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TRABALHO TRIBUTARIO II RESUMO ARRAES

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA
ESCOLA DE DIREITO
RESUMO DO LIVRO
 COLEÇÃO TRIBUTÁRIA - ARRAES
Júlio de Oliveira Mendes - 11211021
Belo Horizonte
SUMÁRIO
RESUMO DO LIVRO..................................................................................... 3
REFERÊNCIAS............................................................................................. 11
RESUMO
TRIBUTAÇÃO DO CONSUMO: REFLEXÕES SOBRE UMA REFORMA TRIBUTÁRIA ECONOMICAMENTE RACIONAL E POLITICAMENTE VIÁVEL
	É notável no cenário atual do nosso país a total insegurança jurídica e injustiça fiscal que se estabelece atualmente devido ao crescente desrespeito a uma série de princípios constitucionais tributários, tais como a legalidade, tipicidade, irretroatividade, anterioridade e federalismo fiscal.
	Isso tudo acarreta numa elevada carga tributária praticada atualmente, fazendo com que haja descumprimento elevado das obrigações tributárias pelos contribuintes, que se vêem obrigados a burlar a norma para não verem seus empreendimentos irem à falência sem lucro real.
Diante desse caos tributário brasileiro, verifica-se que, no sistema híbrido de presidencialismo e parlamentarismo, a certeza na tributação não pode ser caracterizada como garantia em grande parte devido as constantes reformas que são aplicadas por meio de decretos, sendo, muitas vezes, abusivo aos contribuintes.
O Brasil resultou da descentralização de um estado unitário, fazendo com que fossem formados novos entes dotados de autonomia política. Com isso, a tributação sofreu várias alterações no percurso do tempo, sendo uma delas em 1967, no qual foi acolhido um sistema tributário caracterizado pelo forte traço de integração, com hipertrofia da União em detrimento dos Estados e dos Municípios, tendência que foi acentuada pela EM numero 1 de 1969, que só veio a aumentar ainda mais a competência impositiva da União no que se refere a tributação.
	Verifica-se que o sistema tributário nacional tem influência direta no sistema alemão, haja vista ser um sistema misto, ou seja, adota tanto a atribuição exclusiva de determinados impostos a cada uma das três esferas autônomas da federação como a repartição das respectivas receitas entre os entes federados. A união subverte o sistema tributário nacional, transformando-o num aglomerado caótico de tributos, que viola o pacto federativo pela invasão de competência dos estados e dos municípios e pela burla da repartição da renda e ainda faz letra morta dos direitos e garantias do contribuinte. Em prejuízo de todas as partes envolvidas, elimina a mais fuindamental manifestação da justiça fiscal, que é a própria segurança jurídica.
	A união ocupa uma posição privilegiada também quando o assunto PE a possibilidade de criação de novos impostos não previstos na Constituição federal pois, somente a ela é atribuída a chamada competência residual que diz que a União pode instituir mediante lei complementar, impostos não previsto desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de calculo próprios dos discriminados na Constituição. 
A soberania fiscal dos três estágios de governo está limitada a uma série de limitações para garantir a unidade da federação e a ordem jurídica, sendo estas imunidade recíproca, princípio da uniformidade geográfica, proibição de a União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos entes periféricos da federação bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, a proibição de a União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do direito federal ou dos municípios e a proibição de barreiras tributárias a livre circulação de bens e serviços dentro do território nacional pelo estabelecimento de diferença de bens e serviços dentro do território nacional pelo estabelecimento de diferença tributaria entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
	Os impostos podem girar em torno de renda auferida, sendo pessoa física ou jurídica, da renda poupada, que são impostos sobre o patrimônio universal ou de determinada propriedade e da renda despedida, que são os impostos oriundos de consumo. A ultima categoria diz respeito aos impostos federais, estaduais e municipais sobre o consumo, discriminados pela legislação sob as mais diversas diferenças jurídicas, além de estarem também no código tributário nacional. Diferentemente das taxas e das verdadeiras contribuições, cobradas pelo ente federado que prestar o respectivo serviço público, os impostos são separados pela CF, pela sua forma não contraprestacional a fim de evitar uma dupla tributação jurídica. Mais uma anomalia encontrada trata-se da atribuição da competência de instituir impostos como IPI, ICMS e ISS a três entes distintos da federação, União estados e municípios, fazendo com que seja altamente inadequada e abusiva fazendo uma arrecadação mais racional dos impostos.
	Os contribuintes, além de terem uma enorme dificuldade de entendimento em decorrência da complexidade e freqüente incongruência das legislações nacionais, as despesas decorrentes do cumprimento das várias obrigações acessórias, que são indispensáveis ao pagamento dos impostos são inúmeras, fazendo com que o contribuinte fique confuso e sem saber ao certo o que tributar e quanto tributar.
	Com o intuito de inibir conflitos entre as entidades da federação em decorrência da confusão causada pela tributação nacional, todos os meios de exoneração fiscal, consistentes em diminuições ou isenções, reduções de base de cálculo ou de alíquotas, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão de impostos, taxas ou contribuições diversas, só podem ser cedidas mediante lei específica, sendo esta federal, estadual que regule exclusivamente a impostos e taxas sem prejuízo do disposto em relação ao imposto sobre operações relativas a circulação de mercadorias. Desta forma, as empresas que estão situadas em um Estado, pode não recolher somente o ICMS devido por elas próprias, mas também o imposto futuro que seria atribuído ao consumidor final no ato de sua compra.
Este sistema de cobrança alternativo de ICMS é visto em todas as operações internas. Naquelas operações que demandam saída para outros estados da federação. Somente pode ser aplicado com base em convênios bilaterais. 
É perfeitamente correto afirmar que é licito o PIS e COFINS serem, na verdade, meros adicionais do imposto de importação aplicado a produtos estrangeiros que venham a adentrar o território brasileiro.
	No âmbito do direito tributário nacional, existem alguns princípios fundamentais, sendo um deles o princípio da origem versus princípio do destino. De natureza igual, IPI, ICMS e ISS estão subordinados aos mesmos princípios do Direito Tributária Internacional, tanto no que se refere a importação de mercadorias, quanto de serviços, tais como subordinação aos acordos multilaterais e adoção do principio do pais do destino. De acordo com o principio do destino, o Brasil garante a neutralidade fiscal, não onerando a exportação de bens e serviços pelo ICMS ou ISS. Já nos impostos de consumo, tais quais IPI, ACMS e ISS, o elemento de união mais evidente é a presença do consumidor final, que agüenta o ônus do imposto para si, de forma legitima exigida pelo estado da sua residência, ou seja, o estado de destino do bem ou do serviço a ser contratado.
	Há que se destacar também a isenção heterônoma, que decorre da faculdade da União, decorrente de seu poder de regular o comercia exterior, de, ela mesma conceder isenção do ISS, em acordo internacional, que fora instaurado pelo Brasil no tocante de comercio exterior, não se aplicará a proibição da chamada isenção heterônoma. Todavia, conforme o passar do tempo, veio a se intensificar nos tribunais de todo o país o entendimento de que o referido dispositivo não impede a União,na função de representante do estado brasileiro a obrigar-se, por tratados internacionais firmados e conceder isenções heterônomas a tributos de competência dos Estados, do distrito federal e dos municípios.
	Diante disto, surgiram então as propostas de reforma tributária em tramitação no congresso nacional atualmente, sendo uma dessas propostas principais a unificação de impostos de consumo, sendo estes o IPI, ICMS e ISS a exemplo do que ocorre na França. Todavia, apesar de parecer um passo importante para a evolução tributária nacional, parece não agradar ao sistema político atual, que entende que tais impostos devem agir de forma simultânea e independente. Com relação ao ICMS, é prevista pela unificação das 27 leis em uma única legislação, o que certamente já representaria grande simplificação. Todavia, não conseguiria segurar a guerra fiscal existente entre os estados atualmente. Para que haja a formação de incentivos fiscais, a proposta a emenda a constituição, proposta pelo executivo acrescenta um novo artigo que diz respeito a competência de legislar sobre o IVA nacional que seria da união, com base em normas gerais estabelecidas por um novo código tributário nacional. 
	Como já foi citado anteriormente, as disputas fiscais acirradas envolvendo os estados federados brasileiros vem sendo um dos temas mais importantes do atual cenário político nacional, recebendo assim a denominação de guerra fiscal. Esta disputa ocorre em âmbito político e jurídico no qual o principal foco deveria ser a colaboração, e não a disputa. O federalismo no Brasil atingiu seu momento ápice com a CF88, que veio a ajustas a repartição de competências entre os poderes e entre os níveis da administração pública. Com isso, a constituição em vigor veio a estruturar um sistema tributário que une a outorga de competência tributaria exclusiva, com o sistema de participação no produto da receita tributária da entidade de nível superior, concebendo um modelo de equilíbrio total.
	O atual sistema tributário nacional tem por base a técnica de discriminação das rendas entre as entidades autônomas da federação. Aquele que se funda dos tributos de um estado, enquanto a discriminação de rendas estabelece um dos aspectos pilares da disciplina do estado federal, pois é o elemento da divisão territorial do poder político. Acerca da questão do autofinanciamento, verifica-se uma preocupação mais importante no desenho dos sistemas tributários em regimes federativos, de forma a assegurar o equilíbrio entre a repartição de competências impositivas, estabelecendo assim a autonomia financeira dos entendes federados.
	O federalismo no Brasil, desde a sua criação tem percorrido notáveis ciclos de contração e descontração em relação ao poder central que é exercido nacionalmente. Na república velha, por exemplo, vivíamos a famosa industria cafeeira, na qual o país se destacou positivamente vindo a exportar o grão para diversos países de todo o mundo. A forte centralização do poder nas mãos apenas da união fez com que houvesse a unificação do mercado interno e o fortalecimento das bases da industrialização. Já com o fim da ditadura militar, a primeira constituição democrática criada em 1964 começou a traças os rumos de uma possível descentralização, o que não aconteceu devido a influência militar que instaurou um regime de 20 anos de intenso centralismo do poder, o qual ainda hoje é questionado por diversos autores e estudiosos. Na medida em que foi-se passando o tempo, vieram ocorrendo diversos fatos que contribuíram para a descentralização fiscal e o enfraquecimento do poder central, tais quais as eleições diretas, todavia, na contra-mão das evoluções da sociedade, o sistema tributário foi se tornando cada vez mais central e rígido, até se tornar esta máquina de recolhimento que se encontra atualmente. 
	Com os diversos acontecimentos, foi-se necessária a possibilidade da reconstrução do pacto federativo, haja vista que a descentralização de receitas não pode ser obtida apenas como resultado de aumento das transferências governamentais, embora elas sejam igualmente importantes. Vale salientar que a pressão pelo aumento de transferências governamentais decorre da diferença entre a necessidade de gastar e a capacidade do estado de obter lucro. O administrador público ficou mais preocupado em expandir as despesas públicas para lhe dar mais prestígio do que propriamente obter receitas tributárias que podem inclusive lhes causar cansaço financeiro.
GUERRA FISCAL O ICMS: OS DESAFIOS DO PROJETO DE FEDERALISMO ASSIMÉTRICO NA ERA DO CAPITAL VOLÁTIL
	
	Através de análises do ICMS, é possível fazer uma abordagem dos riscos que um possível cenário de guerra fiscal deste imposto, fazendo com que acarretasse ao desenvolvimento de um federalismo assimétrico no Brasil. Este sistema que veio a ser estabelecido pela CF88, quanto a tributação do ICMS nas operações interestaduais, embora não imune a vaias, pode ser avaliado no âmbito da construção de um federalismo com tal peculiaridade. Portanto, torna-se essencial tanto um diagnóstico da situação quanto uma proposta de resolução do problema, na crença de que a busca por uma alternativa da política promovida pela capital, fazendo com que haja o seguimento a um projeto constitucional de redução das desigualdades regionais, é melhor que o simples abandono dos compromissos com a emancipação.
	A existência de diversidade entre os estados membros de uma federação é algo valorizado e componente mesmo da idéia de federalismo. Acontece que essa diferença pode acarretar numa especificidade que não deve ser esquecida no seio da organização e atuação do estado nação. Na constituição do Brasil de 1988 alguns indícios do surgimento de um modelo de federalismo assimétrico podem ser encontrados. No que se dá especificamente a mencionada diminuição das desigualdades regionais encontradas no país, encontra-se o artigo 3, inciso III que determina que é objetivo fundamental do estado brasileiro erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.
	Embora haja a busca pela diminuição das desigualdades sociais e regionais, o Brasil não deixa de ser um estado com pretensão de assegurar a unidade econômico-politica de seu território, de modo que não ocorra discriminações tributárias de acordo com os entes políticos. É esse o retrato das guerras fiscais que ocorrem atualmente com o ICMS e que não são comentadas ou divulgadas por aí. Deste cenário, apenas o capital obtém vantagens, gerando verdadeira miséria, insegurança, já que pode a qualquer momento se deslocar para o local de quem se dispões a pagar mais por isso.
AS RELAÇÕES FISCAIS INTERGOVERNAMENTAIS NO FEDERALISMO BRASILEIRO. A POSSIBILIDADE DE HARMONIZAÇÃO FISCAL ATRAVÉS DA COOPERAÇÃO INTERGOVERNAMENTAL: QUESTÕES ANALÍTICAS A SEREM CONSIDERADAS PARA PROMOVER A COOPERAÇÃO
	As relações intergovernamentais competitivas nos trazem diversas questões das ciências sociais e jurídicas. Embora a questão do federalismo cooperativo e do estímulo para gestões públicas mais integradas abordem questões muito mais amplas do que a questão da guerra fiscal, esse fenômeno parece ter dominado amplamente o cenário das discussões tributárias e políticas. A guerra fiscal encontra-se na área das relações intergovernamentais competitivas, travada entre os entes federados na busca de maiores e melhores investimentos privados. 
	É notável que é totalmente desprezado o fato de que a competitividade não é determinada apenas peça existência de baixa tributação, mas também dos custos produtivos. Devido a guerra fiscal, os estados e municípios entram em disputa e o resultado tende a ser ruim. Os ganhadores da guerra fiscal são, na maioria esmagadora das vezes, estados de maior poder econômico, mais desenvolvidos e com maiores mercados, além de infra-estrutura mais avançada do que os demais. Desta feita, o ente abre mão de serviços que são primordiais do processo produtivo e de equilíbrio fiscal, fazendo com que haja instabilidademacroeconômica.
	O sistema federal refere-se à forma como o estado organiza territorialmente a distribuição dos poderes, compartilhando uma única soberania com varias partes autônomas no que se refere a administração pública de assuntos locais. O federalismo portanto é o verdadeiro modelo constitucional de distribuição de competências e poderes entre partes autônomas. Entre as características mais importantes de um modelo federativo está o compartilhamento de autoridade entre um governo nacional e os governos regionais e a existência de um equilíbrio entre a autonomia e interdependência. O movimento em direção aos executivos estaduais e o fortalecimento do papel dos municípios na execução das políticas publicas só foram possíveis frente a crise vivida pela união em relação ao modelo de financiamento estatal do desenvolvimento socioeconômico e do desequilíbrio de contas publicas. 
	Um dos principais tipos de conflitos vindos da engenharia constitucional em relação a distribuição dos poderes, refere-se a sua distribuição de forma vertical, ou seja, os recursos são distribuídos de acordo com a importância do ente, sendo que o menos importante será o ultimo a receber os recursos, mas deixando claro que possivelmente é este o que mais preciso de tais recursos. Quanto maior for a concentração de poder no ente principal, maior será o grau de centralização do poder. Quanto maior forem os poderes dos entes federados, maior será o grau de descentralização do estado. Desta forma, percebe-se que quanto maior for o processo descentralizador, maior será o numero de atores relevantes dentro de uma federação e, assim, maiores serão os conflitos existentes dentro da relação federativa adotada.
	Já houve a constatação de que todo federalismo deve buscar instituições que respondam a questão da interdependência e das relações intergovernamentais. A solução para tal paradoxo será de extrema utilidade para que se evite a ruptura do pacto ou do enfraquecimento da unidade político territorial. É preciso reconhecer que há diversos tipos de relacionamento que podem ser travados entre os membros de uma federação. E esse relacionamento em diversos casos irá decorrer da postura centralizadora ou não que será determinado do estado. 
	No relacionamento intergovernamental os entes federados atuam sozinhos, de maneira que busquem serem melhores uns aos outros, a fim de atrair recursos especiais, tais como financeiros, humanos ou mesmo físicos. A competição pode ser saudável a medida que ela permite a inovação e a criação, mas pode ser predatória, configurando-se não só um jogo de zero a zero, mas um jogo negativo. A análise da coordenação intergovernamental é mais uma forma de se compreenderem as relações federativas. O compartilhamento de soberanias induz a federação a um sistema mais entrelaçado do que hierárquico. Desta forma, a coordenação é uma prerrogativa dada a um dos entes federados, preferencialmente ao governo central, para que ele mantenha o equilíbrio federativo, permitindo formas saudáveis de cooperação e competição, instaurando mecanismos de parceria que sejam aprovadas pelos demais entes federativos. Por meio da coordenação, o ente coordenador cria regras que induzem e estimulam os entes federados a compartilhar tarefas e decisões, equilibrando desta forma a relação entre eles.
	A indução estatal promovida por um ente federado é fundamental para a emergência de um determinado arranjo cooperativo. Por si sós, as relações intergovernamentais sem um coordenador não conseguem lograr êxito na criação de um arranjo cooperativo, ficando mais no âmbito das intenções. A presença do ente indutor torna-se, portanto, essencial na formação do arranjo. É necessária uma política publica especifica, que estimule e promova a realização de arranjos cooperativos entre os entes. A inexistência de um ente coordenador pré existente, institucionalmente alocado não permite o desenvolvimento mais profundo da ação coletiva. A ação induzida ou coordenada irá gerar conflitos sim, mas de natureza diferente: não havendo indução ou coordenação efetiva, de forma hierárquica, o papel do arranjo sempre será objeto de conflito; enquanto nos arranjos induzidos ou coordenados, esses conflitos irão se direcionar mais ao papel do membro dentro do arranjo e não sobre o papel do mesmo.
	Isso se torna significativo, haja vista que se nas ações induzidas o arranjo continua com as mesmas funções, cujos membros podem ou não alterar, no caso dos arranjos espontâneos ou não coordenados, o papel do arranjo vai se alterando para dar guarida as pretensões dos membros, podendo, até mesmo, deixar suas funções iniciais de lado. Havendo uma estratégia de relacionamento e a formação de uma base de solidariedade e confiança mutua, pode-se pensar em arranjos cooperativos que se dispõe aos cenários do tipo custos e benefícios. Isso porque, onde os benefícios e custos são difusos, a possibilidade de mobilização é baixa. Portanto, dependeria de um sentimento de pertencimento, que iria além da idéia de proveito próprio, baseado em um ego, que só poderia ser construído em sociedades extremamente solidarias.
	A competitividade e a concorrência estão cada vez mais presentes em nosso tempo, não apenas em empresas. Desta forma, o manejo da carga tributaria torna-se elemento primordial para atrair investimentos e, conseqüentemente, estimular a produção num geral. No entanto, no Brasil a tributação é repartida entre união, estados e municípios, fazendo com que isso se torne um grande problema tributário nacional, sendo totalmente necessária uma reforma total na forma como os tributos são cobrados e recolhidos no nosso âmbito político-econômico. 
REFERÊNCIAS
Direito Tributário e Direitos Fundamentais – Faria de Oliveira, FELIPE; Arraes Editores; 1ª edição, 2010.

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