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É uma sequência ordenada de eventos que culmina na duplicação da célula A duplicação pode ser: 1. Unicelular: cada duplicação gera um organismo completo idêntico 2. Multicelular: são necessários vários ciclos de divisão para gerar um organismo completo (embrião) Mas, o ciclo apresenta uma característica universal, que é copiar e passar a informação genética para a próxima geração O problema dessa característica é a cópia de uma DNA errado que pode ser passado para as próximas gerações A duração varia de acordo com o tipo de célula Constituídos por fases: Fase M: mitose + citocinese - Mitose -> divisão nuclear - Citocinese -> divisão citoplasmática Interfase: G1 + S + G2 - Fase de preparação - S -> síntese e replicação e do DNA - G1 e G2 -> são fases de checagem para realizar concerto da célula ou enviar para apoptose. Além disso, ocorre duplicação da massa celular Fonte: Alberts (2017) São pontos de verificação, momentos de checagem para avaliar a presença de erros no processo Impede que essas mutações sejam repassadas para gerações futuras As mutações cancerígenas são decorrentes de um conjunto de mutações específicas Nem toda mutação que ocorre no corpo é deletéria (aquela que retira algo importante), uma vez que existem diferentes tipos de mutação A maioria das mutações são silenciosas e não afetam em nada o mecanismo celular, e isso decorre pelo fato de que grande parte do DNA é não codificante para proteínas, o que protege o código genético A verificação é realizada pela própria DNA polimerase, que quando encontra um erro já aciona mecanismos de reparo Os pontos de verificação apresentam proteínas que não atuar na região, ativando ou inativando proteínas-chaves envolvidas na replicação no DNA Ativam -> fosforilação -> proteína- cinase Inativam -> desfosforilação -> fosfatase Fonte: Alberts (2017) Complexo ciclina/CDK CDK: é uma proteína-cinase dependente de ciclina Ela já se encontra presente em todo o ciclo, mas se ativa apenas na presença da ciclina, por isso é dependente Ciclina: ativa a CDK Cicla ao longo do ciclo S-ciclina: aumenta no ponto de início e permanece até a mitose M-ciclina: aumenta na transição G2/M e reduz na metade da mitose Fonte: Alberts (2017) Fonte: Alberts (2017) Ao longo do ciclo, há diferentes tipos de ciclinas e CDKs, cada uma atuando em diferentes fases do ciclo celular Fonte: Alberts (2017) Ambas ativam as enzimas que irão trabalhar na síntese de DNA O complexo é regulado por fosforilação e desfosforilação A ativação do complexo depende da fosforilação Para que CDK funcione é necessário a ligação com a ciclina, até então o complexo ciclina-CDK se mantém inativo Mas, mesmo com a chegada da ciclina, o complexo ainda não se ativa por completo, a ligação da ciclina com a CDK apena induz a mudança conformacional da alça em T, liberando o sítio ativo do complexo Para a total ativação do complexo é necessária a fosforilação do P inibidor, o qual predomina sob o P ativador Dessa forma, entra em ação a proteína fosfatase-ativadora, que retira o P inibidor, permitindo a ativação completa do complexo ciclina-CDK Fonte: Alberts (2017) Enquanto a inativação ocorre pela desforforilação Acontece a degradação de ciclina O complexo ciclina-CDK ativo sofre ubiquitinação, que adiciona ubiquitina junto da ciclina Esse processo causa a destruição da ciclina, mas a CDK permanece No entanto, a CDK não funciona na ausência de ciclina, por isso o complexo se inativa Fonte: Alberts (2017) Esse controle por fosforilação e desfosforilação é importante para a manutenção do ciclo celular Há 3 pontos principais de checagem: 1. Ponto de início/restrição -> final da fase G1: comprometimento da célula na entrada do ciclo celular e na duplicação dos cromossomos - se relaciona a problemas com as condições extracelulares, quando não estão apropriadas para a proliferação celular 2. Transição de G2/M: sistema de controle dispara um evento mitótico precoce que acarreta alinhamento de cromossomos no eixo mitótico na metáfase - relacionado com problemas na realização da replicação de DNA -> a célula se mantém nessa transição caso algum problema seja detectado, até que este seja resolvido 3. Transição entre metáfase e anáfase: estimulação à separação das cromátides-irmãs, levando à conclusão da mitose e da citocinese Fonte: Alberts (2017) Controle durante a fase S Controlado pelo complexo S-CDK Fosforila Cdc6 para que o ORC funcione Dessa forma, permite que as enzimas de montagem de liguem no ORC (complexo de reconhecimento da origem) O complexo pré-replicativo é formado por: 1. Complexo de reconhecimento da origem (ORC) 2. Origem de replicação 3. Cdc6 4. Proteínas de pré-RC Existem diversas origens de replicação O início da replicação depende do ORC Mas para que ORC funcione, é necessário a saída de Cdc6 do complexo pré-RC, uma vez que ela impede que as proteínas que reconhecem a origem de replicação realizem a abertura do DNA para o início da leitura Por isso, entra em ação o complexo S- CDK que degrada a Cdc6, permitindo que as enzimas de montagem de liguem no ORC Com isso, se inicia a montagem da forquilha de replicação e culmina no término da replicação do DNA Fonte: Alberts (2017) Entrada na mitose O processo é dependente do complexo M-CDK Como já dito anteriormente, para que o processo se inicia, é necessária a ativação do complexo ciclina-CDK Dessa forma, deve haver o encontro da CDK com a M-ciclina Entretanto, ainda não é suficiente para a completa ativação Por isso, nesse momento, ocorre atuação de 2 cinases 1. Cinase ativadora (CAK) -> adiciona o fosfato ativador na CDK 2. Cinase inibidora (Wee1) -> adiciona o fosfato inibidor na CDK No entanto, o complexo permanece ativo Para a ativação é preciso a ação de uma fosfatase, a fosfatase ativadora (Cdc25), a qual retira/fosforila o P inibidor, permitindo a completa ativação do complexo M-CDK Fonte: Alberts (2017) A verificação é realiza pela proteína p53 A p53 é uma proteína de controle de dano ao DNA Pacientes com câncer costumam apresentar dano nessa proteína, por isso os defeitos não são corrigidos, podendo gerar células neoplásicas A p53 se mantém inativa na ausência se dano ao DNA, sendo degradada nos proteassomas No entanto, na presença de dano ao DNA, ocorre a ativação de proteínas-cinases que fosforilam a p53, estabilizando-a e ativando-a A p53 ativada se liga à região reguladora do gene p21 A p21 é que realiza o conserto e inibe a replicação Ela grampeia o complexo S-CDK, impedindo a liberação do ORC Com isso, não é possível realizar a leitura do DNA Fonte: Alberts (2017) Referências bibliográficas ALBERTS, Bruce e outros. Biologia molecular da célula. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
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