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AULA 4 TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA

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TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
AS TAXAS SUGIRAM QUANDO O ORDENAMENTO JURÍDICO CONSTATOU UMA IMPERFEIÇÃO NA MENEIRA QUE DISTRIBUI O DINHEIRO QUE ARRECADA COM OS IMPOSTOS. NASCE PARA CORRIGIR UMA IMPERFEIÇÃO NO USO DO DINHEIRO DOS IMPOSTOS.
	TAXAS
	CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
	ART. 145, II, §2º, CF
	ART. 145, III, CF
	ART. 77 À 80, CTN
	ARTS. 81 À 82, CTN
**PARA AS CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA - DECRETO LEI 195/67 É O ESTATUTO NACIONAL DAS CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA. FOI RECEPCIONADO COMO LEI COMPLEMENTAR (TRÁS AS NORMAS GERAIS SOBRE CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA).
ASPECTOS COMUNS ENTRE TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA:
CARACTERÍSTICAS/CLASSIFICAÇÕES: SÃO TRIBUTOS RETRIBUTIVOS E VINCULADOS.
RETRIBUTIVOS: É QUANDO ALGUÉM SE SUJEITA A UMA COBRANÇA DE UMA TAXA OU CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. O PAGAMENTO DESSES TRIBUTOS É UM PAGAMENTO COM O QUAL ESTAMOS RETRIBUINDO AOS COFRES PÚBLICOS UMA DESPESA QUE O ENTE FEDERATIVO TEVE PARA AGIR PARA NÓS, OU SOBRE NÓS.
EX.: QUANDO O ENTE FEDERATIVO ATUA NO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA E NOS COBRA UMA TAXA DE POLÍCIA. O QUE FAZEMOS É RETRIBUIR O CUSTO QUE O PODER PÚBLICO TEVE SOBRE NÓS, NOS FISCALIZANDO. EX.: MULTA (O PAGAMENTO É RETRIBUTIVO AO ESTADO).
QUANDO O ESTADO COLOCA A DISPOSIÇÃO DE UM GRUPO DE PESSOAS, PRESTA EFETIVAMENTE A UM GRUPO DE PESSOAS UM SERVIÇO PÚBLICO, ESPECÍFICO E DIVISÍVEL. ESSAS PESSOAS SÃO TAXADAS PARA QUE RETRIBUAM/RESTITUAM/DEVOLVAM AOS COFRES PÚBLICOS O CUSTO QUE O ESTADO SUPORTOU PARA EXERCER ESSE SERVIÇO PÚBLICO ESPECÍFICO E DIVISÍVEL.
TAXA, NESSE CONTEXTO TEM A FUNÇÃO DE RETRIBUIR AO ERÁRIO PÚBLICO O MONTANTE QUE FOI CUSTEADOR DAQUELE SERVIÇO OFERECIDO PARA ESSE GRUPO DE PESSOAS.
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA, A IDEIA NÃO MUDA. QUANDO O PODER PÚBLICO FAZ UMA OBRA PÚBLICA (GASTANDO O DINHEIRO QUE HAVIA ARRECADADO COM OS IMPOSTOS) E EM RAZÃO DESTA OBRA GERA UMA VALORIZAÇÃO DOS IMÓVEIS DE PARTICULARES, PROPRIETÁRIOS DE IMÓVEIS VALORIZADOS PELA OBRA, A COBRANÇA DAS CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA TEM UM PROPÓSITO DE VIABILIZAR A RETRIBUIÇÃO DOS CUSTOS SUPORTADOS NA EXECUÇÃO DAQUELA OBRA QUE ENSEJOU A MELHORIA DOS IMÓVEIS, AS OBRAS GEROU MELHORIA NOS IMÓVEIS/PATRIMÔNIOS DE ALGUMAS PESSOAS.
“ESSES TRIBUTOS SÃO PAGOS PARA DEVOLVEM/RETRIBUEM UMA PARTE DO CUSTO DA OBRA (PODER DE POLÍCIA)”.
A NATUREZA DAS TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA NASCE DA JUSTIÇA RETRIBUTIVA.
NESTE CASO O ESTADO FICA VINCULADO A ESTA PRESTAÇÃO ESPECIFICAMENTE ATRELADA. PARA QUE O ENTE FEDERATIVO POSSA COBRAR, É PRECISO QUE ELE ESTEJA ATUANDO/FISCALIZANDO ESSE GRUPO DE PESSOAS, EXERCENDO O PODER DE POLÍCIA, O SERVIÇO FICA VINCULADO, COLOCANDO A DISPOSIÇÃO AQUELE GRUPO DE SUJEITOS PASSIVOS QUE VÃO SER TRIBUTADOS, O CUSTO TEM QUE SER SUPORTADO. O ESTADO SE OBRIGA, SE VINCULA AO DEVER DE PRESTAR O SERVIÇO. A MELHORIA TEM QUE SER COBRADA MEDIANTE A REALIZAÇÃO DA OBRA FEITA, QUE JUSTIFIQUEM AUMENTO/GANHO COM A REALIZAÇÃO DA OBRA.
CONTRIBUTIVO: ENTREGAR PARTE DA RIQUEZA QUE VOCÊ DEVOLVEU AO PODER PÚBLICO SEM TER RECEBIDO NADA EM TROCA. APENAS SE CUMPRE O ÔNUS DE SER FINANCIADOR (DE QUEM TEM RIQUEZA).
OBS.: OS IMPOSTOS É UM TRIBUTO NÃO-VINCULADO E NÃO-RETRIBUTIVO. ELE É UM IMPOSTO COM ÔNUS CONTRIBUTIVO.
IMPOSTO É UMA ATIVIDADE NÃO-VINCULADA A UMA CONTRAPRESTAÇÃO ESTATAL ESPECÍFICAAO SUJEITO PASSIVO (ART. 16, CTN): Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
COMPETÊNCIA: TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA SÃO TRIBUTOS DE COMPETÊNCIA COMUM. É COMUM AOS 4 ENTES (SÃO TRIBUTOS COMPARTILHADOS PELOS 4 ENTES FEDERATIVOS PODEM FAZER OBRAS QUE GERAM VALORIZAÇÕES IMOBILIÁRIAS) O DIREITO DE COBRAREM TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA. OS 4 ENTES FORNECEM UM SERVIÇO PRESTADO DE FORMA ESPECÍFICA E DIVISÍVEL (OS 4 ENTES PRESTAM UM SERVIÇO UTI SINGULI).
INSTRUMENTO NORMATIVO INSTITUIDOR: OS TRIBUTOS DEPENDEM DE LEI PARA QUE SEJAM INSTITUIDOS (CLÁUSULA DA LEGALIDADE E PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL).
PRECISA DE LEI PARA INSTITUIR E EXTINGUIR TRIBUTOS. A LEI QUE INSTITUI TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA É A LEI ORDINÁRIA, LEI COMUM (APROVADAS POR MAIORIA SIMPLES) - ART. 59 À 69, CF.
A CONSTITUIÇÃO INSTITUI QUAIS SÃO OS ENTES QUE PODEM CRIAR O TRIBUTO. E AS TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA PODEM SER CRIADAS POR QUALQUER DOS ENTES, DEVENDO SER APROVADO UMA LEI NO PARLAMENTO, (SERÁ APROVADA EM QUALQUER UMA DAS CASAS LEGISLATIVAS POR MAIORIA SIMPLES, MAIORIA DOS PRESENTES), E BASTA QUE SEJA LEI ORDINÁRIA (PODERIA SER CRIADA POR LEI COMPLEMENTAR, MAS NÃO PRECISA. BASTA A MERA LEI ORDINÁRIA).
SE O TRIBUTO DEPENDE DE MERA LEI ORDINÁRIA (REGRA GERAL), SE HOUVER RELEVÂNCIA E URGÊNCIA PARA A CRIAÇÃO DA TAXA E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA, CABE MEDIDA PROVISÓRIA (SÓ É VEDADO MEDIDA PROVISÓRIA EM MATÉRIA DE LEI COMPLEMENTAR).
CUIDADO!!! PEGADINHA!!! PREFEITO, GOVERNADOR, SECRETÁRIO DE FAZENDA, ETC; SÓ PODEM SER CRIADAS POR DECRETO, NÃO PODEM CRIAR TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA. A contribuição de melhoria é um tributo instituído pelo Decreto-Lei 195 e pelo CTN, que na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 está disposta no seu art. 145, III. É aplicada em vários países, destacando-se três sistemas básicos de cobranças: Sistema de custo, sistema de valorização e sistema misto, todavia, é um tributo de aspecto quantitativo simplificado, já que não possui base de cálculo e não deve ser confundido com a taxa e com o IPTU com alíquota diferenciada pela localização do imóvel. EX.: ATIVIDADE NOTARIAL E DE REGISTRO É SERVIÇO PÚBLICO QUE DELEGADA A EXEQUIBILIDADE AS ENTIDADES CARTORÁRIAS (ART. 236, CF). A NATUREZA DOS EMOLUMENTOS COBRADOS PELOS CARTÓRIOS É DE TAXA DE SERVIÇO PÚBLICO => SÓ UMA LEI PODE INSTITUIR UMA TAXA.
SÓ A LEI CRIA TRIBUTOS. TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA SÓ PODEM SER CRIADOS POR LEI, SE NÃO VAI SER CONSIDERADO INCONSTITUCIONAL POR VIOLAR O PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL.
PRINCÍPIOS E IMUNIDADE: CORRELAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DAS TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MEHORIA COM OS PRINCÍPIOS COM OS PRINCÍPIOSTRIBUTÁRIOS.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (DEVE SER CRIADO POR LO – ART. 150, I, CF); ANTERIORIDADE (FAZ UMA LEI E CRIA UMA TAXA OU CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA, NÃO PODE APLICAR DE IMEDIATO, ESPERA O EXERCÍCIO FINANCEIRO SEGUINTE, E A NOVENTENA – ART. 150, III, b e c, CF); IRRETROATIVIDADE (SE CRIOU UMA TAXA OU CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, NÃO PODE RETROAGIR PARA ACONTECIMENTOS DO PASSADO – ART. 150, III, a, CF): SE APLICAM NA PLENITUDE, SEM QUALQUER EXCEÇÃO NAS TAXAS E CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA.
 PRINCÍPIO DA ISONOMIA (ART.150, II, CF): ESTÁ DIRETAMENTE LIGADO À FIXAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO, DO PARÂMETRO, DA REFERÊNCIA DO ÍNDICE DO QUE SE VAI FAZER O CÁLCULO (QUEM PAGA UMA TAXA MAIS CARA, QUEM PAGA UMA TAXA MAIS BARATA,...).
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA: SÃO AS PESSOAS REVELANDO CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. ESSE PRINCÍPIO VAI DIZER QUE QUANDO A PESSOA SE ENVOLVE EM ATOS, REVELAM RIQUEZA, COMPROVANDO A CAPACIDADE DE CONTRIBUIR, ELA TEM QUE CONTRIBUIR. ESSE PRINCÍPIO AUTORIZA A INCIDÊNCIA DE TRIBUTOS QUE SÃO IDEALIZADOS PARA QUE INCIDAM NESSAS SITUAÇÕES EM QUE PESSOAS ESTÃO REVELANDO RIQUEZAS E POR ISSO RECEBEM TRIBUTAÇÕES OBRIGANDO A ELAS A DIVIDIREM SUAS RIQUEZAS COM O ESTADO. SÃO OS IMPOSTOS, EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA.
OBS.: ESSE PRINCÍPIO É ATRELADO AOS IMPOSTOS, EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA.
A TAXA NÃO SE FINDA NO PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. É O DEVER DE RETRIBUIR O CUSTO AO ERÁRIO.
TODAVIA O STF TEM ALGUNS PRECEDENTES QUE PERMITE A APLICAÇÃO DESTE PRINCÍPIO ÀS TAXAS, ESPECIALMENTE NA PERSPECTIVA NEGATÓRIA/PROIBITIVA (É POSSÍVEL QUE PESSOAS QUE POR NÃO TEREM CAPACIDADE CONTRIBUTIVA PODERIAM SER DISPENSADAS DO PAGAMENTO TAXAS DENTRO DE UMA POLÍTICA SOCIAL, ISENTANDO-AS, EXCEPCIONALMENTE). 
EX.: COMUNIDADES CARENTES/MISERÁVEIS DA POPULAÇÃO.
SUPREMO JUGANDO UMA TAXA QUE FOI CRIADA PARA TRIBUTAR AGENTES QUE ATUAM NO MERCADO FINANCEIRO (A CVM FISCALIZA AGENTES DO MERCADO FINACEIRO). O SUPREMO ENTENDEU QUE PODERIAEXCEPCIONALMENTE, QUE ESSA PODERIA INCIDIR ORA MAIS CARA, ORA MAIS BARATA SOBRE EMPRESÁRIOS QUE ATUAM NO MERCADO FINACEIRO COM MAIS PODER ECONÔMICO OU MENOS.OBSERVAÇÃO: ESSA IMUNIDADE SÓ SE APLICA PARA OS IMPOSTOS NÃO SE EXTENDENDO, NÃO SE APLICA PARA TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA (ART. 150, VI, “b e c”, CF). ÀQUELAS IMUNIDADES APLICADAS A ALGUMAS PESSOAS (IGREJAS E TEMPLOS RELIGIOSOS, PARTIDOS POLÍTICOS, ENTIDADES SINDICAIS PROFISSIONAIS, ENTIDADES DE EDUCAÇÃO SEM FIM LUCRATIVO, ENTIDADE DE ASSITÊNCIA SOCIAL SEM FIM LUCRATIVO, INCLUE-SE AS ENTIDADES DE SAÚDE), PELA INCIDÊNCIA DE IMPOSTOS.
ATENÇÃO!!! EXISTE A IMUNIDADE RECÍPROCA DAS ENTIDADES, UMA PARA COM OS OUTROS, PORÉM SÓ PARA IMPOSTOS, NÃO É PARA TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA.
AS CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA QUE NÃO TEM IMUNIDADE TEM O DECRETO LEGISLATIVO 195/67 NO ART. 2º, CAPUT (DEFINE O FATO GERADOR) E O ART. 3º, §3º (DEFINE O SUJEITO PASSIVO), SE AFIRMA QUE A CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA SE AFIRMA QUE NÃO SE INCIDE QUANDO OCORRE VALORIZAÇÃO DE IMÓVEL DO DOMÍNIO PRIVADO (INCIDÊNCIA LEGALMENTE QUALIFICADA). UM ENTE FEDERATIVO OU UMA ENTIDADE DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA DESTE ENTE, QUE TEVE IMÓVEL VALORIZADO POR OBRA PÚBLICA DE OUTRO ENTE NÃO TEM QUE PAGAR UMA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, MAS ELE NÃO É PROTEGIDO POR IMUNIDADE. ELE É PROTEGIDO POR UMA REGRA LEGAL DE NÃO INCIDÊNCIA DE TRIBUTO, O FATO É ATÍPICO.
LANÇAMENTO: TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA SÃO TRIBUTOS CELEBRADOS ATRAVÉS DE PROCEDIMENTO CHAMADO LANÇAMENTO DIRETO OU DE OFÍCIO.
EXISTE UM PROCEDIMENTO PARA VIABILIZAR QUE O ENTE FEDERATIVO/CREDOR COBRE DO SEU DEVEDOR AQUILO QUE É DE DIREITO DELE RECEBER.
O NOME DESTE PROCEDIMENTO É LANÇAMENTO, PELO QUAL O ADMINISTRADOR COBRA DO SUJEITO PASSIVO DE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA, O TRIBUTO. MAS O LEGISLADOR NO CTN AFIRMA QUE O CRÉDITO TRIBUTÁRIO É CONSTITUÍDO PELO LANÇAMENTO E NÃO PARA COBRAR (ART. 142 À 150, CTN).
HÁ DIFERENTES MODALIDADES DE LANÇAMENTO:
LANÇAMENTO DIRETO OU DE OFÍCIO => APLICADO AS TAXAS E CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (A FAZENDA FAZ TUDO);
LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO/HÍBRIDO/MISTO (OS DOIS PARTICIPAM);
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO/AUTO LANÇAMENTO (O SUJEITO PASSIVO FAZ TUDO).
LANÇAMENTO DIRETO OU DE OFÍCIO: QUANDO O FATO GERADOR OCORRE, O SUJEITO PASSIVO NÃO PRECISA FAZER NADA. ELE FICA AGUARDANDO. CABE A AUTORIDADE ADMINISTRATIVA, AUTORIDADE FAZENDÁRIA, COMPETENTE VERIFICAR QUE O FATO GERADOR ACONTECEU E A PARTIR DAÍ VENDO QUE HOUVE FATO TÍPICO, INTERPRETAR A NORMA LEGAL, CALCULAR O MONTANTE E VER QUEM É O SUJEITO PASSIVO, E CONCLUIR O PROCEDIMENTO EXPEDINDO O CARNÊ, A NOTIFICAÇÃO PARA PAGAMENTO. A FAZENDA NÃO DEPENDE DO SUJEITO PASSIVO. ELA PODE IR DIRETAMENTE AGIR, AGE DE OFÍCIO, SEM PROVOCAÇÃO, O CONTRIBUINTE NÃO TEM QUE DECLARAR NADA. 
SÚMULA 397, STJ: QUANDO OCORRE O LANÇAMENTO DO IPTU => O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço.
LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO/HÍBRIDO/MISTO: VOCÊ DECLARA O FATO GERADORAO FISCO, E ELE PEGA SUA DECLARAÇÃO, CALCULA O MONTANTE E EXPEDE A GUIA DE PAGAMENTO. EX.: ITBI – O CONTRIBUINTE VAI NA FAZENDA PÚBLICA E DECLARA O CONTRATO DE COMPRA E VENDA , ELES CALCULAM CONFORME O VALOR VENAL DO MERCADO E ELES LANÇAM.
É A REGRA NO SISTEMA BRASILEIRO!!! O LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO: O CONTRIBUINTE FAZ UM AUTO LANÇAMENTO. É O QUE MAIS ACONTECE. O CONTRIBUINTE FAZ TUDO. ELE DECLARA, ELE INTERPRETA A LEI, ELE CALCULA, E ELE TEM ATÉ O DIA “X” PARA DECLARAR E PAGAR, ANTES QUE O FISCO LANCE, CABENDO A AFAZENDA PÚBLICA NUM PRAZO DE 5 ANOS, A CONTAR DO FATO GERADOR HOMOLOGAR O PAGAMENTO FEITO. EX.: ISS, IR,...
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
CONCEITO: Contribuição de melhoria é uma espécie de tributo que tem por hipótese de incidência uma atuação estatal indiretamente conferida ao contribuinte, que se constitui numa obra pública que cause valorização imobiliária ao particular. A HIPÓTESE PARA QUE INCIDA UMA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA É A CONCRETIZAÇÃO/CONSUMAÇÃO/FATO OCORRIDO/CONSUMADO QUE CONSISTE NUM ACONTECIMENTO EM QUE IMÓVEIS DE PRIVADOS/PARTICULARES ESTÃO SE VALORIZANDO POR FORÇA DE UMA OBRA PÚBLICA.
SE A OBRA GERAR DEPRECIAÇÃO E SE A OBRA DESVALORIZAR NO PATRIMÔNIO PRIVADO, PODE GERAR 3 CONSEQUÊNCIAS: 1ª) NÃO COBRAR/IMPEDIMENTO DE UMA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA; 2ª) LEGÍTIMO CABIMENTO DO DIREITO DE OPOR AO PODER PÚBLICO UMA PRETENSÃO INDENIZATÓRIA ALMEJANDO LOGRAR RESSARCIMENTO DO PREJUÍZO SUPORTADO. O PODER PÚBLICO NÃO PODE POR INABILIDADE E MÁ EXECUÇÃO DE SUAS MISSÕES GERAR DANOS AO PARTRIMÔNIO DOS PARTICULARES; CABERIA ALÉM DE ALEGAR IMPEDIMENTO DA POSSIBILIDADE DE COBRAR A COBRANÇA DE CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, EXIGIR RESSARCIMENTO/INDENIZAÇÃO PELOS DANOS ESTRACONTRATUAIS GERADOS. 
Art. 145, CF: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
 
Art. 81, CTN: A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
 
Art. 82, CTN: A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: 
 
 I - publicação prévia dos seguintes elementos: 
 
 a) memorial descritivo do projeto; 
 
 b) orçamento do custo da obra; 
 
 c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; 
 
 d) delimitação da zona beneficiada; 
 
 e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; 
 
 II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; 
 
 III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. 
 
 § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. 
 
 § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. 
 
Deve existir uma relação de causalidade entre a obra e a valorização nos imóveis e em suas imediações. Tem fundamento no princípio de que não pode haver enriquecimento sem causa. 
 
Só caberá tributação quando a obra estiver concluída, pois é com o término que se aufere a valorização, e só poderá ser cobrada uma vez para cada obra. 
 
FATO GERADOR
SUJEITO PASSIVO
BASE DE CÁLCULO
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E O “EDITAL PRÉVIO”
LIMITES
FATO GERADOR
O fato gerador do dever de pagar a contribuição de melhoria é a obtenção de valorização imobiliária decorrente de uma obra pública, isto é, aumento do valor de Mercado de imóveis localizado em suas imediações. 
O fato que gera o direito de tributar por parte do ente federativo não é apenas fazer a obra pública. É fundamental que da obra decorra a valorização imobiliária. O tributo não é uma contribuição “de obra” e sim uma contribuição “de melhoria”. 
A CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA TEM COMO INCIDÊNCIA UM ACONTECIMENTO QUE UNE DOIS ELEMENTOS (CAUSA E RESULTADO).
A HIPÓTESE QUE INCIDE UMA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA É A CONCRETIZAÇÃO DE UM FATO QUE CONSISTE EM IMÓVEIS DE PARTICULARES QUE ESTÃO SE VALORIZANDO POR FORÇA DE UMA OBRA PÚBLICA.
CASO A OBRA PÚBLICA VENHA A DEGRADAR O PATRIMÔNIO OCORRE A PRIOBIÇÃO/IMPEDIMENTO DE SE COBRAR A CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (PORQUE NÃO OCORRE O FATO GERADOR) E O LEGÍTIMO CABIMENTO DO DIREITO DE OPOR AO PODER PÚBLICO UMA PRETENSÃO INDENIZATÓRIA ALMEJANDOLOGRAR O RESSARCIMENTO DO PREJUÍZO SUPORTADOEXISTE UM TIPO DE OBRA EM QUE NÃO É PERMITIDO SE COBRAR A CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (NÃO GERA VALORIZAÇÃO): OBRA DE RECAPEAMENTO DO ASFALTO (TAPA BURACO). OBRA DE “CARÁTER INDENIZATÓRIO” (DÁ UMA FALSA IMPRESSÃO DE VALORIZAÇÃO) => NÃO GERA/INCIDE O DIREITO DE COBRAR CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA!!! É UMA OBRA DE CARÁTER INDENIZATÓRIO!
ATENÇÃO!!! A OBRA DE PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA ORIGINÁRIA (CALÇAR UMA RUA/BAIRRO QUE NÃO ERA CALÇADA) GERA A VALORIZAÇÃO => PORTANTO, CABE A COBRANÇA DE CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA!!!
A DESAPROPRIAÇÃO POR ZONA (DESFAVELIZAÇÃO), NÃO CABE COBRAR A CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, UMA VEZ QUE NÃO HOUVE VALORIZAÇÃO, ELE APENAS VOLTOU A VALER O QUE JÁ VALIA ANTES.
CELEBROU UM CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL, O LOCADOR PODE REPASSAR A CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA PARA O LOCATÁRIO NO CONTRATO DE LOCAÇÃO? NÃO. O QUE O LOCADOR PODE REPASSAR NO CONTRATO DE LOCAÇÃO SÃO IMPOSTOS E TAXAS. É VEDADO DO NO DL 195/67, ART. 8º, VEDA O REPASSE DE CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA AOS LOCATÁRIOS (ART. 123, CTN).
SUJEITO PASSIVO 
O sujeito passivo é o proprietário do imóvel valorizado (apenas ele). 
Art. 121, CTN: Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. 
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: 
 I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. 
O PROPRIETÁRIO CONCEDEU POSSE AO LOCATÁRIO DIRETO, PACÍFICO, PARA USO E RESTITUIÇÃO AO FINAL DO CONTRATO. NÃO PODE PASSAR A CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA PARA O LOCATÁRIO. O QUE SE PODE PASSAR NUM CONTRATO DE LOCAÇÃO SÃO IMPOSTOS E TAXAS (ESSE REPASSE É ENTRE O PROPRIETÁRIO E O LOCADOR (EFEITO APENAS ENTRE OS PARTICULARES). QUEM DEVE É O PROPRIETÁRIO) => O ART. 8º DO DECRETO-LEI 195/67, EXPRESSAMENTE VEDA ESTE REPASSE DE CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA.
BASE DE CÁLCULO 
É A REFEREÊNCIA, É A BASE PARA FAZER O CÁLCULO.
A base de cálculo que se utiliza para se cobrar a contribuição de melhoria é o limite da valorização obtida. Em outras palavras, a análise do quantun de valorização auferida é que servirá como base para que se faça o cálculo de modo isonômico, distribuindo-se entre todos os sujeitos passivos os valores que cada um pagará. 
Logo, quem obtiver mais valorização, pagará mais; quem lograr menos benesse pagará menos. A base para se fazer o cálculo distributivo das cobranças fixando os valores individuais de cada sujeito passivo, será o quantum de melhoria obtido. 
É no uso dessa base que se fará a distribuição do valor da obra dentre os proprietários dos imóveis valorizados, apurando-se isonomicamente os valores individuais que cada um terá que pagar. 
Se tem o valor global tributário (valor total da obra), e o valor de pessoas. Tem que se fazerum cálculo distributivo deste valor a ser tributado sobre esse sujeito passivo global.
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E O “EDITAL PRÉVIO”
Quando o Poder Público faz uma obra não basta fazer a lei e criar um tributo para querer cobrar.
Existe um requisito de procedimento obrigatório impondo limites: Deverá ser publicado um Edital antes da obra, informando a população com uma série de dados para que se possa saber o que vai acontecer no bairro, se for o caso impugnar a obra, para que as pessoas se programem, etc. 
TEM QUE TER O EDITAL => ART. 5 DO DL 195/67 E ARTS. 81 E 82, CTN.
Se não fizer isso, não pode cobrar a Contribuição de Melhoria.
PEGADINHA!!! EDITAL PRÉVIO: remete-a antes da obra. Porém, o STF entendeu que pode ser durante a obra, no meio da obra, desde que o edital venha antes do seu término. Pode-se cobrar a Contribuição de Melhoria antes de acabar a obra, desde que já comprovada sua valorização.
LIMITES 
Existem três limites que norteiam a cobrança da Contribuição de Melhoria:
Limite Geral ou Global/Universal: O ENTE QUE FEZ A OBRA NÃO PODE COBRAR/ARRECADAR MAIS DO QUE GASTOU. ELE RECUPERA O QUE FOI GASTO COM A OBRA.
Limite Individual ou Personalizado: O CARNÊ ENVIADO PARA CADA, O VALOR NÃO PODE SER COBRADO MAIOR DO QUE O QUANTUM DE VALORIZAÇÃO QUE AQUELA PROPRIEDADE TEVE. NÃO PODE SER COBRADO MAIS DO QUE FOI GANHO COM A OBRA.
Prestação da Prestação Anual (valor da cobrança no mesmo ano): O IMÓVEL VALE R$ 2.000,00 E SEU IMÓVEL PASSOU A VALER R$ 4.000.000,00. NÃO SE PODE COBRAR DE CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA DAQUELE IMÓVEL DENTRO DO MESMO ANO, NÃO PODE COBRAR VALOR SUPERIOR A 3% DO VALOR DO IMÓVEL DE CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA.
TAXAS
1- CONCEITO
 
Taxa é uma espécie de tributo que tem por hipótese de incidência uma atuação estatal conferida ao contribuinte, que pode consistir num serviço público ou ato de polícia. A taxa é um tributo vinculado a ação estatal, atrelando-se à atividade pública, e não à ação particular. 
 
 Daí existem taxas de serviço e taxas de polícia. A taxa é denominada de tributo vinculado, pois o seu fundamento está na atuação estatal. 
 
Não há previsão constitucional para outras modalidades de taxas além da taxa de serviço e a taxa de polícia previstas na Constituição (art.145,II) e como também no CTN (art.77). 
 
 “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou em potencial, de serviços públicos específico e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição” (art. 145, II, da CFRB/88). 
 
 2- FATO GERADOR 
O Fato Gerador é a ocorrência do exercício regular do Poder de Polícia pelo Poder Público, tem que haver a fiscalização para permitir a cobrança. É o fato da U/E/DF/M prestar serviço público específico e divisível (atividade de colocar o serviço à disposição). 
Ex.: serviços de coleta de lixo em domicílio. 
Cabe ao usuário usar ou não. Porém, ela estará à disposição do contribuinte.
“As taxas cobradas pela União, Estados, Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do direito de polícia, ou a utilização, efetiva ou em potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ou posto à sua disposição” (art. 77 do CTN). 
“A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou em potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição” (art. 145, II, da CFRB/88). 
 
 3- TAXA DE POLÍCIA 
 
É o tributo em que o Poder Público, instituindo através de Lei, lançando e de ofício cobra oara recuperar os custos que suportou quando exerceu o Poder de Polícia sobre um certo grupo de pessoas na sociedade.
O fato gerador que gera a relação jurídica obrigacional, que gera o dever de pagar a taxa de polícia é a ocorrência do exercício do Poder de Polícia pelo Poder Público. É preciso que ocorra a fiscalização. São as taxas da atividade de inspeção sanitária (TINS).
NÃO É NECESSÁRIO QUE SE FAÇA UMA FISCALIZAÇÃO EM TODOS OS ESTABELECIMENTOS. NÃO PRECISA QUE HAJA UM AFISCALIZAÇÃO IN LOCO, DENTRO DO ESTABELECIMENT, PARA QUE SE FALE QUE EXERCEU O PODER DE POLÍCIA, PARA QUE O PODER PÚBLICO POSSA TRIBUTAR, NÃO PRECISA!
QUANDO OS PARTICULARES QUEREM INSTITUIREM UM NEGÓCIO, ABRIR UMA EMPRESA (=ATIVIDADE QUE VAI DESEMPENHAR), ELES PEDEM AO PODER PÚBLICO QUE SE EXPEÇA UM ALVARÁ QUE É O DOCUMENTO QUE FORMALIZA A EMISSÃO DA LICENÇA. INDEPENDENTE DE A FISCALIZAÇÃO SER OU NÃO PRESENCIAL DENTRO DO IMÓVEL
Taxa de Fiscalização de Funcionamento: é uma taxa que cobrada para retribuir os custos do Poder de Polícia exercida através da fiscalização, que avalia se deve ou não aprovar a licença para se manter o funcionamento de estabelecimento.
“O SUJEITO PASSIVO É A PESSOA FICALIZADA”. “É A PESSOA SOBRE A QUAL SE EXERCE O PODER DE POLÍCIA”.
O fato que gera a obrigação de pagar a taxa de polícia é o exercício regular do poder de polícia pela Administração Pública. Ouseja, a conduta que faz nascer à relação obrigacional tributária é a atividade de fiscalização sobre certos administrados. E são exatamente esses administrados fiscalizados que serão os sujeitos passivos da cobrança do tributo. Ou seja, aqueles que provocam a fiscalização pagarão a taxa para retribuir ao erário os custos suportados pelo Estado no exercício do poder de polícia que se realizou. 
Portanto, basta que ocorra de fato o exercício do poder de polícia e nascerá o direito de se cobrar a taxa de polícia das pessoas fiscalizadas. 
 
Para que se considere ocorrido o poder de polícia (e assim se tenha materializado o fato gerador da obrigação tributária de pagar a taxa de polícia) não é necessário que ocorra uma diligência presencial no estabelecimento da pessoa fiscalizada. Basta que se prove que o órgão/autarquia da administração fiscalizadora está em regular funcionamento. Ou seja, o STF já pacificou que se considera ocorrido o poder de polícia (e, logo, se pode cobrar o tributo) quando se comprova que a entidade fiscalizadora se encontra em normal exercício, em regular funcionamento. Basta isso. Não é imprescindível, frisamos que se concretize uma operação de fiscalização in loco, já que atualmente se admite o poder de polícia sendo exercido à distância. 
 
“Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos” (art. 78 do CTN). 
 
“Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder” (art. 78, parágrafo único do CTN). 
 
“Preço de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daquelas, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu” (súmula 545 do STF). 
4- TAXAS DE SERVIÇO
 
É o tributo que se cobra almejando a retributividade/recuperação das despesas suportadas com a atividade pública de prestar/oferecer um serviço a parte da população (prestar o serviço público específico e divisível). Deve ser “uti singuli” => é um serviço que está a disposição de um grupo de indivíduos, é um serviço para um determinado grupo de pessoas (art. 145, II, CF e art. 77, CTN).
Art. 145, CF: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
Art. 77, CTN: As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Basta que o serviço seja prestado, ou seja, colocado à disposição do administrado, para que já fique o mesmo obrigado ao pagamento da taxa. Não é necessário que ocorra o efetivo uso do serviço pelo contribuinte. 
 
A obrigação tributária surge com a efetiva prestação do serviço, sendo indiferente se o contribuinte utilizará realmente o mesmo (usuário efetivo) ou se apenas se resumirá a ser um usuário potencial. 
 
Serviço público é aquele prestado pela Administração ou por quem lhe faça às vezes, submetido ao regime de direito público, para preservação do interesse público. 
 
Quem pratica o fato gerador da obrigação tributário é o próprio sujeito ativo (administração pública) e não o sujeito passivo (administrado). 
 
 
A taxa de serviço será cobrada em razão da prestação estatal de um serviço público específico e divisível. Atenção, pois os requisitos de especificidade e divisibilidade do serviço público são cumulativos e não alternativos. 
 
Serviços públicos gerais ou universais (“uti universi”): São aqueles que alcançam toda a coletividade. É um serviço indivisível, não dá para fazer a fração, distinguir quem foram às pessoas beneficiadas com o serviço, porque é um serviço prestado indistintamente para todas as pessoas, não tem como mensurar as pessoas (quem são os destinatários) que estão se beneficiando do custo desse serviço. Ex: serviços de iluminação pública; segurança pública, varredura de ruas, etc.
 
 
Os serviços públicos gerais não podem ser remunerados por meio de taxas, sendo custeados pelas receitas das pessoas políticas que o prestam (impostos) ou por contribuição. 
 
Serviços públicos específicos ou singulares (“uti singuli”): São aqueles que alcançam pessoas individualmente consideradas. Ex.: serviço de coleta de lixo domiciliar => Enseja a cobrança da TCL ou TCLD para o Município.
 
Específico: Aqueles que podem ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade (art. 79, II do CTN). São serviços públicos específicos ou singulares (“uti singuli”) permitindo assim identificar o sujeito passivo. Específico a um número determinado de pessoas. 
“O SUJEITO PASSIVO DESSE SERVIÇO É TANTO O USUÁRIO EFETIVO COMO O USUÁRIO POTENCIAL”.
 
Divisível: Aqueles que podem ser utilizados separadamente por parte de cada usuário e assim aferir a utilização efetiva ou em potencial individualmente considerada (art. 79, III do CTN). É aquele passível de individualização, ou seja, quantificável, assim traz um benefício individualizado para o destinatário da ação estatal. 
 
Prestado (Efetivo): Aqueles utilizados efetivamente (usufruídos) pelo contribuinte (art. 79, I “a” do CTN). Serviço concretamente prestado a coletividade. 
 
Posto á disposição (Potencial): Aquele utilizado potencialmente pelo contribuinte, pois sendo de utilização compulsória, estão postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento (art. 79, I, “b” do CTN). Potencial se refere à utilização do serviço e não a disponibilização do mesmo. 
 
 
OBS.: NÃO CONSTITUI TAXA POR INDIVIBILIDADE NO SERVIÇO E ASSIM CARACTERIZANDO INCONSTITUCIONAL SE ASSIM DISPOR, AS TAXAS DE:
TAXA DE ILIMINAÇÃO PÚBLICA (TIP - SV 670, STF E SV 41, STF);INCONSTITUCIONAL SERVIÇO DIVISÍVEL
S
SERVIÇO DIVISÍVEL
TAXA DE SEGURANÇA PÚBLICA (TSP);
TAXA DE LIMPEZA PÚBLICA (TAXA DE CONSERVAÇÃO DE VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS – TCVLP/TLP – TAXA DE LIMPEZA PÚBLICA). SÚMULA VINCULANTE 19, STF;
TAXA DE COLETA DE LIXO DOMICILIAR (TCLD);
TAXA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EM COMBATE PREVENTIVO EM PRÉDIOS A INCÊNDIOS, SINISTROS, CATÁSTROFES, DESMORONAMENTOS DE EDIFICAÇÕES/PRÉDIOS, DESASTRES (TAXA DE INCÊNDIO);CONSTITUCIONAL SERVIÇO INDIVISÍVEL
TAXA JUDICIÁRIA: PAGA QUANDO AJUIZA AÇÃO. PODE-SE USAR O VALOR A CAUSA COMO BASE DE CÁLCULO, MAS TEM UM TETO LIMITANDO. SÚMULA VINCULANTE 667, STF.
 
COBRAR A TAXA DE LIMPEZA PÚBLICA OU A TAXA DE COLETA DOMICILIAR JUNTO COM O IPTU, NÃO PODE, É INCONSTITUCIONAL => JAMAIS PODERÁ VIR COBRANÇA CASADA NA FATURA. CASO ISSO OCORRA, PODERÁ ENTRAR COM UMA AÇÃO CONSIGNATÓRIA (PARA PAGAR SÓ O IPTU).
SÚMULA 670, STF: O imposto de transmissão inter vivos não incide sobre a construção, ou parte dela, realizada, inequivocamente, pelo promitente comprador, mas sobre o valor do que tiver sido construído antes da promessa de venda.
SV 41, STF: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
SV 19, STF: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da ConstituiçãoFederal.
O SERVIÇO DE SEGURANÇA PÚBLICA É PRESTADO PARA TODA A POPULAÇÃO, INDISTINTAMENTE, INDIVISIVELMENTE. É INCONSTITUCIONAL COBRAR A TAXA DE SEGURANÇA PÚBLICA.
A TAXA PELO SERVIÇO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO PARA EVITAR ACIDENTES, COMO INCÊNDIOS, SINISTROS, CATÁSTROFES, DESMORONAMENTOS DE EDIFICAÇÕES , DESASTRES => É CONSTITUCIONAL A COBRANÇA DA TAXA!
5. TAXA DE LIMPEZA PÚBLICA – TLP. INCONSTITUCIONAL. TCLLP: INCONSTITUCIONAL. 
OBS.: A TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA É INCONSTITUCIONAL. PORÉM, OS MUNICÍPIOS CONSEGUIRAM A LEGITIMAÇÃO PARA A APROVAÇÃO DE UMA PEC, A APROVAÇÃO DA EC 39/02 QUE AUTORIZA OS ESTADOS E DF A INSTITUÍREM CONTRIBUIÇÃO DE ILUMUNAÇÃO PÚBLICA (CIP OU COSIP) => ART. 149-A, CF: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS.
A CIP SUBSTITUI A TIP (TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA).
CIP É CONSTITUCIONAL => PODE SER COBRADA!!
TIP É INCONSTITUCIONAL => NÃO PODE SER COBRADA!!
Só se pode cobrar uma taxa de serviço quando o serviço público é específico e divisível assim não basta que se tenha a prestação de um serviço público para que se possa cobrar uma taxa de certas pessoas buscando retribuir ao erário o valor gasto na prestação do serviço. 
 
É fundamental que o serviço seja dotado de especificidade e divisibilidade, o que não ocorre no serviço de limpeza pública (em outras palavras, serviço de varredura de ruas, limpeza de praças, remoção de resíduos das vias públicas), que é serviço indivisível. 
 
Não se pode cobrar de um grupo de pessoas uma taxa para retribuir o custo despendido na execução de um serviço que se prestou a todas as pessoas do povo e não apenas àquele grupo. E é o que ocorria no caso em análise. Os municípios cobravam dos proprietários de imóveis uma taxa pelo serviço de limpeza pública. 
Ocorre que tal serviço não é prestado apenas aos donos de imóveis, mas sim a toda população indivisamente, além de outras pessoas, como turistas, trabalhadores de cidades vizinhas, transeuntes, mendigos, etc., portanto, o STF declarou inconstitucional a TLP. 
6. TAXA DE COLETA DE LIXO DOMICILIAR – TCLD
 
Diferente da TLP é a TCLD – Taxa de Coleta de Lixo Domiciliar, essa, plenamente tributável, aceita pelo STF e realmente não violadora dos mandamentos constitucionais tributários. O serviço de coleta de lixo produzido nos domicílio é prestado apenas aos donos desses imóveis para os quais o serviço é destinado e não a toda e qualquer pessoa. 
 
O serviço TEM DIVISIBILIDADE. A Taxa É CONSTITUCIONAL. O grande problema que ocorria no Brasil é que diversos municípios de forma sorrateira instituíam por lei uma taxa que na verdade não se resumia a ser a TCDL e pretendiam englobar sorrateiramente e embutida também a TLP. Ou seja, buscavam taxar os contribuintes, proprietários de imóveis, exigindo a retributividade do custo dos dois serviços, o de coleta de lixo domiciliar mais o de limpeza pública. Tentavam camuflar a Taxa de Limpeza Pública inclusa na cobrança da Taxa de Coleta de Lixo Domiciliar. Era a chamada Taxa de Coleta de Lixo e Limpeza Pública – TCLLP. 
 
 
O STF declarou INCONSTITUCIONAL a cobrança da TCLLP, afinal, como explicado no item anterior, o serviço de limpeza pública não é passível de taxação, pois é serviço indivisível. Nesse contexto é que foi expedida a Súmula Vinculante 19, STF, afirmando só ser constitucional a taxa que é cobrada exclusivamente em razão do serviço de coleta de lixo domiciliar. Logo, reafirmando, a TCLD é constitucional; a TLP e a TCLLP são inconstitucionais. 
 
Súmula Vinculante 19, STF: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal. 
O STF declarou INCONSTITUCIONAL a cobrança da TCLLP, afinal, como explicado no item anterior, o serviço de limpeza pública não é passível de taxação, pois é serviço indivisível. Nesse contexto é que foi expedida a Súmula Vinculante 19, STF, afirmando só ser constitucional a taxa que é cobrada exclusivamente em razão do serviço de coleta de lixo domiciliar. Logo, reafirmando, a TCLD é constitucional; a TLP e a TCLLP são inconstitucionais. 
Precedente Representativo 
"(...) observo, inicialmente, que o Supremo Tribunal Federal fixou balizas quanto à interpretação dada ao art. 145, II, da Constituição, no que concerne à cobrança de taxas pelos serviços públicos de limpeza prestados à sociedade. Com efeito, a Corte entende como específicos e divisíveis os serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de outros serviços públicos de limpeza realizados em benefício da população em geral (“uti universi”) e de forma indivisível, tais como os de conservação e limpeza de logradouros e bens públicos (praças, calçadas, vias, ruas, bueiros). Decorre daí que as taxas cobradas em razão exclusivamente dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis são constitucionais, ao passo que é inconstitucional a cobrança de valores tidos como taxa em razão de serviços de conservação e limpeza de logradouros e bens públicos. (...) Além disso, no que diz respeito ao argumento da utilização de base de cálculo própria de impostos, o Tribunal reconhece a constitucionalidade de taxas quem na apuração do montante devido, adote um ou mais dos elementos que compõem a base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não se verifique identidade integral entre uma base e a outra." 
 
7. TAXA JUDICIÁRIA
 
Não obstante as coerentes críticas da doutrina, o STF vem aceitando como constitucional a utilização do valor da causa como base de cálculo da taxa judiciária, de modo a que quem paga mais é quem pede uma vantagem maior, retribuindo menos quem postula menor valor. Entretanto, a Suprema Corte estabeleceu que o valor da causa até pode ser a base de cálculo, mas NÃO ILIMITADAMENTE. Há de se ter um teto máximo. 
 
Do contrário, pedidos em valores muito altos imputariam uma taxa excessivamente cara, o que poderia inviabilizar o acesso ao judiciário para pessoas de menor poder aquisitivo. 
 
Nesses termos é que o STF determinou que há de se ter um teto para que se utilize o valor da causa como base de cálculo, sob pena de se comprometer o acesso à justiça. Esse é o tema que fomentou a edição da Súmula 667. 
 
Súmula 667, STF. Tributário. Taxa judiciária. Cálculo sem limite sobre o valor da causa. Poder Judiciário. Ofensa à garantia de acesso à jurisdição. Caracterização. CF/88, art. 5º, XXXVI e 145. CTN, art. 97, § 2º. Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa.
SÚMULA 667, STF: VIOLA A GARANTIA CONSTITUCIONAL DE ACESSO À JURISDIÇÃO A TAXA JUDICIÁRIA CALCULADA SEM LIMITE SOBRE O VALOR DA CAUSA.
8. BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTA 
 Art. 145, §2º da CF: “As taxas não podem ter base de cálculo própria dos impostos” => É INCONSTITUCIONAL! 
É DIZER QUE QUANDO SE CRIA LEI PARA CRIAR CADA TAXA, NESTA LEI, TEM QUE SE DEFINIR QUAL VAI SER A BASE, PARÂMETRO, REFERÊNCIA (DESDE QUE NÃO VIOLE A ISONOMIA E QUE NÃO SEJA PRÓPRIA DE IMPOSTO). 
A CONSTITUIÇÃO NÃO DIZ QUAL É O CRITÉRIO. ELA DIZ O QUE NÃO PODE SER CRITÉRIO.
Realmente, as taxas não podem ter a base de cálculo dos impostos, pois devem estar relacionadas com os fatos geradores que lhe deram origem. 
O NEXO CAUSAL É CAUSAR UMA RIQUEZA! EM QUALQUER IMPOSTO A BASE DE CÁLCULOÉ O VALOR DA RIQUEZA REVELADA NO FATO GERADOR, É A REFERÊNCIA PARA O CÁLCULO. A METRAGEM DO IMÓVEL SERVE COMO BASE DE CÁLCULO.
Atenção!!! Súmula Vinculante 29, STF: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra. O QUE NÃO SE PODE USAR É O VALOR DA RIQUEZA.
 PrecedenteRepresentativo:
"Além disso, no que diz respeito ao argumento da utilização de base de cálculo própria de impostos, o Tribunal reconhece a constitucionalidade de taxas que, na apuração do montante devido, adote um ou mais dos elementos que compõem a base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não se verifique identidade integral entre uma base e a outra. (...) O que a Constituição reclama é a ausência de completa identidade com a base de cálculo própria dos impostos e que, em seu cálculo, se verifique uma equivalência razoável entre o valor pago pelo contribuinte e o custo individual do serviço que lhe é prestado."

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