Cinetose(ENJÔONAVIO, AVIÃO)
Sedação(memória curta)
Ipratrópio
(brometo)
ATROVENT
Similar ao anterior;
Não inibe a depuraçãomucociliardos brônquios.
Para asma e bronquite porviainalatória.
Manejo da DPOC
Antagonistas Muscarínicos
Composto
Propriedade farmacológica
Usos Clínicos
Nicotina
Aumento da PA e FC
Peristaltismo e secreções
nenhum
Trimetafano
Bloqueadorganglionar nicotínico competitivo
Hipertensão de emergência
(edema pulmonar e aneurisma aórtico)
Mecamilamina
Bloqueadorganglionar nicotínico competitivo
Hipertensão moderadamente grave a grave
Bloqueadores ganglionares
Receptores nicotínicos dos gânglios
Não-seletivos: atuam em gânglios simpáticos e parassimpáticos
Ineficácia como bloqueadores neuromusculares
Bloqueadores neuromusculares
Receptores nicotínicos da placa motora do músculo esquelético
Clinicamente úteis para relaxamento muscular (cirurgia)
Bloqueadores não-despolarizantes e despolarizantes
BLOQUEADORES NÃO DESPOLARIZANTES
CURARE
Tubocurarina, mivacúrio, atracúrio (IV)
Despolarização - contração
Bloqueador NDP
Bloqueadores neuromusculares
BLOQUEADORES DESPOLARIZANTES
Succinilcolina – NÃO DEGRADADO PELA ACETILCOLINESTERASE
Na+
Na+
+ + + 
+ + + 
FASE I
Despolarização
Persistente
- Fasciculações transitórias seguidas de paralisia flácida 
FASE II
Repolarização da membrana
Receptor dessenbilizado aos efeitos da Acetilcolina
Indicação terapeutica: intubação rápida endotraqueal (anestesia)

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