Prévia do material em texto
NOME: VARLEI OLIVEIRA DA SILVA DIREITO TRIBUTÁRIO I CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS E ESPECIAIS 1) CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS O art.149, caput, da CF, da guarida as chamadas contribuições sociais, cuja terminologia provoca intensa discursão. Segundo o STF, entende-se como “contribuições sociais” as: A) Contribuições sociais gerais (aquelas destinadas à seguridade); B) Contribuições de seguridade social; C) Outras contribuições sociais; 1.1 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS Resumidamente podemos destacar as seguintes caracteriza características: B) Sujeitam-se de forma integral ao regime constitucional tributário, sem exceções; C) São instituídas por lei ordinária e obedecem ao princípio da anterioridade comum; D) Custeiam a atuação do Estado em outros campos sociais, diversos daqueles previstos no art.195, da CF; E) Só podem incidir sobre uma única base econômica, por contribuinte, para cada objetivo determinado; 1.2 CONTRIBUIÇÕES DA SEGURIDADE SOCIAL O orçamento da seguridade social é composto de receitas oriundas de recursos dos entes públicos (financiamento indireto), por meio dos impostos e de receitas hauridas das contribuições especificas (financiamento direto). Estas últimas instituídas por lei, com respaldo constitucional, para o custeio da seguridade social (art.195, da CF c/c art.11, da Lei 8.212/1991. 1.2.1 FONTES NOMINADAS DE CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL A) 1º Fonte de custeio: IMPORTADOR (art.195, IV, da CF); B) 2º Fonte de custeio: RECEITA DE LOTERIAS (art.195, III, da CF); C) 3º Fonte de custeio: TRABALHADOR (art.195, II, da CF); D0 4º Fonte de custeio: EMPREGADOR E EMPRESA (art.195, I, da CF); 1.3 OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS (terminologia adotada pelo STF) O STF intitula “outras contribuições” aquelas que podem ser instituídas no plano da competência residual da União, conforme disposto no art.195, §4º, da CF. 2) ESTUDO COMPLEMENTAR DAS CONTRIBUIÇÕES Destacam-se duas contribuições tributárias: A) Contribuições provisórias sobre movimentação financeira (CPMF); B) Contribuições para o custeio do serviço de iluminação pública (COSIP); 2.1 CPMF A extinta CPMF foi uma contribuição social, cuja competência tributária fora atribuída a União pela emenda constitucional nº12/1996, tendo sido instituída pela Lei 9.311/1996. O prazo de validade era de 24 meses com alíquota constitucional máxima de 0,25%, tendo a referida Lei utilizado o teto de 0,20%, tão somente na ocasião. A CPMF era um tributo, uma contribuição social, ou, com maior precisão, uma contribuição para a seguridade social, desfrutando de total autonomia com relação as demais espécies tributarias. É possível concluir, que a CPMF, em seu plano histórico-normativo, foi tributo de constitucionalidade duvidosa, desde seu nascedouro e durante toda a sua existência, marcada por arbitrarias prorrogações, fazendo assim assumir a feição de um gravame provisório, mas com a esdrúxula essência de exação permanente. 2.1.1 PLANILHA EVOLUTIVA (CPMF) TRIBUTO IPMF / NORMA EC 3/1993 / ALÍQUOTA 0,25% / PERÍODO PUBLICAÇÃO: (01.01.1994 a 31.12.1994); TRIBUTO CPMF / NORMA EC 12/1996 / ALÍQUOTA 0,25% (no máximo) / PERÍODO PUBLICAÇÃO: 15.08.1996; TRIBUTO CPMF / NORMA LEI 9.311/1996 / ALÍQUOTA 0,20% / PERÍODO PUBLICAÇÃO: (23.01.1997 A 23.02.1998); TRIBUTO CPMF / NORMA LEI 9.539/1997 / ALÍQUOTA 0,20% / PERÍODO PUBLICAÇÃO: (23.01.1997 A 23.01.1999); TRIBUTO CPMF / NORMA EC 21/1999 / ALÍQUOTA 0,38% (JUNHO/1999 A JUNHO/2000 / 0,30% (JUNHO/2000 A JUNHO 2002) / PERÍODO PUBLICAÇÃO: 18.03.1999 / (18.06.1999 a 17.06.2002); TRIBUTO CPMF / NORMA EC 31/2000 / ALÍQUOTA 0,38% (JUNHO DE 2000 a JUNHO 2002 / PERÍODO PUBLICAÇÃO: 14.12.2000 (18.06.2000 a 17.06.2002); TRIBUTO CPMF / NORMA EC 37/2002 / ALÍQUOTA 0,38% (JUNHO 2002 a DEZEMBRO 2003 / 0,08% (2004) / PERÍODO PUBLICAÇÃO: 12.06.2002 (18.06.2002 a 31.12.2004); TRIBUTO CPMF / NORMA EC 42/2003 / ALÍQUOTA 0,38% / PERÍODO PUBLICAÇÃO: 19.12.2003 (31.12.2004 a 31.12.2007);