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* * * 3.5 – FILOSOFIA RENASCENTISTA a época: séculos XV e XVI (não há precisão cronológica) grandes navegações e grandes descobertas: povos, culturas efervescência cultural e política: descoberta de autores antigos contestação da soberania da Igreja três linhas de pensamento - partindo da filosofia grega: macrocosmo e microcosmo macrocosmo: o universo, a natureza é um grande organismo vivo microcosmo: o homem é um minúsculo organismo vivo no mundo no mundo: há ligações misteriosas, coisas a descobrir. O homem faz parte desse mundo e deve agir na natureza, descobrindo e ampliando esses vínculos como fazer isso: usar a magia natural, a alquimia, a astronomia, a observação dos astros e dos fenômenos naturais * * * - partindo dos pensadores italianos contra o poderio de papas e reis: defesa de ideais republicanos valorização da participação política diante do autoritarismo renascimento dos ideais de defesa da liberdade política - o homem é construtor do próprio destino o homem deve trazer para si a construção de sua própria vida por isso: valorizar a ciência, a busca de conhecimento, implantar novo modelo de regime político, valorizar as artes e a técnica como consequências disso: - críticas profundas à Igreja: movimentos de reforma - resposta da Igreja: movimentos de contra-reforma e intensificação da Inquisição, sobretudo Espanha, Itália e Portugal - destampar do caldeirão: não há como segurar mais as novas ideias nomes: Dante, Giordano Bruno, Maquiavel, Montaigne, Morus, Cusa * * * 3.6 – FILOSOFIA MODERNA 3.6.1 – ANTECEDENTES (João da Penha) quadro de transformações não há consenso geral sobre seu início: século XVI? transformações que favorecem: sociais, políticas e científicas - a ciência desbrava um horizonte novo: leis da mecânica celeste, o heliocentrismo, contribuições de Kepler, Copérnico etc - invenção da imprensa - rompimento com a escolástica e surgimento de novas doutrinas - duas tendências básicas: o empirismo e o racionalismo três grandes ideias - o intelecto humano é capaz de conhecer o homem é capaz de demonstrar a verdade dos conhecimentos o homem é capaz de refletir (entrar em si) e também é capaz de penetrar a realidade com sua inteligência * * * - tudo o que pode ser conhecido pode ser transformado em ideia o homem é capaz de trazer para dentro de sua inteligência todas as coisas, transformadas em ideia, em conceito - a partir daí, o homem pode transformar a natureza a realidade pode ser transformada pelo homem, a partir de suas novas ideias – surge a experimentação e são colocados os embriões da tecnologia como consequências disso - o homem pode conquistar a realidade, científica e tecnicamente, a partir de uma explicação mecânica do universo e da invenção das máquinas (tecnologia) - a vida ética pode ser perfeitamente racional, pois a razão humana pode governar e dominar as paixões e emoções - a razão também é capaz de definir qual o melhor regime político para cada sociedade e como mantê-lo racionalmente * * * 3.6.2 – FRANCIS BACON (1561-1626) Bacon repudia as doutrinas da escolástica e de Aristóteles defende: o que se chama de “indução baconiana” pela apreensão das características particulares dos fatos, pode-se chegar à verdade e pelo acúmulo de fatos, chega-se a verdades abstratas e gerais: método INDUTIVO é essencial a união do intelecto com a experiência: por isso, Bacon não aceita também a noção de ideias inatas, como defende o racionalismo – para ele, é válida a experiência sensível, o fato verificado, comprovado pela experiência Bacon: acredita também no avanço da técnica, do conhecimento, da ciência – isso possibilitará uma grande reforma do conhecimento e, consequentemente, da vida humana uma de suas obras importantes: Nova Atlântida, em que ele defende uma sociedade perfeita e ideal suas idéias influenciaram muito o pensamento inglês (o pragmatismo) e, por consequência, o americano * * * 3.6.3 – RENÉ DESCARTES (1596-1650) é o filósofo iniciador do grande movimento racionalista do século XVIII, que influenciou demais a filosofia contemporânea “penso; logo, existo” pensar e existir: duas categorias filosóficas fundamentais o pensar é uma certeza fundamental, imediata, evidente faz parte da própria essência do homem se o homem é capaz de pensar (evidência) = ele existe o pensar precede o existir dúvida metódica, cartesiana o sujeito do conhecimento: deve procurar sempre a verdade essa procura: constante, metódica, até que se ache a verdade por isso: a dúvida metódica será sempre provisória Conhecimento intelectual: é o verdadeiro conhecimento o conhecimento sensível: é causa de todo erro * * * 3.6.4 – IMMANUEL KANT (1724-1804) criticismo kantiano sua obra importante: “Crítica da Razão Pura” crítica: não é censura, reprovação, mas investigação, pesquisa pura: aquilo que não depende da experiência, que existe a priori por isso: sua obra pode ser traduzida assim: “investigação da razão que funciona independentemente da experiência” para superar empiristas e idealistas o conhecimento: consta de juízos analíticos e sintéticos analíticos: são juízos universais, necessários, frutos da dedução Sintéticos: são juízos individuais, baseados na experiência para ele: o conhecimento se constitui de matéria e forma matéria: são os próprios fenômenos, os acontecimentos, as coisas forma: as estruturas de conhecimento do sujeito que conhece CONHECIMENTO: resultado da experiência sensível organizada pelas estruturas de sensibilidade do sujeito que conhece * * * idealismo transcendental é dessa forma que o pensamento de Kant é conhecido transcendental: aquilo que é anterior a toda experiência o que vem do alto, da essência da natureza humana é idealismo porque: ainda que ele reconheça o valor da experiência, é o espírito que constrói a ordem do universo, graças às estruturas de sensibilidade, que existem a priori 3.6.5 – GEORG HEGEL (1770-1831) é o maior filósofo alemão de sua época, mestre do idealismo a força da ideia Hegel: procura explicar o mundo a partir da ideia, do conceito ideia, conceito: é a força criadora do universo, anterior a tudo é o início de todas as coisas a ideia é dinâmica, está em constante processo de mudança * * * filosofia do devir, do vir-a-ser o ser está em constante transformação, em devir o princípio da contradição: o ser caminha na direção do seu contrário = é o mais importante da filosofia corrente dialética aparece logo na filosofia grega: Heráclito de Éfeso - tudo está em processo de mudança: tudo é transitório, passageiro, está em mudança: o corpo humano, uma fruta, a natureza essa mudança: resultado do próprio dinamismo dialético do ser - esse processo: acontece de forma encadeada, como uma rede um processo é consequência de outro ou gera outro: há uma ação recíproca no processo - tudo se transforma no seu contrário: o processo dialético leva o ser a caminhar na direção de seu oposto, é sustentado pela existência dos contrários * * * - o ser possui dentro de si forças opostas: o ser é, ao mesmo tempo, ele próprio e seu contrário, contém em si os opostos TESE: uma força luta para conservá-lo como está ANTITESE: outra força o empurra para sair deste estado SINTESE: o ser se realiza nesse movimento dialético tese, antítese e síntese tese: é o pensamento, a ideia pura antítese: é a natureza, a matéria, o oposto da ideia síntese: é o espírito, pensamento e matéria, pois a ideia toma consciência de si mesma através da natureza para Hegel: o espírito também caminha numa relação dialética, na direção do seu aperfeiçoamento por isso: a síntese final de sua filosofia fala em “espírito absoluto”, em ideia plena
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