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Wagner Mendes 
CONTABILIDADE PARA 
NÃO CONTADORES 
... „ " . tw^,B5"LUOS" 
lOB FOLHAMATIC e b s ) 
CONTABILIDADE 
PARA N Ã O CONTADORES 
W A G N E R M E N D E S 
Contador. Pós-graduado em Controladoria, Auditoria e Tributos, MBA Executivo 
Internacional, pela Ohio University. Consultor Tributário com atuação nas áreas de 
imposto de renda, contribuição social sobre o lucro líquido, contribuição para o PIS/ 
Pasep, contribuição para o financiamento da seguridade social (Cofins), legislação 
societária e contabilidade. Professor/Palestrante de cursos empresariais para várias 
entidades. 
CONTABILIDADE 
PARA N Ã O CONTADORES 
TIOB FOIHAMATIC E B S 
K» KXHAMATK ebS 
Presidente: Maurício Ferreira Frizzarin 
Diretor Comercial: Leonardo Gomes 
Diretor de Operação - Informações: Elton )osé Donato 
Diretora de Marketing, Cursos e Livros: Adriana Maia 
Editora; Viviane Caravieri SanfAna 
Assistente Editorial: Valéria B. Saletti 
Editoração Eletrônica; Linotec 
Capa: Bruno Ortega 
Revisão; Linotec 
Edição concluída em setembro de 2013 
Publicado e comercializado por 
lOB Informações Objetivas Publicações Jurídicas Ltda. 
Telefone: 0800 724 7560 
E-mail: livraria@iob.com.br 
« OB FOLHAM ATK ebS SSQB 
Rua Antôn io Nagib Ibrahim, 350 - Água Branca - CEP 05036-060 - São Paulo - SP 
Fone: (11) 2188-7900 
Dados Internacionais de Cata logação na Publ icação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 
Mendes, Wagner 
Contabilidade para não contadores / Wagner Mendes. ~ 1. ed. — São 
Paulo : lOB Folhamatic, 2013. 
ISBN 978-85-379-1952-1 
1. Contabilidade I. Título. 
13-10752 CDD-657 
índices para catálogo sistemático: 
1. Contabilidade 657 
S U M A R I O 
A P R E S E N T A Ç Ã O g 
C A P Í T U L O 1 - O Q U E É A C O N T A B I L I D A D E E PARA QUE S E R V E ? 1 1 
1.1. Conceito 
1.2. Campo de Aplicação H 
1.3. Objetivo da Contabilidade H 
1.4. Finalidade da Contabilidade 12 
1.5. Importância da Contabilidade 13 
C A P Í T U L O 2 - U S U Á R I O S DA C O N T A B I L I D A D E 1 5 
C A P Í T U L O 3 - P R I N C Í P I O S DE C O N T A B I L I D A D E 1 7 
3.1. Entidade 
3.2. Continuidade ^3 
3.3. Oportunidade ]^ 8 
3.4. Registro pelo Valor Original 18 
3.5. Competência 20 
3.6. Prudência 21 
C A P Í T U L O 4 - P A T R I M Ô N I O 2 3 
4.1. Bens 24 
4.2. Direitos 25 
4.3. Obrigações 25 
R C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
D - - -
Wagner Mendes 
4.4. Representação Gráfica do Patrimônio 25 
4.5. Exemplos Práticos da Movimentação Patrimonial 27 
C A P Í T U L O 5 - A P U R A Ç Ã O DO RESULTADO 3 1 
5.1. Receita 31 
5.2. Despesa 32 
5.3. Resultado 33 
5.4. Regime de Competência 33 
5.5. Encerramento das Contas de Resultado 33 
C A P Í T U L O 6 - E S Ç R I T U R A Ç Ã O 3 7 
6.1. Livro Razão 38 
6.2. Livro Diário 39 
6.3. Modelo dos Livros Diário e Razão 40 
6.4. Método das Partidas Dobradas 42 
6.5. Escrituração Contábil Digital (ECD) 42 
6.6. Responsável pela Escrituração 42 
6.7. Lançamentos Contábeis 43 
C A P Í T U L O 7 - P L A N O DE C O N T A S 4 7 
C A P Í T U L O 8 - B A L A N C E T E DE V E R Í F I Ç A Ç Ã O 6 3 
C A P Í T U L O 9 - D E M O N S T R A Ç Ã O DO RESULTADO D O E X E R C Í C I O ( D R E ) 6 9 
9.1. Receitas 69 
9.2. Despesas 70 
9.3. Análise 71 
9.4. Regime de Competência 72 
9.5. Encerramento das Contas de Resultado 72 
9.6. Modelo da DRE 75 
9.7. Discriminação das Contas 77 
9.8. Exemplo Prático 78 
9.9. Conclusão 80 
9.10. Avaliação do Desempenho, da Rentabilidade e da Produtividade . 80 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S Y 
Sumário 
C A P I T U L O 1 0 - B A L A N Ç O PATRIMONIAL 8 3 
10.1. Importância do Balanço Patrimonial 83 
10.2. Composição do Balanço Patrimonial 85 
10.3. Apresentação do Balanço Patrimonial 86 
10.4. Como Funciona o Balanço Patrimonial? 88 
10.5. Estrutura do Balanço Patrimonial 89 
10.6. Classificação das Contas do Balanço 91 
10.7. Modelo do Balanço PatriiTionial 99 
10.8. Procedimentos para Elaboração do Balanço 99 
10.9. Exemplo Prático 100 
10.10. Avaliação do Balanço Patrimonial 101 
C A P Í T U L O 1 1 - D E M O N S T R A Ç Ã O DE L U C R O S OU PREJUÍZOS A C U M U L A D O S 
( D L P A ) 1 0 5 
11.1. Composição da DLPA 105 
11.2. Ajustes de Exercícios Anteriores 106 
11.3. Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício 107 
11.4. Transferência para Reservas 109 
11.5. Reversões de Reservas 109 
11.6. DLPA X DMPL 109 
11.7. Modelo de DLPA 110 
11.8. Exemplo Prático 110 
C A P Í T U L O 1 2 - D E M O N S T R A Ç Ã O DAS M U T A Ç Õ E S DO P A T R I M Ô N I O L Í Q U I D O 
( D M P L ) 1 1 3 
12.1. Utilidade 114 
12.2. Procedimentos a Serem Seguidos 114 
12.3. Modelo da Demonstração 116 
C A P Í T U L O 1 3 - D E M O N S T R A Ç Ã O DOS F L U X O S DE C A I X A ( D F C ) 1 1 9 
13.1. Principais Transações que Afetam o Caixa 120 
13.2. Finalidade 121 
13.3. Apresentação do Relatório do Fluxo de Caixa 121 
G C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
13.4. Formas de Elaboração 122 
13.4.1. Método direto 122 
13.4.2. Método indireto 122 
13.5. Exemplo Prático 123 
C A P Í T U L O 1 4 - D E M O N S T R A Ç Ã O DO V A L O R A D I C I O N A D O ( D V A ) 1 2 9 
14.1. Objetivo e Benefícios das Informações da DVA 129 
14.2. Elaboração e Apresentação 130 
14.3. Técnica de Elaboração 131 
14.4. Modelo da DVA 131 
14.5. Análise da DVA 132 
14.6. Empresas de Pequeno e Médio Portes 133 
BIBLIOGRAFIA 1 3 5 
A P R E S E N T A Ç Ã O 
As informações e os controles contábeis são de suma importância 
na administração das empresas (independentemente de seu porte ou 
ramo de atividade). 
A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a adminis-
tração a tomar decisões. 
Por meio da contabilidade, a empresa sabe o valor de seus bens, 
direitos, obrigações, receitas, custos e despesas, rentabilidade e lu-
cratividade do negócio, produtividade da mão de obra e ainda pode 
realizar um bom planejamento tributário. 
Algumas vantagens de uma contabilidade adequada: 
oferece maior controle financeiro e econômico à empresa; 
facilita acesso às linhas de crédito com bancos e fornecedores; 
prova aos sócios a verdadeira situação patrimonial da em-
presa. 
demonstração do Resultado do Exercício; 
demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados; 
balanço patrimonial; e etc. 
Cada vez mais, os sócios, acionistas, diretores, advogados, ad-
ministradores, gerentes e supervisores de uma empresa precisam ter 
conhecimento da contabilidade. 
^ Q C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
Pensando nisso, o autor lançou este livro para que profissionais 
que não são da área contábil possam compreender toda a rotina contábil 
de maneira simples com o objetivo de conhecer as técnicas contábeis 
para análise dos relatórios contábeis e financeiros, possibilitando o 
entendimento da contabilidade para usar as informações geradas por 
ela para tomada de decisões. 
C A P Í T U L O 1 
O Q U E E A C O N T A B I L I D A D E 
E PARA Q U E SERVE? 
1.1. C O N C E I T O 
A contabilidade é a ciência que estuda, interpreta e registra os 
fenômenos que afetam o patrimônio de uma empresa. 
1.2. C A M P O DE A P L I C A Ç Ã O 
A contabilidade pode ser aplicada tanto para as sociedades 
mercantis como para as sociedades civis, inclusive para aquela sem 
finalidade lucrativa. 
Ressalta-se que o campo de atuação da contabilidade não se 
restringe aos grandes empreendimentos. Aplica-se o conhecimento 
contábil aos micros e pequenos negócios e também no controle do 
patrimônio das pessoas físicas (ou pessoa natural). 
1.3. OBJETIVO DA CONTABILIDADEO objetivo da contabilidade é fornecer, aos seus usuários, infor-
mação útil para a tomada de decisões econômicas. 
Neste caso, devemos observar duas funções imprescindíveis: 
^ FUNÇÃO ECONÔMICA: apurar o resultado do período, o 
qual pode se apresentar na forma de lucro ou prejuízo. 
1 2 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA: controlar o patrimônio da 
empresa, tanto sob o aspecto estático (posição em dado 
momento), como dinâmico (representa o movimento ou 
as mudanças qualitativas ou quantitativas dos elementos). 
1.4. FINALIDADE DA CONTABILIDADE 
A contabilidade tem por finalidade o registro dos fatos e a pro-
dução das informações que possibilitem ao usuário o planejamento e 
o controle de suas ações. 
^ PLANEJAR: é decidir, entre as diversas alternativas, pela 
hipótese que se apresenta como sendo a melhor situação na 
busca do cumprimento dos objetivos sociais e econômicos 
da empresa. Também pode ser representada pela melhor 
hipótese na busca de atingir a maior eficiência e eficácia ao 
determinar a linha de ação para o futuro. 
CONTROLAR: é verificar se os elementos materiais e hu-
manos na empresa estão de acordo com os planos e políticas 
traçadas. 
Mediante o controle do patrimônio, a contabilidade disponibiliza 
informações aos usuários interessados em mensurar a situação patri-
monial e o desempenho da empresa. A partir do planejamento e do 
controle, pode-se resultar alguns objetivos da contabilidade: 
apresentar o desempenho da empresa num dado período; 
apresentar a posição da empresa num dado momento; 
^ conhecer as fontes de financiamento e as aplicações de re-
cursos existentes; 
^ demonstrar a situação econômica, financeira e patrimonial 
da empresa; 
transformar os dados em informações que se apresentem 
como poderoso instrumento para a tomada de decisões; etc. 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S -J ^ 
O Que é a Contabilidade e para que Serve? 
1 . 5 . I M P O R T Â N C I A D A C O N T A B I L I D A D E 
Para poder trabalhar de maneira efetiva, as pessoas em uma 
organização precisam constantemente de informações a respeito do 
montante de recursos envolvidos e utilizados, da situação da dívida 
contraída para financiá-los e dos resultados econômicos obtidos com 
a utilização desses recursos. 
Os bancos e demais empresas que investiram dinheiro nesta 
organização necessitam de informações sobre seu desempenho para 
fazer os julgamentos pertinentes. 
Estamos vivendo na Era da Informação, e isto é o principal pro-
duto da contabilidade. 
Portanto, fazer contabilidade é a única maneira de estar verda-
deiramente inserido no mundo dos negócios. 
Contabilidade organizada é indispensável para que a empresa 
realize negócios com o governo (participando de contratos e licitações), 
com os bancos, com os fornecedores, etc. Além disso, observa-se a 
expansão no mercado de ações no Brasil e, neste aspecto, a contabi-
lidade se apresenta como o grande pilar na veracidade da informação 
e, consequentemente, na credibilidade da companhia perante seus 
investidores. 
Nos últimos anos, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Mi-
cros e Pequenas Empresas) vem realizando pesquisas para detectar o 
índice de mortalidade das empresas no primeiro ano de vida. Na mais 
recente pesquisa, os números apontam que cerca de 48% das empre-
sas são fechadas antes de completar 12 meses de funcionamento. A 
principal causa desta mortalidade é a falta de planejamento e controle 
dos negócios, ou seja: é a falta da contabilidade. 
Segundo a empresa Dracon Contabilidade: 
"Uma empresa sem contabilidade é uma empresa sem histórico, sem identidade 
e sem as mínimas condições de sobreviver ou de planejar seu crescimento." 
C A P Í T U L O 2 
U S U Á R I O S D A C O N T A B I L I D A D E 
Os usuários de contabilidade são pessoas físicas ou jurídicas 
interessadas pelas informações produzidas e disponibilizadas nos rela-
tórios e demonstrativos contábeis, com o propósito de tomar decisão. 
Portanto, os usuários da contabilidade são todas as pessoas in-
teressadas nas informações contábeis e que necessitem conhecimento 
da situação econômica e financeira da empresa. 
Exemplo: 
^ PESSOAS FÍSICAS: usam a contabilidade para administrar 
sua conta bancária, seu orçamento familiar, seus investi-
mentos, para contrair e/ou financiar suas dívidas, etc. 
ADMINISTRADORES: para acompanhar o desempenho das 
empresas e tomar decisões acerca de indagações do tipo: 
• qual produto comercializar? 
• qual o custo de produção mensal? 
• qual a lucratividade da empresa? 
ACIONISTAS: para decidir em qual negócio investir e qual 
a rentabilidade desejada. Este grupo de usuários deverá 
ter grande conhecimento das informações contábeis para 
visualizar, inclusive, ações futuras de modo a lhes assegurar 
o retorno do capital investido. 
1 6 C O N T A B I L I D A D E PARA N A O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
^ INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E DEMAIS CREDORES: 
para conhecer a capacidade de pagamento das dívidas con-
traídas e decidir por financiar ou não a atividade, por vender 
a prazo ou à vista, etc. 
CONCORRENTES: para comparar seus resultados e identi-
ficar as ações que levaram as empresas do mesmo ramo de 
atividade a ter sucesso ou insucesso. 
^ FUNCIONÁRIOS: para decidir por uma proposta de empre-
go, para decidir por uma remuneração variável, em função 
das vendas, para calcular sua participação nos lucros da em-
presa e também para verificar os investimentos da empresa 
em aspectos sociais do tipo: creche, transporte, educação, 
plano de saúde, etc. 
FISCO: para calcular e verificar o pagamento dos tributos 
e do cumprimento das obrigações acessórias. 
AGÊNCIAS REGULADORAS: sindicatos, conselhos de 
classe empresarial, agências governamentais, etc., que usam 
a contabilidade para verificar se as exigências para funcio-
namento estão sendo cumpridas de acordo com as regras 
estabelecidas, assim como para servir de base para futuras 
negociações com o setor. 
C A P Í T U L O 3 
P R I N C Í P I O S DE C O N T A B I L I D A D E 
A Resolução CFC n2 750/1993, com nova redação dada pela Reso-
lução CFC n e 1.282/2010, dispõe sobre os Princípios de Contabilidade, 
cuja sua observância é obrigatória no exercício da profissão contábil. 
De acordo com o artigo 3° da referida Resolução, são Princípios 
de Contabilidade: o da Entidade; o da Continuidade; o da Oportu-
nidade; o do Registro Pelo Valor Original; o da Competência; e o da 
Prudência. 
Verificaremos, a seguir, cada princípio: 
3.1 . ENTIDADE 
Reconhece o patrimônio como o objeto da contabilidade e afir-
ma a autonomia patrimonial, ou seja, a necessidade da diferenciação 
de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, 
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pes-
soas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, 
com ou sem fins lucrativos (artigo 4Q da Resolução CFC nQ 750/1993, 
redação dada pela Resolução CFC n s 1.282/2010). 
Assim, a contabilidade registra somente os atos e fatos ocorridos 
que se refiram ao patrimônio da empresa, e não os relacionados com 
o patrimônio particular de seus sócios. 
Por exemplo, não deve registrar como despesa da empresa a 
conta de telefone particular do sócio. 
I I 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
3.2 . C O N T I N U I D A D E 
O Princípio da Continuidade pressupõe que a entidade continua-
rá em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação 
dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância 
(artigo 5° da Resolução CFC n9 750/1993, redação dada pela Resolução 
CFC ng L282/2010). 
Por exemplo, a contabilidade atua pressupondo que a empresa 
não seráextinta. Portanto, terá continuidade e, mesmo diante do fim 
da mesma, do encerramento da continuidade, a contabilidade assume 
esta postura prevendo seu encerramento e perdas. 
3.3 . O P O R T U N I D A D E 
O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensu-
ração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir 
informações íntegras e tempestivas. 
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulga-
ção da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, 
por isso, é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a con-
fiabilidade da informação (artigo 6S da Resolução CFC n e 750/1993, 
redação dada pela Resolução CFC n e 1.282/2010). 
Por exemplo, refere-se ao momento em que devem ser registradas 
as variações patrimoniais. As provisões para férias e 13s salário são feitas 
mensalmente mesmo sendo despesas futuras (despesas do final do ano). 
3.4 . R E G I S T R O PELO VALOR O R I G I N A L 
Esse princípio determina que os componentes do patrimônio 
devam ser registrados pelos valores originais das transações, ou seja, 
pelo valor de aquisição - valor de entrada dos bens, direitos e obri-
gações (artigo 7S da Resolução CFC nQ 750/1993, redação dada pela 
Resolução CFC n5 1.282/2010). 
As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus 
distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 
C O N T A B I L I D A D E PARA N À O C O N T A D O R E S G 
Princípios de Contabilidade 
I - custo histórico: os ativos são registrados pelos valores pagos 
ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo 
dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. 
Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram re-
cebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos 
valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários 
para liquidar o passivo no curso normal das operações; e 
II - variação do custo histórico: uma vez integrado ao patrimônio, 
os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações 
decorrentes dos seguintes fatores: 
a) custo corrente: os ativos são reconhecidos pelos valores 
em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser 
pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adqui-
ridos na data ou no período das demonstrações contábeis. 
Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, não descontados, que seriam neces-
sários para liquidar a obrigação na data ou no período das 
demonstrações contábeis; 
b) valor realizável: os ativos são mantidos pelos valores em caixa 
ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela 
venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pe-
los valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, 
que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes 
obrigações no curso normal das operações da entidade; 
c) valor presente: os ativos são mantidos pelo valor presente, 
descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa 
que se espera seja gerado pelo item no curso normal das 
operações da entidade. Os passivos são mantidos pelo valor 
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de 
caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo 
no curso normal das operações da entidade; 
d) valor justo: é o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou 
um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas 
a isso, em uma transação sem favorecimentos; e 
2 0 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
e) atualização monetária: os efeitos da alteração do poder 
aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos 
registros contábeis mediante o ajustamento da expressão 
formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
São resultantes da adoção da atualização monetária: 
I - a moeda, embora aceita universalmente como medida de va-
lor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; 
II - para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores 
das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em 
moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos 
os valores dos componentes patrimoniais e, por conseqüência, o do 
Patrimônio Líquido; e 
III - a atualização monetária não representa nova avaliação, mas 
tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada 
data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos 
a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um 
dado período. 
Por exemplo, os registros são feitos na devida tempestividade 
(data correta de aquisição, independente do pagamento) e pelo valor 
de aquisição ou fabricação, ou seja, um produto adquirido por R$ 
100.000 a prazo é registrado no estoque por este valor e no passivo a 
dívida gerada. 
3.5 . C O M P E T Ê N C I A 
O Princípio da Competência determina que os efeitos das tran-
sações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se 
referem, independentemente do recebimento ou pagamento (artigo 9Q 
da Resolução CFC n- 750/1993, redação dada pela Resolução CFC nQ 
1.282/2010). Pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas 
e de despesas correlatas. 
Por exemplo, numa venda feita em agosto para recebimento em 
setembro, a receita de venda deverá ser contabilizada no mês de agosto. 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 2 1 
Princípios de Contabilidade 
3.6. P R U D Ê N C I A 
Determina a adoção do menor valor para os componentes do 
ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de 
precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em 
certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não 
sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subesti-
mados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais (artigo 10 da Resolução 
CFC n9 750/1993, redação dada pela Resolução CFC n5 1.282/2010). 
Por exemplo, constituição de provisão para contingência. Entre 
várias alternativas válidas, para as receitas, considere a menor e, para 
despesas, o valor maior. 
Vamos considerar uma dívida trabalhista: a empresa prevê pagar 
uma ação entre R$ 50.000 e R$ 100.000. Então, registra na contabi-
lidade o valor maior mesmo que exista um pouco mais de chance de 
pagar um valor menor. 
C A P Í T U L O 4 
P A T R I M O N I O 
É um conjunto de bens, direitos e obrigações que a empresa 
possui e que podem ser avaliados em dinheiro. 
Normalmente, a empresa levanta o patrimônio na data do en-
cerramento do seu exercício social. 
De acordo com o artigo 175 da Lei n s 6.404/1976 (LSA), o exer-
cício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada 
no contrato ou estatuto social. 
Exemplos: 
se o contrato prevê que o exercício social seja encerrado no 
dia 31 de dezembro, o período contábil será de l e de janeiro 
a 31 de dezembro; 
se o contrato prevê que o exercício social seja encerrado no 
dia 30 de abril, o período contábil iniciará no dia l 9 de maio 
do ano XI e encerrará no dia 30 de abril do ano X2. 
A empresa deverá reconhecer seu patrimônio de acordo com o 
Princípio da Entidade. Nesse princípio (conforme visto no Capítulo 
3), a contabilidade deve tratar a pessoa jurídica como distinta das 
pessoas físicas e/ou jurídicas de seus proprietários, ou seja, a empresa 
somente poderá registrar seu patrimônio. Jamais poderá registrar o 
patrimônio de seus sócios. 
O patrimônio da empresa será demonstrado no balanço patrimonial. 
2 4 C O N T A B I L I D A D EPARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
O balanço patrimonial é uma das mais importantes demons-
trações contábeis, por meio do qual podemos apurar a situação pa-
trimonial e financeira de uma empresa em determinada data. Nessa 
demonstração contábil, o patrimônio é informado, para os usuários, 
por meio de duas colunas. No lado direito, denominado PASSIVO, são 
demonstradas as obrigações. No lado esquerdo, denominado ATIVO, 
são demonstrados os bens e direitos. 
A razão de se atribuir o lado esquerdo para o Ativo e o direito 
para o Passivo é mera convenção. 
4 .1 . BENS 
Bens são objetos materiais e imateriais que podem ser avaliados 
economicamente e que satisfaçam as necessidades humanas. 
Existem dois tipos de bens. Os corpóreos e os incorpóreos. 
Bens corpóreos: são bens materiais (que existem fisicamente). 
Também são denominados bens tangíveis. 
Exemplos: 
^ dinheiro; 
^ imóveis; 
^ móveis e utensílios; 
máquinas e equipamentos; 
veículos; 
^ estoque de mercadorias e de produtos; etc. 
Bens incorpóreos: são bens imateriais (não existem fisicamente). 
Também são denominados bens intangíveis. 
Exemplos: 
^ programa de computador; 
^ marcas e patentes; 
^ ponto comercial; etc. 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 2 5 
Patrimônio 
4.2 . DIREITOS 
Direitos são valores a receber ou a recuperar (de clientes ou não), 
ou valores de propriedade da empresa que se encontra em poder de 
terceiros. 
Exemplos: 
duplicatas a receber (clientes), decorrentes da venda de 
mercadorias a prazo; 
^ empréstimos a receber; 
dinheiro depositado no banco, 
aplicações financeiras, 
^ créditos de impostos e contribuições; 
^ adiantamento salarial; etc. 
4.3 . O B R I G A Ç Õ E S 
São dívidas da empresa com terceiros, ou bens de terceiros que 
se encontra em poder (uso) da empresa. 
Exemplos: 
duplicatas a pagar (fornecedores), decorrentes da compra 
de mercadorias ou bens a prazo, 
salários a pagar, 
^ impostos e contribuições a recolher, 
^ contas a pagar; 
financiamento bancário a pagar; etc. 
4.4 . REPRESENTAÇÃO G R Á F I C A D O P A T R I M Ô N I O 
O patrimônio é composto de Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, 
a saber: 
2 0 CONTABILIDADE PARA N Â O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
PATRIMÔNIO 
Q U A D R O - R E S U M O 
A T I V O P A S S I V O 
Bens 
Direitos 
Obrigações com terceiros 
P A T R I M Ô N I O L Í Q U I D O ( P L ) 
Capital = Investimento dos sócios 
Lucros e reservas - Retorno do capital 
ATIVO: compreende os bens e os direitos expressos em moeda 
corrente nacional. Exemplos: Caixa, Banco Conta Movimento, Imóveis, 
Veículos, Equipamentos, Mercadorias para Revenda, Contas a Receber 
são alguns dos bens e direitos que uma empresa normalmente possui. 
Todos os elementos do Ativo acham-se discriminados no lado esquerdo 
do balanço patrimonial. 
PASSIVO: compreende as obrigações a pagar, isto é, as quantias 
que a empresa deve a terceiros. Exemplos: Contas a Pagar; Fornece-
dores, Salários a Pagar; Impostos a Recolher; Financiamento a Pagar 
são algumas das obrigações assumidas normalmente por uma empresa. 
Todos os elementos do Passivo acham-se discriminados no lado direito 
do balanço patrimonial. 
PATRIMÔNIO LÍOUIDO (PL): compreende a diferença entre o 
valor do Ativo e do Passivo de uma empresa, em determinada data. 
O patrimônio líquido de uma empresa pode ser proveniente das se-
guintes fontes: 
INVESTIMENTOS DOS SÓCIOS: efetuados pelos proprie-
tários em troca de ações, quotas ou outras participações; 
v / LUCROS e RESERVAS: retorno do capital investido. 
Exemplificando: 
Se a empresa tem: 
um ativo de R$ 20.000 
um passivo de R$ 7.000 
o patrimônio líquido da empresa será de R$ 13.000 
CONTABILIDADE PARA N Ã O C O N T A D O R E S 2 7 
Patrimônio 
Representação gráfica do patrimônio 
B E N S + D I R E I T O S O B R I G A Ç Õ E S 
Bens Obrigações 
Dinheiro Empréstimos a Pagar 
Estoques de Mercadorias Salários a Pagar 
Veículos Duplicatas a Pagar (Fornecedores) 
Imóveis Financiamentos a Pagar 
Máquinas Impostos a Recolher 
Ferramentas Aluguéis a Pagar 
Móveis e Utensílios Contas a Pagar 
Direitos Patrimônio Líquido 
Depósito Bancário Capital Social 
Duplicatas a Receber Reserva de Capital 
Títulos a Receber Ajuste de Avaliação Patrimonial 
Aluguéis a Receber Reserva de Lucros 
Impostos a Recuperar (-) Ações em Tesouraria 
Prejuízo Acumulado 
4.5 . EXEMPLOS P R Á T I C O S DA M O V I M E N T A Ç Ã O 
PATRIMONIAL 
l 9 Operação - Subscrição do capital social: 
Diversas pessoas resolvem constituir uma empresa. 
Fazendo uma análise do que pretendem fazer, concluem que 
precisam investir R$ 100.000 para começar o empreendimento. Com 
isso, subscrevem e integralizam o capital em moeda corrente. 
Após a subscrição e integralização em dinheiro, o balanço patri-
monial ficará demonstrado da seguinte maneira: 
1 A T I V O P A S S I V O 
Banco Conta Movimento 100.000 Patrimônio Líquido |} 
1 Capital Social J 100.000 
Total 100.000 Total 1 100.000 
2- Operaçao - Aquisição de imóvel: 
A empresa adquiriu, ã vista, uma sala comercial para abrigar suas 
instalações, pela importância de R$ 70.000. 
2 8 C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
Com essa aquisição, a empresa adquire um novo Ativo (imóvel), 
mas vê sua conta bancária diminuir do mesmo valor. 
Após essa transação, o balanço patrimonial ficará demonstrado 
da seguinte maneira: 
A T I V O P A S S I V O 
Banco Conta Movimento 
Imóveis 
30.000 Patrimônio Líquido 
100.000 
100.000 
70.000 Capital Social 
I00.0ÕÕ] Total 
3- Operação - Compra de materiais: 
Para iniciar suas atividades mercantis, a empresa adquiriu mer-
cadorias, que serão estocadas para vendas futuras, a prazo, por uma 
importância de R$ 50.000. 
As mercadorias adquiridas ficarão registradas no Ativo, pelo 
valor de custo (compra). 
A dívida assumida ficará registrada no Passivo, como uma obri-
gação a pagar (fornecedores). 
Após essa transação, o balanço patrimonial ficará demonstrado 
da seguinte maneira: 
A T I V O P A S S I V O 
Banco Conta Movimento 
Imóveis 
Estoque de Mercadorias 
Total 
30.000 Fornecedores 
70.000 Patrimônio Líquido 
50.000 Capital Social 
150.000 Total 
50.000 
100.000 
150.000 
4- Operaçao - Pagamento da obrigação: 
Após 30 dias da aquisição das mercadorias, a empresa paga ao 
fornecedor uma parcela de R$ 10.000. 
Essa operação diminui o Passivo (fornecedor) e também a dis-
ponibilidade (Banco Conta Movimento). 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 2 9 
Patrimônio 
Após esse pagamento, o balanço patrimonial ficará demonstrado 
da seguinte maneira: 
A T I V O P A S S I V O 
Banco Conta Movimento 2 0 . 0 0 0 Fornecedores 4 0 . 0 0 0 
Imóveis 7 0 . 0 0 0 Patrimônio Líquido 
Estoque de Mercadorias 5 0 , 0 0 0 Capital Social 1 0 0 . 0 0 0 
Total 1 4 0 . 0 0 0 Total 1 4 0 . 0 0 0 
Vejam que, a cada operação ocorrida na empresa, o patrimônio 
se modifica. 
C A P Í T U L O 5 
A P U R A Ç Ã O D O RESULTADO 
Resultado é a diferença entre as receitas auferidas e o valor das 
despesas incorridas durante o exercício social (período contábil). 
Ele é apurado na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). 
O resultado pode ser: 
a) Positivo ou Lucro: ocorre quando as receitas são superiores 
ao valor das despesas; 
b) Negativo ou Prejuízo: ocorre quando o valor das receitas é 
inferior ao valor das despesas; 
c) Nulo: ocorre quando o valor das receitas é igual ao valor 
das despesas. 
Estas contas, no encerramento do exercício, são encerradas e o 
saldo transferido para o balanço patrimonial. 
5.1 . RECEITA 
Receita é a entrada dedinheiro ou direitos a receber no Ativo. 
Exemplos: venda de mercadorias e/ou produtos, serviços prestados; 
aluguéis; juros sobre depósito bancário e outras origens. 
Às vezes, a receita ocorre em função da redução de um Passivo, 
como: perdão de dívidas, desconto obtido decorrente de um pagamento 
antecipado de uma duplicata, etc. 
3 2 C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
A obtenção de uma receita resulta num aumento de patrimônio 
líquido. 
Graficamente, podemos definir da seguinte forma; 
DRE 
Receita 100 .000 
(-) Despesas 80 .000 
(=) Resultado 2 0 . 0 0 0 
Aumentará o PL 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Ativos diversos 100.000 Obrigações 80.000 ( Ativos diversos 100.000 
Patrimônio Líquido 20.000 M 
Total 100,000 Total 100.000 
Aumentou 
o PL 
Vê-se que a contrapartida da receita gera um elemento do ativo 
(bens ou direitos). 
5.2 . DESPESA 
Despesa é o consumo de bens ou serviços que, diretamente ou 
indiretamente, ajuda a produzir uma receita. Exemplos: despesa com 
pessoal, aluguéis, água, luz, telefone, etc. 
A despesa é um elemento que diminui o resultado e, consequen-
temente, o patrimônio líquido. 
Graficamente, podemos definir da seguinte forma: 
DRE 
Receita 
(-) Despesas 
100 .000 
150 .000 
{=) Resultado (50.000) 
Diminuirá o PL 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Apuração do Resultado 
3 3 
B A L A N Ç O P A T R I M O N I A L 
ATIVO PASSIVO 
Ativos diversos 100.000 Obrigações 150.000^ Ativos diversos 100.000 
Pa t r imônio Liquido ( 5 0 . 0 0 0 ) ^ 
Total 100.000 Total 100.000 
Diminu iu o 
PL 
Vê-se que a contrapartida da despesa gera um elemento do pas-
sivo (obrigações). 
5.3. RESULTADO 
Resultado é o confronto entre as contas de receitas e despesas 
registradas no exercício (período contábil). 
Se as receitas obtidas superarem as despesas incorridas, o re-
sultado do período contábil será positivo, denominado de lucro e, 
consequentemente, aumentará o patrimônio líquido. 
Se as despesas forem maiores que as receitas, o resultado será 
negativo, denominado de prejuízo e, consequentemente, diminuirá o 
patrimônio líquido. 
5.4 . REGIME DE C O M P E T Ê N C I A 
As receitas e despesas devem ser registradas, simultaneamente, 
no resultado do exercício, pelo regime de competência, independen-
temente do recebimento ou do pagamento (Princípio da Competência 
visto no Capítulo 3 deste livro). 
5.5. E N C E R R A M E N T O DAS C O N T A S DE RESULTADO 
O lucro ou prejuízo de um exercício está na dependência do 
confronto das contas de receitas e de despesa, e esse resultado líquido 
é apurado na conta denominada Resultado. 
3 4 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
Estas contas, no encerramento do exercício, sao encerradas e o 
saldo transferido para o balanço patrimonial. 
Para efeito de apurar o resultado da empresa, as contas de receita 
e despesa são periódicas, isto é, somente deverão ter registros o perío-
do contábil (um ano), o que significa que todas as contas de receita e 
despesa devem possuir saldo zero no início dos períodos. 
Para que isso ocorra, no final de cada período, deve-se proceder 
ao encerramento das contas de resultado, por meio de lançamento de 
encerramento. 
O encerramento das contas de receita é realizado pela transfe-
rência (débito) de seus saldos credores para crédito da conta Apuração 
do Resultado do Exercício (ARE). Os saldos devedores da despesa são 
transferidos (crédito) para débito da conta ARE. 
Exemplo: 
DRE 
Receita 100 .000 
(-) Despesas 80 .000 
(=) Resultado 2 0 . 0 0 0 
Aumenta rá o PL 
Receitas Despesas 
(1) 100.000 100.000 (saldo) (saldo) 80.000 80.000(2) 
ARE 
(2) 80.000 (1) 100.000 
20.000 (SF)1 
' Saldo F i n a l 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Apuração do Resultado 
3 5 
Pelo exposto acima, a conta de resultado (ARE) recebe, por 
transferência, a débito o valor dos saldos das contas da despesa e a 
crédito os saldos das contas de receita. 
O resultado apurado (lucro ou prejuízo) será transferido para 
a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, no patrimônio líquido, 
da seguinte maneira: 
ARE 
Lucros ou Prejuízos 
Acumulados 
(2) 80.000 (1) 100.000 
(3)20.000 20.000 (SF)* 
20.000 (3) 
* Saldo final 
Após sua transferência para a conta Lucros ou Prejuízos Acumu-
lados, o Resultado do Exercício deverá ser destinado. 
Resultado é o valor do retorno do capital investido pelos sócios 
e/ou acionistas. 
O Patrimônio Líquido ficará demonstrado, da seguinte forma; 
P A S S I V O 
Obr igações 
P a t r i m ô n i o L í q u i d o 70.000 
Capital Social 50.000 
(+) Lucros Acumulados 20.000 
C A P Í T U L O 6 
E S C R I T U R A Ç Ã O 
Para a empresa levantar o patrimônio (bens, direitos e obriga-
ções) e apurar o resultado (lucros ou prejuízos), toda movimentação 
(compra, venda, pagamento, recebimento, etc.) deve ser escriturada. 
Escrituração é a técnica contábil encarregada de registrar as 
mutações patrimoniais em livros apropriados, com vistas a conservar 
a história da empresa e possibilitar o controle do patrimônio. 
A escrituração é a base para elaboração das demonstrações contá-
beis. É também a principal fonte de informações fiscais, mas, sobretu-
do, a escrituração é a base de informações para a tomada de decisões. 
A escrituração é o registro de fatos contábeis. 
EATOS CONTÁBEIS: são os acontecimentos que alteram o 
patrimônio quantitativamente e/ou qualitativamente. 
ATOS ADMINISTRATIVOS: são os acontecimentos que não 
afetam o patrimônio. 
Exemplo: 
Compra de mercadoria altera o patrimônio, mas a requisição 
de um novo funcionário não. Portanto, a compra de mercadorias é 
um fato contábil e a requisição de um novo funcionário é um ato 
administrativo. 
A escrituração é a responsável em transformar dados em infor-
mações: 
3 8 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
C Fatos Contábeis 
Escrituração 
Demonstrações Contábeis 
Informações 
Sem escrituração, não há contabihdade, sem contabihdade, não 
há gestão e, sem gestão, o empresário fica com sérios problemas em 
função da responsabilidade assumida com o governo, fornecedores e 
funcionários. 
A escrituração contábil é feita em livros contábeis, que são ba-
sicamente, o Razão e Diário. 
6.1 . LIVRO R A Z A O 
É um livro obrigatório. É o instrumento mais valioso para o 
desempenho da contabihdade. 
O registro do Razão é realizado em contas individualizadas. As-
sim, teremos um controle por conta. Por exemplo: abrimos uma conta 
Caixa e registramos todas as operações que afetam o Caixa nesta conta, 
debitando ou creditando e, a qualquer momento, apuramos o resultado. 
Este livro deve conter termo de abertura e de encerramento e ser 
encadernado no encerramento do exercício social. Está dispensado de 
autenticação no órgão competente. 
C O N T A B I L I D A D E PARA N À O C O N T A D O R E S 
Escrituração 
Este livro tem a finalidade de demonstrar a movimentação analí-
tica das contas escrituradas no livro Diário, ou seja, é o detalhamento, 
por conta, dos lançamentos realizados no livro Diário. 
Didaticamente o livro Razão é resumido através do Razonete. 
RAZONETE é uma representação gráfica e resumida do livro 
Razão, que mostra os valores lançados a débito e/ou a crédito da conta 
num determinado período, além do respectivo saldo. 
As contas são representadas didaticamente por um "T", em que, 
acima da barra horizontal, é inserido o nome da conta, ã esquerda da 
barra vertical, os lançamentos de valores a débitos (aphcação de recurso) 
e, ã direita, os lançamentos de valores a créditos (origem de recurso).O Razão engloba as contas patrimoniais (contas de balanço pa-
trimonial) e as de resultados (contas de receitas e despesas). 
Vê-se que uma conta tem dois lados: o esquerdo (débito) e o 
direito (crédito). 
N o m e c a conta 
Débi to Crédi to 
6.2. LIVRO D I Á R I O 
É um livro obrigatório. Registra os fatos contábeis em partidas 
dobradas na ordem cronológica do dia, mês e ano. 
O livro Diário deve ser encadernado com folhas numeradas 
seguidamente, sendo que os registros deverão ser feitos diariamente. 
Neste livro, deverá conter os termos de abertura e de encerra-
mento e ser submetido ã autenticação do órgão competente do Registro 
do Comércio. 
O atraso na escrituração do livro Diário não poderá ultrapassar 
a 180 dias, sob pena de multa prevista pelo Imposto de Renda. 
4 0 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
Cada lançamento do livro Diário ou cada partida do livro Diário 
deverá ter; 
^ local e data da operação; 
=> título da conta de débito e/ou crédito; 
=> histórico (dados fundamentais sobre a operação em regis-
tro); e 
=> valor da operação em reais. 
Exemplo; 
S a o Paulo, 15 d e m a i o d e 2 0 X 0 
D é b i t o ; E q u i p a m e n t o s 
C r é d i t o : C a i x a 
A q u i s i ç ã o à vista d e e q u i p a m e n t o s c o n f o r m e NF 2 5 . 5 0 0 - Sér ie B d a e m -
p r e s a Rio Ltda. 
1 0 0 . 0 0 0 
6.3 . M O D E L O D O S LIVROS D I Á R I O E R A Z Ã O 
O livro Diário é utilizado para o registro diário por ordem crono-
lógica (ordem de acontecimento) de todos os fatos que vierem a ocorrer 
na empresa. O fato a ressaltar é que, em razão de sua escrituração ser 
efetuada pela ordem cronológica, embaralha as contas, dificultando, 
com isso, o exame individualizado das mesmas. 
Veja modelo a seguir; 
D I Á R I O G E R A L 
E M P R E S A : C O M E R C I A L W F T L T D A . M Ê S : I A N E I R O / 2 0 X 1 P Á C . 0 0 1 
C O N T A DEBITADA 1 C O N T A C R E D I T A D A D I A H I S T Ó R I C O V A L O R 
2.1 1.001.003 1.1.1.001.001 03 Pagamento da Guia INSS 12/20X0 272,00 
1.1 
O
 
O
 
o q 3 .1.1.001.001 05 Venda à vista conf. NF 65 380,00 
2.1 1.002.001 1.1.1.001.001 07 Pagamento Assist, Contábil 12/20X0 130,00 
2.1 1.002.002 1.1.1.001.001 07 Pagamento l^ró-Labore mês 12/20X0 1.230,00 
1.1 b o b o 3 .1.1.001.001 08 Venda à vista conf. NF 66 1.700,00 
1.1 b o b o 3 .1.1.001.001 09 Venda à vista conf. NF 67 735,00 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Â O C O N T A D O R E S 41 
Escrituração 
3.1.2. 
3'.l.2'.i)ÜI.ÜCH 
O livro Razão demonstra de forma individualizada as contas 
utilizadas no livro Diário, vindo a facilitar, com isso, o exame das 
mesmas, daí a sua importância já citada anteriormente. 
Veja modelo a seguir; 
: 08.0 
•09 .01 
^ 2 C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
Para fazer uma análise do que ocorreu com a movimentação, por 
exemplo, da Conta "Vendas ã Vista", no livro Diário, seria necessário 
verificar a escrituração dia a dia para poder compor tal movimentação. 
Imagine o trabalho que daria em uma empresa com grande movimento. 
Já no livro Razão em virtude de as contas serem individualizadas, basta 
pegar a conta desejada, no caso a Conta "Vendas ã Vista", e analisar a 
movimentação (entradas/saídas e saldos). 
6.4 . M É T O D O DAS PARTIDAS D O B R A D A S 
A escrituração (lançamento) contábil deve ser efetuada por um 
método universal que é o método das partidas dobradas, segundo o 
qual todo débito corresponde a um crédito de mesmo valor, ou seja, 
em todo lançamento contábil, são utilizadas no mínimo duas contas 
- uma para débito e outra para crédito do mesmo valor. 
6.5 . E S C R I T U R A Ç Ã O C O N T Á B I L DIGITAL (ECD) 
Estes livros contábeis Razão e Diário, estão sendo escriturados 
digitalmente, por meio do Sistema Público de Escrituração Digital 
(Sped), instituído pelo Decreto n9 6.022/2007, por sociedades empre-
sariais tributadas pelo lucro real. 
Esta escrituração é facultativa para as demais sociedades empre-
sariais (lucro presumido e lucro arbitrado). 
As sociedades simples e as microempresas e empresas de pe-
queno porte, inscritas no Simples Nacional, estão dispensadas desta 
escrituração digital. 
6.6 . RESPONSÁVEL PELA E S C R I T U R A Ç Ã O 
A escrituração ficará sob a responsabilidade de profissional qua-
lificado, nos termos da legislação específica, exceto nas localidades 
em que não haja elemento habilitado, quando, então, ficará a cargo 
do contribuinte ou de pessoa pelo mesmo designada (Decreto-Lei n e 
486/1969, artigo 39). 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 4 3 
Escrituração 
A designaçao de pessoa não habilitada profissionalmente não 
eximirá o contribuinte da responsabilidade pela escrituração. 
Desde que legalmente habilitado para o exercício profissional 
referido neste capítulo, o titular da empresa individual, o sócio, o 
acionista ou o diretor da sociedade pode assinar as demonstrações 
financeiras da empresa e assumir a responsabilidade pela escrituração. 
6.7. L A N Ç A M E N T O S C O N T Á B E I S 
Existem 4 (quatro) fórmulas de lançamentos (escrituração) 
contábeis. 
1 - Fórmula Há uma única conta de Débito e uma única de Crédito. 
Vamos admitir que a empresa depositasse $ 100 mil, que estavam 
no Caixa. 
Livro Diário; 
São Paulo, .... de de 20.. 
Débito: Banco c/Movimento 
Crédito: Caixa 
Depósito efetuado no Banco Alfa S/A., conforme recibo n- XXX $ 100.000 
Livro Razão: 
Caixa Banco c/Movimento 
$$$ 100.000 100.000 
Vê-se que, neste lançamento, foi identificado que há uma conta 
de Débito (Banco c/Tvlovimento) e uma de Crédito (Caixa). 
2- Fórmula Uma conta de Débito e duas ou mais de Créditos. 
Vamos admitir que a empresa recebesse uma duplicata de $ 18.000, 
com 10% de juros de mora, uma vez que liquidou a duplicata com atraso. 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
Registro no livro Diário: 
São Paulo, ... de de 20.. 
Débito: Caixa 1 9 . 8 0 0 
Crédito: Duplicatas a Receber 1 8 . 0 0 0 
Crédito: Juros Recebidos 1 . 8 0 0 
Histórico: 
Registro no livro Razão: 
Caixa Dupl. a Receber Juros Recebidos 
19.800 18.000 1.800 
Neste lançamento, foram movimentados dois lançamentos 
de Créditos (Duplicatas a Receber e Juros Recebidos) e uma conta de 
Débito (Caixa). 
3 ã Fórmula Duas ou mais contas de Débito e uma de Crédito. 
Vamos admitir que a empresa adquirisse, à vista, com pagamento 
em cheque, veículos ($ 50.000), máquinas ($ 100.000) e móveis e 
utensílios ($ 130.000). 
Registro no livro Diário: 
São Paulo, ... de de 20.. 
Débito: Veículos 50 .000 
Débito: Máquinas 100.000 
Débito: Móveis e Utensílios 130.000 
Crédito: Banco c/Movimento 280 .000 
Histórico: 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 4 5 
Escrituração 
Registro no livro Razao; 
Banco c/Movimento 
280.000 
Veículos 
50.000 
Máquinas Móveis e Utensílios 
100.000 130.000 
Neste lançamento, foram movimentados três lançamentos de 
Débitos (Veículos, Máquinas e Móveis e Utensílios) e uma conta 
de Crédito (Banco c/Movimento). 
4- Fórmula Duas ou mais contas de Débito e duas ou mais contas de Crédito. 
Vamos admitir que a empresa recebesse uma duplicata de $ 
30.000, sendo $ 10.000 em dinheiro e $ 20.000 em cheque, com 10% 
de juros de mora, uma vez que liquidou a duplicata com atraso. 
Registro no livro Diário: 
São Paulo, ... de de 20.. 
Débito: Caixa 10.000 
Débito: Banco c/Movimento 23 .000 
Crédito: Duplicatas a Receber 30.000 
Crédito: Juros Recebidos 3.000 
Histórico: 
4 6 C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
Registro no livro Razão; 
Banco c/Movimento23.000 
Caixa 
10.000 
Dupl. a Receber 
30.000 
Juros Recebidos 
3.000 
Neste lançamento, foram movimentados dois lançamentos de 
Débitos (Caixa e Banco c/Movimento) e duas contas de Crédito (Du-
plicatas a Receber e Juros Recebidos). 
C A P Í T U L O 7 
P L A N O DE C O N T A S 
Plano de Contas é o conjunto de contas, previamente estabe-
lecido, que norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos 
inerentes à empresa, além de servir de parâmetro para a elaboração 
das demonstrações contábeis (Balanço Patrimonial, Demonstração do 
Resultado do Exercício, etc.). 
É o instrumento que o profissional de contabilidade consulta 
quando vai fazer um lançamento contábil, pois indica qual conta deve 
ser debitada e qual conta deve ser creditada. 
O Plano de Contas tem por finalidade principal estabelecer nor-
mas de conduta para o registro das operações da empresa. 
Não existe um plano de contas padrão. Cabe à empresa elaborar 
seu plano de contas atendendo as suas necessidades e peculiaridades. 
Deverá ser flexível o suficiente para atender desde as empresas do 
Simples Nacional até as tributadas pelo Lucro Real, ou seja, as pri-
meiras contarão com um Plano de Contas mais simples, já os regimes 
de tributação mais complexos contarão com Planos de Contas mais 
complexos e abrangentes. 
Independentemente do porte da empresa, o Plano de Contas 
deverá respeitar a estrutura básica que rege os princípios legais da 
contabilidade. 
O Plano de Contas normalmente é composto de cinco grupos 
(Lei nQ 11.638/2007); 
4 8 C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
A T I V O 
ATIVO - contas devedoras 
^ PASSIVO - contas credoras 
^ DESPESAS - contas devedoras 
^ RECEITAS - constas credoras 
^ CONTAS DE COMPENSAÇÃO. 
Estes grupos, por sua vez, também se dividem em subgrupos, 
da seguinte maneira: 
CIRCULANTE: bens e direitos realizáveis até o término do exer-
cício social seguinte. 
NÃO CIRCULANTE: bens e direitos realizáveis após o término 
do exercício social seguinte. 
O ATIVO representa a parte positiva do patrimônio, a fonte de in-
vestimentos, as aplicações de recursos (BENS E DIREITOS). 
CIRCULANTE: obrigações exigíveis até o término do exercício 
social seguinte. 
NÃO CIRCULANTE: obrigações exigíveis após o término do 
exercício social seguinte. 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: capitais próprios. 
O PASSIVO representa a parte negativa do patrimônio, a fonte de 
financiamentos, as origens dos recursos (OBRIGAÇÕES). 
COM VENDAS 
ADMINISTRATIVAS 
FINANCEIRAS 
TRIBUTÁRIAS 
Despesas representam os gastos despendidos na manutenção da 
atividade da empresa. 
COM VENDAS 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
R E C E I T A S 
FINANCEIRAS 
DEMAIS RECEITAS OPERACIONAIS 
P A S S I V O 
D E S P E S A S 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Plano d e Contas 
4 9 
Receitas representam o valor obtido decorrente da venda dos produ-
tos e serviços da sua atividade. Uma receita pode derivar de juros sobre 
depósitos bancários ou títulos, de aluguéis e outras origens. Às vezes, 
a receita ocorre em função da redução de um passivo, como: perdão de 
dívidas, desconto obtido decorrente de um pagamento antecipado de uma 
duplicata, etc. 
C O N T A S D E 
C O M P E N S A Ç Ã O 
O sistema de compensação abrange exclusivamente contas que ser-
vem para controle, sem fazer parte do patrimônio, ou, então, contas que 
poderão, ainda, no futuro, integrar o patrimônio. 
Normalmente, o Plano de Contas é elaborado utilizando um 
sistema de codificação de documentos, é elemento indispensável para 
efeito do processamento de dados. 
O Plano de Contas possui contas sintéticas e analíticas. 
Exemplo de elaboração de um Plano de Contas de grau (nível) IV: 
N Í V E I S 
C O N T A 
1 I II I III IV C O N T A ! r 
1 1 
1 1 1 
Ativo 
Ativo Circulante 
Disponível 
1 1 1 01 Caixa 
1 1 1 02 Banco A 
1 1 1 03 Banco B 
1 1 1 04 Aplicação Financeira - Banco A 
1 1 1 05 Aplicação Financeira - Banco B 
Somente as contas de grau (nível) IV podem receber lançamen-
tos contábeis. As demais contas consideradas contas sintéticas não 
recebem lançamentos. 
Com este Plano de Contas é possível levantar um balancete de 
verificação, desde o nível mais sintético até o nível analítico. 
5 0 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
Segue modelo de um plano de contas como sugestão: 
1. ATIVO 
1.1. Ativo Circulante 
1.1.1 Disponível 
1.1.1.01 Caixa 
1.1.1.02 Banco A 
1.1.1.03 Banco B 
1.1.1.04 Aplicação Financeira - Banco A 
1.1.1.05 Aplicação Financeira - Banco B 
1.1.2 Clientes 
1.1.2.01 Duplicatas a Receber 
1.1.2.02 (-) Duplicatas Descontadas 
1.1.2.03 (-) Ajuste para Crédito de Liquidação Duvidosa 
1.1.2.04 (-) Ajuste ao Valor Justo 
1.1.2.05 (-) Ajuste ao Valor Presente 
1.1.3 Outros Créditos 
1.1.3.01 Banco Conta Vinculada 
1.1.3.02 Títulos a Receber 
1.1.3.03 Cheques em Cobrança 
1.1.3.04 Dividendos a Receber 
1.1.3.05 Adiantamentos a Fornecedores 
1.1.3.06 Adiantamentos a Empregados 
1.1.3.07 Empréstimos a Empregados 
1.1.3.08 Adiantamento de 13- Salários 
1.1.3.09 Adiantamento de Férias 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Plano d e Contas 
51 
1.1.4 Tributos a Recuperar/Compensar 
1.1.4.01 IPI a Recuperar 
1.1.4.02 ICMS a Recuperar 
1.1.4.03 IRRF a Recuperar 
1.1.4.04 CSLL Retida na Fonte a Recuperar 
1.1.4.05 PIS Retido na Fonte a Recuperar 
1.1.4.06 Cofins Retida na Fonte a Recuperar 
1.1.4.07 IRPJ Pago por Fstimativa 
1.1.4.08 CSLL Paga por Estimativa 
1.1.4.09 PIS a Recuperar 
1.1.4.10 Cofins a Recuperar 
1.1.4.11 Tributos Pagos a Maior ou Indevidamente 
1.1.4.12 Outros Tributos a Recuperar 
1.1.5 Estoques 
1.1.5.01 Mercadorias para Revenda 
1.1.5.02 Matérias-primas 
1.1.5.03 Material de Embalagem e Acondicionamento 
1.1.5.04 Outros Materiais de Consumo Industrial 
1.1.5.05 Produtos Acabados 
1.1.5.06 Produtos em Elaboração 
1.1.5.07 Almoxarifado 
1.1.5.08 Importação em Andamento 
1.1.5.09 (-) Ajuste do Estoque ao Valor de Mercado 
1.1.5.10 (-) Ajuste ao Valor Justo 
1.1.6 Despesas Pagas Antecipadamente 
1.1.6.01 Prêmios de Seguros a Apropriar 
1.1.6.02 Assinaturas e Anuidades a Apropriar 
5 2 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE 
1.2.1 Realizável a Longo Prazo 
1.2T.01 Clientes ABC 
1.2.1.02 Duplicatas a Receber 
1.2.1.03 (-) Duplicatas Descontadas 
1.2.1.04 (-) Ajuste para Créditos de Liquidação Provisória 
1.2.1.05 Títulos a Receber 
1.2.1.06 Empréstimos a Controladoras, Controladas e Coligadas 
1.2.1.07 Empréstimos a Sócios, Administradores e Pessoas 
Ligadas 
1.2.1.08 Depósitos Judiciais 
1.2.1.09 (-) Ajuste a Valor Presente 
1.2.2 Investimentos 
1.2.2.01 Participações em Empresas Controladas e Coligadas - EP 
1.2.2.02 Participações em Empresas Controladas e Coligadas -
Custo 
1.2.2.03 Outras Participações Societárias 
1.2.2.04 Participações por Incentivos Fiscais (Finor, Finam) 
1.2.2.05 Imóveis Não Destinados ao Uso 
1.2.2.06 Objetos de Arte 
1.2.2.07 (-) Ajustes para Perdas na Realização de Investimentos 
1.2.3 Imobilizado 
1.2.3.01 Terrenos 
1.2.3.02 Edifícios 
1.2.3.03 Construções 
1.2.3.04 Móveis e Utensílios 
1.2.3.05 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Plano d e Contas 
1.2.3.06 Veículos 
1.2.3.07 Benfeitorias em Propriedade de Terceiros 
1.2.3.08 Imobilizado em Andamento 
1.2.3.09 (-) Depreciações, Amortizações e Exaustões Acumuladas 
1.2.3.10 (-) Impairment 
1.2.4 Intangível 
1.2.4.01 Marcas e Patentes 
1.2.4.02Direitos Autorais - Software 
1.2.4.03 Fundo de Comércio 
1.2.4.04 (-) Amortizações Acumuladas 
1.2.4.05 (-) Impairment 
2 PASSIVO 
2.1. PASSIVO CIRCULANTE 
2.1.1 Empréstimos e Financiamentos 
2.1.1.01 Empréstimos Bancários 
2.1.1.02 Empréstimos do Exterior 
2.1.1.03 Financiamentos Bancários 
2.1.1.04 Financiamentos Estrangeiros 
2.1.1.05 Títulos a Pagar 
2.1.1.06 Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio 
2.1.1.07 (-) Provisão de Ajuste ao Valor Justo 
2.1.1.08 (-) Provisão de Ajuste a Valor Presente 
2.1.2 Fornecedores 
2.1.2.01 Fornecedores Nacionais 
2.1.2.02 (-) Provisão de Ajuste ao Valor Justo 
2.1.2.03 (-) Provisão de Ajuste a Valor Presente 
2.1.2.02 Fornecedores Estrangeiros 
5 4 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
2.1.3 Obrigações Trabalhistas e Previdenciárias 
2.1.3.01 Salários e Ordenados a Pagar 
2.1.3.02 Pro Labore a Pagar 
2.1.3.03 Gratificações a Pagar 
2.1.3.04 INSS a Recolher 
2.1.3.03 FGTS a Recolher 
2.1.3.06 Provisões para Férias 
2.1.3.07 Provisão para 139 Salário 
2.1.3.08 INSS sobre Provisão para Férias 
2.1.3.09 FGTS sobre Provisão para 13° Salário 
2.1.4 Obrigações Tributárias 
2.1.4.01 IPI a Recolher 
2.1.4.02 ICMS a Recolher 
2.1.4.03 ISS a Recolher 
2.1.4.04 Provisão para Imposto de Renda 
2.1.4.05 Provisão para CSLL 
2.1.4.06 Imposto de Renda por Estimativa a Recolher 
2.1.4.07 CSLL por Estimativa a Recolher 
2.1.4.08 Imposto de Renda na Fonte a Recolher 
2.1.4.09 PIS a Recolher 
2.1.4.10 Cofins a Recolher 
2.1.5 Outras Obrigações 
2.1.5.01 Adiantamentos de Clientes 
2.1.5.02 Contas a Pagar 
2.1.5.03 Energia Elétrica, Água e Telefone a Pagar 
2.1.5.04 Contas Correntes 
C O N T A B I L I D A D E PARA N A O C O N T A D O R E S 
Plano de Contas 
2.1.5.05 Seguros a Pagar 
2.1.5.06 Outras Obrigações a Pagar 
2.1.5.07 Juros sobre Capital Próprio a Pagar 
2.2 PASSIVO NÂO CIRCULANTE 
2.2.1. Exigível a Longo Prazo 
2.2.1.01 Empréstimos Bancários 
2.2.1.02 Empréstimos Estrangeiros 
2.2.1.03 Financiamentos Bancários 
2.2. L04 Financiamentos Estrangeiros 
2.2.1.05 Títulos a Pagar 
2.2.1.06 Débitos em Controladoras, Controladas e Coligadas 
2.2.1.07 Outros Débitos com Sócios, Administradores e Pessoas 
Ligadas 
2.2.1.08 Fornecedores Nacionais 
2.2.1.09 Fornecedores Estrangeiros 
2.2.1.10 Contas a Pagar 
2.2.1.11 (-) Provisão para Ajuste a Valor Presente 
2.2.2. Receitas Diferidas 
2.2.2.01 Receitas de Exercícios Futuros 
2.2.2.02 Custos e Despesas Vinculadas às Receitas 
2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
2.3.1 Capital Social 
2.3.1.01 Capital Subscrito 
2.3.1.02 (-) Capital a Integralizar 
2.3.2 Reservas de Capital 
2.3.2.01 Correção Monetária do Capital Social 
r r C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
D D 
Wagner Mendes 
2.3.2.02 Produtos de Alienação de Partes Beneficiárias 
2.3.2.03 Bônus na Emissão de Ações 
2.3.3 Ajustes de Avaliação Patrimonial 
2.3.3.01 Ajustes de Elementos do Ativo 
2.3.3.02 Ajustes de Elementos do Passivo 
2.3.4 Reservas de Lucros 
2.3.4.01 Reserva Legal 
2.3.4.02 Reserva Estatutária 
2.3.4.03 Reserva para Contingências 
2.3.4.04 Reserva de Lucros a Realizar 
2.3.4.05 Reserva de Incentivo Eiscal 
2.3.4.06 Reserva Especial 
2.3.5 Ações em Tesouraria 
2.3.5.01 (-) Ações em Tesouraria 
2.3.5.02 (-) Quotas em Tesouraria 
2.3.6 Prejuízos Acumulados 
2.3.6.01 Prejuízos Acumulados 
3 CONTAS DE RESULTADO 
3.1 RESULTADO OPERACIONAL 
3.1.1 Receita Bruta de Vendas e Serviços 
3.1.1.01 Vendas de Produtos de Fabricação Própria - Mercado 
Interno 
3.1.1.02 Vendas de Produtos de Fabricação Própria - Mercado 
Externo 
3.1.1.03 Vendas de Mercadorias no Mercado Interno 
3.1.1.04 Vendas de Mercadorias no Mercado Externo 
3.1.1.05 Prestação de Serviços no Mercado Interno 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Plano de Contas 
3.1.1.06 Prestação de Serviços no Mercado Externo 
3.1.1.07 (-) Despesa de Ajuste a Valor Justo 
3.1.1.08 (-) Despesa de Ajuste a Valor Presente 
3.1.2 (-) Deduções da Receita Bruta 
3.1.2.01 (-) Vendas Canceladas e Devolvidas 
3.1.2.02 (-) Descontos Incondicionais 
3.1.2.03 (-) ICMS 
3.1.2.04 (+) Receita de Subvenção para Investimento 
3.1.2.04 (-) ISS 
3.1.2.05 (-) Cofins 
3.1.2.06 (-) PIS 
3.1.3 CUSTO DAS MERCADORIAS 
3.1.3.01 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 
3.1.4. CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS 
3.1.4.01 Salários e Ordenados 
3.1.4.02 Férias 
3.1.4.03 13Q Salário 
3.1.4.04 Assistência Médica 
3.1.4.05 FGTS 
3.1.4.06 INSS 
3.1.4.07 Vale-transporte 
3.1.4.08 Vale-refeição 
3.1.4.09 Serviços Prestados por Terceiros - PE 
3.1.4.10 Serviços Prestados por Terceiros - PJ 
3.1.4.11 Depreciação/Amortização/Exaustão 
5 8 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
3.1.5 CUSTOS DIRETOS DE PRODUÇÃO 
3.1.5.01 Material Aplicado 
3.1.5.02 Mão de Obra Direta 
3.1.5.03 Gastos Gerais 
3.1.6 CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO 
3.1.6.01 Mão de Obra Indireta 
3.1.6.02 Materiais de Consumo Indireto 
3.1.6.03 Materiais de Manutenção e Reparo 
3.1.6.04 Utilidades e Serviços 
3.1.6.05 Aluguéis e Arrendamentos 
3.1.6.06 Depreciações, Amortizações e Exaustões 
3.1.6.07 Combustíveis e Energia Elétrica 
3.1.7 DESPESAS COM VENDAS 
3.1.7.01 Salários e Ordenados 
3.1.7.02 Pro Labore 
3.1.7.03 Prêmios e Gratificações 
3.1.7.04 13Q Salário 
3.1.7.05 Férias 
3.1.7.06 INSS 
3.1.7.07 FGTS 
3.1.7.08 Indenizações e Aviso Prévio 
3.1.7.09 Assistência Médica e Social 
3.1.7.10 Comissões sobre Vendas 
3.1.7.11 Propaganda e Publicidade 
3.1.7.12 Amostras Grátis 
3.1.7.13 Fretes e Carretos 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Plano de Contas 
3.1.7.14 Manutenção de Veículos 
3.1.7.15 Despesas com Viagens e Representações 
3.1.7.16 Despesas com Hospedagem 
3.1.7.17 Despesas com Refeições 
3.1.7.18 Aluguéis 
3.1.7.19 Manutenção e Reparos 
3.1.7.20 Telefone 
3.1.7.21 Despesas Postais e Telegráficas 
3.1.7.22 Depreciações e Amortizações 
3.1.7.23 Serviços Prestados por Terceiros 
3.1.7.24 Seguros 
3.1.7.25 Créditos Vencidos e Não Liquidados 
3.1.8 DESPESAS ADMINISTRATIVAS 
3.1.8.01 Salários e Ordenados 
3.1.8.02 Pro labore 
3.1.8.03 Prêmios e Gratificações 
3.1.8.04 13- Salários 
3.1.8.05 Eérias 
3.1.8.06 INSS 
3.1.8.07 FGTS 
3.1.8.08 Indenizações e Aviso Prévio 
3.1.8.09 Assistência Médica e Social 
3.1.8.10 Aluguéis e Arrendamentos 
3.1.8.11 Aluguéis de Imóveis 
3.1.8.12 Aluguéis de Máquinas e Equipamentos 
3.1.8.13 Arrendamentos de Imóveis 
6 0 C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
3.1.8.14 Arrendamento Mercantil 
3.1.8.15 Taxas Diversas 
3.1.8.16 Energia Elétrica 
3.1.8.17 Água e Esgoto 
3.1.8.18 Telefone 
3.1.8.19 Despesas Postais e Telegráficas 
3.1.8.20 Seguros 
3.1.8.21 Material de Escritório 
3.1.8.22 Material de Higiene e Limpeza 
3.1.8.23 Assistência Contábil 
3.1.8.24 Serviços Prestados por Terceiros 
3.1.8.25 Depreciações e Amortizações 
3.1.8.26 Reproduções 
3.1.8.27 Despesas Legais e Judiciais 
3.1.8.28 Livros, Jornais e Revistas 
3.1.8.29 Provisão para Perdas e Ajustes de Ativos 
3.1.8.30 Equivalência Patrimonial 
3.1.8.31 Amortização de Ágio 
3.1.9 DESPESAS FINANCEIRAS 
3.1.9.01 Juros Passivos 
3.1.9.02 Descontos Concedidos 
3.1.9.03 Variação Cambial Passiva 
3.1.9.04 Variação Monetária Passiva 
3.1.9.05 Outras Despesas Financeiras 
3.1.10 DESPESAS TRIBUTÁRIAS 
3.1.10.01 PIS/Pasep 
3.1.10.02 Cofins 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Â O C O N T A D O R E S 61Plano de Contas 
3.1.10.03 IPTU 
3.1.10.04 IP VA 
3.1.10.05 Taxas Municipais 
3.1.10.06 Contribuição Sindical 
3.1.10.07 Outras Despesas Tributárias 
3.1.11 RECEITAS FINANCEIRAS 
3.1.11.01 Rendimentos de Aplicações Financeiras 
3.1.11.02 Juros Ativos 
3.1.11.03 Descontos Obtidos 
3.1.11.04 Variações Monetárias Ativas 
3.1.11.05 Variações Cambiais Ativas 
3.1.11.06 Remuneração de Juros sobre o Capital Próprio 
3.1.11.07 Outras Receitas Financeiras 
3.1.12 OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 
3.1.12.01 Aluguéis e Arrendamentos 
3.1.12.02 Receita de Equivalência Patrimonial 
3.1.12.03 Dividendos e Lucros Recebidos 
3.1.12.04 Amortização de Deságio 
3.1.13 OUTRAS DESPESAS 
3.1.13.01 Perdas na Alienação de Participações em Coligadas 
3.1.13.02 Perdas na Alienação de Imóveis 
3.1.13.03 Perdas na Alienação de Móveis e Utensílios 
3.1.13.04 Perdas na Alienação de Máquinas, Equipamentos e 
Ferramentas 
3.1.13.05 Perdas na Alienação de Veículos 
3.1.13.06 Perdas em Sinistros com Imobilizado 
3.1.13.07 Outras Perdas do Ativo Imobilizado 
6 2 C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
3.1.13.08 Outras Perdas do Ativo Intangível 
3.1.13.09 Outras Perdas do Ativo Investimentos 
3.1.14 OUTRAS RECEITAS 
3.1.14.01 Resultados Positivos na Alienação de Investimentos 
3.1.14.02 Lucros na Alienação de Imóveis 
3.1.14.03 Lucros na Alienação de Móveis e Utensílios 
3.1.14.04 Lucros na Alienação de Máquinas, Equipamentos e 
Ferramentas 
3.1.14.05 Lucros na Alienação de Veículos 
3.1.14.06 Resultado de Sinistros com Imobilizado 
3.1.14.07 Outras Baixas do Ativo Imobilizado 
3.1.14.08 Outras Baixas do Ativo Intangível 
3.1.14.09 Outras Baixas do Ativo Investimentos 
3.2 PROVISÕES TRIBUTÁRIAS 
3.2.1 Provisões para CSLL e IRPJ 
3.2.1.01 Provisão para a CSLL 
3.2.2.01 Provisão para o IRPJ 
3.3 PARTICIPAÇÕES 
3.3.1 Participações Societárias 
3.3.1.01 Participações de Debenturistas 
3.3.1.02 Participações de Empregados 
3.3.1.03 Participações de Administradores 
3.3.1.04 Participações de Administradores 
3.3.1.05 Participações de Partes Beneficiárias 
3.4 APURAÇÃO DO RESULTADO 
3.4.1 Apuração do Resultado do Exercício 
3.4.1.01 Apuração do Resultado do Exercício (ARE) 
C A P Í T U L O 8 
BALANCETE DE V E R I F I C A Ç Ã O 
O balancete de verificação é o relatório contábil que relaciona as 
contas patrimoniais e as de resultado e seus respectivos saldos e con-
siste numa ferramenta de trabalho para o profissional da contabilidade. 
Periodicamente, os responsáveis pela contabilidade devem ve-
rificar se os lançamentos contábeis realizados no período estão cor-
retos. Uma ferramenta bastante utilizada para este fim é o Balancete 
de Verificação, que nada mais é do que a relação de contas com seus 
respectivos saldos extraídos do livro Razão (ou dos Razonetes), cujo 
objetivo é verificar se o total de débitos é igual ao total de créditos. 
Em outras palavras, o Balancete de Verificação é um relatório 
contábil, no qual são relacionadas todas as contas (patrimoniais e 
de resultado) movimentadas no livro Razão e que apresentam saldo 
diferente de zero no dia de sua elaboração. 
O Balancete não está contemplado na Lei nQ 6.404/1976, alterada 
pela Lei nQ 1L638/2007 como demonstrativo obrigatório. Todavia, 
ele é extremante útil, pois serve de base para a elaboração do Balanço 
Patrimonial, DRE, entre outros demonstrativos contábeis. 
O Balancete, além de auxiliar na detecção de erros, pode ser útil 
na tomada de decisões, dada a inconveniência de se levantar balanço 
em períodos muito curtos. 
Se a soma dos débitos não for igual ã soma dos créditos, os re-
gistros contábeis estarão incorretos. O profissional de contabilidade. 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
por sua vez, deverá averiguar onde está o erro, o que nem sempre é 
uma tarefa fácil, pois é um trabalho de pesquisa junto aos lançamentos 
contábeis realizados. Havendo diferenças no Balancete, não se deve 
prosseguir o trabalho até solucionar o problema. Pode-se depreender, 
também, que quanto menor for o período de abrangência do Balancete, 
mais eficiente será a contabilidade. 
O Balancete de Verificação deve ser elaborado, no mínimo, 
mensalmente. 
O Balancete que se destinar a fins externos deverá conter nome e 
assinatura do profissional de contabilidade responsável, sua categoria 
profissional e número de registro no CRC. 
Para ilustrar, vamos ver como é elaborado um Balancete de 
Verificação. 
O primeiro passo para elaborar o Balancete de Verificação é 
dispor de todos os Razonetes com todas as operações contabilizadas. 
Vejamos os Razonetes com todas as operações contabilizadas 
(antes do zeramento das contas de resultado). 
Exemplo: Vamos supor que, no mês, a empresa teve as seguintes 
operações: 
I. subscrição do capital social de R$ 1.000.000; 
II. integralização do capital social de R$ 1.000.000 em moeda 
corrente; 
III. compra a prazo de mercadorias para revenda por R$ 300.000; 
IV pagamento de fornecedores R$ 100.000; 
V venda de 1/3 das mercadorias estocadas, ã vista, por R$ 500.000; 
VI. incidência de 18% de ICMS sobre as vendas; 
VII. gastos de telefone R$ 3.000; e 
VIII. gastos com energia elétrica R$ 1.800. 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 6 5 
Balancete de Verificação 
Banco Estoque Fornecedores 
(II) 1.000.00 100.000 (IV) (III) 300.00 100.000 (V.l) (IV) 100.00 300.000 (III) 
(V) 500.000 
(DV) 200.000 200.000(CR) 
1.500.000 100.000 
(DV) 200.000 200.000(CR) 
(DV) 1.400.000 
Capital Social 
1 .000 .000 (1) 
Capital a Integralizar Receita de Venda 
(I) I.ÜOO.OOO 1.000.000(11) 500.000 (V) 
CMV 
(V.l) 100.000 
ICMS s/Vendas ICMS a Recolher 
(VI) 90.000 (VI) 90.000 
Telefone Telefone a Pagar Energia Elétrica 
(VII) 3.000 (VII) 3.000 (VIII) 1.800 
Energia Elétrica a 
Pagar 
(Vlll) 1.800 
O segundo passo é acharmos o saldo de cada conta, e indicar se 
ela é credora ou devedora. Para achar o saldo da conta, basta somarmos 
os lançamentos de cada lado do Razonete e diminuir o maior saldo 
do menor. O saldo será devedor ou credor, se o resultado encontrado 
estiver no lado do débito (lado esquerdo do Razonete) ou do crédito 
(lado direito do Razonete). 
6 6 C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
Por exemplo, o saldo da conta Banco é de R$ 1.400.000 DEVEDOR 
(DV), porque o saldo do lado esquerdo do Razonete é maior do que do 
lado direito (ver o comentário do Capítulo 6 - Escrituração deste livro). 
Apuração do saldo das contas acima: 
C O N T A S S A L D O E M R $ N A T U R E Z A 
Banco 1 . 4 0 0 . 0 0 0 DV 
Estoque 2 0 0 . 0 0 0 DV 
Fornecedores 2 0 0 . 0 0 0 CR 
ICMS a Recolher 9 0 . 0 0 0 CR 
Telefone a Pagar 3 . 0 0 0 CR 
Energia Elétrica a Pagar 1 . 8 0 0 CR 
Capital Social 1 . 0 0 0 . 0 0 0 CR 
Recei ta de Venda 5 0 0 . 0 0 0 CR 
ICMS s /Vendas 9 0 . 0 0 0 DV 
CMV 1 0 0 . 0 0 0 DV 
Telefone 3 . 0 0 0 DV 
Energia Elétrica 1 . 8 0 0 DV 
Com base nos dados levantados nos Razonetes, vamos elaborar 
o Balancete de Verificação: 
ABC Ltda. 
CNPj: o i . i n . r n / o o o i - 9 i 
Data: 17.01.20X4 
Período: Dezembro de 20X3 
C Ó D I G O C O N T A 
S A L D O 
A N T E R I O R 
D/c D É B I T O S C R É D I T O S S A L D O 
A T U A L 
D / C 
1 A T I V O 0 D 1.800.000 200.000 1.600.000 D 
1.1 Circulante 0 D 1.800.000 200.000 1.600.000 D 
1.1.1 Disponibilidade 0 D 1.500.000 100.000 1.400.000 D 
1.1.1.10 Banco Conta Movimento 0 D 1.500.000 1 00.000 1.400.000 D 
1.1.3 Estoques 0 D 300.000 100.000 200.000 D 
1.1.3.10 Mercadorias para Revenda 0 D 300.000 100.000 200.000 D 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C ON T A D O R E S 6 7 
Balancete de Verificação 
C Ó D I G O C O N T A 
S A I D O 
A N T E R I O R 
D/c D É B I T O S C R É D I T O S S A L D O 
A T U A L 
D/c 
2 Passivo m Ê Ê Ê 1.100.000 2.394.800 1.294.800 c 
2.1 Passivo Circulante 0 • 100.000 394.800 294.800 c 
2.1.10 Fornecedores 0 C 100.000 300.000 200.000 c 
2.1.20 ICMS a Recolher 0 c 0 90.000 90.000 c 
2.1.30 Telefone a Pagar 0 c 0 3.000 3.000 c 
2.1.31 Energia Elétrica a Pagar 0 c 0 1.800 1.800 c 
2.3 Patrimônio Líquido 0 c 1.000.000 2.000.000 1.000.000 c 
2.3.1 Capital Social 0 c 0 1.000.000 1.000.000 c 
2.3.2 (-) Capital a Integralizar 0 D 1.000.000 1.000.000 0 D 
3. R E C E I T A S 0 c 90.000 500.000 410.000 c 
3.1 1 
Receita de Vendas 0 c 0 500.000 500.000 c 
3.2. Impostos s/Vendas 0 D 90.000 0 90.000 D 
ICMS sA/endas 0 D 90.000 0 90.000 D 
4. CUSTOS 0 D 100.000 0 100.000 D 
4.1 CMV 0 D 100.000 0 100.000 D 
5. D E S P E S A S 0 D 4.800 0 4.800 D 
5.1 Telefone 0 D 3.000 0 3.000 D 
5.2 Energia Elétrica 0 D 1.800 0 1.800 1 D 
TOTAIS 0 3.094.800 3.094.800 1 
Veja que apresentamos todas as contas de ativo, passivo, receita 
e custo que tiveram movimentação no período, ou seja, no Balancete 
de Verificação, temos uma parte das informações que aparecem no 
balanço patrimonial (Bancos, Estoques, Clientes, Fornecedores e 
Capital Social). Temos também informações que aparecem na DRE 
(Receita de Venda e CMV). 
Outro ponto é quanto à forma de apresentação. Vejam que pri-
meiro foram apresentadas as contas de ATIVO, depois as contas de 
PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Essas contas devem ser apresen-
tadas sempre nessa ordem. Na mesma ordem do balanço patrimonial. 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
Logo depois, apresentamos as contas de Receita e Custo; se 
houvesse conta de DESPESA, também seria apresentada. Aqui não 
tem ordem para apresentação, porém, é mais comum apresentarmos 
primeiro a Receita depois o Custo depois a Despesa, pois fica até pa-
recido com a DRE, mais isso é caso a caso. 
C A P Í T U L O 9 
D E M O N S T R A Ç Ã O D O 
R E S U L T A D O D O EXERCÍCIO (DRE) 
O artigo 187 da Lei n- 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei 
das Sociedades por Ações), instituiu a Demonstração do Resultado 
do Exercício (DRE). 
t 
As normas para elaboração da Demonstração do Resultado estão 
contidas na NBC TG 26, aprovada pelo CFC por meio da Resolução 
n e 1.185/2009 que regulamenta a forma e a sua estrutura. 
O principal objetivo desta demonstração é apresentar de for-
ma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto 
de operações realizadas num determinado período, normalmente, de 
doze meses. 
As contas de resultado (receitas e despesas) devem ser demons-
tradas na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), em que 
aparecerão, detalhadamente e dentro de critérios de classificação, as 
contas de receitas, despesas e o lucro ou prejuízo líquido. 
9.1 . RECEITAS 
Entende-se por receita a entrada de elementos para o ativo, sob 
forma de dinheiro ou direitos, ou seja, venda de mercadorias, de pro-
dutos ou a prestação de serviços. 
Uma receita pode derivar de juros sobre depósitos bancários ou 
títulos, de aluguéis e de outras origens. 
7 0 C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
Às vezes, a receita ocorre em função da redução de um passivo, 
como: perdão de dívidas, desconto obtido decorrente de um pagamento 
antecipado de uma duplicata, etc. 
As contas de receitas são de origens credoras, ou seja, são con-
sideradas origens de recursos. 
A obtenção de uma receita resulta num aumento de Patrimônio 
Líquido. 
Graficamente, podemos definir da seguinte forma: 
DRE 
Receita 100.000 
(-) Despesas 80.000 
(=) Resultado 20.000 
Aumentará o PL 
B A L A N Ç O PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Ativos Diversos 100.000 Obrigações 80.000 Ativos Diversos 100.000 
Patr imônio Líquido 
1 
20.000 
Total 100.000 Total 100.000 
Aumen tou 
o PL 
9.2. DESPESAS 
Entende-se por DESPESA o consumo de bens ou serviços, que, 
direta ou indiretamente, ajuda a produzir uma receita. Diminuindo 
o ativo ou aumentando o passivo, uma DESPESA é realizada com a 
finalidade de se obter uma receita. 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 71 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
As contas de despesas são de origens devedoras, ou seja, são 
consideradas aplicações de recursos. 
A DESPESA resulta muna diminuição de Patrimônio Líquido. 
Graficamente, podemos definir da seguinte forma: 
DRE 
Receita 100.000 
(-) Despesas 150.000 
(=) Resultado (50.000) 
Diminuirá o PL 
B A L A N Ç O P A T R I M O N I A L 
A T I V O PASSIVO 
Ativos Diversos 100.000 Obrigações 150.000 \ . Ativos Diversos 100.000 
Passivo a Descober to 50.000 ^ 
Total 100.000 Total 100.000 
Diminuí ra 
o PL 
9 .3 . ANALISE 
Para que haja condições de análise e informações detalhadas 
dentro de uma empresa, receitas e despesas constituem apenas os gru-
pos principais, sendo desdobradas em cada classe, em diversas contas 
componentes, segundo a natureza e o tipo de cada uma delas. 
Exemplos: receitas de serviços; de vendas de mercadorias; de 
comissões; de juros; etc.; despesas de aluguel; de salários; de juros; 
de tributos; etc. 
7 2 C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
9.4 . REGIME DE C O M P E T Ê N C I A 
As receitas e despesas devem ser registradas, simultaneamente, 
no resultado do exercício, pelo regime de competência, independen-
temente do recebimento ou do pagamento. 
Estas contas, no encerramento do exercício, são encerradas e o 
saldo transferido para o Balanço Patrimonial. 
9.5 . E N C E R R A M E N T O DAS C O N T A S DE RESULTADO 
Pelo menos, na data do encerramento do exercício, toda empresa 
necessita apurar o resultado. 
O lucro ou prejuízo de um exercício está na dependência do 
confronto das contas de receitas e de despesa, e esse resultado líquido 
é apurado na conta denominada Apuração do Resultado do Exercício 
(ARE). 
Estas contas, no encerramento do exercício, são encerradas e o 
saldo transferido para o Balanço Patrimonial. 
Para efeito de apurar o resultado da empresa, as contas de receita 
e despesa são periódicas, isto é, somente deverão ter registros o perío-
do contábil (um ano), o que significa que todas as contas de receita e 
despesa devem possuir saldo zero no início dos períodos. 
Para que isso ocorra, no final de cada exercício, deve-se proceder 
ao encerramento das contas de resultado, por meio de lançamento de 
encerramento. 
O encerramento das contas de receita é realizado pela transfe-
rência (débito) de seus saldos credores para crédito da conta ARE. 
C O N T A B I L I D A D E PARA N Ã O C O N T A D O R E S 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
7 3 
Exemplo: 
DRE 
Receita 100.000 
(-) Despesas 80.000 
(=) Resultado 20.000 
Aumentará o PL 
R e c e i t a s D e s p e s a s 
( I ) 1 0 0 . 0 0 0 100.000 (saldo) (saldo) 80.000 80.000 (2) 
ARE 
(2) 80.000 (1) 100.000 
2 0 . 0 0 0 ( S F ) ' 
' (SF) Saldo Final. 
Pelo exposto acima, a conta de Resultado (ARE) recebe, por 
transferência, a débito (lado esquerdo do Razonete), o valor dos sal-
dos das contas das despesas e, a crédito (lado direito do Razonete), os 
saldos das contas de receitas. 
O resultado apurado (lucro ou prejuízo) será transferido para 
a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, no patrimônio líquido. 
Resultado é o valor do retorno do capital investido pelos sócios 
e/ou acionistas. 
7 4 C O N T A B I L I D A D E PARA N Â O C O N T A D O R E S 
Wagner Mendes 
Exemplo da transferência do resultado para o balanço patrimonial: 
ARE 
Lucros ou Pre ju ízos 
A c u m u l a d o s

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