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Resumo ''seis lições''

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AS SEIS LIÇÕES
MISES, Ludwig Von. As seis lições – ECONOMIC POLICY: THOUGHTS FOR TODAY AND TOMORROW. 7ª edição – São Paulo, 2009.
A obra de título ‘’As seis lições’’ de Ludwig Von Mises, trata-se de um conjunto de palestras transcritas, lidando em sua centralidade sobre assuntos de caráter econômico. De maneira bem concisa e de fácil leitura, o livro busca passar aos seus leitores, as ideias transmitidas por Mises, por meio de palestras proferidas por este, em Buenos Aires no ano de 1960.
A primeira lição levantada por Mises, diz respeito ao Capitalismo. Segundo o autor, no período pré-capitalista, os homens viviam nas sociedades, numa espécie de sistema enrijecido por seus próprios ideais. Não havia à época, possibilidade de mudança de status social, uma vez que a condição social estava estritamente ligada à sua condição de nascença. Com o passar dos anos, e com o aumento do número de pessoas vivendo em comunidades, sobretudo, na Inglaterra, um dos problemas a serem lidados pelos governantes àquela época, era a respeito da escassez que os poderia atingir num futuro próximo; e foi deste desafio que surgiu o capitalismo, a partir de uma mobilização social em prol de suprir as necessidades da população, produzindo bens de consumo para atender este contingente populacional em ascensão por meio de pequenos comércios.
O autor deixa claro em sua obra, que o pilar deste sistema é o consumidor, e de que não haveriam mais quem reinasse na sociedade de consumo estabelecida. O consumidor, centro das atenções das empresas emergentes, seriam os verdadeiros expoentes do que cada produto valeria, por meio da procura destes. Desta forma, a preocupação do empresariado em estar sempre se mantendo no mercado, fez com que a qualidade de vida da população crescesse e consequentemente sua perspectiva de vida, na medida em que, é necessário o aprimoramento constante dos produtos ofertados. Portanto, os problemas outrora sofridos pela população, antes do advento do capitalismo, em muito haviam sido amenizados, e as disparidades entre ricos e pobres cada vez menos mostravam-se latentes e perceptíveis.
O Socialismo, foi o segundo assunto e lição tratado por Mises em sua palestra. Para este, um dos pilares de uma sociedade próspera e harmônica é sem dúvida a liberdade; na visão do autor, se a liberdade de fato constitui-se como um dos pilares essenciais da sociedade, o governo por outro lado, se caracterizaria como uma possível ameaça a este sistema ideal; uma vez que, por meio do uso da força, poderia forçar seus cidadãos a tomarem atitudes e a fazerem escolhas pré-ordenadas pela autoridade central. 
É importante abrir um parêntese, para dizer que a liberdade ainda que importantíssima para consumação de uma sociedade sadia, esta não pode de forma alguma não encontrar limitações, basta verificar, que uma liberdade irrestrita ocasionaria na limitação da própria liberdade comum. Ademais, as limitações irrestritas poderiam levar a problemas até mesmo maiores, já que o poder de alcance do agente ou atividade limitadora, poderia não encontrar limites à sua pretensão.
Ludwig ainda cita em sua obra, um autor também muito conhecido, chamado Karl Marx, que em seu livro intitulado ‘’Manifesto Comunista’’, trouxe ao público a ideia da ‘’luta de classes’’. Mises, se posicionando de maneira contrária a este entendimento errôneo, mostrou que este tal pensamento estaria equivocado, na medida em que, no sistema capitalista, o ‘’status social’’ não era mais notório, tal como fora antes do advento do capitalismo, e que a ascensão social era algo ‘’palpável’’ e possível a todos, já que as posições de prestígio na sociedade, estavam em constante mudança, existindo, portanto, o que chamamos de mobilidade social. 
Em suma, no sistema socialista, tudo depende da ‘’sabedoria, dos talentos e dos dons daqueles que constituem a autoridade suprema’’, mostrando claramente que há no socialismo, e somente neste sistema, uma forma de hierarquização de indivíduos que uma hora ou outra despertará uma espécie de conflito de classes, a saber, os súditos em face de suas autoridades.
A terceira e quarta lição, guardam consigo estrita ligação; são eles o Intervencionismo e a inflação. Para Mises, o governo não deve se ausentar totalmente de sua função de administrar um país. Destarte, compete a ele fazer todas as coisas para as quais ele é necessário e para as quais foi instituído, como por exemplo, cuidar da segurança interna e externa de seus cidadãos, bem como o resguardo de sua soberania. Diferentemente de um governo socialista, consequentemente totalitário, incube a um governo ideal, zelar pelo funcionamento harmônico de seu país, sobretudo, quando diz respeito à assuntos econômicos. Ainda que mínimo um controle estatal sobre sua economia, abriria precedentes para que diversos outros setores fossem também controlados, o que geraria uma insegurança não somente econômica, mas também jurídica a esta nação. Desta forma, caberia ao Estado, o controle das atividades essenciais a um funcionamento estatal adequado e sadio, sem que tais ações entre em conflito com os direitos alheios. 
Em um mundo cada vez mais globalizado, as relações entre os países se tornam cada vez mais próximas, se tornando, portanto, cada vez mais importantes, e é esta quinta lição propagada por Mises, a saber, a Necessidade de Investimentos Externos, para o crescimento de uma nação. Quando falamos de economia, a situação não é diferente, já que nenhum país dispõe em seu próprio território, tudo quanto irá precisar para desenvolver sua própria economia. Desta forma, nasce as relações comerciais estrangeiras, seja na forma de importações, exportações, empréstimos ou até mesmo participação em empresas de capital aberto. Enfim, tudo está interligado de tal maneira que, que é quase impossível um país se isolar totalmente do mercado internacional. Até mesmo ditaduras atuais de esquerda são incapazes de se fecharem totalmente ao capital externo, como é o caso de sua dependência econômica em face da China, quando o assunto é o carvão. 
Por fim, em sua última lição, a obra busca tratar sobre um tema bem controverso: a Política. Segundo o autor, antigamente os integrantes de sistemas políticos, buscavam de forma comum, o desenvolvimento do bem-estar social. As divergências quanto aos ideais eram mais do que naturais, fomentando, desta forma, a prevalência dos anseios majoritários. Nisto consistia a importância do sistema partidário, onde unificava em um mesmo grupo ideias semelhantes para serem postas à população. Acontece que, o que temos hoje na política é justamente o contrário do que se deveria ter, onde grupos lutam por seus ideais, não mais se preocupando com os anseios de seu eleitorado, mas procurado realizar seus próprios interesses, trazendo, portanto, prejuízos incalculáveis ao país.

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