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Pires, JR MICROBIOLOGIA E DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS Profa. Dra. Juliana Rico Pires Curso de Auxiliar em Saúde Bucal – ASB APCD Pires, JR MICROBIOLOGIA A microbiologia é o ramo da biologia dedicado ao estudo dos seres Microscópicos. A palavra microbiologia deriva de três palavras gregas: mikros “pequeno”; bios “vida”; logos “ciência”. JRP Categorias de Agentes Infecciosos Vírus Bactérias Fungos Pires, JR Microbiota normal do organismo O corpo humano possui micro-organismos: Pele; boca; trato digestivo e o reprodutor Regiões que não apresentam microrganismos: Laringe; cérebro e órgãos internos (fígado, pâncreas, coração ...) Pires, JR Microbiota normal do organismo Residente ou indígena Transitória ou adventícia Suplementar Microbiologia bucal, 2007 h tt p :/ /j a rr o w p ro b io ti c s .c o m /i m a g e s /l a c to b a c ill u s .j p g Lactobacillus h tt p :/ /i m a g e s .g o o gl e .c o m .b r/ im g re s? im g u rl= h tt p: // w w w 3 .n ia id .n ih .g ov /N R /r d o n ly re s /2 6 3 D 4 E D B -3 C 9 6 -4 A C 6 -8 C 5 8 - B 7 A F 8 F 6 C F 2 C 5 /0 /s ta p h yl o co cc u s_ ep id e rm id is .jp g & im g re fu rl= h tt p :// w w w 3. n ia id .n ih .g o v/ l a b s /a b o u tl a b s/ lh b p/ p a th o g e nM o le cu la rG e n e tic sS e c tio n/ & us g= _ _ A m z - 1 m p p 6 F M 3 R 0 x 0 a A O b M M U b 9y o= & h = 39 0 & w = 3 00 & sz = 2 4 8& h l= p t- B R & s ta rt = 1 & um = 1 & tb n id = 39 e 9 h7 Y xp 01 y LM :& tb n h= 1 2 3& tb n w = 9 5& p re v= /im a ge s% 3 F q% 3 D s ta p h y lo co cc u s% 2 B e p id e rm id is % 26 u m % 3 D 1 % 2 6 h l% 3 D p t- B R % 2 6 sa % 3 D N Staphylococcus epidermidis JRP Mecanismos de defesa do hospedeiro Barreiras anatômicas (pele, sistema de filtração aerodinâmica); Secreções (lágrimas, ácido gástrico, secreções salivares, bile); Flora microbiana endógena. Rubin, Farber e cols. 2002; Robbins e cols. 2006. Principais doenças transmitidas por via Aérea: • Doenças Meningocócicas. • Gripe ou Influenza. • Mononucleose. • Rubéola e Sarampo. • Tuberculose. Transmissão por Sangue e Outros Fluídos Orgânicos • Percutânea – por instrumentos perfuro-cortantes: • HIV (AIDS) • Hepatite • Mucosa – contato com respingos na face envolvendo olhos, nariz e boca. • Conjuntivite • Herpes • Cutânea – contato com pele com dermatites ou feridas abertas. • Sarna (Escabiose) Principais Doenças Transmissíveis Pelo Contato Direto e Indireto Com o Paciente Herpes simples. Escabiose ou Sarna. Pediculose ou Piolho. Micoses. Conjuntivite. JRP Agente Infeccioso: Vírus JRP Vírus Conceitos Gerais São partículas Inertes DNA ou RNA Ativos no interior da célula viva Parasitas intracelulares obrigatórios Alguns: latência e reativação em longo prazo 0,1µm de diâmetro Rubin, Farber e cols. 2002. Pires, JR Os vírus são constituídos por ácido nucléico que pode ser o DNA ou o RNA, envolvido por um invólucro protéico denominado capsídeo, que além de proteger o material genético, combina-se quimicamente com receptores membranares das células parasitadas. JRP Infecção e multiplicação Vírus Lesam as células do hospedeiro Se replicam Doença VIRULÊNCIA JRP Transmissibilidade Em animais e humanos a transmissão pode ocorrer: Aerossóis; Vetores (insetos); Fômites (qualquer objeto capaz de absorver, reter e transportar organismos contagiantes ou infecciosos, de um indivíduo a outro); Contato direto. JRP Especificidade de hospedeiros e tecidos Dermatrópicos: Varíola, varicela, sarampo, rubéola... (causam doenças de pele) Pneumotrópicos: gripe, resfriado... (causam doenças respiratórias) Neurotrópicos: raiva, poliomielite ... (causam doenças neurológicas) Hepatotrópicos: febre-amarela, hepatite... (causam doenças no fígado) Linfo e glandulotrópicos: caxumba... (causam doenças nas glândulas) JRP Doenças de Origem Viral Infecções Virais Respiratórias Resfriado comum; Influenza (Gripe); Sarampo Rubéola Mononucleose JRP Resfriado Comum Alteração aguda do trato respiratório superior; Vírus (RNA): “rinovírus” Disseminação: contato com secreções infectadas; inalação de gotículas de espirro Aspectos clínicos: coriza, faringite, tosse, febre baixa (bradicinina); Incubação: 1 a 5 dias, fase aguda de 4 a 6 dias. JRP Influenza (Gripe) Vírus Influenza, 3 tipos: A, B e C; Vírus com envelope e 1 fita de RNA; Muito contagiosa – vírus periodicamente altera seus antígenos de superfície - epidemias Disseminação: contato com secreções infectadas; gotículas de espirro; tosse Aspectos clínicos: agravamento do trato respiratório; insuficiência respiratória, pressão cai a zero; choque séptico. febre, calafrios, mialgia, cefaléias, fraqueza, tosse; falta de ar Incubação: 18 a 36 horas JRP Imunização Vacinas: Vírus vivos atenuados, muito eficaz na prevenção da doença e na eliminação da disseminação do vírus. TRATAMENTO OSELTAMIVIR – anti-viral – grupo de risco – administrado nas primeiras 48 horas do aparecimento dos sintomas JRP Sarampo Vírus com envelope e 1 fita de RNA (paramikovirus) Doença aguda e muito contagiosa (crianças); Disseminação: contato com secreções respiratórias infectadas (4 dias antes dos sintomas e 5 dias após desaparecimento dos mesmos) Aspectos clínicos: trato respiratório: febre e erupções na pele; Imunização JRP Togavirus Doença aguda e muito contagiosa (crianças); Disseminação: contato com secreções respiratórias infectadas, gotículas de saliva e secreção nasal Aspectos clínicos: Dor de cabeça; Dor ao engolir; Dores no corpo (articulações e músculos); Coriza; Aparecimento de gânglios (ínguas); Febre; Exantemas (manchas avermelhadas) inicialmente no rosto que depois se espalham pelo corpo todo. Diagnóstico: exame sorológico. Tratamento: sintomático - Antitérmicos e analgésicos Rubéola Pires, JR A rubéola congênita, ou seja, transmitida da mãe para o feto, é a forma mais grave da doença, porque pode provocar malformações como surdez e problemas visuais na criança. Rubéola Vacina A vacina contra a rubéola é eficiente em quase 100% dos casos e deve ser administrada em crianças aos 15 meses de vida. Mulheres que não tiveram a doença devem ser vacinadas antes de engravidar Pires, JR Recomendações * Quem não teve a doença deve evitar o contato com pessoas infectadas pelo vírus da rubéola; * Respeite as datas de vacinação de seu filho; * Gestantes devem tomar cuidado redobrado para não pegar a doença. Durante os três primeiros meses de gravidez, a rubéola pode ser transmitida para o feto e causar complicações como malformação congênita como alterações oculares e cardíacas. Em alguns casos, pode provocar aborto. Rubéola OUTRAS INFECÇÕESDE ORIGEM VIRAL Pires, JR JRP VIRUS HERPES SIMPLES Tipo 1 (HVS-1) - lesões bucais ou peribucais (orofaringe) Infecta mais de 50% da população até 1 ano de idade, permanece latente em gânglios Puberdade em 60-85% Transmissão: saliva infectada ou lesões periorais ativas Cura espontânea (2 semanas). Tratamento: anti-viral - Aciclovir JRP febre, linfadenopatia, eritema e ulcerações gengivais, vesículas e ulcerações na mucosa bucal dolorosas, encefalite. PRIMO-INFECÇÃO HERPÉTICA (GEHA) ou INFECÇÃO PRIMÁRIA Erupção vesicular que se estende da língua à retrofaringe JRP Reativação em mais de 50% da população infectada; Ex: infecção oral pelo HSV-1 – vírus permanece em estado latente nervo trigêmio. VIRUS HERPES SIMPLES Evolução: JRP HERPES RECORRENTE vesículas, inicialmente, na pele perilabial ou na mucosa bucal Dor, ardência, prurido, pontadas, calor localizado ou eritema no epitélio envolvido JRP Bolhas ou abscessos Ruptura - Crosta e úlceras sintomáticas; Fatores de reativação: sol, febre, estresse físico ou mental, medicamentos. HERPES RECORRENTE JRP HERPES RECORRENTE JRP Ceratoconjuntivite– infecção por HSV-1 nos olhos Ceratite - pode levar à opacificação e cegueira; Úlceras na córnea e vesículas na pálpebra. HERPES OCULAR JRP Seres humanos: reservatórios naturais do tipo 1 por toda a vida O HVS pode sobreviver por 2 horas na pele, por 4 horas em superfícies plásticas e por até 3 horas em tecidos. VIRUS HERPES SIMPLES Vírus Epstein-Barr (EBV), família Herpesviridae. Doença benigna Transmissão: contato íntimo, saliva durante o beijo Período de incubação - de 30 a 45 dias Período de transmissibilidade - pode durar um ano ou mais, atingindo crianças e jovens adultos Regride espontaneamente em 4 a 6 semanas Anti-inflamatórios para aliviar sintomas MONONUCLEOSE INFECCIOSA Linfadenopatia Linfonodos aumentados em todo o corpo, sobretudo nas regiões cervicais posteriores, axilares e inguinais “Rush” cutâneo MONONUCLEOSE INFECCIOSA Aspectos clínicos JRP VVz (HHV-3), doença da infância – infecção primária Transmissão: via aerossóis – trato respiratório; contato com secreções das lesões na pele. Infecção: cabeça, tronco e membros (mucosas, pele e neurônios). Incubação (11 a 21 dias) e latência. VARICELA-ZOSTER Rubin, Farber e cols. 2002; Robbins e cols. 2006. “Catapora”: JRP Intenso exantema pruriginoso; Tronco para a cabeça e membros; Febre, mal-estar, faringite, rinite, dor de cabeça, erupções pruriginosas, pústulas e cicatrizes (cobreiro) Tratamento: ACICLOVIR (ZOVIRAX) - reduz a duração e gravidade - 400 mg/dia/7 dias VARICELA-ZOSTER Rubin, Farber e cols. 2002; Robbins e cols. 2006. JRP Evolui de mácula para vesícula; Vesícula circundada por zona de eritema Formação crostas e regeneração, sem deixar cicatrizes; VARICELA-ZOSTER Evolução: Rubin, Farber e cols. 2002; Robbins e cols. 2006. JRP HEPATITES JRP HEPATITES A hepatite viral é uma doença sistêmica caracterizada por inflamação aguda que afeta primeiramente o fígado. Rubin, Farber e cols. 2002; Robbins e cols. 2006. JRP HEPATITES Os vírus da hepatite provocam inflamação aguda do fígado, resultando em doença clínica. Aspectos clínicos: febre, sintomas gastrointestinais, como náuseas vômitos e icterícia. Tipos: A, B, C, D, E, não-A, não-B e F. Conceitos Gerais: Rubin, Farber e cols. 2002; Robbins e cols. 2006. JRP Vírus picornavírus – HAV; Hepatite infecciosa; Alta incidência em áreas de saneamento precário, grau de higiene pessoal, ambiental, condições sócio-culturais; Transmissão: contato direto, água e alimentos contaminados, via feco-oral HEPATITE A Conceitos Gerais: Rubin, Farber e cols. 2002; Robbins e cols. 2006. JRP Febre, icterícia, esplenomegalia, linfadenopatia, mialgia, Infecções esporádicas pelo consumo de moluscos (água do mar contaminada com dejetos humanos). VACINAÇÃO (2014) – 1 a 2 anos HEPATITE A - HAV Manifestação Clínica: Rubin, Farber e cols. 2002; Robbins e cols. 2006. O agente causador da doença é um vírus DNA de fita dupla da família Hepadnaviridae. Causada pelo vírus B (HBV), a hepatite do tipo B é uma doença infecciosa. Como o VHB está presente no sangue, no esperma e no leite materno, a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível. Pires, JR HEPATITE B - HBV Entre as causas de transmissão estão: por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada, da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação, ao compartilhar material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings, por transfusão de sangue contaminado. Pires, JR HEPATITE B - HBV JRP Desenvolve-se em 4 a 5% dos indivíduos que tiveram contato com o vírus; Nesta forma, o vírus persiste ativo no organismo por longos períodos; Causa cirrose e câncer hepático; Duas formas: HBV persistente e ativo. HEPATITE B - HBV Manifestação Crônica: Rubin, Farber e cols. 2002; Robbins e cols. 2006. JRP Sintomatologia: intolerância ao álcool e à gorduras; fadiga; dor abdominal. Positivo para HBsAg; Baixo risco de desenvolver lesões hepáticas. HEPATITE B - Crônica Persistente: Rubin, Farber e cols. 2002; Robbins e cols. 2006. JRP A vacina é o método mais efetivo de prevenção. HEPATITE B - HBV Tratamento: Preventivo - Vacinação: Rubin, Farber e cols. 2002; Robbins e cols. 2006. Vacina contra hepatite B protege de Hepatite B, D, cirrose e carcinoma hepático primário JRP A vacina é composta por antígeno de superfície do envelope viral (HBsAg) produzido por engenharia genética. Não contém o DNA viral portanto, não causa infecção. A vacina induz apenas a produção de anticorpos anti-HBs e mantém a memória viral. - Títulos protetores > 10mUl/mL HEPATITE B - HBV VACINA: O VÍRUS HBV SOBREVIVE NO SANGUE SECO POR 7 DIAS Pires, JR JRP Transmissão: inoculações e transfusões sanguíneas em 90% dos casos; hemodiálise, hemofílicos e usuários de drogas intravenosas; HCV: alta taxa de progressão para doença crônica ou cirrose; Não há vacina anti-HCV. HEPATITE C - HCV Conceitos Gerais: Rubin, Farber e cols. 2002; Robbins e cols. 2006. JRP Chamado de agente delta; Vírus de RNA; Exige a presença do HBV (Vírus da Hepatite B) para sua replicação,; Contaminação: co-infecção ou infecção secundária. Rubin, Farber e cols. 2002; Robbins e cols. 2006. HEPATITE D - HDV Conceitos Gerais: JRP Transmitida pela água e por via entérica (via feco-oral); Alta taxa de mortalidade entre mulheres grávidas – 20%; Não está associado a doença hepática crônica ou viremia persistente. Rubin, Farber e cols. 2002; Robbins e cols. 2006. HEPATITE E - HEV Conceitos Gerais: JRP AIDS JRP Vírus da imunodeficiência humana (HIV) Doença sexualmente transmissível; Caracterizada por profunda imunossupressão, associada com infecções oportunistas, neoplasias; Predileção pelos linfócitos CD4 (linfócitos T4), responsáveis pelo estímulo aos linfócitos B a produzir anticorpos. Vírus da Imunodeficiência Humana JRP Transmissão: presença de sangue ou fluidos mãe para o filho (gravidez, parto ou amamentação); contato sexual; inoculação parenteral. Vírus da Imunodeficiência Humana JRP Vírus permanece em silêncio (depende do estado imunológico do paciente) Promove a morte da célula e não pode funcionar normalmente Diminuição das células T auxiliares (CD4) Perda da função imunológica Vírus da Imunodeficiência Humana Patogênese: JRP Fase final ou de crise – quebra do sistema imune – AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) Doença clínica febre de longa duração, fadiga, perda de peso, diarréia; Contagem CD4 < 200 células/mm3 infecções oportunistas sérias neoplasias secundárias ao HIV e doença neurológica Vírus da Imunodeficiência Humana Aspectos Clínicos: JRP AIDS MANIFESTAÇÕES ORAIS - Candidose oral persistente - Leucoplasia pilosa - Sarcoma de Kaposi JRP AIDS MANIFESTAÇÕES ORAIS - Gengivite - Periodontite - Ulcerações aftosas JRP AIDS MANIFESTAÇÕES ORAIS - Infecções bacterianas (abscessos) - Lesões causadas pelo HPV - Micoses profundas (Histoplasmose) JRP AIDS TRATAMENTO: medicações anti-retrovirais * INIBIDORES DA TRANSCRIPTASE REVERSA - ABACAVIR (ZIAGEN) - DIDANOSINE (VIDEX) - LAMIVUDINE (EPIVIR) - ZIDOVUDINE (RETROVIR) * OUTROS Aids é uma doença grave que não tem cura e contra a qual ainda não existe vacina. Quem pega o vírus, mesmo que não tenha desenvolvido a doença, pode transmitir o HIV nas relações sexuais, pelo sangue (nas transfusões e ao compartilhar agulhas e seringas contaminadas) e pelo leite materno. E vai ter que tomar o coquetel antiaids, uma mistura de diversos medicamentos antirretrovirais, a vida inteira. Pires, JR O VÍRUS HIV SOBREVIVE NO SANGUE SECO POR 24 HORAS Pires, JR JRP Agente Infeccioso: FUNGO Fungo Os fungos são seres vivos eucarióticos, com um só núcleo, como as leveduras, ou multinucleados, como se observa entre os fungos filamentosos ou bolores. Agente Infeccioso Pires, JR Micélio fúngico com hifas (verde), esporângio (laranja) e esporos (azul) MEV (aumento de 1560x) JRP Doenças Infecciosas causadas por Fungos Fungos CANDIDOSE: é a infecção fúngica mais freqüente da mucosa bucal RESISTÊNCIA ORGÂNICA (estado imunológico do paciente) MICRORGANISMOS Candidose 1. FATORES PREDISPONENTES SISTÊMICOS Distúrbios endócrinos: diabetes, hipotiroidismo, gravidez Quimioterapia -Condições de imunossupressão: AIDS, corticoterapia sistêmica, transplantados Fisiológicos: crianças (imaturidade imunológica) e idosos Medicamentos: antibioticoterapia prolongada (amplo espectro) Má nutrição e má absorção CANDIDOSE AGUDA PSEUDOMEMBRANOSA CANDIDOSE CRÔNICA HIPERPLÁSICA Candidose CANDIDOSE AGUDA ATRÓFICA ( estomatite por prótese) relacionada ao uso de próteses removíveis Candidose TRATAMENTO LOCAL retirar as próteses a noite e colocá-las em solução antisséptica: a) hipoclorito de sódio (sem metal) b) bicarbonato de sódio (com metal) Candidose TRATAMENTO LOCAL - Prescrição de antifúngicos tópicos a)Miconazol (Daktarin gel oral): 4x ao dia/30 dias b) Nistatina (Micostatin) creme ou suspensão: 4x/dia JRP Agente Infeccioso: BACTÉRIA Bactérias Unicelulares 1µm (micrômetro) =0,001mm Agente Infeccioso • Motilidade – Flagelos • Aderência - Fímbrias Pires, JR Morfologia das Colônias Pires, JR Morfologia Identifica visualmente tamanho, forma e motilidade das bactérias presentes na amostra, diferenciando-as entre: • Cocos - as que apresentam uma forma esférica e isolada. Agrupamento: · Diplococos – quando se agrupam duas a duas, ambas esféricas. · Estreptococos – quando se agrupam em fileiras · Estafilococos – quando se agrupam em forma de cachos de “uva Pires, JR Pires, JR Morfologia • Bacilos - as que se apresentam em forma de bastonetes. • Vibriões – as que se apresentam sob a forma de vírgula (espirilos). • Espiroquetas móveis e não móveis MICROSCOPIA DE FASE MICROSCOPIA DE CAMPO ESCURO INFECÇÕES BACTERIANAS Infecções Estreptocócicas (Escarlatina, Impetigo) Difteria Coqueluche Tétano Tuberculose Infecções Estafilocócicas Pires, JR INFECÇÕES ESTREPTOCÓCICAS Agente etiológico: estreptococos hemolíticos do grupo A Doenças: Amigdalite ou faringite estreptocócica, Escarlatina, Impetigo Período de Incubação: 2 a 4 dias Fonte de infecção: Secreções nasofaríngeas Transmissão: Inalação de gotículas de muco ou saliva durante tosse, espirros ou aerossóis odontológicos Período de transmissão: 10 dias Pires, JR ESCARLATINA Agente etiológico: estreptococos hemolíticos do grupo A Doenças: amidalite, artrite, pneumonia, endocardite e algumas infecções cutâneas. A diferença é que, na escarlatina, ela libera toxinas que provocam pequenas manchas vermelhas e confluentes na pele. Sintomas: * Febre alta; * Dor na garganta, que adquire coloração avermelhada; Pires, JR ESCARLATINA Sintomas: * Erupção cutânea (exantemas): pequenas manchas vermelho-escarlate de textura áspera na pele que aparecem inicialmente no tronco, depois tomam a face, o pescoço, os membros e descamam com a evolução do quadro Pires, JR Pires, JR Língua adquire o aspecto de framboesa, porque as papilas incham e ficam arroxeadas; * Mal-estar; Dor no corpo, de barriga e de cabeça; Náuseas e vômitos. Tratamento: Penicilina é o medicamento indicado para o tratamento da escarlatina. Pacientes alérgicos a essa droga podem recorrer a antibióticos, especialmente à eritromicina. Analgésicos e antitérmicos são úteis para alívio dos sintomas. TÉTANO O Tétano (do grego antigo significando "contrair e relaxar") é uma doença infecciosa, não contagiosa, com elevada letalidade para jovens e idosos. Sua principal característica é causar espasmos dolorosos, rigidez dos músculos e distúrbios neurológicos. É causada pela neurotoxina tetanospasmina que é produzida pela bactéria gram-positiva e anaeróbica Clostridium tetani. É transmitida por objetos contaminados como instrumentos enferrujados que podem causar ferimentos pérfuro-cortantes.Pires, JR Os sintomas de tétano são: Trismus (dificuldade de abrir a boca); Rigidez do pescoço, costas e abdômen; Risus sardonicus (riso causado pelo espasmo dos músculos em volta da boca); Dificuldade de deglutição; Contração de músculos dos braços e pernas; Insuficiência respiratória. Complicações da doença incluem espasmos da laringe (cordas vocais), músculos secundários (aqueles do peito usados para respiração), e diafragma (o músculo primário usado na respiração); fraturas de ossos longos por causa de espasmos violentos; e hiperatividade do sistema nervoso autônomo. Pires, JR Sinais e sintomas Tratamento de Tétano Não há cura para tétano, por isso o tratamento será focado na cicatrização da ferida por onde entraram os esporos da bactéria e no uso de medicamentos para tratar os sintomas. Além de limpar corretamente a região machucada, para evitar complicações mais graves, o médico poderá prescrever alguns medicamentos que podem levar alívio e conforto ao paciente, como antibióticos, sedativos e outros remédios para tirar a dor e Diazepam (ansiolítico). Pires, JR Tuberculose Doença sistêmica causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK). Transmissão da tuberculose A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa. A pessoa com tuberculose expele,ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da tuberculose. Pires, JR Tuberculose Sintomas: - febre - suores noturnos - tosse crônica (+21 dias) - escarro com sangue - dor de cabeça e tórax - perda de peso lenta e progressiva Tuberculose Lesões Bucais Lesões ulceradas dolorosas, crônicas, de bordas mal definidas e elevadas Tratamento - Tuberculose Sistêmico com o uso de antibioticoterapia (Rifampicina, Isoniazida e Pirazinamida) – 6 meses Importante é a prevenção da infecção cruzada nos consultórios DIFTERIA VACINA A difteria é uma doença infectocontagiosa causada pela toxina do bacilo Corynebacterium diphtheriae provoca inflamação e lesão em partes das vias respiratórias (amígdalas, faringe, laringe, traqueia, brônquios, nariz) e, às vezes, da pele. A mortalidade total é de 5-10%, subindo para 20% em crianças pequenas e adultos com mais de 40, Transmissão: gotinhas de saliva na tosse, espirro ou ao falar com a pessoa doente ou do portador Sintomas: Dor e inflamação de garganta; Febre de 38 a 40°C; Dificuldade de respirar; Tosse; Cansaço;Catarro; Manchas vermelhas na pele; Dificuldade e dor ao engolir; Dor de cabeça; Náusea. Tratamento: Em doentes, administra-se antídoto, que é constituído por anticorpos recombinantes humanos, antibióticos, especialmente penicilina e eritromicina. Pires, JR COQUELUCHE Pertússis, coqueluche ou tosse convulsa é uma doença altamente contagiosa e perigosa para crianças causada pelas bactérias Gram-negativas Bordetella pertussisuma e parapertussis (geralmente com sintomas mais tênues), que causa tosse violenta contínua e dolorosa. A patologia é prevenível por vacinação. Pires, JR COQUELUCHE A Bordetella pertussis é transmitida pela inalação de gotas expulsadas pela tosse de um doente; Tratamento: antibióticos como macrolídeos (como a Azitromicina) A prevenção com vacina, é incluída na antiga tríplice agora, pentavalente) é a única medida eficaz. Pires, JR JRP Outras Doenças Infecciosas de Origem Bacteriana Rubin, Farber e cols. 2002. Pires, JR Cárie Doença Periodontal Pires, JR Biofilme Dental Pires, JR Formação do Biofilme Dental Pires, JR Composição do biofilme dentário Lindhe 2005, Microbiologia Bucal 2007 Microcolônias de células bacterianas – 15-20% em volume, em uma matriz ou glicocálice (75 -80 % volume) Um indivíduo pode abrigar 150 espécies diferentes Carranza, 2007 Biofilme Dental Cárie Dentária Pires, JR Pires, JR Pires, JR Streptococcus Placa Supragengival Genvivite Pires, JR Inflamação presente na gengiva marginal sem apresentar perda óssea detectável pelo exame clínico e radiográfico Gengivite Biofilme subgengival PERIODONTITE Pires, JR Posso prevenir a transmissão de microrganismos? Pires, JR Controle de Infecção: Procedimentos Para Diminuir o Risco Biológico •Redução do número de patógenos; •Eliminação da infecção cruzada; •Proteção de todos que frequentam o ambiente odontológico • Pires, JR Cuidados com a Equipe: Procedimentos Para Diminuir o Risco Biológico •Vacinação: •Hepatite B; •Hepatite A; •Varicela (Catapora); •Tétano – Difteria (Duplo adulto) •Sarampo, Rubéola e Caxumba (Tríplice viral); •Influenza (Gripe) •Tuberculose (BCG) ???? Pires, JR Lavagem das mãos h tt p :/ /ja rr o w p ro b io tic s .c o m /i m a g e s /la c to b a c ill u s .jp g Lactobacillus h tt p :/ /i m a g e s .g o o gl e .c o m .b r/ im g re s? im g u rl= h tt p: // w w w 3 .n ia id .n ih .g ov /N R /r d o n ly re s /2 6 3 D 4 E D B -3 C 9 6 -4 A C 6 -8 C 5 8 - B 7 A F 8 F 6 C F 2 C 5 /0 /s ta p h yl o co cc u s_ ep id e rm id is .jp g & im g re fu rl= h tt p :// w w w 3. n ia id .n ih .g o v/ l a b s /a b o u tl a b s/ lh b p/ p a th o g e nM o le cu la rG e n e tic sS e c tio n/ & us g= _ _ A m z - 1 m p p 6 F M 3 R 0 x 0 a A O b M M U b 9y o= & h = 39 0 & w = 3 00 & sz = 2 4 8& h l= p t- B R & s ta rt = 1 & um = 1 & tb n id = 39 e 9 h7 Y xp 01 y LM :& tb n h= 1 2 3& tb n w = 9 5& p re v= /im a ge s% 3 F q% 3 D s ta p h y lo co cc u s% 2 B e p id e rm id is % 26 u m % 3 D 1 % 2 6 h l% 3 D p t- B R % 2 6 sa % 3 D N Staphylococcus epidermidis Pires, JR Cuidados com a Equipe: Procedimentos Para Diminuir o Risco Biológico •EPI (Equipamentos de Proteção Individual): •Óculos; •Gorro; •Máscara; •Avental; •Luvas EPIs Pires, JR Pires, JR TRANSMISSIBILIDADE Pires, JR Transmissibilidade Horizontal: transmissão direta de uma pessoa para a outra Vertical: transmisão indireta de uma pessoa para a outra, ou entre pessoas e objetos Transmissibilidade Direta Transmissão VerticalTransmissão Horizontal Biofilme Dental h tt p :/ /f ar m 2. st at ic .f li ck r. co m /1 11 0/ 14 72 53 55 6 5_ a8 9 b 8 12 d 4 4_ o .j p g h tt p :/ /w w w .s en ad o .g o v. b r/ sf /s en ad o /p o rt al d o se rv id o r/ jo rn al /j o rn a l7 6 /I m ag en s/ m ae _c o m _f il h a. g if Pires, JR TRANSMISSÃO INDIRETA Pires, JR Transmissão Indireta “Microrganismos sobrevivem em escovas de dentes e tubos de creme dental” Svanberg, 1978; Papaioannou et al.2002 Pires, JR Transmissão Indireta “Microrganismos sobrevivem em telefones e maçanetas” Svanberg (1978), Köhler & Bratthall (1978) Pires, JR Transmissibilidade Indireta Zuanon & Silva (1998) “As chupetas podem ser colonizadas e transmitir patógenos, apesar de não tão efetivas” “Brinquedos transmitem bactérias, mas não são patogênicas às crianças com função imune normal” Barbieri et al. (1999); McKay & Gillespie (2000) JRP Microbiologia Médica. Jawetz, E; Melnick, J & Adeberg, E. Virologia, Cap. IV. p.238-409, 1998. 20ª ed., Editora Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, RJ. Microbiologia. Trabulsi, LR; Altherhum, F; Gompertz, OF; Candeias, JAN. Vírus, Cap. 60. p.429-541, 2002. 3ª ed., Editora Atheneu, São Paulo, SP. Patologia. Rubin, E & Farber, JL. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Cap. 9, p.346-465, 2002, 3ª ed., Ed Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, RJ. Patologia – Bases patológicas das doenças. Robbins & Cotran. Kumar, V; Abbas, AK; Fausto, N. Doenças Infecciosas. Cap. 8, p.357-432. 2005, 7ª ed., Ed. Elsevier, Rio de Janeiro, RJ. Bibliografia recomendada Pires, JR Obrigado pela atenção!! Mestre e Doutora em Odontologia – Área de Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP Professora Pesquisadorado Curso de Pós-Graduação – Mestrado em Periodontia e Implantodontia, Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos – UNIFEB juricopires@yahoo.com.br
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