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ED - Embrio Respiratório

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Morfogênese e Malformações do Sistema Respiratório 
 
LARINGE 
 
 
1 – Qual é a estrutura embrionária formadora da laringe? 
 
Começa na quarta semana. 
O divertículo respiratório (de origem endodérmica) provém da divisão do intestino faríngeo. 
 
Na quarta semana, o divertículo respiratório vai crescendo e se dividindo na passagem do intestino faríngeo (altura dos arcos 
faríngeos) com o intestino primitivo anterior. 
1ª porção – laringe 
2ª porção – traqueia 
3ª porção – brônquios extrapulmonares � brônquios intrapulmonares... 
O crescimento ocorre dentro do canal pericárdio-peritoneal. 
 
 
2 – Faça uma correlação entre os tecidos embrionários formadores e os tecidos adultos da laringe. 
 
Endoderma – epitélio e glândulas da laringe, traqueia, brônquios e epitélio pulmonar. 
Mesoderma (ou mesênquima) – tecido conjuntivo, cartilagens e musculatura lisa 
 
 
3 – Faça uma correlação entre o processo normal de diferenciação do revestimento embrionário endodérmico da laringe com 
as malformações conhecidas como estenose e atresia da laringe. 
 
Estenose – diminuição da luz 
Atresia – fechamento total (ou em alguns locais ou formação de uma rede) 
 
No início do período de diferenciação o epitélio laríngeo se prolifera rapidamente, resultando em uma oclusão temporária da luz da 
laringe. A sua recanalização normalmente ocorre por volta da 10ª semana. Se este processo de recanalização não ocorre 
normalmente pode haver uma estenose (estreitamento) ou uma atresia (bloqueio). 
 
 
4 – Qual é a base embriológica da Síndrome Congênita das Vias Aéreas Superiores? 
 
A atresia laríngea causa a Síndrome Congênita das Vias Aéreas Superiores. Esta rara anomalia resulta da falta de recanalização da 
laringe e causa obstrução das vias aéreas superiores do feto. 
 
 
5 – Qual a base embriológica da Rede Laríngea? 
 
Atresia incompleta (rede laríngea) resulta da recanalização incompleta da laringe durante a 10ª semana. Uma rede membranosa se 
forma no nível das pregas vocais, obstruindo parcialmente as vias aéreas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRAQUÉIA 
 
 
A fístula entre a traqueia e o esôfago ocorre em um a cada 3000 a 4500 recém-nascidos vivos. 
 
 
1 – Como ocorre o desenvolvimento embriológico normal da traqueia? 
 
Ocorre o alongamento do divertículo respiratório. Nele há diferenciação do epitélio traqueal que se prolifera rapidamente, resultando 
em uma oclusão temporária da luz da traqueia. Posteriormente ocorre sua recanalização. 
 
 
2 – Faça uma correlação entre os tecidos embrionários formadores e os tecidos adultos da traqueia. 
 
O endoderma que reveste o tubo laringotraqueal distal a laringe se diferencia em epitélio e nas glândulas da traqueia e no epitélio 
pulmonar. A cartilagem, tecido conjuntivo e os músculos são derivados do mesênquima que circunda este tubo. 
 
*A obstrução ocorre no endoderma. 
 
 
3 – Cite e explique os principais tipos de fístulas tráqueo-esofágicas? 
 
É a anomalia mais comum do trato respiratório inferior. Uma fístula tráqueoesofágicas (FTE) consiste em passagem anormal 
(comunicação) entre traquéia e esôfago. Ocorre em um a cada 3000 a 4000 recém-nascidos vivos. Resulta de uma divisão incompleta 
da porção cranial do intestino anterior em partes respiratória e esofágica durante a quarta semana. A fusão incompleta das pregas 
tráqueoesofágicas ocasiona a formação de um septo traqueoesofágico defeituoso e uma FTE entre a traqueia e o esôfago. 
Bebes com o tipo comum de FTE e atresia esofágica apresentam tosse e se asfixiam quando deglutem devido ao acúmulo excessivo 
de saliva na boca e no trato respiratório superior. 
Há quatro variedades de FTE: 
 
a) Atresia esofágica - o esôfago termina em fundo cego 
na parte superior (mais comum – 85%). 
 
 
 
b) Fístula entre traqueia e esofago 
 
 
 
c) A porção superior do esôfago tem fundo cego e se 
comunica com a traqueia. Há um desligamento da 
parte inferior do esôfago e estômago. 
 
 
 
 
d) Comunicação de ambas as partes (superior e inferior) 
do esôfago com a traqueia (menos comum). 
 
 
 
 
 
 
 
Base embriológica da fístula – não separação do esofago do intestino. 
* A traqueia se origina de um tubo digestivo primitivo. 
 
 
4 – O que significa polidrâmnio, qual a sua causa e por que pode estar associado às fístulas tráqueo-esofágicas? 
 
O polidrâmnio consiste em um aumento do líquido amniótico, na vesícula amniótica. O líquido amniótico vai sendo produzido pelas 
várias excreções do feto (urina). Ele ingere esse líquido inicialmente de forma passiva e no final da gestação já possui o reflexo de 
engolir. Este líquido vai para o intestino, onde é reabsorvido (inclusive as excretas) e segue para a circulação do feto, depois para a 
plascenta e por fim é eliminada junto às excretas da mãe. Se o indivíduo tiver uma obstrução causado pela formação de fístulas, 
atresias, esse líquido se acumula na vesícula amniótica. 
 
Obliteração da luz – obstrução da luz. 
 
 
5 – Faça uma correlação entre o processo de diferenciação endodérmica e o possível aparecimento de atresia ou de 
estenose traqueal. 
 
O epitélio traqueal se prolifera rapidamente, resultando em uma oclusão temporária da luz da traqueia. A sua recanalização 
normalmente ocorre por volta da 10ª semana. Se este processo de recanalização não ocorre normalmente pode haver uma estenose 
(estreitamento) ou uma atresia (bloqueio). 
 
 
6 – O que significa a malformação conhecida como rede traqueal? 
 
Atresia incompleta (rede traqueal) resulta da recanalização incompleta da traqueia durante a 10ª semana. Uma rede, trama 
membranosa se forma, obstruindo parcialmente as vias aéreas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PULMÕES 
 
A Síndrome da Deficiência Respiratória (SDR) afeta cerca de 2% de bebês recém-nascidos. 
 
 
1 – Faça um comentário sobre o desenvolvimento da árvore brônquica desde o início de sua formação (brônquios 
extrapulmonares) até o aparecimento dos bronquíolos terminais. 
 
No final da 4ª semana, um sulco mediano na extremidade caudal da parede ventral da faringe primitiva, a fenda laringotraqueal, se 
evagina para formar um divertículo laringotraqueal saculiforme (broto pulmonar), localizado na região ventral da porção caudal do 
intestino anterior. A medida que esse divertículo se alonga, ele é envolvido pelo mesênquima e sua extremidade distal se dilata para 
formar um broto traqueal. 
O broto traqueal que se desenvolve na extremidade caudal do divertículo respiratório durante a 4ª semana logo se divide em duas 
tumefações – os brotos brônquicos primitivos. Estes crescem lateralmente para os canais pericardio-peritoniais (primórdios das 
cavidades pleurais). Os brônquios secundários e terciários logo se desenvolvem. Os brotos brônquicos, junto com o mesênquima 
circundante, diferenciam-se nos brônquios e suas ramificações nos pulmões. 
No inicio da 5ª semana, a conexão de cada broto com a traqueia cresce para formar o brônquio principal. 
 
Brônquio principal � brônquios secundários � ramos lobares, segmentares e intra-segmentares. 
 
Os brônquios segmentares se formam em torno da 7ª semana. À medida que isso ocorre o mesênquima circundantes também se 
divide. Na 24ª semana formam-se os bronquíolos respiratórios. 
Enquanto o brônquio se forma as placas cartilaginosas também se formam a partir do tecido mesenquimal circundante, assim como a 
musculatura lisa, tecido conjuntivo, capilares pulmonares. A pleura visceral tb se desenvolve a partir do mesenquima. A pleura parietal 
é derivada do mesoderma somático. 
 
 
2 – Faça uma correlação entre os tecidos brônquicos embrionários e os adultos.Endoderma – forma o epitélio pulmonar e glândulas. 
Mesênquima – placas cartilaginosas, musculatura lisa, tecido conjuntivo, capilares pulmonares, pleura visceral. 
Mesoderma – pleura parietal. 
 
 
3 – Cite e caracterize as fases de diferenciação pulmonar. 
 
O processo de maturação pulmonar é dividido em 4 períodos: 
 
Período pseudoglandular (6ª a 16ª semana): O pulmão em desenvolvimento se parece histologicamente com uma glândula exócrina 
durante este período, Na 16ª semana, todos os principais elementos formados, exceto aqueles envolvidos nas trocas gasosas. A 
respiração não é possível e por isso os fetos que nascem neste período são incapazes de sobreviver. 
 
Período canalicular (16ª a 26ª semana): Se superpõe ao período pseudoglandular porque os segmentos craniais dos pulmões 
amadurecem mais rapidamente do que os caudais. Durante o período canalicular, a luz dos brônquios e dos bronquíolos terminais 
torna-se maior e o tecido pulmonar se torna altamente vascularizado. Na 24ª semana, de cada bronquíolo terminal nascem dois ou 
mais bronquíolos respiratórios, cada um dos quais se divide em 3 a 6 passagens tubulares – ductos alveolares. A respiração é 
possível no fim do período canalicular porque alguns sacos terminais (alvéolos primitivos) com delgadas paredes se desenvolveram 
nas extremidades dos bronquíolos respiratórios e também porque o tecido pulmonar está bem vascularizado. 
Os Fetos nascidos no final deste período podem sobreviver se forem submetidos a intensos cuidados, com frequência eles morrem 
porque seu sistema respiratório e os outros sistemas ainda estão relativamente imaturos. 
Período do saco terminal (26ª semana ao Nascimento): Neste período desenvolvem-se mais sacos terminais e suas células epiteliais 
se tornam muito delgadas. Os capilares começam a fazer protuberâncias para o interior desses alvéolos em desenvolvimento. O 
contato íntimo entre as células epiteliais e endoteliais estabelece a barreira hematoaérea, que permite trocas gasosas adequadas para 
a sobrevivência do feto se ele nascer prematuramente. 
Na 26ª semana – saco terminais revestidos principalmente por células epiteliais pavimentosas de origem endodérmica – pneumócitos 
tipo I – através dos quais ocorre trocas gasosas. Há proliferação rápida de capilares em torno dos alvéolos em desenvolvimento e 
concomitante crescimento de capilares linfáticos. Dispersas por entre as células pavimentosas estão os pneumócitos tipo II – 
secretam surfactante pulmonar (substância que impede o colapso dos sacos terminais durante a expiração). 
A produção de surfactante aumenta nos estágio terminais da gravidez (pp nas 2 últimas semanas). 
 
Período alveolar (32ª semana aos 8 anos): revestimento epitelial se adelgaça para uma camada epitelial pavimentosa extremamente 
fina. Os pneumócitos tipo I se tornam tão finos que os capilares adjacentes fazem protrusão para o interior dos sacos terminais. No 
final do período fetal, os pulmões podem respirar porque a membrana alveocapilar é suficientemente delgada para permitir trocas 
gasosas. 
 
A transição de dependência da plascenta para a atividade autônoma de trocas de gases requer mudanças adaptativas dos pulmões: 
- Produção de quantidade adequada de surfactante nos alvéolos 
- Transformação dos pulmões de órgãos secretores para órgãos de trocas gasosas (o revestimento epitelial se adelgaça para uma 
camada epitelial pavimentosa extremamente fina) 
- Estabelecimento das circulações pulmonar e sistêmica em paralelo 
 
Alvéolos maduros característicos só se formam após o nascimento. 
 
 
4 – O que significa oligodrâmnio, como ocorre e qual a sua relação com o desenvolvimento pulmonar. 
 
No nascimento, os pulmões apresentam, aproximadamente, metade do seu volume preenchido por líquido derivado da vesícula 
amniótica, dos próprios pulmões e das glândulas da traqueia. A aeração dos pulmões no nascimento não é tanto devida à dilatação 
dos órgãos colapsados e vazios, mas sim à substituição rápida do líquido intra-alveolar pelo ar. 
 
Oligodrâmnio ocorre devido a uma mal formação renal. O feto tem um único rim ou não tem rim, assim, há uma diminuição do volume 
urinário e consequentemente uma diminuição do líquido amniótico na vesícula amniótica. Dessa forma, o desenvolvimento pulmonar é 
retardado e resulta em uma grave hipoplasia do órgão. 
 
 
5 – Como podemos associar o desenvolvimento pulmonar com o teste utilizado em Medicina Legal que pode estabelecer se 
o feto é natimorto ou se nasceu com vida? 
 
Se o recém-nascido expandir os alvéolos ele nasceu vivo, se não expandiu, nasceu morto. Assim, na Medicina Legal, pega-se um 
pedaço do pulmão do recém-nascido, o colocando na água. Se o tecido boiar, significa que estava com ar e que o recém-nascido 
nasceu vivo, se afundar, o recém-nascido nasceu morto. 
 
 
6 – Faça uma correlação entre SDR e o desenvolvimento pulmonar. 
A transição de dependência da plascenta para a atividade autônoma de trocas de gases requer mudanças adaptativas dos pulmões: 
- Produção de quantidade adequada de surfactante nos alvéolos 
- Transformação dos pulmões de órgãos secretores para órgãos de trocas gasosas (o revestimento epitelial se adelgaça para uma 
camada epitelial pavimentosa extremamente fina) 
- Estabelecimento das circulações pulmonar e sistêmica em paralelo 
 
Bebês recém-nascidos e prematuros podem desenvolver uma respiração rápida e com dificuldade pouco depois do parto. A 
deficiência de surfactante é a principal causa. Os pulmões estão subinflados e os alvéolos contêm um fluido com alto conteúdo 
proteico similares a uma membrana. Acredita-se que esta membrana seja derivada de uma combinação de substâncias da circulação 
e do epitélio pulmonar lesado. 
A asfixia intra-uterina prolongada pode produzir alterações irreversíveis aos pneumócitos II. 
 
Tiroxina e corticosteroides estão envolvidos na maturação do pulmão fetal e são potentes estimuladores desta produção. 
 
 
7 – Faça um comentário sobre os cistos pulmonares congênitos. 
Cistos (contendo ar ou líquido) são formados por dilatação de brônquios terminais. Resultam provavelmente de um distúrbio no 
desenvolvimento brônquico no final da vida fetal. 
Quando vários cistos estão presentes os pulmão tem aspecto de um favo de mel na radiografia (comumente presentes na periferia no 
pulmão), 
 
 
8 – Faça um comentário sobre a hipoplasia pulmonar e a hérnia diafragmática congênita. 
Bebês com hérnia diafragmática congênita, o pulmão é incapaz de se desenvolver normalmente, pois é comprimido pelas vísceras 
abdominais anormalmente posicionadas. A hipoplasia pulmonar é caracterizada por um pulmão com volume bastante reduzido e 
hipertrofiado músculo liso nas artérias pulmonares. A hipertensão pulmonar leva a um fluxo sanguíneo reduzido através do sistema 
vascular pulmonar já que o sangue continua a vazar através do ducto arterial. 
A maioria dos bebês com hérnia diafragmática congênita morre de insuficiência respiratória, mesmo com ótimos cuidados pós-natais, 
porque os seus pulmões são muito hipoplásicos para a troca de ar, além de haver muita resistência para que o fluxo sanguíneo 
pulmonar suporte a vida extra-uterina.

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