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1 INTRODUÇÃO 
Doenças do colágeno são chamadas de colagenoses e correspondem a um grupo de doenças com características autoimunes que vários órgãos inclusive o pulmão. Elas apresentam manifestações intratorácicas que podem ser assintomáticas ou sintomáticas e com graus variados de gravidade (SILVA, MÜLLER, 2008).
De acordo com Ester 1997, as colagenoses são também chamadas de doenças do tecido conectivo, é um grupo heterogêneo de doenças inflamatórias mediadas imunologicamente, que exibem um amplo espectro de manifestações sistêmicas. Os pulmões são frequentemente afetados e envolvimento do sistema respiratório é variável com as diferentes patologias e com os critérios usados em seu diagnóstico, sejam eles clínicos, radiológicos, funcionais ou histológicos. 
As doenças do colágeno que mais comumente cursam com comprometimento intersticial e que possuem maior significância clínica incluem: artrite reumatoide, esclerose sistêmica progressiva, lúpus eritematoso sistêmico, dermatopolimiosite, doença mista do tecido conjuntivo e síndrome de Sjögren (SILVA, MÜLLER, 2008).
O padrão e a frequência de comprometimento intratorácico dependem do tipo específico de doença do colágeno, que pode envolver um ou vários compartimentos simultaneamente, tais como alvéolo, interstício, vasos, tecido linfático, vias aéreas e pleura. As manifestações pulmonares mais comuns incluem as pneumonias intersticiais difusas e a hipertensão pulmonar, que em conjunto representam as principais causas de mortalidade e morbidade nesses pacientes. É importante salientar que as doenças pulmonares em pacientes com colagenose podem ser decorrentes não apenas da própria doença de base, mas também da terapêutica instituída, ocasionando da-
2 OBJETIVO 
2.1 Objetivo Geral 
Descrever sobre as Doenças relacionadas ao colágeno.
2.2 Objetivo Específicos
Descrever as características do colágeno. 
3 METODOLOGIA 
Para embasamento teórico foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando bancos de dados como Scielo, Lilacs, BVS e livros acadêmicos normatizados de acordo com o preconizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
4 DESENVOLVIMENTO
4.1 Colágeno 
O colágeno constitui um tipo de família de proteínas selecionadas durante a evolução para exercer diferentes funções, principalmente estruturais. Durante o processo de evolução dos organismos, a família de um grupo de proteínas estruturais influenciada pelo meio ambiente e pelas necessidades funcionais do organismo dos animas modificou-se e adquiriu variáveis graus de rigidez, elasticidade e força de tensão. Esta proteínas são conhecidas coletivamente como colágeno, e os principais exemplos dos vários tipo de colágenos são encontrados na pele, osso, cartilagem, músculo liso e lâmina basal (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2004).
O colágeno é o tipo mais abundante de proteína do organismo, representando 30% do seu peso seco. Os colágenos dos vertebrados constituem uma família de proteína produzidas por diferentes tipos de células e se distinguem pela sua composição química, características morfológicas distribuição, funções e patologias . A família dos colágenos é composta por mais de vinte tipos geneticamente diferentes. De acordo com a sua estrutura e função os colágenos podem ser classificados nos seguintes grupos (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2004).
Colágenos que formam longas fibrilas: as fibrilas longas de colágeno são formadas pela agregação de moléculas de colágeno do tipo I, II, III,V e IX, que se agregam para forma fibrilas claramente visíveis ao microscópio eletrônico. O colágeno do tipo I é o mais abundante, sendo amplamente distribuído no organismo. Ele ocorre como entruturas classicamente denominadas de fibrilas de colágeno e que formam ossos, dentina, tendões, cápsulas de órgãos, derme (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2004).
Colágenos associados a fibrilas: são estruturas curtas que ligam as fibrilas de colágenos umas Às outra e a outros componentes da matriz extracelular. Pertencem a este grupo os colágenos do tipo IX e XII (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2004).
Colágeno que forma rede: o colágeno cujas moléculas se associam para formar uma rede é o colágeno do tipo IV, um dos principais componentes estruturais das lâminas basais, onde tem o papel de aderência e de filtração (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2004).
Colágeno de ancoragem: é o tipo VII e está presente nas fibrilas que ancoram as fibras de colágeno à lâmina basal (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2004).
Figura 1: Tipos de Colágeno.
Fonte: JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2004.
A síntese de colágeno foi inicialmente associada a um grupo restrito de células do conjuntivo como os fibroblastos, osteoblastos, condroblastos e osteoblastos. Atualmente, entretanto, existem suficientes evidências que mostram que vários outros tipos de células produzem esta proteína. Os principais aminoácidos que constituem o colágeno são a glicina (33,5%), a prolina (12%) e a hidroxiprolina (10%). Alguns aminoácidos como a hidroxiprolina e a hidroxilosina são característicos do colágeno (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2004).
As fibrilas de colágeno são formadas pela polimerização de unidades moleculares alongadas denominadas tropocolágeno, que medem 280 nm de comprimento e 1,5 nm de espessura. O tropocolágeno consiste em três subunidades (cadeias polipeptídicas) arranjadas em tríplice hélice. A sequencia de aminoácidos de todos os colágenos é caracteristicamente reconhecido por possuir o aminoácido glicina repetido a cada terceira posição da sequencia. Os vários tipos de colágeno resultam de diferenças na estrutura química destas cadeias polipeptídicas (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2004).
4.2 Alterações do Colágeno
Modificações nas fibras colágenas podem ocorrer por:
- Defeitos genéticos que comprometem a estrutura, síntese ou degradação do colágeno;
- Alterações adquiridas que interferem na sua síntese ou degradação.
As alterações do colágeno por defeitos genéticos são raras, tanto em humanos como em outros mamíferos. São conhecidas mutações nos genes que codificam as cadeias alfa ou nos genes que controlam as modificações pós-translacionais da molécula e sua degradação. As doenças resultantes são geralmente complexas e manifestam-se na pele (elasticidade e resistência alterada), vasos sanguíneos (aneurisma, porque alguns defeitos são comuns ao elástico), e ossos (onde o colágeno é constituinte importante da matriz). As investigações para se detectarem tais defeitos são complexas e incluem: - quantificação dos diferentes tipos de colágenos (a relação entre eles) em biópsias geralmente da pele; - determinação da solubilidade do colágeno e de seu comportamento diante da ação de colagenases; - avaliação do metabolismo do colágeno, medindo a excreção urinária de hidrociprolina ou a quantidade peptídeos derivados dos colagenólise no plasma;- análise morfológica das fibras colágenas aos ML e ME;- estudos da função de fibroblastos do paciente em cultura, o que permite conhecer a atividade das enzimas que participam do processo de síntese da proteína.
Defeitos adquiridos do colágeno decorrem de agressões que perturbam os mecanismos pós-transcricionais de sua síntese: 
- Carência de vitamina C leva a hidroxilação deficiente do colágeno, o que compromete também a glicosilação e a formação de ligações cruzadas. É o que acorre no escorbuto, no qual há alterações da membrana basal por modificações no colágeno tipo IV (normalmente muito glicosilado), levando a fragilidade capilar e hemorragias. Além disso, há comprometimento dos alvéolos dentários e da dentina, podendo aparecer deformidade ósseas.
- A semente de ervlha-de-cheiro contém inibidores da lisil oxidade. A ingestão dessa semente causa a doença conhecida como latirismo, que se manifesta por deformidades ósseas e aneurismas, pois nela a elastina também está alterada. 
-Existem drogas que inibem a prolina-hodroxilase ou impedem a formação de ligações cruzadas. A utilização dessas drogas durante a gravidez pode provocar alterações graves nas fibras colágenas dofeto. 
- Algumas doenças metabólicas podem induzir acúmulo de metabólicos inibidores da síntese do colágeno. Na alcaptonúria e na homocistinúria, há acúmulo de ácido homogentísico e de homocistina, ambos bloqueadores da atividade da lisil oxidase. 
-Degradação excessiva do colágeno ocorre por ação de colagenases liberada por células fagocitárias nos locais de inflamação. 
4.2 Colagenoses
Artrite Reumatoide 
A artrite reumatóide é uma doenla inflamatoria que envolve pequena articulações das estremidades, particulamente dos dedos, cem com articulações maiores, incluindo ombros os cotovelos, os joelhos e os tornozelos. Caracteriza-se por inflamação da sinóvia associada À destruição da cartilagem articular e óssea, com um quadro morfológico sugestivo de uma resposta imunólogica local. As resposta imunologicas celular e humoral podem contribuir para desenvolvimento de sinovite (ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2008).
As células T CD4, os linfócitos B ativados, os plasmócitos e os macrófagos, bem como outros tipos de células inflamatórias, são encontradas na sinóvia inflamada, e nos casos graves, podem estar presentes foliculos linfóides bem-formados com centros germinativos. Numerosas citocinas, incluindo IL-1, IL-8, TNF e IFN-y, tê, sido detectadas no líquido sinovial (articulação). Acredita-se que as citocinas, especialmente o TNF, ativem as células sinoviais residentes a produzir enzimas proteolíticas, como a colagenase que medeiam a destruição da castilagem, dos ligamentos e dos tendões das articulações. Muitas das citocinas que desempenham um papel no inicio da destruição articular provavelmente são produzidas em decorrencia da ativação de células T e macrófagos locais (ABBAS, LICHTMAN, PILLAI, 2008).
Lúpus eritematoso sistêmico (LES)
 O LES é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica de causa desconhecida e de natureza autoimune, caracterizada pela presença de diversos auto anticorpos. Desenvolve manifestações clínicas polimórficas, com períodos de exacerbações e remissões (SATO, 2002).
O desenvolvimento da doença está ligada à predisposição genética e aos fatores ambientais como luz ultravioleta e alguns medicamentos, porém sua etiologia exata ainda não é esclarecida (SATO, 2002).
O Lúpus Sistêmico chega a afetar quase todos os órgão e sistemas e não fica limitado à pele. Essa variação de lúpus, em algumas pessoas, pode surgir na pele, como que é chamada de Discóide, mas também provoca lesões nas articulações, já em outras podem predominar as articulações, rins, pulmões e outros órgãos (VIANNA, SIMÕES, INFORZATO, 2010).
Como foi citado, existem diversas manifestações cutâneas do Lúpus eritematoso. Estas podem ser divididas em específicas e inespecíficas de acordo com as suas características clínicas e histológicas. As lesões cutâneas específicas são classificadas como: lesão aguda, subaguda e crônica. Estas lesões ocorrem exclusivamente no Lúpus eritematoso, diferente das lesões inespecíficas, que são encontradas também em outras doenças (VIANNA, SIMÕES, INFORZATO, 2010).
Esclerose sistêmica progressiva
 A esclerose sistêmica progressiva é uma doença autoimune de etiologia desconhecida, caracterizada com vasculopatia fibrótica e acúmulo difuso de proteínas na matriz extracelular. No envolvimento pulmonar há inflamação e fibrose do interstício, alvéolos e tecido peribrônquico, a vasculopatia pode ocasionar hipertensão pulmonar mesmo na ausência de fibrose significativa (GASPARETTO et al.,2005). 
Os pacientes com esclerose sistêmica progressiva frequentemente desenvolvem doença intersticial pulmonar, embora as anormalidades pulmonares sejam incomuns nas fases iniciais da doença. Como consequência, estes pacientes são investigados a fim de permitir o diagnóstico precoce do acometimento pulmonar pela esclerodermia (GASPARETTO et al.,2005).
Referencia 
ABBAS, A. K. ; LICHTMAN, A. H., PILLAI, S. Imunologia celular e molecular. 6a ed., Rio de Janeiro, Elsevier, 2008. 427-31p. 
SILVA, C. Isabela S.; MÜLLER, Nestor L.. Manifestações intratorácicas das doenças do colágeno na tomografia computadorizada de alta resolução do tórax*. Radiol Bras. 2008 Mai/Jun;41(3):189–197. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-39842008000300012&script=sci_arttext. Acesso em: 21/11/2014.
SATO, Emilia Inoue et al. Consenso brasileiro para o tratamento do lúpus eritematoso sistêmico (LES). Revista Brasileira de Reumatologia. Vol 42, nº 6. Nov- Dez 2002. Disponível em: http://cidmed.com.br/pdf/lupus.pdf. Acesso em: 21/11/2014.
VIANNA, Rodrigo; SIMÕES, Manuel Jesus; INFORZATO, Heraldo C. Borges. LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO. Revista Ceciliana Jun 2(1):1-3, 2010. Disponível em: http://sites.unisanta.br/revistaceciliana/edicao_03/1-2010-1-3.pdf. Acesso em: 21/11/2014.
GASPARETTO, Emerson. L. et al. Esclerose sistêmica progressiva: aspectos na tomografia computadorizada de alta resolução. Revista Radiologia Bras. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rb/v38n5/a04v38n5. Acesso em: 21/11/2014.
JUNQUEIRA, Luiz.C; CARNEIRO, José. Histologia Básica. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 10º Ed, 2004. Pag, 103-18.

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