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ESTUDO DAS PENAS

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TEORIA GERAL DA PENA
ASPECTOS GERAIS DAS PENAS.
SANÇÃO PENAL: é a resposta estatal (ius puniendi) ao responsável pela prática de crime ou contravenção; sendo aplicadas diante da infração penal: 
penas (imputáveis e semi-imputáveis não perigosos) ou 
b) medidas de segurança (inimputáveis e semi-imputáveis com periculosidade)
TEORIA GERAL DA PENA
PRINCÍPIOS NORTEADORES:
a)Legalidade: a pena deve estar contida previamente em lei vigente, tal como previsto na CF em seu art. 5°, XXXIX e no CP no art. 1°. 
b) Anterioridade: a pena deve estar vigendo no momento em que for praticada a infração penal. (CP, art. 1°, e CF, art. 5°, XXXIX). 
c) Personalidade ou personalização da pena: significa que a pena não ultrapassa a pessoa do condenado, conforme reza o art. 5°, XLV, da CF. 
d) Jurisdicionalidade: só o Poder Judiciário pode aplicar e executar as penas. 
TEORIA GERAL DA PENA
PRINCÍPIOS NORTEADORES NO ESTADO DE DIREITO:
e) Inderrogabilidade ou inevitabilidade: não há liberalidade na extinção da pena pelo juiz; ou seja, a pena sempre será aplicada, salvo nas situações excepcionais que excluem a ilicitude (art. 23, do CP).
f) Proporcionalidade ou proibição do excesso: as penas devem guardar razoável proporção com o delito. (CF, art. 5°, XLVI e XLVII). A proporcionalidade é alcançada na atividade legislativa (fixação das penas mínimas e máximas) e na atividade jurisdicional (aplicação da pena)
g) Humanidade: refere-se as vedações expressas da lei, proibindo as penas de caráter perpétuo, de banimento, cruéis de trabalhos forçados e de morte, salvo em caso de guerra declarada. (CF art. 5°. XLVII). Obs.: STF: RE 580427 MS: condições degradantes dos presídios e dano moral.
i) Individualização: é a utilização da justa e adequada sanção penal. São três planos de individualização (1- legislativa: limites mínimos e máximos do tipo penal; 2- judicial: efetivada pelo juiz, dentro do sistema trifásico; 3- administrativa: efetuada durante a execução da pena.
TEORIA GERAL DA PENA
PENAS ADMITIDAS:
1 – PRIVATIVA DE LIBERDADE (Regimes: reclusão, detenção, prisão simples)
2 – RESTRITIVAS DE DIREITO (I - prestação pecuniária; II - perda de bens e valores; III - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; V - interdição temporária de direitos; VI - limitação de fim de semana). 
Observação: AUTONOMIA E A NÃO CUMULATIVIDADE: uma das características das penas restritivas de direito é a autonomia, ou seja, não podem ser cumuladas com as penas privativas de liberdade
3 – MULTA (pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa, conforme art. 49, CP)
TEORIA GERAL DA PENA
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE:
CONCEITO: é a modalidade que retira do condenado o direito de locomoção
ESPÉCIES:
1. Reclusão - regimes fechado, semiaberto, aberto
2. Detenção - cumprimento em dois regimes: em regime de dois tipos: a) Semiaberto (pena superior a 4 anos); b) Aberto (pena igual ou inferior a 4 anos).
3. Prisão simples- (para as contravenções penais e o condenado fica separado dos demais condenados à pena de reclusão ou detenção)
FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL: o juiz sentenciante fixa o regime da pena analisando inicialmente três fatores: reincidência, quantidade da pena e circunstâncias judiciais. Se durante a execução penal outras condenações criminais sobrevierem, o juízo da execução deverá somar o restante da pena com as novas penas para fixar o regime de cumprimento.
TEORIA GERAL DA PENA
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE:
PENA DE RECLUSÃO: deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto:
a) Fechado: execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; condenado a pena superior a 8 anos. O condenado é sujeito ao trabalho comum no período diurno e a isolamento no período noturno. O trabalho externo é admissível em serviços ou obras públicas.
Aplicável no caso de réu primário, cuja pena seja superior a 8 anos ou reincidente. Para o reincidente, o STJ é aplicável a súmula 269 “É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a 4 anos se favoráveis as circunstâncias judiciais”
Gravidade em abstrato: para o STF, Súmula 718: A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada.
Motivação x Gravidade em abstrato: o julgador não pode basear-se apenas nos aspectos e gravidade genérica do tipo penal. Assim, segundo o STF, Súmula 718: A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada.
TEORIA GERAL DA PENA
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE:
PENA DE RECLUSÃO: deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto:
b) Semiaberto: execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; condenado, não reincidente, com pena superior a 4 anos e não exceda a 8 anos. O trabalho externo é admissível, bem como a frequência a cursos de instrução ou superior.
STF: Súmula Vinculante 56: a falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso.
Assim, para o STF: havendo déficit de vagas, deverá determinar-se: (i) a saída antecipada de sentenciado no regime com falta de vagas; (ii) a liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado que sai antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por falta de vagas; (iii) o cumprimento de penas restritivas de direito e/ou estudo ao sentenciado que progride ao regime aberto. Até que sejam estruturadas as medidas alternativas propostas, poderá ser deferida a prisão domiciliar ao sentenciado.
TEORIA GERAL DA PENA
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE:
PENA DE RECLUSÃO: deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto:
c) Aberto: execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado; condenado, não reincidente, igual ou inferior a 4 anos. O condenado deverá trabalhar ou frequentar cursos, permanecendo recolhido durante a noite. 
PRISÃO ALBERGUE DOMICILIAR: para o art. 117, da LEP, o condenado em regime aberto é recolhido na própria residência nas hipóteses: 
condenado maior de 70 anos (o Estatuto do Idoso não alterou essa regra) 
b) condenado com doença grave (ex.: câncer e Aids)
c) condenada gestante; 
d) condenada com filho menor ou deficiente.
TEORIA GERAL DA PENA
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE:
PROGRESSÃO DE REGIMES:
REQUISITOS: 
- REQUISITO OBJETIVO: cumprimento de ao menos 1/6 da pena no regime anterior. 
Exemplo: condenado a 12 anos de reclusão em regime inicial fechado, pode depois de preso por 2 anos pleitear a progressão para o regime semiaberto. 
- REQUISITO SUBJETIVO: é o mérito do condenado; o bom comportamento carcerário.
PROGRESSÃO POR SALTO: 
STJ, SÚMULA 491: É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional
TEORIA GERAL DA PENA
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE:
PROGRESSÃO DE REGIMES:
REQUISITOS: 
- REQUISITO OBJETIVO: cumprimento de ao menos 1/6 da pena no regime anterior. 
Exemplo: condenado a 12 anos de reclusão em regime inicial fechado, pode depois de preso por 2 anos pleitear a progressão para o regime semiaberto. 
- REQUISITO SUBJETIVO: é o mérito do condenado; o bom comportamento carcerário.
PROGRESSÃO POR SALTO: 
STJ, SÚMULA 491: É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional
TEORIA GERAL DA PENA
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE:
PROGRESSÃO DE REGIMES:
PROGRESSÃO E CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
Além do cumprimento de 1/6 da pena no regime anterior e do mérito, há o requisito específico de reparação do dano causado ou devolução do produto do ilícito praticado. 
PROGRESSÃO NOS CRIMES HEDIONDOS: 
Se o apenado for primário a progressão será após 2/5 do
cumprimento da pena se o apenado for primário e, se reincidente, 3/5 da pena.
TEORIA GERAL DA PENA
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE:
REGRESSÃO DE REGIME: 
É a transferência do condenado para regime prisional mais severo (ex.: do regime semiaberto para o fechado) quando: a) praticar crime doloso ou falta grave do art. 50 da LEP; b) sofrer condenação cuja pena torne incabível o regime.
REMIÇÃO: é o benefício concedido pelo juízo da execução, que consiste no abatimento de parte da pena privativa de liberdade pelo trabalho ou estudo.
TRABALHO: o condenado paga 1 dia da pena a cada 3 efetivamente trabalhados ao preso que cumpre pena no regime fechado ou semiaberto.
ESTUDO: 1 dia de pena a cada 12 horas de frequência escolar. O tempo remido será computado como pena cumprida.
PERDA DO TEMPO REMIDO X COMETIMENTO DE FALTA GRAVE: o juiz pode revogar até 1/3 do tempo remido quando o condenado for punido por falta grave (fugir, possuir instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem, provocar acidente de trabalho, tiver em sua posse aparelho telefônico)
TEORIA GERAL DA PENA
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE:
DETRAÇÃO PENAL: 
Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior.
DETRAÇÃO: é o desconto do tempo de prisão provisória (prisão em flagrante, prisão temporária e prisão preventiva). Exemplo: preso em flagrante por estupro, permanecendo segregado por 2 anos até o trânsito em julgado, que impôs uma pena de 8 anos; assim, restará que cumprir mais 6 anos. 
TEORIA GERAL DA PENA
APLICAÇÃO DA PENA:
CRITÉRIO TRIFÁSICO:
1) PRIMEIRA FASE - FIXAÇÃO DA PENA-BASE: o juiz fixa a pena-base valendo-se das circunstâncias judiciais do art. 59 (inominadas: pois serão utilizadas residualmente quando não forem elementares, qualificadoras, atenuantes, causas de aumento e diminuição). Nessa fase da dosimetria o juiz deve observar os parâmetros mínimos e máximos, sem ultrapassá-los.
QUALIFICADORA: no caso de do crime ser qualificado, inicia-se a pena-base é fixada a partir da pena correspondente à qualificadora. Havendo mais de uma qualificadora, a primeira é utilizada para qualificar o crime. As demais, se houver correspondência, serão consideradas como agravantes genéricas; porém, se não houver correspondência, as demais qualificadoras serão utilizadas como circunstâncias judiciais desfavoráveis.
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS OU INOMINADAS (ART. 59): SÃO OITO:
CULPABILIDADE: é o grau de culpabilidade e reprovabilidade.
ANTECEDENTES: é a vida pregressa, o passado criminal da folha de antecedentes. Maus antecedentes são as condenações definitivas anteriores que não caracterizam reincidência. Súmula 444, STJ: “É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base”
TEORIA GERAL DA PENA
APLICAÇÃO DA PENA:
CRITÉRIO TRIFÁSICO:
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS OU INOMINADAS (ART. 59):
C) CONTUTA SOCIAL: é o estilo de vida, no trabalho, família, vizinhança (avaliação social e psicológica)
D) PERSONALIDADE DO AGENTE: perfil subjetivo, analisando o caráter e possiblidade de voltar a cometer crimes.
E) MOTIVOS DO CRIME: os fatores que levaram a praticar o crime.
F) CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME: o modo de execução, os instrumentos utilizados no crime.
G) CONSEQUÊNCIAS DO CRIME: são os efeitos danosos na vítima, familiares; não servindo argumentos genéricos.
H) COMPORTAMENTO DA VÍTIMA: é a provocação ou facilitação da vítima, circunstância favorável ao réu.
TEORIA GERAL DA PENA
APLICAÇÃO DA PENA:
CRITÉRIO TRIFÁSICO:
2) SEGUNDA FASE - AGRAVANTES E ATENUANTES GENÉRICAS:
AGRAVANTE E ATENUANTES: são circunstâncias legais que não integram a estrutura do tipo penal, mas servem para aumentar ou diminuir a pena. 
- AGRAVANTES: rol taxativo no artigo 61 (reincidência e as hipóteses quando o agente comete contra ascendente, por motivo fútil, com emprego de veneno, fogo, etc.) e art. 62 (agravantes no concurso de pessoas)
- ATENUANTES: rol exemplificativo do art. 65, isso porque o art. 66, prevê atenuantes inominadas, quando diz “a pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei”.
STJ: Súmula 231: “A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir á redução da pena abaixo do mínimo legal”
TEORIA GERAL DA PENA
APLICAÇÃO DA PENA:
CRITÉRIO TRIFÁSICO:
2) SEGUNDA FASE - AGRAVANTES E ATENUANTES GENÉRICAS:
AGRAVANTES:
I – REINCIDÊNCIA (ART. 61, I):
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
Natureza da Pena e Reincidência: irrelevante a pena aplicada para ser reconhecida a reincidência– pode ser privativa, restritiva ou multa; ou mesmo em qualquer crime – dolosos ou culposos.
Temporariedade: limita a validade da reincidência ao período de 5 anos da extinção da pena do crime anterior; computando-se o período de prova da suspensão ou do livramento, se não ocorrer revogação.
Reincidência específica: os crimes praticados pelo agente estão definidos no mesmo tipo penal. Ao reincidente específico é vedado: a) substituição da privativa de liberdade por restritiva de direitos (art. 44, § 3º); b) vedação ao reincidente específico ao livramento condicional (art. 83, V); na Lei 9.503/97 – CTB, o art. 269 autoriza ao reincidente específico a suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo.
TEORIA GERAL DA PENA
APLICAÇÃO DA PENA:
CRITÉRIO TRIFÁSICO:
2) SEGUNDA FASE - AGRAVANTES E ATENUANTES GENÉRICAS:
AGRAVANTES:
I – REINCIDÊNCIA (ART. 61, I):
Primário: é o não reincidente.
Efeitos: constitui agravante genérica; bem como produz outros efeitos: em crime doloso impede a substituição da pena (art. 44, II); no concurso com atenuantes, possui caráter preponderante (art. 67); obsta os benefícios da transação penal e da suspensão condicional do processo; dentre outras.
Mais de uma condenação definitiva: segundo o STF: “a utilização de condenações distintas e com trânsito em julgado, para fins de aumento de por maus antecedentes e reincidência não viola o princípio do non bis in idem”
TEORIA GERAL DA PENA
APLICAÇÃO DA PENA:
CRITÉRIO TRIFÁSICO:
2) SEGUNDA FASE - AGRAVANTES E ATENUANTES GENÉRICAS:
AGRAVANTES:
I – TER O AGENTE COMETIDO O CRIME (ART. 61, II):
Por motivo fútil ou torpe: é o motivo insignificante, vil, reprovável;
Facilitar ou assegurar a execução, ocultação, impunidade ou vantagem: é a ligação de dois crimes;
À traição, emboscada, dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível da defesa da vítima: é a conduta desleal, a tocaia, o disfarce, a surpresa.
Com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio cruel, ou que resulte perigo comum: são meios de execução cruel, danosos, que causam intenso sofrimento ou colocam em risco várias pessoas.
Contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge: são as relações familiares.
Com abuso de autoridade, ou nas relações domésticas, de coabitação ou violência contra a mulher: configuram vínculos de dependência, familiares, domésticas (ex.: patrão e babá), de coabitação (moradores de república), etc.
TEORIA GERAL DA PENA
APLICAÇÃO DA PENA:
CRITÉRIO TRIFÁSICO:
2) SEGUNDA FASE - AGRAVANTES E ATENUANTES GENÉRICAS:
AGRAVANTES:
I – TER O AGENTE COMETIDO O CRIME (ART. 61, II):
Com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão: é a condição funcional ou de atividade ou profissão.
Contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida: é a situação
de fragilidade da vítima.
Quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade: é a dependência, sujeição da vítima.
Em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade: é a situação de tragédia e a falta de solidariedade humana.
Em estado de embriaguez preordenada: pune-se com maior rigor aquele que se embriaga para se encorajar.
TEORIA GERAL DA PENA
APLICAÇÃO DA PENA:
CRITÉRIO TRIFÁSICO:
2) SEGUNDA FASE - AGRAVANTES E ATENUANTES GENÉRICAS:
AGRAVANTES:
AGRAVANTE NO CONCURSO DE PESSOAS (ART. 62): é a atuação de 2 ou mais pessoas
Promove ou organiza a cooperação ou dirige a atividade dos demais: é o arquitetar o delito com ajustes prévios
Coage ou induz outrem à execução material do crime
Instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito á sua autoridade ou não punível: é a relação de subordinação e não punição.
Executa o crime mediante paga ou promessa de recompensa: é o criminoso mercenário
TEORIA GERAL DA PENA
APLICAÇÃO DA PENA:
CRITÉRIO TRIFÁSICO:
2) SEGUNDA FASE - AGRAVANTES E ATENUANTES GENÉRICAS:
ATENUANTES (ART. 65 E 66): 
Ser o agente menor de 21 anos, na data dos fatos, ou maior de 70, na data da publicação da sentença: é a menoridade ou senilidade como formas de atenuantes.
Desconhecimento da lei: embora o desconhecimento da lei seja inescusável (art. 21, caput), funciona como atenuante genérica.
Ter o agente: 
Cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral:
Procurado evitar ou minorar as consequências ou, antes do julgamento, reparado o dano: 
Cometido o crime sob coação a que podia resistir ou sob influência de violenta emoção, provocado pela vítima:
Confessado espontaneamente:
Cometido o crime sob influência de multidão em tumulto, se não o provocou:
TEORIA GERAL DA PENA
APLICAÇÃO DA PENA:
CRITÉRIO TRIFÁSICO:
2) SEGUNDA FASE - AGRAVANTES E ATENUANTES GENÉRICAS:
CONCURSO DE CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES E ATENUANTES:
Regra: equivalência das circunstâncias, uma neutraliza a eficácia da outra;
Exceção: circunstância preponderante: as que resultam motivos determinantes, personalidade e reincidência. 
TEORIA GERAL DA PENA
APLICAÇÃO DA PENA:
CRITÉRIO TRIFÁSICO:
3) SEGUNDA FASE – CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO:
CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO: estão previstas na Parte Geral (genéricas) e Parte Especial (específicas); incidem sobre o montante da pena fixada na segunda fase. As causas de aumento e diminuição podem levar a pena acima do máximo legal ou abaixo do mínimo.
Exemplos de causa de diminuição: 
- Tentativa: (art. 14, inciso II) que poderá diminuir a pena de um a dois terços
- Arrependimento posterior: (art. 16) 
- Semi-imputabilidade: (art. 26, parágrafo único)
Exemplos de causas de aumento:
- Concurso formal: (art. 70)
- Crime continuado: (art. 71)
TEORIA GERAL DA PENA
APLICAÇÃO DA PENA:
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO:
PENAS ALTERNATIVAS: evitam a aplicação da pena privativa de liberdade.
CARACTERÍSTICAS:
SUBSTUTIVIDADE: depois da aplicação da pena privativa de liberdade, o juiz efetua a substituição por uma ou mais penas restritivas de direito, desde que presentes os requisitos. Isso porque os preceitos secundários não possuem previsão das penas restritivas de direitos.
AUTONOMIA: não podem ser cumuladas ou somadas com a pena privativa de liberdade.
Observação: na Lei 9.503/97 (CTB) previu aplicação conjunta de pena privativa de liberdade e restritiva de direitos (suspensão ou proibição de obter permissão ou habilitação)
TEORIA GERAL DA PENA
APLICAÇÃO DA PENA:
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO:
REQUISITOS (ART. 44): 
REQUISITOS OBJETIVOS: dizem respeito à natureza do crime e quantidade da pena:
 I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;
Exemplo: possível a substituição no homicídio culposo (art. 121, § 3º)
Concurso de crimes: a substituição será possível quando a soma das reprimendas ou acréscimos não ultrapassem o limite de 4 anos.
B) REQUISITOS SUBJETIVOS: referem-se à pessoa do condenado.
 II – o réu não for reincidente em crime doloso. Porém, se o condenado for reincidente em crime doloso, o juiz poderá substituir a pena, desde que em face da condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime (art. 44, § 3º)
Observação: a reincidência em crime culposo não é impedimento para a substituição
 III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente: 
TEORIA GERAL DA PENA
APLICAÇÃO DA PENA:
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO:
REQUISITOS (ART. 44): 
REQUISITOS OBJETIVOS: dizem respeito à natureza do crime e quantidade da pena:
 I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;
Exemplo: possível a substituição no homicídio culposo (art. 121, § 3º)
Concurso de crimes: a substituição será possível quando a soma das reprimendas ou acréscimos não ultrapassem o limite de 4 anos.
B) REQUISITOS SUBJETIVOS: referem-se à pessoa do condenado.
 II – o réu não for reincidente em crime doloso. Porém, se o condenado for reincidente em crime doloso, o juiz poderá substituir a pena, desde que em face da condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime (art. 44, § 3º)
Observação: a reincidência em crime culposo não é impedimento para a substituição
 III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente: 
TEORIA GERAL DA PENA
APLICAÇÃO DA PENA:
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO:
ESPÉCIES DE RESTRITIVAS DE DIREITO:
I - prestação pecuniária; 
É a sanção imposta que consiste no pagamento em dinheiro destinado à vítima (preferencial), aos dependentes ou entidades com destinação social. É fixado em 1 salário mínimo até 360 salários mínimos.
O valor pago em dinheiro ou em outra natureza (pedras preciosas, obras de arte, móveis em geral; isso quando houver aceitação). Tal importância antecipada será deduzida do montante de eventual condenação em ação de reparação civil.
Se o condenado solvente não efetuar o pagamento do valor devido, o juiz pode converter a prestação pecuniária em pena privativa de liberdade. 
II - perda de bens e valores; 
É a retirada de bens do patrimônio lícito do condenado. Assim, há a perda de bens móveis (relógios, quadros), imóveis(terreno, casa) ou de valores (títulos, ações), transferindo-os ao Fundo Penitenciário Nacional. Essa pena possui caráter confiscatório, tendo como limite: o prejuízo causado pelo crime ou o proveito obtido pelo agente em consequência do crime.
TEORIA GERAL DA PENA
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO:
ESPÉCIES DE RESTRITIVAS DE DIREITO:
III – prestação de serviços à comunidade ou entidade pública;
São atribuídas tarefas gratuitas ao condenado em entidades públicas (hospitais, orfanatos). As tarefas serão atribuídas conforme a aptidão e não são remuneradas. A pena de prestação de serviços é aplicável às condenações superiores a 6 meses de privação da liberdade. A carga horária é de uma hora por dia de condenação, não podendo prejudicar a jornada normal de trabalho; sendo encaminhado pela entidade beneficiada ao juízo da execução, relatório mensal das atividades do condenado.
IV – interdição temporária de direitos:
I – proibição do exercício do cargo, atividade
pública ou mandato eletivo: somente é aplicável quando o crime for cometido no exercício da função.; com o cumprimento da pena, deixa de existir a proibição.
II – proibição do exercício da profissão ou atividade que dependam de habilitação especial, licença ou autorização: durante o período da pena, o condenado não pode exercer a atividade.
III – suspensão de autorização ou habilitação para dirigir veículo: aplicável aos crime de trânsito. Para a doutrina, esse dispositivo foi tacitamente revogado, visto que o CTB tratou da matéria.
IV – proibição de frequentar determinados lugares: dispositivo de difícil fiscalização. 
V - proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame públicos: é uma restritiva genérica que veda o acesso aos cargos públicos.
TEORIA GERAL DA PENA
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO:
ESPÉCIES DE RESTRITIVAS DE DIREITO:
V – limitação de fim de semana;
Consiste na obrigação do condenado de permanecer aos sábados e domingos, por 5 horas diárias, na Casa de Albergado ou estabelecimento adequado, onde durante a permanência serão ministrados cursos, palestras ou atividades educativas
TEORIA GERAL DA PENA
PENAS DE MULTA:
PENA DE MULTA: consistente na imposição ao condenado da obrigação de pagar ao Fundo Penitenciário Nacional, determinada quantia em dinheiro, com correção monetária desde a data em que foi praticada a infração penal.
AMBITO ESTADUAL: com base no art. 24, I, CF, que fixa competência concorrente entre a União, Estados e DF para legislarem sobre direito penitenciário, os Estados podem constituírem seus próprios fundos. Em São Paulo, há o Fundo Penitenciário Estadual.
CALCULO E LIMITES: 
Quantidade de dias-multa: o juiz fixa a multa entre o mínimo de 10 e no máximo 360 dias-multa. 
Valor de cada dia-multa: valor do dia-multa é fixado com base no salário mínimo ao tempo do crime, variando entre 1/30 até 5 salários mínimos. O juiz ainda poderá aumentar o valor até o triplo em face da situação financeira do acusado.
PAGAMENTO: 10 dias depois do trânsito em julgado da sentença condenatória, podendo o juiz parcelar a quantia ou efetivar a medida mediante desconto na remuneração do condenado.
NÃO PAGAMENTO: é uma dívida de valor e deve ser executada pela Fazenda Pública.
TEORIA GERAL DA PENA
PENAS DE MULTA:
MULTA SUBSTITUTIVA OU VICARIANTE: é a prevista no art. 60, § 2º: A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses, pode ser substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código
Logo, basta que o réu não seja reincidente em crime doloso e a culpabilidade, antecedentes, conduta social e personalidade, motivos e circunstâncias indiquem a substituição.

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