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Isabela Pedrini 2025.1 2 DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS -DOENÇAS -AGENTES ETIOLÓGICOS -TRANSMISSÃO -VETOR -SINTOMAS -DIAGNÓSTICO -TRATAMENTO -VACINA, IMUNIDADE, REEINFECÇÃO OUTROS ARBOVIROSES -DENGUE -Gênero Flavivirus, família Flaviviridae -RNA +, fs, circular, envelopado -Possui 4 sorotipos. -Vetor: Aedes aegypti e albopictus -Picada do mosquito fêmea (com hábitos diurnos). -Febre alta, erupções cutâneas e dores musculares e articulares. Dor atrás dos olhos, nas costas, etc. -Dengue hemorrágica → na multiplicação, liberam substancias que agridem a parede dos vasos, provocando perda de líquido. Se ocorrer rapidamente aliado a diminuição de plaquetas, ocorre esse quadro. -Prova do laço: verificar PA e calcular média. Insuflar manguito até a média e manter 5 min em adultos e 3 min em crianças. Desenhar um quadrado 2,5cm no antebraço e contar petéquias. Positivo se adultos (>20) e crianças (>10). -Isolamento viral -Identificação do sorotipo DENV -Pesquisa do Ag NS1 -ELISA: a procura de IgM e IgG. -Cada sorotipo induz imunidade específica duradoura e cruzada transitória -Vacina tetravalente -Período de incubação: Intrínseco (homem: 5-6 dias. Extrínseco (vetor): 8-12 dias. -Síndrome de Guillain- Barré. -ZIKA -Gênero Flavivirus, família Flaviviridae -RNA +, fs, circular, envelopado. -Possui 3 gêneros: África do Leste, África do Oeste e Asiático. -Vetor: Aedes aegypti. -Picada do mosquito -Transfusão sanguínea -Saliva -Contato sexual -Transplacentária (microcefalia) -Febre, irritação na pele, dor nas articulações, olhos vermelhos, dor atrás dos olhos, dor muscular, dor de cabeça, fadiga, vômito. -Análises laboratoriais do sangue e outros fluidos -Detecção direta do vírus após os sintomas. -PCR -ELISA -Não há vacina. -Ainda não se sabe se fica imune (mas provavelmente sim). -Hospedeiro vertebrado: homem e macaco. -Síndrome de Guillain- Barré. -CHIKUNGUNYA -Gênero Alphavirus, família Togaviridae, vírus Chiv. -RNA +, fs, circular, envelopado -Vetor: Aedes aegypti e albopictus (restrito a vegetação). -Picada do mosquito -Parto -Febre, dor nas articulações, dor muscular, dor de cabeça, fadiga, erupção cutânea (irritação da pele), inchaço dos gânglios, dor atras dos olhos, vômito, etc. -Dor articular por meses. -Isolamento viral -PCR -ELISA -Não há vacina (mas estão tentando fazer). -Imunidade tende a ser duradoura e protetora. -Forma assintomática e sintomática: aguda, subaguda, crônica e incomum. -Síndrome de Guillain- Barré. -FEBRE AMARELA -Gênero Flavivirus, família Flaviviridae -RNA +, fs, circular, envelopado -Sorotipo único com 7 genótipos (3 na América do Sul). -Vetor: silvestre (Haemogogus e Sabeth) e urbano (Aedes aegypti). -Casos leves: febre, dor de cabeça, náusea e vômitos. -Casos graves: doenças hepáticas, cardíacas e renais fatais. -Delírio, olhos amarelados, sangramento, dor nas costas, abdômen ou músculos, etc. -Clínico epidemiológico -Laboratorial -PCR -ELISA -Imunidade ativa: permanente, sem recidivas. -Imunidade passiva natural: até os 6 meses em lactentes filhos de mães imunes. -Possui vacina. -FA Silvestre: Hospedeiro – primatas Zoonose, ocasionalmente transmitido a pessoas. -FA Urbana: Hospedeiro – homem I. extrínseca (1º homem): 10 dias I. intrínseca (outros): 3-6 dias -OESTE DO NILO -Gênero Flavivirus, -RNA +, fs, linear, envelopado -Vetores: Culex pipiens e quinquefasciatus + Aedes (secundário). -Picada do mosquito -Raras: transfusão, transplante, transplacentária, aleitamento. -Febre aguda de inicio abrupto, anorexia, náusea, vômito, dor nos olhos, dor de cabeça, dor muscular, exantema máculo-papular e linfoadenopatia. -Inibição da hemaglutinação -PCR -ELISA (cuidado com reação cruzada pois vacinados por outros flavivírus podem ter IgM). -Isolamento viral. -Não há vacina. -Imunidade duradoura. -Hospedeiros: Principal: pássaros silvestres (reservatórios e amplificadores do vírus). Acidental: humanos e outros mamíferos. -MAYARO VIRUS -Família Togaviridae, gênero Alphavirus -RNA +, fs, linear, envelopado. -Vetores: Haemogogus janthinomys (copa das arvores amazônicas) e Aedes. -Picada de mosquito. -Febre, dores musculares, dores e inchaço nas articulações (que podem persistir por meses), manchas vermelhas pelo corpo, náuseas. -Isolamento viral -Biologia molecular -Sorologia -Não há vacina. -Não se sabe se induz imunidade. -Hospedeiros: macacos, cavalos, répteis, roedores e aves. -Acidental: homem -Pode ser disseminado para cidade pelas aves ou humanos infectados. VIROSES RESPIRATÓRIAS -PARAINFLUENZA -Família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovírus -RNA -, envelopados, fs, simetria helicoidal -Possui 4 tipos -Aerossóis (fala, tosse ou espirro) -Fômites -Coriza, obstrução nasal, tosse, faringite e febre. -Complicações: vias aéreas superiores, infecções de ouvido ou dor na garganta. -Bronquiolite (VPIH-1, 3 e 4) e pneumonia (VPIH-3). -Manifestação extrapulmonar: meningite e encefalite. -PCR utilizando um painel multiplex dos patógenos respiratórios comuns. -O viral específico é clinicamente desnecessário, mas pode ajudar a diferenciar de outros. -Imunofluorescência indireta a procura de IgG. -Não há vacina. -Há possibilidade de reinfecção. -Fator F, H e N. -É infectante no ambiente por 10h. -Sobrevivem algumas horas no ambiente. -São eliminados com água e sabão. -VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO (VRS) -Família Paramyxoviridae, gênero Pneumovirus -RNA -, envelopados, fs, simetria helicoidal -Aerossóis (fala, tosse ou espirro) -Fômites -Bronquiolite -Febre, rinorreia, taquipneia (pode gerar hipóxia e cianose). -Pneumonia -Tosse cheia, cansaço e febre -Otite média -Normalmente não fazem exames a menos que estejam tentando identificar um surto ou seja necessário hospitalização. -Coleta/amostras de secreção respiratória (lavado nasal), analisadas com um exame rápido de antígenos. -Swab nasal ou de orofaringe. -PCR -Cultura para identificar o vírus. -Prevenção através da imunização passiva usando a imunoglobulina monoclonal. (Palivizumabe), vacina de Ac indicada em casos específicos. -Há possibilidade de reinfecção apesar de ir criando um pouco de imunidade ?? -Proteína G e F. -Replicação inicial: células epiteliais da nasofaringe. -Propagação: rim, fígado e miocárdio. -Imunocomprometidos podem secretar o vírus por meses. -METAPNEUMOVÍRUS -Família Paramyxoviridae, gênero Metapneumovirus -RNA -, envelopados, fs, simetria helicoidal -Transmissão nosocomial (isolamento dos pacientes e lavagem das mãos). -Fômites -Quadro semelhante ao de VRS (bronquiolite, pneumonia, otite média). -Resfriado comum, asma exacerbada, diarreia, vômito, conjuntivite. -RT-PCR: padrão ouro. -Não há vacina ?? -Reinfecção é comum. -Proteína G, F e SH. -2ª causa mais comum de infecção respiratória baixa em crianças. Aos 5, todas já foram expostas. -ADENOVÍRUS -Família Adenoviridae, gênero Mastadenovirus -DNA, não envelopados, fd. -Contato fecal-oral (mãos, água e alimentos contaminados). Amidalite, adenomegalia cervical, conjuntivite, exantema e hepatoesplenomegalia. Adenoide (infecções persistentes em linfócitos). -PCR das secreções respiratórias e do sangue. -Kit ECO F Adenovírus Ag por imunoensaio de fluorescência (FIA) em amostras de swab nasal e nasofaríngeo. -Cultura ou antigénio. -Tratamento de suporte. -Vacina (reintroduzida em 2011) dos tipos 4 e 7, via oral em cápsula entérica revestida, disponível para militares. -A gravidade é devido às citocinas inflamatórias. -Detecção faríngea é sugestivo de infecção recente, já a fecal pode indicar infecção recente ou portador crónico. -INFLUENZA -RNA, fs -3 tipos: A (altamente variável, epidemias), B (algumas variações, exclusivo de humanos) e C (estável, doença leve). -Perdigotos -Contato com mãos ou superfícies contaminadas -Febre, calafrios, dores musculares, tosse, congestão, coriza, dores de cabeça e fadiga. -Dor nas articulações,na garganta, etc. -Amostras clínicas: aspirado ou lavo nasofaríngeo, swab de orofaringe e nasofaringe, lavado broncoalveolar, aspirado traqueal, biopsia pulmonar, liquor. -Cultura celular: padrão ouro. -Plaquetamento -ELISA -Soro neutralização -Imunodifusão em gel ágar Distinguir de outros vírus respiratórios e identificar tipo e cepa. -Existe vacina. Contraindicada para alérgicos a timerosal e proteína do ovo. -Glicoproteínas de envoltório: hemaglutinina (evolução de novas cepas) e neuraminidase. -Drift (epidemia): alterações menores em AA -Shift (pandemia): alterações maiores em sequencias -CORONAVÍRUS RNA +, fs, helicoidal. -Mais comuns: alpha 229E e NL63, beta OC43 e HKU1. -Perdigotos -Oro-fecal. -Mais comum em infecção do TR superior (e TGI, tecidos neurológicos, fígado, rim, coração e olhos). -RT-PCR (por swab nasal ou nasofaringeo). -Sorologia. -Material: fezes. -Até então não existe vacina, nem tratamento específico. -Resfriado comum autolimitante de 2-5 dias. -RHINOVÍRUS -Família Picornaviridae -RNA +, fs, icosaédrico -120 sorotipos -Inalação de gotículas infectadas de espirros e tosse no ar ou por contato direto com o vírus (ex: aperto de mão antes de coçar o olho). -Secreção nasal, espirros e congestão. -Dores locais: nos músculos, nos ouvidos ou seios paranasais -Tosse seca. -Dor de cabeça, inchaço dos gânglios, olhos marejados, pressão no peito -Em crianças, bronquiolite. -Geralmente é clínico, sem exames. -RT-PCR. OBS: diagnóstico diferencial, saber diferenciar da rinite alérgica. -Tratamento de suporte. -Não há vacina (problemas na grande variabilidade antigênica entre os sorotipos e baixa taxa de neutralização cruzada). -Confere imunidade apenas contra o sorotipo adquirido. -Um dos mais comuns em resfriado. -Termoestáveis, sobrevivem por dias em objetos. VÍRUS GASTROENTÉRICOS Associados a gastroenterites -ROTAVÍRUS -RNA, fd -7 sorotipos (grupos A a G), apenas 3 infectam humanos. -Compartilhamento de objetos pessoais -Água e alimentos contaminados -Pelo ar (gotículas respiratórias). -Diarreia grave não inflamatória, aquosa (com perda de água e eletrólitos) e gordurosa, sem sangue, de aspecto explosivo. -Podendo ou não haver febre. -Vômito. -ELISA: para identificar antígenos nas fezes. -Eletroforese em gel de poliacrilamida. -Látex de aglutinação -PCR e suas variantes (mais eficaz). -Sorologia: pouca utilidade pois todos possuem Ac vindo de vacina, algum contato com o vírus ou amamentação. -Há vacina (mas o uso ainda é em pequena escala). -Incidência sazonal (inverno). -Surto em escolas (endêmicas). -ADENOVÍRUS ENTÉRICOS -DNA, fd, sem evelope, icosaédrico -Tipos 40 e 41. -Oro-fecal. Quadro semelhante ao de Rotavirus. -Mesma do adenovírus respiratório +... -Antígenos por técnicas de imunoensaio nos líquidos corporais infectados (pois 40 e 41 geralmente não são detectados em culturas celulares comuns). -Microscopia electrónica de amostras fecais. -Maioria das pessoas tem anticorpos aos 3 anos. -Mais no verão. -Endêmico, surtos. -3ª maior causa de gastroenterite aguda viral no mundo. -ASTROVÍRUS -RNA +, fs, sem envelope. -Família Astroviridae, 2 gêneros (Mamastrovirus no homem), 8 sorotipos -Oro-fecal, por consumo de água e alimentos contaminados. -Diarreia de 2 a 4 dias. -Complicação: desidratação intensa, associada ou não ao déficit nutricional, infecção mista severa e imunodeficiência. -Microscopia eletrônica (porem difícil devido ao tamanho reduzido do vírus). Não há outros. -Maioria das pessoas tem anticorpos aos 3 anos. -Ocorrência em crianças <2 anos, 3ª idade e imunocomprometidos. -Surtos. -CALICIVÍRUS -RNA +, fs, sem envelope, icosaédrico. -Mais importantes: Sporovírus e Norovírus -Água e ingestão de alimentos (frutos do mar, saladas, etc) contaminados por manuseio. -Contaminação com material feca (objetos) e levam a mao a boca. -Disseminação rápida em ambiente fechado (cruzeiro, escolas, etc). -Indução de vômitos. -Desidratação -Microscopia eletrônica (porem difícil devido ao tamanho reduzido do vírus) – raramente -RT PCR – mais comum. -Maioria das pessoas tem anticorpos aos 3 anos. -Um dos principais empecilhos para produzir uma vacina é a rápida evolução por mutação pontual e recombinação genética. -Tipo sanguíneo B e AB podem apresentar proteção parcial contra infecção sintomática. -Surtos epidêmicos (embora as vezes endêmicos). -Disseminação silenciosa: até 2 semanas após recuperação. -Periodo de incubação: 12h Não associados a gastroenterites -ENTEROVÍRUS: A. Coxsackie: A1 a A21, A24 e B1 a 6. B. Vírus entéricos citopáticos humanos órfãos (ECHO): 1 a 7, 9, 11 a 21, 24 a 27, 29 a 33. C. Enterovírus 68 a 71, 73 a 91, 100, 101 D. Poliovirus tipo 1 a 3. - -Inaparente ou uma doença febril não significativa. Poucos desenvolvem mais graves, e em casos raros, com sequelas ou ate a morte. - - A. infecção de mãos, pés e boca. B. infecções respiratórias C. não estão relacionados a quadro graves de diarreia. D. poliomielite (SNC). VIROSES EXANTEMÁTICAS -SARAMPO -Família Paramyxoviridae, espécie Measles vírus -RNA - , fs, envelopado, helicoidal. -Sorotipo único, 19 genótipos -Por gotículas respiratórias (por via respiratória). -Muito contagioso (antes e até 4º dia de erupção). -Período pondrômico: febre, mal estar, conjuntivite e sintomas do TRS. -Período de estado: exantema (eritema) que se inicia pela região retroauricular, se espalha pela cabeça (face), depois pescoço e tronco, depois membros inferiores. Aparece tudo ao mesmo tempo. -Febre persiste com o exantema. -3º dia: eritema esclarece, descamação fina, desaparece febre (se persistir pode ser por complicações) -Gânglios aumentados no pescoço e nuca, e diarreia (em crianças). -Manifestações oculares: vermelhidão, fotofobia e lacrimejamento. -Enantema da mucosa da cavidade oral: vermelhidão difusa e manchas de Koplik. -Complicações: otite média aguda, pneumonia, diarreia, desnutrição, oculares, na gestante (parto prematuro e recém nascido de baixo peso), encefalite aguda, panencefalite necrosante subaguda. VIROLÓGICO: -Secreção das vias aéreas, urina, sangue e tecido cerebral. -RT-PCR -Isolamento viral: raramente. SOROLÓGICO -Sorologia: neutralização, fixação de complemento, ELISA. -Pesquisa de IgM ou soros pareados. -Pesquisa de antígenos: imunofluorescência direta em aspirados de nasofaringe. -Vacina: Tríplice Viral (sarampo, cachumba, rubéola). -Gamaglobulina hiperimune. -Proteínas HN, N, G, F. -Receptores: CD46, CD150/SLAM, Nectina 4). -Formação de sincícios. -Ampla disseminação (linfática): conjuntiva, TRS, trato urinário, pequenos vasos sanguíneos, sistema linfático e SNC. -Endêmicos (exceto verão). -RUBÉOLA -Família Togaviridae, gênero Rubivirus. -RNA +, fs, envelopado, icosaédrico. -Congênita -Por gotículas respiratórias. -Período pondrômico: febre baixa, conjuntivite, cefaléia, coriza, tosse, dor de garganta, mal-estar, anorexia linfadenopatia (cervical posterior e subocciptal). -Exantema (eritema) máculo papular rosadas: menor e mais claro do que do sarampo. Tendem a juntar e desaparece depois. Inicia na cabeça, depois tromco e membros. Não aparece tudo ao mesmo tempo (aparece em um, desaparece o outro). -Imunidade humoral: desenvolvimento de rash. -Complicações: artralgia (dores articulares mais comum em mulheres), encefalite, trombocitopenia, hepatite. -Vírus presente em: urina, pulmão, conjuntiva e liquido sinovial. Células Vero, RK13, fibroblastos humanos. Confirmação por Imunofluorescência com conjugado específico. -Sorologia: detecção de anticorpos -ELISA: detecção de IgM durante infecção, de vacina recente, materna ou de cordão umbilical. -Detecção de IgG. -Vacina dupla viral (sarampo e rubéola) e tríplice viral (+ caxumba), quádrupla viral (+varicela). -Vacina a partir de vírus vivos e atenuados, aplicação subcutânea. Reações colaterais mais frequentes: febre moderada,linfadenopatia discreta, dor de garganta e artralgia. OBS: Baixos níveis de IgG em crianças devido a inibição de hemaglutinação. OBS: SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA (SRC): Organogênese defeituosa (diminuição da taxa mitótica, atrofia dos órgãos) e capacidade de multiplicação não citolítica em qualquer órgão (aborto, surdez, danos oftálmicos, danos neurológicos, retardo, diabetes, autismo, etc). Efeitos teratogênicos se contraído ate o 1º mês. Após nascer, fica 1 ano excretando vírus pela urina. -VARICELA (VVZ) OU CATAPORA -Família Herpesviridae. -DNA, envelopado -Contato íntimo (de 2 dias antes até 5 após o aparecimento do exantema). -Exantemática febril muito contagiosa. -Média de 250-500 lesões: no couro cabeludo, face e membros. -Lesões de vários tipos: máculas, pápulas, vesículas, pústula e crostas. -Acomete mucosas. -Capaz de estabelecer latência nos neurônios, doença recorrente, não saindo do organismo. -Pode ter reativação na forma de Herpes Zoster (atingindo dermátodo torácico). -Ensaio imunoenzimático (ELISA) -Aglutinação pelo látex (AL) -Imunofluorescência indireta (IFI) -PCR: padrão ouro -Pode-se utilizar IgG anti VZV em expostos, imunocomprometidos e neonatos. -Imunidade pode desaparecer em idosos. -Vacina viva e atenuada. -Codifica timidina-quinase suscetível a fármacos antivirais (não elimina o vírus mas melhora o quadro). -Pico na primavera. -ROSÉOLA INFANTUM (exantema súbito) -Família Herpesviridae: por 2 vírus (HHV6 e HHV7). -Presenta na saliva em adultos, transmitido por gotículas para as crianças. -Baixa contagiosidade. -Febre alta >39ºC (convulsão febril) por 3 a 7 dias antes da erupção de exantemas máculo-papulares de curta duração. Febre → depois exantema. -Se febre subir muito, há risco de convulsões. -Basicamente clínico. -Exame de sangue para verificar a existência de anticorpos para roséola -Não há vacina. -Tratamento de suporte. -Pode ser recorrente. -Doença exantemática mais comum no 1º ano de vida. Mais comum em lactentes. -PARVOVÍRUS HUMANO B19 -Família Parvoviridae, gênero Erythrovirus. 1 sorotipo. -DNA +, fs, não envelopado, icosaédrico. -Direta por contato interpessoal por secreções nasofaríngeas (gotículas respiratórias/aerossóis). -Transplacentária -Transfusão de sangue e hemoderivados. -Período de contágio antecede os sintomas. -25 a 50% assintomáticos. -Ausência de pródromos. -Febre branda -Eritema infeccioso → exantema máculo-papulares em aspecto de borboleta na face. -Bordas elevadas e quentes -Duração de 10 dias, com exacerbação com calor, sol e frio. -Síndromes clínicas: Crise aplásica (em indivíduos com doenças hematológicas como anemia hemolítica crônica) e poliartrite aguda (cem adultos). OBS: PARVOVIROSE CONGÊNITA: maior risco de complicação no 1º e 2º trimestre. Não causa sequelas. Pode causar perda fetal, anemia fetal congênita, hidropepsia fetal (falência cardíaca, disfunção hepática, ascite, hipertensão portal). -Fase virêmica: pesquisa de antígenos/genoma do vírus → ELISA, hibridização e PCR. -Fase pós virêmica: pesquisa de anticorpos → ELISA (VP1 e VP2), IgM e IgG maternas, IgM de cordão umbilical. -Isolamento em cultura de células é difícil, produção de baixos títulos virais. -Adquire imunidade (65% da população adulta de 40 anos possui). -Não há meios de controle. -Predomina em crianças. -Período de incubação: 4 a 14 dias. -Antígeno P. -Células alvo: progenitores de eritrócitos. -Receptores: Globosídeo Gb4Cer e Co-receptores Ku80. -Picos de incidência: fim do inverno e inicio da primavera. -Risco: crianças com B19. VIROSES NEUROTRÓPICAS -POLIOMIELITE -Poliovírus -3 tipos ? -Transmissão é mais comum em meio urbano povoado. -Maioria é subclínica. Apenas 1% provoca doença clínica. -Aguda, que na forma grave pode afetar o SNC (destruição dos neurônios motores da medula espinhal). 1. Polio abortiva: mais comum, leve. Com sintomas inespecíficos (febre, mal estar, cefaleia, náusea, sonolência, vômitos, constipação e faringite). Recuperação em poucos dias. 2. Polio não paralítica ou meningite asséptica: aqueles sintomas + dor, rigidez da nuca e das costas. Dura de 2 a 10 dias, com recuperação rápida e completa. Baixo % evolui para paralisia. 3. Polio paralítica: paralisia flácida. Desordenação depois de uma invasão no tronco cerebral. Espasmos dolorosos dos músculos não paralisados pelo esforço maior desempenhado. Recuperação em 6 meses, com paralisia persistente. 4. Atrofia muscular progressiva pós pólio: atrofia rara, síndrome inespecífica. Recrudescência da paralisia e degradação muscular em indivíduos em varias décadas após a pólio paralitica. -Material: garganta, fezes (dos primeiros 5 dias) e líquor. -Isolamento do vírus: swab de garganta (início da doença), retal ou amostra de fezes (longo período de tempo) ou do SNC (nos casos fatais). Não existem portadores permanentes. Raramente encontrado no LCR. -Cultivo em células Hela e cultura de células humanas ou macacos. Visualização é feita por efeitos fisiopatogênicos de 3 a 6 dias. -Tipagem: teste de neutralização ou PCR. -Sorologia: soros pareados (2 amostras). Na fase aguda, apenas anticorpo C presente. Em 1-2 semanas, há ambos. Já na fase covalescente tardia, há apenas anticorpos D. -Apenas na 1ª infecção. -Imunidade homotípica permanente (baixa heterotípica). 1 → um pouco para 2, nada para o 3 2 → para 1 e 3. 3 → parcial para 1 e 2. -Imunidade passiva: é transferida da mãe para o filho, os administrados duram 3-5 semanas. -Vacina é trivalente (imunidade para os 3 tipos). -SABIN: vírus vivo e atenuado, estimula IgM, IgG e IgA, via oral, eficácia 100%, barreira intestinal positiva, disseminação do vírus positiva, sofre interferência por outros vírus. -SALK: vírus morto e atenuado, estimula IgM, IgG, via subcutânea, eficácia 80%, barreira intestinal negativa disseminação do vírus negativa, não sofre interferência por outros vírus. -Não há tratamento especifico, apenas medidas terapêuticas. -Antígeno C, D e solúvel fixador de complemento. -Patogenia, 4 fases: alimentar → linfática → virêmica → neurológica. -Período de incubação: 7-14 dias. -Acomete quase exclusivamente crianças abaixo de 5 anos. -Nas Américas não há caso desde 1991. -RAIVA -Família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus. 7 genótipos, sói 1 (Rabies vírus-RABV) identificado no Brasil. -RNA -, envelopado. -Mordedura, lambedura e arranhadura de animais (cães ou até raposas, morcegos, gambá, coiote e lobo) com raiva, devido a saliva. . -Casos raros: vias respiratórias (aerossóis de urina e fezes de animais), transplante de córnea e órgãos, zoofilia. -Ataca SNC, causando uma encefalite aguda e mortal. 1. Fase podrômica: duração de 2 a 10 dias. Febre moderada, cefaleia, tontura, mal estar, náusea, anorexia. Dor na garganta, disfagia e rouquidão, assim, pela dor e dificuldade de deglutir, se torna ansioso e com sede, iniciando desidratação, no entanto, recusa a engolir sua própria saliva (que fica pingando/babando), desidratando ainda mais. 2. Fase neurológica: duração de 2 a 7 dias. Ansiedade, nervosismo, insônia, agressividade, depressão. Fobias: hidrofobia, erofobia e fotofobia. Hiperventilação e hiperssensibilização. Espasmos faríngeos, convulsões, delírio e alucinações. Prurido e parestesia no local da ferida. 3. Coma: duração bastante dilatada com coma induzido. Parada cardíaca, hipotensão, hipoventilação, infecções secundárias. 4. Óbito -Material da mucosa lingual (swab) ou tecido bulbar de folículos pilosos obtidos por biopsia da pele da região cervical. -Sorologia -Imunofluorescência direta (IFD) por profissional com EPI. -Inoculação em camundongos recém-nascidos ou de 21 dias. OBS: sensibilidade é limitada. Deve fazer autopsia do SNC para confirmação após óbito. -Letalidade e impossibilidade de cura. -Chance de tratamento é quando o vírus ainda está no local da mordedura (onde se multiplica), antes de chegar ao SNC. -Soroterapia específica. -Pré exposição: vacinação com 3 doses.-Pós exposição: desinfecção local, vacinação (4 ou 5 doses), soro que contém imunoglobulina antirrábica e vigília do cão para ver se aparecem sintomas. -A vacina é inativada. -Ciclos: aéreo (morcego), urbano (cães), rural (herbívoros como cavalos e bois) e silvestre (raposa e macacos). -Patogênese: músculo (se liga ao receptor nicotínico por uma glicoproteína) → SNP → SNC → SNA parassimpático. -Período de incubação: 20 a 90 dias. Mais curto em crianças com mordida na cabeça. -OUTROS: A. HSV1 B. Coxsaxkievirus, Echovirus e Enterovirus 70 e 71. C. Vírus da caxumba D. HSV2 (genitaç) E. VZV F. CMV, EBV, HHV6, HHV7. G. Adenovírus H. HIV I. Arboríus J. Vírus do sarampo, VZV, EBV, CMV, HSV, da Rubéola, Hepatite A e Coxsackievirus K. Enterovirus 70 e 71 ou Coxsackie A7. A. Encefalite destrutiva unilateral (lobo temporal) e encefalite difusa em imunocomprometidos e recém nascidos. B. Meningite asséptica epidêmica (no verão). Recuperação espontânea. Mais grave em recém nascidos. C. Meningoencefalite e perda de audição: 50% dos casos na presença ou ausência de parotidite epidêmica como complicação rara. D. Meningite esporádica. E. Encefalite difusa em imunocomprometidos. F. Meningite e meningoencefalite. G. Meningite asséptica. No sorotipo 7, Meningoencefalite Grave. H. Meningite (em 17% dos casos) I. Meningites e encefalites (regionais e sazonais). J. Encefalomielite disseminada aguda K. Em casos raros, Paralisia Flácida Aguda OUTROS -CAXUMBA (parotidite dura ou papeira) -Paramyxovirus da classe rubulavirus. -Gotículas respiratórias no ar (tosse ou espirro). -Por saliva (beijo, bebida compartilhada, etc) -Por toque em superfície contaminada. -Possui período pródromo: cefaleia, edema glandular (parótida), febre baixa a moderada, anorexia e mal-estar. -O edema se espalha além da parótida, podendo atingir a sublingual e a submandibular (provocando edema cervical abaixo da mandíbula). -Pode evoluir com comprometimento do SNC (meningite e encefalite), surdez, inflamação dos testículos (orquite), dos ovários (ooforite), coração (miocardite) e mais raramente do pâncreas (pancreatite). -Detecção por RT-PCR. -Busca de IgM e IgG por imunofluorescência (IFA) ou imunoensaio enzimático. -Possui vacina (tríplice viral). -Tratamento de suporte. -Adquire imunidade. -Dura em torno de 7 a 10 dias e tem resolução espontânea. -EBOLA -Família Filoviridae, gênero Filovirus. -4 espécies parasitam o homem: Marburg, Zaires, Sudão e Reston. -RNA -Por produtos sanguíneos. -Da mãe para o bebê durante gravidez, parto ou amamentação. -Sexo oral, anal, vaginal. -Contato com a pele -Por saliva (beijos, bebidas compartilhadas, etc) -Toque em superfície contaminada. -Febre, dor de cabeça, dor muscular, calafrios. -Confusão mental, manchas avermelhadas na pele, vermelhidão nos olhos, diarreia com sangue nas fezes, dor nas articulações, no abdômen, no peito. -Posteriormente, pode sofrer hemorragia intensa (febre hemorrágica), resultando em vômitos e tosse com sangue. -Detecção de partículas infecciosas (ou de componentes da partícula) e medida de respostas imunes específicas ao vírus de Ebola. -RT-PCR -Vacina está em fase de testes. -Não tem tratamento, apenas evita que a doença evolua, por meio de cuidados paliativos que envolvem manter a pessoa bem hidratada e afastada do contato com outros indivíduos. -Ainda não se sabe se garante imunidade. -Zaire é o que possui maior letalidade (90%). -AIDS -Causada pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana) -Secreções como sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno. -Sexo vaginal, anal e oral. -Compartilhamento de objetos cortantes contaminados. -Transmissão vertical na gestação, parto e amamentação. -Sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, dor de garganta e fadiga. A doença costuma ser assintomática até evoluir para AIDS. -Os sintomas da AIDS incluem perda de peso, febre ou sudorese noturna, fadiga e infecções recorrentes. -Facilita a ocorrência de alguns tipos de câncer, como sarcoma de Kaposi e linfoma, além de provocar perda de peso e diarreia. -Coleta de sangue ou por fluido oral. -Exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV -Não há vacinas. -Não existe cura para a AIDS, mas uso de antirretrovirais (ARVs – impede a multiplicação do vírus) pode retardar o progresso da doença e prevenir infecções secundárias e complicações. -Mães infectadas devem tomar antirretrovirais na gestação e evitar amamentar. -Janela imunológica (já é transmissora). -HEPATITES (H_V) -A: Família Picornaviridae, RNA fita simples -B: Família Hepadnaviridae, DNA. -C: Família Flaviviridae, RNA -D (delta): Família Deltaviridae, RNA. -E: Família Caliciviridae, RNA. -A: Fecal-oral, por contato entre indivíduos ou água/alimentos contaminados. Ou sexo oral/anal (juntos). -B: sexual, sanguínea, vertical e secreções corporais contaminadas. -C: por via sanguínea (porem também pode ser por sexual e vertical). -D: igual a B. -E: igual a A. -Autoimune: não se sabe a causa (acredita-se que alterações genéticas). Não é contagiosa. -Alcóolica: induzida pela ingestão abusiva e prolongada de bebidas alcoolicas. Não é contagiosa. -Medicamentosa: pelo uso de medicamentos. Não é contagiosa. -A: fadiga, náuseas, dor abdominal, perda de apetite e febre baixa. -B: amarelamento dos olhos, dor abdominal e urina escura. Nos casos crônicos, pode ocorrer insuficiência hepática, câncer ou o surgimento de feridas. -C: maioria não tem sintomas (fadiga, náuseas, perda de apetite e amarelamento dos olhos e da pele). -D: dor abdominal, náuseas e fadiga. -E: icterícia (amarelamento da pele), falta de apetite e náuseas. Em casos raros, pode progredir para insuficiência hepática aguda. -Autoimune: fadiga, desconforto abdominal e dor nas articulações. -Alcoólica: pele e olhos amarelados, aumento do tamanho da barriga devido ao acúmulo de líquido. -Toda hepatite crônica, também pode evoluir para cirrose e falência hepática. -Testes de função hepática e sorologia, para identificar o vírus. -A: detecção de anticorpos anti-HAV da classe IgM. -B: s marcadores sorológicos do HBV. -C: exames de sangue de dois tipos: sorológicos e que envolvem técnicas de biologia molecular. -D: marcadores sorológicos do HDV, posterior à realização dos exames para o HBV. -E: igual da A. -Autoimune: exames de sangue para avaliação da função hepática e pesquisar anticorpos específicos. Biópsia do fígado. -Alcóolica: diagnostico histológico com achado de fígado gordo com um quadro de esteatose predominantemente macrovesicular, acompanhado de infiltrado inflamatório e lesão hepatocitária. -A: tem vacina. -B: tem vacina. -C: NÃO tem vacina. -D: realizar a prevenção contra a hepatite B, pois o vírus D necessita da presença do vírus B para contaminar uma pessoa. -E: NÃO tem vacina. -A: não existem casos de hepatite crônica. -Co infecção hepatite virais do tipo B e C com o HIV. -MONONUCLEOSE -Epstein-Barr, herpes vírus 4 (HHV-4), da família Herpesviridae. -Pelo beijo -Tosse, espirro, objetos, ou quando há com a saliva de uma pessoa contaminada. -Transfusão sanguínea ou pela placenta -Cansaço extremo, febre, dor de garganta e aumento dos linfonodos. -Teste de anticorpos heterófilos ou teste por monospot -Não há vacina. -Adquire imunidade. -Período de transmissão pode durar um ano ou mais.
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