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Direito Penal Noções Fundamentais

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DIREITO PENAL - NOÇÕES FUNDAMENTAIS 
- Para cada questão existe apenas uma resposta certa. 
- Essa resposta deve ser marcada na FOLHA DE 
RESPOSTAS que você recebeu. 
- Marque as respostas com caneta esferográfica de 
material transparente, de tinta preta ou azul. Não será 
permitido o uso de lápis, lapiseira, marca-texto ou 
borracha durante a realização das provas. 
- A duração da prova é de 1 hora para responder a 
todas as questões e preencher a Folha de Respostas. 
01 – Sobre a aplicação da lei penal, assinale 
alternativa correta. 
 a) Em se tratando de crimes temporários e 
excepcionais, a nova lei penal mais benéfica deverá ser 
aplicada retroativamente em benefício do réu, desde 
que encerrado o período de vigência da norma 
especial. 
 b) Em se tratando de crimes permanentes, a nova lei 
penal mais gravosa não poderá retroagir em relação 
aos fatos já realizados pelo agente; todavia, esta 
deverá ser utilizada pelo juiz no momento da prolação 
da sentença, caso se verifique a permanência delitiva 
após a sua entrada em vigor. 
 c) Segundo dispõe a legislação penal brasileira 
atualmente em vigor, em obediência ao princípio do ne 
bis in idem, não se admite que um cidadão brasileiro 
venha a ser processado novamente no território 
nacional caso tenha praticado um crime contra o 
patrimônio da União ou de empresa pública em um 
país estrangeiro e lá tenha sido absolvido. 
 d) Em se tratando de crimes praticados por 
estrangeiros contra brasileiros fora do território 
nacional, aquele poderá ser punido pela legislação 
brasileira mesmo que a conduta imputada não seja 
tipificada como ilícito penal no local dos fatos. 
 e) Segundo estabelece a Constituição Federal, 
vereadores, deputados estaduais, deputados federais 
e senadores gozam de imunidade penal absoluta por 
todo e qualquer crime decorrente da manifestação de 
opiniões, palavras e votos praticado no exercício do 
mandato eletivo, desde que a realização da conduta 
delitiva tenha ocorrido nos limites territoriais do 
estado pelo qual foram eleitos. 
 
02 – Acerca dos princípios constitucionais que 
norteiam o Direito Penal, assinale a alternativa 
correta. 
 a) O princípio da insignificância refere-se à aplicação 
da pena, impondo, em alguns casos, o reconhecimento 
de causa de diminuição de pena. 
 b) O uso da norma penal em branco heterogênea 
constitui situação de violação ao princípio da 
legalidade. 
 c) O princípio da coculpabilidade reconhece que o 
Estado também é responsável pelo cometimento de 
determinados delitos em razão das desigualdades 
sociais e econômicas. Tal circunstância pode ser 
considerada na dosimetria da pena, uma vez que o 
Código Penal prevê, no art. 66, uma atenuante 
inominada. 
 d) A utilização da analogia pelo juiz para criar tipos 
penais e responsabilizar criminalmente acusados 
reincidentes não fere o princípio da legalidade, tendo 
em vista a norma inscrita no art. 1º do Código Penal. 
 e) O princípio da pessoalidade da pena impede que a 
responsabilidade pela indenização do prejuízo que foi 
causado pelo autor do crime seja estendida aos seus 
herdeiros. 
 
03 – O princípio da insignificância ou da bagatela 
exclui a 
 a) punibilidade. 
 b) executividade. 
 c) tipicidade material. 
 d) ilicitude formal. 
 e) culpabilidade. 

 
 
04 – Expressiva parcela da doutrina sustenta a 
inadequação do crime de escrito ou objeto obsceno 
(art. 234 do CP) para com os princípios que instruem 
o direito penal democrático. Um dos focos dessa 
inadequação reside na indevida alocação do 
sentimento público de pudor como objeto da tutela 
jurídica. Isso representa, em tese, violação ao 
princípio da: 
 a) intranscendência. 
 b) culpabilidade. 
 
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 c) taxatividade. 
 d) ofensividade. 
 e) insignificância. 
 
05 – De acordo com as assertivas, responda a 
alternativa INCORRETA: 
 a) São requisitos do fato típico a conduta, resultado, 
nexo causal e tipicidade penal. 
 b) No que diz respeito aos critérios utilizados para 
verificação da imputabilidade penal, o Código Penal 
vigente adotou, em regra, o critério biopscicológico. 
 c) Atinente à aplicação da Lei penal, no princípio da 
representação, a lei penal brasileira aplica-se aos 
crimes cometidos em aeronaves e embarcações 
privadas quando praticados no estrangeiro e aí não 
sejam julgados. 
 d) Prisão em Flagrante, prisão preventiva e prisão 
temporária são exemplos de prisões penais previstas 
no ordenamento jurídico brasileiro. 
 
06 – Sobre a aplicação da lei penal, analise as 
afirmativas a seguir. 
I. Considera-se praticado o crime no momento da 
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento 
do resultado. 
II. Considera-se praticado o crime no lugar em que 
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, 
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se 
o resultado. 
III. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. 
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo 
calendário comum. 
Estão corretas as afirmativas 
 a) I, II e III. 
 b) I e II, apenas. 
 c) I e III, apenas. 
 d) II e III, apenas. 
 
07 – Em relação à aplicação da lei penal, marque a 
alternativa CORRETA. 
 a) Não há crime sem lei ou decreto anterior que o 
defina. Não há pena sem prévia cominação legal. 
 b) Ninguém pode ser punido por fato que lei ou 
decreto posterior deixa de considerar crime, cessando 
em virtude dela a execução e os efeitos penais e civis 
da sentença condenatória. 
 c) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o 
agente, aplica-se aos fatos anteriores, com exceção se 
houver sentença condenatória transitada em julgado. 
 d) A lei excepcional ou temporária, uma vez decorrido 
o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias 
que a determinaram não se aplica ao fato praticado 
durante a sua vigência. 
 e) Considera-se praticado o crime no momento da 
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do 
resultado. 
 
08 – Considerando o disposto no Código Penal 
brasileiro quanto à aplicação da lei penal, indique a 
alternativa incorreta: 
 a) Não há crime sem lei anterior que o defina, 
tampouco pena sem prévia cominação legal; 
 b) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior 
deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a 
execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. 
 c) A lei excepcional ou temporária, se decorrido o 
período de sua duração ou cessadas as circunstâncias 
que a determinaram, não retroage ao fato praticado 
durante sua vigência; 
 d) Considera-se praticado o crime no momento da 
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do 
resultado; 
 e) Considera-se praticado o crime no lugar em que 
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem 
como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado. 
 
09 – Assinale a alternativa INCORRETA. 
 a) Para a teoria da conditio sine qua non, se a vítima 
morre quando poderia ter sido salva, caso levada, logo 
após o fato, a atendimento médico, responde o agente 
da ação com animus necandi por homicídio 
consumado. Mas, se levada a socorro em hospital, 
morresse por efeito de substância tóxica ministrada 
por engano pela enfermeira, o agente responderia por 
tentativa de homicídio e não por homicídio 
consumado. 
 
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 b) Para a teoria da imputação objetiva, o ato de 
imputar significa atribuir a alguém a realização de uma 
conduta criadora de um risco relevante e juridicamente 
proibido e a produção de um resultado jurídico. 
Pressupõe um perigo criado pelo agente e não coberto 
por um risco permitido dentro do alcance do tipo. O 
risco permitido conduz à atipicidade, e o risco proibido, 
quando relevante, à tipicidade. A imputação objetiva 
constitui elemento normativo implícito do tipo penal. 
 c) Os princípios da adequação social e da 
insignificância, sugeridos pela doutrina, servem de 
instrumentos de interpretação restritiva do tipo penal, 
que afetam a tipicidade formal do fato. 
 d) Para a teoria do domínio do fato, autor é quem 
executa a ação típica, por conduta própria ou pela 
utilização de outro como instrumento de realização; 
também quem, mesmo não executando o fato típico 
em sentido estrito, participa da resolução criminosa, 
realizando parte necessária da execução do plano 
global. A teoria, partindo do conceito restritivo de 
autor, segue um critério objetivo-subjetivo. 
 e) Para a teoria finalista, ação é a conduta do homem, 
comissiva ou omissiva, dirigida a uma finalidade e 
desenvolvida sob o domínio da vontade do agente, 
razão pela qual não reputa criminosa a ação ocorrida 
em estado de inconsciência, como no caso de quem, 
durante o sono, sonhando estar em legítima defesa, 
esbofeteia e causa lesão corporal na pessoa que dorme 
ao seu lado. Para esta mesma teoria, a culpabilidade 
não é psicológica, nem psicológico-normativa. 
 
10 – Assinale a opção correta: 
 a) A doutrina dominante aponta que, em regra, o 
crime culposo admite tentativa, especialmente quando 
a culpa é própria. 
 b) Se “A” determina que “B” aplique uma surra em “C”, 
e este, ao executar a ação, excede-se, causando a 
morte de “C”, o Código Penal Brasileiro determina que 
ambos respondam por homicídio, em decorrência da 
adoção do sistema monista no concurso de pessoas. 
 c) O erro de tipo exclui a ilicitude, mas permite a 
punição culposa do fato, quando vencível. 
 d) No concurso de crimes, o cálculo da prescrição da 
pretensão punitiva considera o acréscimo decorrente 
do concurso formal, material ou da continuidade 
delitiva. 
 e) Se vigorava lei mais benéfica, depois substituída por 
lei mais grave, hoje vigente, é a lei mais grave que será 
aplicada ao crime continuado ou ao crime permanente, 
se a sua vigência foi iniciada antes da cessação da 
continuidade. 
 
11 – No direito brasileiro, adota-se, no âmbito 
espacial, como regra, o princípio da territorialidade. 
Dada, porém, a relevância de certos bens, protege-
os o direito até mesmo contra crimes praticados 
inteiramente fora do Brasil, em respeito a certos 
princípios. É o que chama a doutrina de aplicação 
extraterritorial condicionada ou incondicionada, 
conforme o caso, da lei penal brasileira. 
A esse respeito, assinale a alternativa INCORRETA: 
 a) A lei brasileira é aplicável, por força do princípio da 
justiça cosmopolita, ao crime contra a dignidade sexual 
de criança praticado no estrangeiro, quando o agente 
ou vítima for brasileiro ou pessoa domiciliada no Brasil, 
falando a doutrina, nesse caso, de aplicação 
extraterritorial incondicionada. 
 b) A lei brasileira é aplicável, por força do princípio da 
personalidade, ao crime praticado no estrangeiro por 
brasileiro, falando a doutrina, nesse caso, de 
extraterritorialidade condicionada. 
 c) A lei brasileira é aplicável, por força do princípio da 
proteção, ao crime praticado no estrangeiro contra a 
Administração Pública por quem está a seu serviço, 
falando a doutrina, nesse caso, de aplicação 
extraterritorial incondicionada. 
 d) A lei brasileira é aplicável, por força do princípio do 
pavilhão, ao crime praticado a bordo de embarcação 
mercante brasileira, quando em território estrangeiro 
e aí não seja julgado, falando a doutrina, nesse caso, de 
aplicação extraterritorial condicionada. 
 
12 – “O suicídio é um crime (assassínio) [...]. 
Aniquilar o sujeito da moralidade na própria pessoa 
é erradicar a existência da moralidade mesma do 
mundo, o máximo possível, ainda que a moralidade 
seja um fim em si mesma. Consequentemente, 
dispor de si mesmo como um mero meio para algum 
fim discricionário é rebaixar a humanidade na 
própria pessoa (homo noumenon), à qual o ser 
humano (homo phaenomenon) foi, todavia, 
 
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confiado para preservação” (KANT, Immanuel, a 
Metafísica dos Costumes). 
A extinção da própria vida já foi objeto de 
sancionamento penal em diversos países. Esclarece 
Galdino Siqueira (Tratado, tomo III, p. 68) que o 
direito romano punia com confisco de bens o ato de 
suicidar-se para fugir a uma acusação ou à pena por 
outro delito. A mesma pena foi aplicada em França. 
O confisco-segundo o autor-persistia na Inglaterra 
no início do século XX, desde que o suicídio não 
fosse efeito de uma desordem mental provada. 
Tendo por base o confisco de bens outrora 
pertencentes ao suicida - que tem herdeiros - como 
forma de punição penal, é correto afirmar que 
responsabilização de terceiros pela conduta de 
alguém viola o princípio penal, denominado: 
 a) individualização judicial da pena. 
 b) taxatividade 
 c) intranscendência. 
 d) ofensividade. 
 e) inderrogabilidade. 
 
13 – A sociedade pós-índustrial foi denominada por 
Ulrich Beck como uma “sociedade do risco”, ou uma 
“sociedade de riscos” (Risikogesellschaft). Com 
efeito, essa nova configuração social produz 
reflexos nas searas da teoria do bem jurídico-penal 
e dos princípios correlatos. Uma das consequências 
desse fenômeno é a chamada “administrativização” 
do direito penal, sobre a qual é correto falar que: 
 a) exclui do âmbito do direito penal os crimes contra a 
Administração Pública, cujas condutas lesivas 
doravante passam a ser regidas pelo direito 
sancionador. 
 b) reconhece a diferenciação entre os ilícitos penais e 
administrativos unicamente pelo aspecto quantitativo, 
sendo estes formas de injusto de menor 
reprovabilidade que aqueles. 
 c) tem como consequência a caracterização de 
diversos crimes como delitos de acumulação, ou seja, 
infrações penais que tutelam simultaneamente 
diferentes bens jurídicos decorrentes dos novos riscos 
sociais. 
 d) transforma tipos penais clássicos, como a 
desobediência e o desacato, em meros ilícitos 
administrativos. 
 e) é uma forma de expansão do direito penal, em que 
este, que normalmente reage a posteriori quanto ao 
fato lesivo individualmente delimitado, se converte em 
um direito de gestão punitiva de riscos gerais. 
 
14 – Sobre o garantismo jurídico, analise as 
proposições abaixo: 
 
I - O garantismo jurídico surge nos anos 1970, na 
Itália, restrito ao Direito Penal, como movimento em 
oposição à redução dos direitos e garantias penais e 
processuais penais, em reação a uma legislação de 
exceção implementada sob a justificativa do 
combate ao terrorismo. 
II - Atualmente o garantismo jurídico é entendido de 
maneira mais ampla, sendo um modelo de Direito 
que subordina os poderes à garantia dos direitos, 
submetendo a sua atuação, em primeiro lugar, à 
efetivação dos direitos humanos e direitos 
fundamentais. 
III - O garantismo jurídico pode ser entendido como 
sinônimo de Estado Constitucional de Direito, em 
oposição ao paradigma clássico de Estado Liberal,alargando-o em duas direções: de um lado, a todos 
os poderes públicos, não só submetendo o 
Judiciário, mas também o Legislativo e o Executivo; 
e, de outro lado, também aos poderes privados, 
incluindo nestes o poder econômico, impondo 
limites à liberdade de mercado. 
IV - Nos dias de hoje é necessário estender o 
paradigma garantista aos novos poderes e 
instituições supraestatais, devido ao fato de que o 
constitucionalismo estatal é inadequado para 
enfrentar a crise da capacidade regulatória do 
Direito em relação a emergências planetárias, tais 
como: crise política e econômica; crise humanitária 
e social; crise ambiental; questão nuclear e questão 
criminal e corrupção dos poderes. No âmbito dos 
Estados Nacionais, o garantismo jurídico não 
encontra mais lugar, devido à necessidade de 
enfrentamento do terrorismo, da corrupção 
espraiada no poder político e da premência de 
crescimento econômico. 
 
Assinale a alternativa CORRETA: 
 a) Apenas a assertiva IV está incorreta. 
 
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 b) Apenas a assertiva I está incorreta. 
 c) Apenas a assertiva II está correta. 
 d) Todas as assertivas estão corretas. 
 
15 – O que nos parece é que as duas dimensões do 
bem jurídico-penal ― a valorativa e a pragmática ― 
apresentam áreas de intensa interpenetração, o que 
origina a tendencial convergência entre elevada 
dignidade penal e necessidade de tutela penal, 
assim como, inversamente, entre reduzida 
dignidade penal e desnecessidade de tutela penal. 
(CUNHA, Maria da Conceição Ferreira 
da. Constituição e crime: uma perspectiva da 
criminalização e da descriminalização. Porto: 
Universidade Católica Portuguesa Editora, 1995, p. 
424) 
 
Nesse tópico, o tema central do raciocínio da jurista 
portuguesa radica primacialmente no campo da 
ideia constitucional de 
 a) individualização. 
 b) dignidade humana. 
 c) irretroatividade. 
 d) proporcionalidade. 
 e) publicidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
01 – Sobre a aplicação da lei penal, assinale 
alternativa correta. 
 a) Em se tratando de crimes temporários e 
excepcionais, a nova lei penal mais benéfica deverá ser 
aplicada retroativamente em benefício do réu, desde 
que encerrado o período de vigência da norma 
especial. 
 b) Em se tratando de crimes permanentes, a nova lei 
penal mais gravosa não poderá retroagir em relação 
aos fatos já realizados pelo agente; todavia, esta 
deverá ser utilizada pelo juiz no momento da prolação 
da sentença, caso se verifique a permanência delitiva 
após a sua entrada em vigor. 
 c) Segundo dispõe a legislação penal brasileira 
atualmente em vigor, em obediência ao princípio do ne 
bis in idem, não se admite que um cidadão brasileiro 
venha a ser processado novamente no território 
nacional caso tenha praticado um crime contra o 
patrimônio da União ou de empresa pública em um 
país estrangeiro e lá tenha sido absolvido. 
 d) Em se tratando de crimes praticados por 
estrangeiros contra brasileiros fora do território 
nacional, aquele poderá ser punido pela legislação 
brasileira mesmo que a conduta imputada não seja 
tipificada como ilícito penal no local dos fatos. 
 e) Segundo estabelece a Constituição Federal, 
vereadores, deputados estaduais, deputados federais 
e senadores gozam de imunidade penal absoluta por 
todo e qualquer crime decorrente da manifestação de 
opiniões, palavras e votos praticado no exercício do 
mandato eletivo, desde que a realização da conduta 
delitiva tenha ocorrido nos limites territoriais do 
estado pelo qual foram eleitos. 
 
02 – Acerca dos princípios constitucionais que 
norteiam o Direito Penal, assinale a alternativa 
correta. 
 a) O princípio da insignificância refere-se à aplicação 
da pena, impondo, em alguns casos, o reconhecimento 
de causa de diminuição de pena. 
 b) O uso da norma penal em branco heterogênea 
constitui situação de violação ao princípio da 
legalidade. 
 c) O princípio da coculpabilidade reconhece que o 
Estado também é responsável pelo cometimento de 
determinados delitos em razão das desigualdades 
sociais e econômicas. Tal circunstância pode ser 
considerada na dosimetria da pena, uma vez que o 
Código Penal prevê, no art. 66, uma atenuante 
inominada. 
 d) A utilização da analogia pelo juiz para criar tipos 
penais e responsabilizar criminalmente acusados 
reincidentes não fere o princípio da legalidade, tendo 
em vista a norma inscrita no art. 1º do Código Penal. 
 e) O princípio da pessoalidade da pena impede que a 
responsabilidade pela indenização do prejuízo que foi 
causado pelo autor do crime seja estendida aos seus 
herdeiros. 
 
03 – O princípio da insignificância ou da bagatela 
exclui a 
 a) punibilidade. 
 b) executividade. 
 c) tipicidade material. 
 d) ilicitude formal. 
 e) culpabilidade. 

 
 
04 – Expressiva parcela da doutrina sustenta a 
inadequação do crime de escrito ou objeto obsceno 
(art. 234 do CP) para com os princípios que instruem 
o direito penal democrático. Um dos focos dessa 
inadequação reside na indevida alocação do 
sentimento público de pudor como objeto da tutela 
jurídica. Isso representa, em tese, violação ao 
princípio da: 
 a) intranscendência. 
 b) culpabilidade. 
 c) taxatividade. 
 d) ofensividade. 
 e) insignificância. 
 
05 – De acordo com as assertivas, responda a 
alternativa INCORRETA: 
 a) São requisitos do fato típico a conduta, resultado, 
nexo causal e tipicidade penal. 
 
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 b) No que diz respeito aos critérios utilizados para 
verificação da imputabilidade penal, o Código Penal 
vigente adotou, em regra, o critério biopscicológico. 
 c) Atinente à aplicação da Lei penal, no princípio da 
representação, a lei penal brasileira aplica-se aos 
crimes cometidos em aeronaves e embarcações 
privadas quando praticados no estrangeiro e aí não 
sejam julgados. 
 d) Prisão em Flagrante, prisão preventiva e prisão 
temporária são exemplos de prisões penais previstas 
no ordenamento jurídico brasileiro. 
 
06 – Sobre a aplicação da lei penal, analise as 
afirmativas a seguir. 
I. Considera-se praticado o crime no momento da 
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento 
do resultado. 
II. Considera-se praticado o crime no lugar em que 
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, 
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se 
o resultado. 
III. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. 
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo 
calendário comum. 
Estão corretas as afirmativas 
 a) I, II e III. 
 b) I e II, apenas. 
 c) I e III, apenas. 
 d) II e III, apenas. 
 
07 – Em relação à aplicação da lei penal, marque a 
alternativa CORRETA. 
 a) Não há crime sem lei ou decreto anterior que o 
defina. Não há pena sem prévia cominação legal. 
 b) Ninguém pode ser punido por fato que lei ou 
decreto posterior deixa de considerar crime, cessandoem virtude dela a execução e os efeitos penais e civis 
da sentença condenatória. 
 c) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o 
agente, aplica-se aos fatos anteriores, com exceção se 
houver sentença condenatória transitada em julgado. 
 d) A lei excepcional ou temporária, uma vez decorrido 
o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias 
que a determinaram não se aplica ao fato praticado 
durante a sua vigência. 
 e) Considera-se praticado o crime no momento da 
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do 
resultado. 
 
08 – Considerando o disposto no Código Penal 
brasileiro quanto à aplicação da lei penal, indique a 
alternativa incorreta: 
 a) Não há crime sem lei anterior que o defina, 
tampouco pena sem prévia cominação legal; 
 b) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior 
deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a 
execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. 
 c) A lei excepcional ou temporária, se decorrido o 
período de sua duração ou cessadas as circunstâncias 
que a determinaram, não retroage ao fato praticado 
durante sua vigência; 
 d) Considera-se praticado o crime no momento da 
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do 
resultado; 
 e) Considera-se praticado o crime no lugar em que 
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem 
como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado. 
 
09 – Assinale a alternativa INCORRETA. 
 a) Para a teoria da conditio sine qua non, se a vítima 
morre quando poderia ter sido salva, caso levada, logo 
após o fato, a atendimento médico, responde o agente 
da ação com animus necandi por homicídio 
consumado. Mas, se levada a socorro em hospital, 
morresse por efeito de substância tóxica ministrada 
por engano pela enfermeira, o agente responderia por 
tentativa de homicídio e não por homicídio 
consumado. 
 b) Para a teoria da imputação objetiva, o ato de 
imputar significa atribuir a alguém a realização de uma 
conduta criadora de um risco relevante e juridicamente 
proibido e a produção de um resultado jurídico. 
Pressupõe um perigo criado pelo agente e não coberto 
por um risco permitido dentro do alcance do tipo. O 
risco permitido conduz à atipicidade, e o risco proibido, 
quando relevante, à tipicidade. A imputação objetiva 
constitui elemento normativo implícito do tipo penal. 
 
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 c) Os princípios da adequação social e da 
insignificância, sugeridos pela doutrina, servem de 
instrumentos de interpretação restritiva do tipo penal, 
que afetam a tipicidade formal do fato. 
 d) Para a teoria do domínio do fato, autor é quem 
executa a ação típica, por conduta própria ou pela 
utilização de outro como instrumento de realização; 
também quem, mesmo não executando o fato típico 
em sentido estrito, participa da resolução criminosa, 
realizando parte necessária da execução do plano 
global. A teoria, partindo do conceito restritivo de 
autor, segue um critério objetivo-subjetivo. 
 e) Para a teoria finalista, ação é a conduta do homem, 
comissiva ou omissiva, dirigida a uma finalidade e 
desenvolvida sob o domínio da vontade do agente, 
razão pela qual não reputa criminosa a ação ocorrida 
em estado de inconsciência, como no caso de quem, 
durante o sono, sonhando estar em legítima defesa, 
esbofeteia e causa lesão corporal na pessoa que dorme 
ao seu lado. Para esta mesma teoria, a culpabilidade 
não é psicológica, nem psicológico-normativa. 
 
10 – Assinale a opção correta: 
 a) A doutrina dominante aponta que, em regra, o 
crime culposo admite tentativa, especialmente quando 
a culpa é própria. 
 b) Se “A” determina que “B” aplique uma surra em “C”, 
e este, ao executar a ação, excede-se, causando a 
morte de “C”, o Código Penal Brasileiro determina que 
ambos respondam por homicídio, em decorrência da 
adoção do sistema monista no concurso de pessoas. 
 c) O erro de tipo exclui a ilicitude, mas permite a 
punição culposa do fato, quando vencível. 
 d) No concurso de crimes, o cálculo da prescrição da 
pretensão punitiva considera o acréscimo decorrente 
do concurso formal, material ou da continuidade 
delitiva. 
 e) Se vigorava lei mais benéfica, depois substituída por 
lei mais grave, hoje vigente, é a lei mais grave que será 
aplicada ao crime continuado ou ao crime permanente, 
se a sua vigência foi iniciada antes da cessação da 
continuidade. 
 
11 – No direito brasileiro, adota-se, no âmbito 
espacial, como regra, o princípio da territorialidade. 
Dada, porém, a relevância de certos bens, protege-
os o direito até mesmo contra crimes praticados 
inteiramente fora do Brasil, em respeito a certos 
princípios. É o que chama a doutrina de aplicação 
extraterritorial condicionada ou incondicionada, 
conforme o caso, da lei penal brasileira. 
A esse respeito, assinale a alternativa INCORRETA: 
 a) A lei brasileira é aplicável, por força do princípio da 
justiça cosmopolita, ao crime contra a dignidade sexual 
de criança praticado no estrangeiro, quando o agente 
ou vítima for brasileiro ou pessoa domiciliada no Brasil, 
falando a doutrina, nesse caso, de aplicação 
extraterritorial incondicionada. 
 b) A lei brasileira é aplicável, por força do princípio da 
personalidade, ao crime praticado no estrangeiro por 
brasileiro, falando a doutrina, nesse caso, de 
extraterritorialidade condicionada. 
 c) A lei brasileira é aplicável, por força do princípio da 
proteção, ao crime praticado no estrangeiro contra a 
Administração Pública por quem está a seu serviço, 
falando a doutrina, nesse caso, de aplicação 
extraterritorial incondicionada. 
 d) A lei brasileira é aplicável, por força do princípio do 
pavilhão, ao crime praticado a bordo de embarcação 
mercante brasileira, quando em território estrangeiro 
e aí não seja julgado, falando a doutrina, nesse caso, de 
aplicação extraterritorial condicionada. 
 
12 – “O suicídio é um crime (assassínio) [...]. 
Aniquilar o sujeito da moralidade na própria pessoa 
é erradicar a existência da moralidade mesma do 
mundo, o máximo possível, ainda que a moralidade 
seja um fim em si mesma. Consequentemente, 
dispor de si mesmo como um mero meio para algum 
fim discricionário é rebaixar a humanidade na 
própria pessoa (homo noumenon), à qual o ser 
humano (homo phaenomenon) foi, todavia, 
confiado para preservação” (KANT, Immanuel, a 
Metafísica dos Costumes). 
A extinção da própria vida já foi objeto de 
sancionamento penal em diversos países. Esclarece 
Galdino Siqueira (Tratado, tomo III, p. 68) que o 
direito romano punia com confisco de bens o ato de 
suicidar-se para fugir a uma acusação ou à pena por 
outro delito. A mesma pena foi aplicada em França. 
O confisco-segundo o autor-persistia na Inglaterra 
 
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no início do século XX, desde que o suicídio não 
fosse efeito de uma desordem mental provada. 
Tendo por base o confisco de bens outrora 
pertencentes ao suicida - que tem herdeiros - como 
forma de punição penal, é correto afirmar que 
responsabilização de terceiros pela conduta de 
alguém viola o princípio penal, denominado: 
 a) individualização judicial da pena. 
 b) taxatividade 
 c) intranscendência. 
 d) ofensividade. 
 e) inderrogabilidade. 
 
13 – A sociedade pós-índustrial foi denominada por 
Ulrich Beck como uma “sociedade do risco”, ou uma 
“sociedade de riscos”(Risikogesellschaft). Com 
efeito, essa nova configuração social produz 
reflexos nas searas da teoria do bem jurídico-penal 
e dos princípios correlatos. Uma das consequências 
desse fenômeno é a chamada “administrativização” 
do direito penal, sobre a qual é correto falar que: 
 a) exclui do âmbito do direito penal os crimes contra a 
Administração Pública, cujas condutas lesivas 
doravante passam a ser regidas pelo direito 
sancionador. 
 b) reconhece a diferenciação entre os ilícitos penais e 
administrativos unicamente pelo aspecto quantitativo, 
sendo estes formas de injusto de menor 
reprovabilidade que aqueles. 
 c) tem como consequência a caracterização de 
diversos crimes como delitos de acumulação, ou seja, 
infrações penais que tutelam simultaneamente 
diferentes bens jurídicos decorrentes dos novos riscos 
sociais. 
 d) transforma tipos penais clássicos, como a 
desobediência e o desacato, em meros ilícitos 
administrativos. 
 e) é uma forma de expansão do direito penal, em que 
este, que normalmente reage a posteriori quanto ao 
fato lesivo individualmente delimitado, se converte em 
um direito de gestão punitiva de riscos gerais. 
 
14 – Sobre o garantismo jurídico, analise as 
proposições abaixo: 
 
I - O garantismo jurídico surge nos anos 1970, na 
Itália, restrito ao Direito Penal, como movimento em 
oposição à redução dos direitos e garantias penais e 
processuais penais, em reação a uma legislação de 
exceção implementada sob a justificativa do 
combate ao terrorismo. 
II - Atualmente o garantismo jurídico é entendido de 
maneira mais ampla, sendo um modelo de Direito 
que subordina os poderes à garantia dos direitos, 
submetendo a sua atuação, em primeiro lugar, à 
efetivação dos direitos humanos e direitos 
fundamentais. 
III - O garantismo jurídico pode ser entendido como 
sinônimo de Estado Constitucional de Direito, em 
oposição ao paradigma clássico de Estado Liberal, 
alargando-o em duas direções: de um lado, a todos 
os poderes públicos, não só submetendo o 
Judiciário, mas também o Legislativo e o Executivo; 
e, de outro lado, também aos poderes privados, 
incluindo nestes o poder econômico, impondo 
limites à liberdade de mercado. 
IV - Nos dias de hoje é necessário estender o 
paradigma garantista aos novos poderes e 
instituições supraestatais, devido ao fato de que o 
constitucionalismo estatal é inadequado para 
enfrentar a crise da capacidade regulatória do 
Direito em relação a emergências planetárias, tais 
como: crise política e econômica; crise humanitária 
e social; crise ambiental; questão nuclear e questão 
criminal e corrupção dos poderes. No âmbito dos 
Estados Nacionais, o garantismo jurídico não 
encontra mais lugar, devido à necessidade de 
enfrentamento do terrorismo, da corrupção 
espraiada no poder político e da premência de 
crescimento econômico. 
 
Assinale a alternativa CORRETA: 
 a) Apenas a assertiva IV está incorreta. 
 b) Apenas a assertiva I está incorreta. 
 c) Apenas a assertiva II está correta. 
 d) Todas as assertivas estão corretas. 
 
15 – O que nos parece é que as duas dimensões do 
bem jurídico-penal ― a valorativa e a pragmática ― 
apresentam áreas de intensa interpenetração, o que 
origina a tendencial convergência entre elevada 
 
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dignidade penal e necessidade de tutela penal, 
assim como, inversamente, entre reduzida 
dignidade penal e desnecessidade de tutela penal. 
(CUNHA, Maria da Conceição Ferreira 
da. Constituição e crime: uma perspectiva da 
criminalização e da descriminalização. Porto: 
Universidade Católica Portuguesa Editora, 1995, p. 
424) 
 
Nesse tópico, o tema central do raciocínio da jurista 
portuguesa radica primacialmente no campo da 
ideia constitucional de 
 a) individualização. 
 b) dignidade humana. 
 c) irretroatividade. 
 d) proporcionalidade. 
 e) publicidade.

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