Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
113 CICLO CELULAR Cap. 8 ASPECTOS GERAIS A manutençªo de um organismo vivo se dÆ por uma sØrie de processos celulares e bioquí- micos que estªo submetidos a rigorosos contro- les. Dentre esses processos estÆ a divisªo celular, essencial para o crescimento e desenvolvimento normal do organismo. A proliferaçªo celular Ø importante em pelo menos duas situaçıes: primeiro, durante a em- briogŒnese, em que existe a necessidade de for- maçªo de cØlulas que irªo constituir o novo organismo; e segundo, quando o organismo jÆ formado precisa repor cØlulas perdidas, natural ou acidentalmente. A divisªo celular Ø o mecanismo pelo qual as cØlulas se reproduzem, gerando, a partir de uma cØlula-mªe, duas cØlulas-filhas idŒnticas. Essas cØlulas-filhas podem, por sua vez, crescer e se dividir, dando origem a uma populaçªo de cØlu- las. Veremos, neste capítulo, como uma cØlula normal se divide e discutiremos os processos bioquímicos envolvidos no estímulo e no con- trole da proliferaçªo celular. A divisªo celular deve ser rigorosamente con- trolada de maneira a assegurar que as cØlulas Ciclo Celular passem por todas as fases do ciclo celular e que tambØm mantenham seu conteœdo genØtico in- tacto. Nos eucariotos a progressªo atravØs do ciclo celular Ø controlada em dois níveis: exter- namente, pelos fatores de crescimento, hormô- nios e seus respectivos receptores, que ativam cascatas de sinalizaçªo intracelular, gerando, como resposta, a divisªo; e, internamente, pelo balanço das atividades das proteínas quinases, fosfatases e ciclinas. Falhas no controle dos pro- cessos envolvidos na divisªo celular levam, em geral, à morte celular por apoptose ou à trans- formaçªo maligna. A importância da proliferaçªo controlada das cØlulas pode ser claramente compreendida quan- do analisamos a embriogŒnese. Nesse processo, após a fertilizaçªo, ocorrem milhıes de divisıes celulares seguidas de diferenciaçªo celular. To- dos esses eventos devem ser muito bem contro- lados e coordenados para que se forme um novo organismo. Da mesma maneira, no processo de reposiçªo celular existem mecanismos de con- trole que indicam quando Ø necessÆrio que se iniciem as divisıes celulares e tambØm quando esse processo deve cessar. MarimØlia A. Porcionatto Lœcia O. Sampaio Leny Toma Yara M. Michelacci Helena B. Nader 114 VOL. 1 BASES MOLECULARES DA BIOLOGIA, DA GENÉTICA E DA FARMACOLOGIA Cap. 8 CICLO CELULAR Podemos dividir o ciclo celular em duas eta- pas bem definidas. Uma delas Ø a interfase, pe- ríodo em que ocorre crescimento celular e duplicaçªo dos cromossomos e organelas celu- lares. O outro período Ø a mitose propriamente dita, processo pelo qual a cØlula divide o mate- rial duplicado durante a interfase entre as duas cØlulas-filhas. Fases do Ciclo Celular Uma cØlula eucariótica em cultura, por exem- plo, fibroblasto humano, se divide a cada 24 ho- ras, aproximadamente. A mitose pode ser acompanhada por microscopia e Ø possível visua- lizar cada fase desse período: prófase, metÆfase, anÆfase e telófase. Entretanto, antes da mitose, durante a interfase, as cØlulas estªo aparentemen- te paradas, ou seja, nªo Ø possível, com a tecno- logia disponível atualmente, visualizar modificaçıes no citoplasma ou no nœcleo da cØlula durante essa fase. PorØm, durante a interfase, a cØlula estÆ em franca atividade, sintetizando os componentes que irªo constituir as cØlulas-filhas. A mitose propria- mente dita dura, em geral, uma hora, em pratica- mente todos os tipos celulares, enquanto a interfase tem uma duraçªo variÆvel, dependendo do tipo celular analisado. A replicaçªo do DNA ocorre durante um de- terminado período da interfase, denominado fase S (S de síntese de DNA) que dura, em mØdia, oito horas. Entre o final da mitose, tambØm de- nominada fase M, e o início da fase S, hÆ um intervalo, chamado de fase G1 (G de gap = in- tervalo), cuja duraçªo varia de cØlula para cØlu- la. Um segundo intervalo existe entre o final da fase S e o início da fase M, denominado fase G2. Portanto, a interfase Ø composta da sucessªo das fases G1, S e G2 (Fig. 8.1)1. CØlulas que nªo estªo proliferando, tambØm denominadas quiescentes, estªo em um estado especial de G1 chamado de G0. G0 e fase G1 CØlulas diferenciadas, in vivo, por exemplo hepatócitos e neurônios, podem permanecer num estado nªo-proliferativo ou quiescente (G0) por longos períodos de tempo. CØlulas normais em cultura tambØm podem entrar em G0. A entra- Fig. 8.1 Representaçªo esquemÆtica das fases do ciclo celular de uma cØlula eucariótica. da de cØlulas em cultura no estado quiescente pode ser obtida pelo cultivo das mesmas na ausŒncia total ou parcial de fatores de crescimento. Culturas de cØlulas normais quando atingem confluŒncia total tambØm entram em G0. CØlulas em G0 tŒm o DNA nªo duplicado como as cØlulas em G1, porØm, diferem em mui- tos outros aspectos. Em G0, a atividade de vÆ- rias enzimas e as velocidades de síntese de macromolØculas e de transporte transmembra- na sªo mais baixas do que nas cØlulas em G12. Na fase G1, as cØlulas se preparam para a entrada na fase de síntese de DNA (fase S). Para sair de G0 e entrar em G1 as cØlulas necessitam de fatores de crescimento3. Os fatores de cresci- mento podem ser classificados em fatores de competŒncia, que permitem que a cØlula inicie o processo de divisªo celular e em fatores de pro- gressªo, que fazem com que a cØlula progrida atravØs do ciclo celular4. Fase S, Fase G2 e Fase M Durante a fase S do ciclo celular todo o DNA contido no nœcleo deve ser duplicado completa- mente e com precisªo. O nœcleo Ø induzido a entrar em S por sinais moleculares que vŒm do citoplasma5. Um nœcleo que completa a fase S e entra na fase G2 tem seus cromossomos condensados e segue para a mitose (fase M)6 Essa fase Ø um 115 CICLO CELULAR Cap. 8 período de preparaçªo para a produçªo de fato- res cruciais que disparam a mitose. A fase M Ø a mitose propriamente dita, onde ocorre a sepa- raçªo das duas novas cØlulas formadas. CONTROLE DA PROLIFERA˙ˆO CELULAR Levando-se em consideraçªo o que foi ex- posto aqui, fica evidente que a proliferaçªo ce- lular Ø um fenômeno bastante complexo que envolve tanto fatores extracelulares (p. ex., os fatores de crescimento) quanto fatores intrace- lulares (p. ex., as ciclinas). Para que uma cØlula normal se divida, gerando cØlulas-filhas idŒnti- cas, Ø necessÆrio que todos os mecanismos ce- lulares funcionem corretamente e que haja um controle muito rigoroso de todo o processo. Esse controle Ø feito em determinados pontos do ci- clo que sªo chamados de pontos de verifica- çªo (checkpoints) (Fig. 8.2)7,8. Por exemplo, em eucariotos a mitose Ø dependente da completa replicaçªo do DNA. A falha ou eliminaçªo des- ses controles pode resultar na morte celular, in- fidelidade na distribuiçªo dos cromossomos ou organelas, ou ainda num aumento da suscepti- bilidade a agentes nocivos à cØlula, tais como agentes que causam danos ao DNA. FATORES DE CRESCIMENTO Os fatores de crescimento foram inicialmente descobertos quando se observou que fibroblas- tos em cultura proliferavam em meio suplemen- tado com soro, mas nªo em meio contendo plasma. Um dos eventos da coagulaçªo do san- gue Ø a liberaçªo do conteœdo dos grânulos se- cretórios das plaquetas. Um dos componentes desses grânulos foi identificado como o respon- sÆvel pelo efeito proliferativo sobre os fibroblas- tos em cultura. Esse composto, chamado PDGF (Platelet-derived Growth Factor), Ø uma glico- proteína que se liga a um receptor específico que estÆ presente na membrana plasmÆtica das cØlu- las, estimulando-as para a divisªo. A Tabela 8.1 apresenta alguns fatores de cres- cimento sintetizados por diferentes tipos celula- res, mostrando os principais efeitos biológicos desses compostos. Em geral, cØlulas normaisre- querem mais de um fator de crescimento para passar pelos pontos de restriçªo de G0/G1. Esses fatores sªo conhecidos como fatores de compe- tŒncia (quando agem no início de G1) e fatores de progressªo (quando direcionam a cØlula atravØs de G1). Dentre os fatores de competŒncia estÆ o PDGF, enquanto que EGF (Epidermal Growth Factor), IGF (Insulin-like Growth Factor) e FGF (Fibroblast Growth Factor) estªo entre os fatores de progressªo. AlØm do efeito proliferativo, alguns fatores de crescimento sªo importantes na diferenciaçªo e sobrevivŒncia da cØlula, como, por exemplo, o NGF (Nerve Growth Factor), que promove a so- brevivŒncia de neurônios. CICLINAS A compreensªo dos eventos moleculares que ocorrem no citoplasma durante o ciclo celular Fig. 8.2 Pontos de verificaçªo do ciclo celular de uma cØlula eucariótica. Fatores de progressão (EGF) Fatores de competência (PDGF) 116 VOL. 1 BASES MOLECULARES DA BIOLOGIA, DA GENÉTICA E DA FARMACOLOGIA Cap. 8 tem avançado muito nos œltimos anos. Estudos feitos em fungos e embriıes de eucariotos nªo- mamíferos identificaram uma sØrie de proteínas que tŒm papel regulatório durante o ciclo. Outros experimentos revelaram que essas pro- teínas regulatórias tambØm estªo presentes e ati- vas em cØlulas de mamíferos. Dentre essas molØculas a primeira a ser descrita e estudada foi uma quinase com peso molecular de 34 kDa, que Ø conhecida por diversos nomes, entre eles quina- se p34, MPF quinase (M-phase promoting factor kinase) e quinase cdc2/28*10-12. Em cØlulas de mamíferos o papel dos genes relacionados ao cdc2/28 parece estar associado à mitose e tam- bØm à passagem do ponto de restriçªo em G1. A atividade enzimÆtica da quinase p34 em eucariotos inferiores flutua durante o ciclo celu- lar, embora a proteína p34 esteja presente num nível constante. A atividade dessa quinase Ø maior nas fronteiras entre G1 e S, e na transiçªo da fase G2 para M1. Nesses pontos específicos do ciclo celular, a quinase ativa fosforila determinadas proteí- nas-alvo, resultando no direcionamento da cØlula para as fases S ou M. Embora este con- trole ainda nªo tenha sido demonstrado con- clusivamente, pode-se especular sobre quais proteínas-alvo devam ser fosforiladas pelas quinases nas fronteiras G1/S e G2/M. Por exem- plo, quando a cØlula entra na fase M, diversas modificaçıes celulares acontecem, incluindo o desarranjo do envelope nuclear, a condensaçªo dos cromossomos, e a perda da adesªo ao subs- trato resultando no arredondamento da cØlula. Quando a cØlula se direciona para a mitose, al- guns dos candidatos a substrato para a quinase p34 sªo a histona H1 e as laminas nucleares13. Da mesma maneira, alvos potenciais das qui- Tabela 8.1 Funçıes de Alguns dos Principais Fatores de Crescimento Fator de Crescimento Composiçªo Principais Atividades PDGF (platelet-derived AA, AB ou BB estimula a proliferaçªo do tecido conjuntivo e growth factor) cadeia A = 125aa de cØlulas nervosas cadeia B = 160aa EGF (epidermal growth 53aa estimula a proliferaçªo de vÆrios tipos celulares factor) IGF-I; IGF-II (insulin-like 70aa; 73aa colaboram com PDGF e EGF; growth factor) estimulam a proliferaçªo de adipócitos e cØlulas do tecido conjuntivo TGF- b (transforming 2 cadeias de 112aa pontecializa ou inibe a resposta da maioria das growth factor b) cØlulas a outros fatores, dependendo do tipo de cØlula; regula a diferenciaçªo de alguns tipos celulares FGF (fibroblast growth acídico: 140aa estimula a proliferaçªo de muitos tipos celulares, factor) bÆsico: 146aa incluindo fibroblastos, cØlulas endoteliais e mioblastos IL-2 (interleukin-2) 153aa estimula a proliferaçªo de linfócitos T NGF (nerve growth promove o crescimento de axônio; factor) garante a sobrevivŒncia de neurônios *cdc = cell division control genes: genes que foram identifi- cados em diferentes espØcies de fungos (CDC para genes de Saccharomyces cerevisiae e cdc para genes de Schizo- saccharomyces pombe). A nomenclatura cdc2/28 refere-se aos genes de levedura que estªo relacionados com o con- trole da divisªo celular nesses organismos. Os primeiros genes foram identificados em mutantes sensíveis à tempe- ratura, e atualmente sªo conhecidos mais de 50 genes. O gene CDC2, em leveduras, codifica para a subunidade ca- talítica da DNA polimerase III, enquanto o gene CDC28 codifica para uma proteína que se associa às ciclinas e pos- sui homólogos em todos os eucariotos. 117 CICLO CELULAR Cap. 8 nases na transiçªo G1 fi S incluem vÆrias enzi- mas e polimerases envolvidas na síntese de DNA. As proteínas responsÆveis pela ativaçªo das quinases nas transiçıes G1fi S e G2fi M sªo chamadas de ciclinas. As ciclinas sªo sintetiza- das e acumuladas durante cada ciclo celular, quando entªo se ligam e ativam as quinases de- pendentes de ciclina ou cdks (cyclin-dependent kinases) (Fig. 8.3)14,15. No caso das cØlulas de mamíferos, a cdk p34cdc2, juntamente com sua subunidade regu- Fig. 8.3 Perfil de síntese e degradaçªo de ciclinas correlacionado com a variaçªo da atividade enzimÆtica da quinase p34. latória, a ciclina B, controla a entrada e a saída da cØlula na mitose, e seu estudo tem servido como paradigma para a investigaçªo de outras ciclinas e cdks16. O controle da atividade desse complexo se dÆ atravØs de uma sØrie de fosforilaçıes e des- fosforilaçıes do complexo ciclina-cdk. A ciclina B nªo pode ser detectada no início de G1, no entanto, sua síntese Ø contínua durante a interfase, atØ atingir um determinado nível jus- tamente quando a cØlula chega à transiçªo G2fi M. Nesse ponto, a ciclina ativa a quinase p34 resul- tando na entrada da cØlula na fase M. Aproxi- Fig. 8.4 Papel das fosforilaçıes e desfosforilaçıes dos resíduos de treonina (Thr) e tirosina (Tyr) na ativaçªo da quinase p34 nas diferentes fases do ciclo celular. 118 VOL. 1 BASES MOLECULARES DA BIOLOGIA, DA GENÉTICA E DA FARMACOLOGIA Cap. 8 Fig. 8.5 Síntese e degradaçªo da ciclina B ao longo do ciclo celular. Fig. 8.6 SeqüŒncia de aminoÆciods das caixas de destruiçªo das ciclinas. madamente na metade da mitose, a ciclina Ø de- gradada, a quinase p34 Ø inativada por fosforila- çªo e os eventos do início da mitose sªo revertidos durante a telófase: os cromossomos desconden- sam, o envelope nuclear Ø refeito e as cØlulas ade- rem ao substrato15. De fato, o controle da atividade do comple- xo ciclina-cdk se dÆ por fosforilaçıes e desfos- forilaçıes da quinase. Por exemplo, a p34 Ø fosforilada nos resíduos de treonina 14 (T14), tirosina 15 (Y15) e treonina 167 (T167), for- mando um complexo inativo com a ciclina. Es- sas duas fosforilaçıes só ocorrem quando a p34 estÆ ligada a ciclina, e a remoçªo desses dois grupamentos fosfato Ø essencial para a ativaçªo do complexo. A fosforilaçªo da tirosina 15 inibe a atividade da quinase, e a fosforilaçªo da treo- nina 167 Ø necessÆria para a atividade. Quando os resíduos T15 e T167 estªo fosforilados o com- plexo Ø inativo, mostrando uma dominância da fosforilaçªo inibitória (Fig. 8.4). A degradaçªo das ciclinas ocorre por pro- teólise mediada por ubiquitinaçªo (Fig. 8.5). No final da mitose, o complexo ciclina B-cdk pro- move a ativaçªo do sistema de poliubiquitinaçªo que, atravØs da adiçªo de ubiquitina à ciclina, levarÆ à sua degradaçªo com a conseqüente ina- tivaçªo da cdk. A adiçªo de ubiquitina Ø direcio- 119 CICLO CELULAR Cap. 8 nada por uma seqüŒncia de nove aminoÆcidos, chamada de caixa de destruiçªo que Ø comum às ciclinas (Fig. 8.6)16. Existe um mecanismo similar ocorrendo na transiçªo G1 fi S. As ciclinas dessa fase, as cicli- nas D, tambØm sªo sintetizadas e degradadas de maneira oscilatória, ou seja, elas começam a ser sintetizadas e degradadas no início de G1, atin- gem um pico no final dessa fase,quando entªo ativam a quinase p34 e a síntese de DNA15. A Fig. 8.7 mostra como as quinases dependentes de ciclinas interagem com as ciclinas durante a progressªo da cØlula atravØs do ciclo celular. BIBLIOGRAFIA 1. Armelin HA. Peptide growth factors and cell cycle control. Biomed. Pharmacother. 44:103-108, 1990. 2. Balczon R, Gard AL, Goodman SR, Kayes SG, Zimmer WE, Goodman AL. Cell Division. In Medical Cell Biology (S.R. Goodman, ed.), JB Lippincott Co., Philadelphia, USA, pp. 169-184, 1994. 3. Budd ME, Campbell JL. DNA polymerases delta and epsilon are required for chromossomal replication in Saccharomyces cerevisae. Mol. Cell Biol. 13:496- 505, 1993. 4. Cooper GM. MPF and progression to metaphase. In: The Cell: A Molecular Approach. ASM Press, Washington, D.C., pp. 579-581, 1997. 5. Cooper GM. Protein degradation. In: the cell: a molecular approach. Asm press, washington, d.c., pp. 305-307, 1997. 6. Evans T, Rosenthal ET, Youngblom J, Distel D, Hunt T. Cyclin: a protein specified by maternal mRNA in sea urchin eggs that is destroyed at each cleavage division. Cell, 33:389-396, 1983. 7. Hartwell LH, Weinert TA. Checkpoints: controls that ensure the order of cell cycle events. Science, 246:629-634, 1989. 8. Hunter T. Braking the cycle. Cell, 75:839-841, 1993. 9. Laskey R, Fairman MP, Blow JJ. S phase of the cell cycle. Science 246, 609-614, 1989. 10. Murray A. Cyclin ubiquitination: the destructive end of mitosis. Cell, 81:149-152, 1995. 11. Norbury C, Nurse P. Animal cell cycles and their control. Annu. Rev. Biochem, 61:441-470, 1992. 12. Nurse P. Ordering S phase and M phase in the cell cycle. Cell, 79:547-550, 1994. 13. Pardee AB. G1 events and regulation of cell proliferation. Science, 246:603-608, 1989. 14. Sherr CJ. Mammalian G1 cyclins. Cell, 73:1059-1065, 1993. 15. Sherr CJ. G1 phase progression: cycling on cue. Cell, 79:551-555, 1994. 16. Sorger PK, Murray AW. S-phase feedback control in budding yeast independent of tyrosine phosphorylation of p34cdc28. Nature 355:365-368, 1992. Fig. 8.7 Formaçªo dos complexos ciclina-cdks nas diferentes fases do ciclo celular.
Compartilhar