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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE GUANAMBI – CESG FACULDADE GUANAMBI – FG CURSO BACHARELADO EM BIOMEDICINA MYLLENA RODRIGUES DROGAS QUE ATUAM NA HEMATOPOESE Guanambi - BA 2017 MYLLENA RODRIGUES DROGAS QUE ATUAM NA HEMATOPOESE Trabalho apresentado ao curso de graduação em Biomedicina da Faculdade Guanambi, como requisito avaliativo da disciplina de Farmacologia. Orientador: Prof. Raimundo Nonato Guanambi - BA 2017 INTRODUÇÃO O sistema hematopoiético é constituído de sangue, medula óssea, linfonodos e timo. Existem também componentes denominados de órgão acessórios, sendo eles baço, fígado e rins. O sague é composto de elementos (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) e plasma (RANG; DALE, 2007). A linhagem celular tem-se o inicio com células primitivas e potentes, que são denominadas de células tronco. A unidade formadora de colônias é formada por todas as células, estas iram sofrer estímulos e se diferenciarão em suas respectivas linhagens, sendo elas: granulares, eritrocitárias, plaquetárias, linfoide dentre outras (VERRASTO; LORENZI; NETO, 2005). As células tronco dão origem a duas linhagens celular, a mielóide e a linfoide. Dentro da linhagem mielóide a primeira célula formada é a CFU-GEMM (unidade formadora de colônias de granulócitos, eritrócitos, megacariócitos e macrófagos). A partir dessa tem a origem da primeira célula da linhagem eritróide que é a BFU-E. Essa célula necessita de eritropoietina, interleucina-3 e fator estimulante de colônias para sua proliferação e desenvolvimento (SILVA; HASHIMOTO; ALVES, 2009). Outro grupo de fatores de crescimento são os kit-ligante e o CSF-1 (fator estimulante de colônias de macrófagos. Estes se ligam em receptores de canais enzimático tirosinoquinase. O receptor do kit-ligante na célula tronco é chamado de c-kit RTK, mutações nesse tipo de receptor pode predispor o aparecimento de tumores e leucemias. A sua inibição induz um quadro chamado de pancetonia (SILVA; HASHIMOTO; ALVES, 2009). As células da colônia CFU-S são responsáveis pela formação da linhagem dos granulócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos) e monócitos e plaquetas, que se diferenciam em CFU-GM formam os granulócitos e monócitos. Essa unidade formadora de colônia (CFU-S) sofre várias diferenciações e formam os basófilos e eosinófilos pelas CFU-Ba e CFU-Eo respectivamente. Ela se diferencia em CFU- MEG (unidade formadora de megacariócitos) e dá origem as plaquetas (SILVA; HASHIMOTO; ALVES, 2009). De acordo Silva, Haschimoto e Alves (2009) a colônia CFU-L dá origem aos diferentes tipos de linfócitos. As células B maturam-se na medula óssea, as células T desenvolvem-se de células migradas para o timo no qual se diferenciam em células T maduras (HOFBRAND; MOSS; PETTIT, 2008). Os fatores de crescimento hematopoiéticos são glicoproteínas secretadas pelas células estromais e regulam a proliferação e diferenciação de células progenitoras hematopoiéticas. Esses fatores são classificados de acordo o tipo de receptor de membrana celular em duas grandes famílias: receptores das citocinas (GM-CSF, G-CSF, eritropoietina, trombopoetina, IL-2, IL-3,IL-4,IL-5,IL-6, interferons alfa, beta e gama) e a dos receptores tirosina quinase (ligante do kit, CSF, e o TGF- alfa) (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2004). DROGAS QUE AGEM DIRETAMENTE NA HEMATOPOESE Linhagem Vermelha Eritropoietina Os glóbulos vermelhos são formados na medula óssea, cerca de 1/120 são retirados da circulação por se apresentarem na forma de esférocitos, e ocorre a reposição destes por uma quantidade equivalente, afim de que mantenha o equilíbrio numérico. Além disso, é observado o fenômeno da hemólise fisiológica (quebra natural) e a medula é responsável por repor os eritrócitos (VERRASTO; LORENZI; NETO, 2005). Os fatores de crescimento hematopoiéticos consiste em hormônios glicoproteico que regulam a proliferação e diferenciação das células progenitoras hematopoiéticas da medula óssea, dentre eles destaca-se a eritropoietina, que foi o primeiro fator de crescimento hematopoiético isolado (KATZUNG, 2010). Apresenta-se de duas formas distintas a epoetina alfa e a epoetina beta. Elas são clinicamente indistinguíveis, elas podem ser administradas por via intravenosa, subcutânea ou intraperitoneal, a resposta maior é evidenciada após a injeção subcutânea e a mais rápida pela injeção intravenosa (RANG; et al, 2004). A eritropoietina recombinante humana (rHuEPO) vai agir estimulando a proliferação e diferenciação das células para formação dos eritrócitos, atuando em receptores específicos de eritropoietina presentes nos precursoras das hemácias. Esses receptores fazem parte da família dos JAK/STAT de receptores de citocinas, que agem nos receptores enzimáticos fosforilando proteínas e ativando fatores de transcrição para regular a função celular (KATZUNG, 2010). Quando administrada por via intravenosa a meia vida da eritropoietina é de cerca de oito horas. Indivíduos com insuficiência renal crônica, tem os níveis de eritropoietina reduzidos devido complicações nos rins, que é o órgão responsável pela produção da mesma, nessa situação a eritropoietina recombinante humana é um tratamento eficaz. Pessoas com anemia por insuficiência renal crônica são submetidos ao tratamento com a eritropoietina onde é administrado por via subcultânea ou intravenosa em doses de 150 unidades/100kg três vezes por semana, esse tratamento mostrou-se eficácia em 80% dos casos (PAGE; et al, 2004). Dentro os efeitos adversos destacam se a hipertensão e trombose, que ocorrem devido a elevação rápida do hematócrito (RANG; DALE, 2007). Eritropoiese As células eritroides para serem formadas passam pelo processo de eritropoese quando as células pluripotentes são submetida a ação da eritropoietina, cada célula progenitora é submetida a processos de proliferação e divisão,a primeira célula da linhagem é o proeritroblasto, que evoluem para a formação de eritroblastos basófilo, nesta fase começa a ser sintetizado hemoglobina, passando por eritroblastos policromático, eritroblastos ortocromático. Quando a síntese da hemoglobina está completa, a célula perde o seu núcleo dando origem ao reticulócito que ainda contém restos de matérias genéticos. Esse sofre maturação e dá origem a hemácia propriamente dita, com a síntese de hemoglobina completa (VERRASTO; LORENZI; NETO, 2005). Dois compostos tem papel importante na síntese de DNA das hemácias, sendo eles a vitamina B12 e os folatos, agindo na fase de maturação dos glóbulos vermelhos. As ausências desses fatores resultam em eritropoese megaloblástica. E ocorre a formação de hemácias de grande volume deficientes, com função incompleta, levando a um quadro hemolítico (VERRASTO; LORENZI; NETO, 2005). A deficiência de vitamina b12 e folatos ocasionam uma deficiência na maturação do núcleo e a síntese defeituosa do DNA. Essa deficiência pode ser resultado de uma dieta nutricional carente, anomalias do metabolismo de vitamina b12 (deficiência da transcobalamina),deficiências enzimáticas congênitas (ácidúria orótica) deficiência enzimática adquirida (abuso de álcool). (HOFBRAND; MOSS; PETTIT, 2008) Esses casos necessitam do tratamento com vitaminab12 e doses de folatos. Nos seres humanos a hidroxicobalamina é disponíveis para uso terapêutico. É adquirida dos alimentos, carne, ovos e laticínios. Todasas cobalaminas devem ser convertidas em metilcobalamina e 5-desoxadenosil-cobalamina para sua atividade no organismo. Ao ser administrada a vitamina B12 é absorvida após formar um complexo com o fator intrínseco, que é uma glicoproteína secretadas pelas células parietais da mucosa gástrica. O complexo fator intrínseco mais a vitamina B12 é absorvido no íleo distal, uma vez absorvida a vitamina B12 é direcionada para várias células do corpo, ligada uma glicoproteína plasmática, a transcobalamina II (KATZUNG, 2010). O ácido fólico de uso terapêutico é utilizado para o tratamento de anemias megaloblásticas e macróciticas devido a deficiência de folátos. A administração A.V.O é preferida, mas também pode ser utilizados vias intravenosa muscular profunda ou subcutânea. Esse medicamento é necessário para a formação de coenzimas necessárias para a síntese de purinas e pirimidinas, sendo também utilizado para a manutenção da eritropoese (LACY et al. 2009). Ferro O corpo humano possui aproximadamente 4 g/70 kg, e desses 65 % está circulando no sangue como hemoglobina. Essa molécula é composta de quatro subunidades de globinas, cada uma dessas contém um grupamento heme. A porção heme é constituída de um anel porfirínico tetrapirrólico contendendo o ferro no estado ferroso (Fe²) (RANG; DALE, 2007). A ausência do ferro resulta na ausência da formação do grupo heme, que é essencial para a síntese de hemoglobina, que é a parte funcional da hemácia (HOFBRAND; MOSS; PETTIT, 2008). A deficiência do ferro pode ser observa em lactentes, crianças na fase de crescimento, pessoas com carência nutricional de alimentos (principalmente carne) e mulheres no período menstrual (KATZUNG, 2010). A reposição desse ferro é administrada por via oral ou via parenteral. Essa administração oral é resultado de diversos preparados diferentes de ferro ferroso, o principal é o sulfato ferroso, cujo conteúdo de ferro elementar é 200 ug/mg (RANG, et al. 2004). A administração oral do sulfato ferroso é utilizado com o intuito de repor a deficiência do ferro, deve ser ingerido de 2 comprimidos as dia contabilizando 300 mg por dia (LACY et al. 2009). A suplementação da dieta com ferro aumenta o ferro sérico, assim como a quantidade do mesma armazenada no fígado, ele também é crucial para a eritropoiese normal e formação da proteína (hemoglobina). (KESTER, et al. 2008) Linhagem Branca Existem algumas patologias que necessitam da realização de quimioterapia que induzem a diminuição no número de granulócitos, neste caso são usados alguns fatores estimuladores de colônias de Granulócitos; (G-CSF) para fins terapêuticos que revestem essa situação, entre eles: filgrastim e pegfilgrastim, que atuam estimulando a produção, maturação e ativação de neutrófilos, entretanto, o pegfilgrastim possui um efeito mais prolongado. Já o sargramostim, atua estimulando a proliferação, diferenciação de monócitos, macrófagos, eosinófilos e neutrófilos (LACY et al., 2009). O filgrastim é administrado por via subcutânea atingindo pico em período de 2 – 6 horas, possuindo meia-vida de eliminação de 1,8 – 3,5 horas. O pegfilgrastim também é administrado por via subcutânea com meia-vida de eliminação de 15 – 80 horas e o sargramostim com administração semelhante aos anteriores possui meia- vida 2,7 horas e quando intravenosa 60 minutos. A proliferação e diferenciação são estimulados por fatores de crescimentos mielóides que interagem com receptores específicos presentes nas células precursoras mielóides. Sua atuação ocorre em receptores da superfamília JAK/STAT, em que são ativados após a ligação de uma molécula apropriada, dão origem a uma fosforilação das moléculas transdutora de sinal estimulando a transcrição (STAT), através da migração para o núcleo, onde regula a transcrição (KATZUNG, 2010). Plaquetas A trombopoetina é denominada uma proteína glicolisada, no qual é produzida constantemente por vários tipos de órgãos e células, um exemplo disso são os hepatócitos que constituem uma das principais fontes da produção da trombopoetina. Pessoas que possuem a doença trombocitopenia e cirrose consequentemente acarretam níveis baixos de trombopoetina, a ação desta proteína a nível farmacodinâmico atua através de um receptor especifico de citocina encontrada na superfície celular, além disso, a trombopoetina possui a capacidade de estimular o crescimento de progenitores na classe megacariocíticos primitivos, megacariócitos maduros e ativam também plaquetas maduras no qual induzem a responder aos estímulos na indução de sua agregação. Pacientes com trombocitopenia utilizam como tratamento as transfusões de plaquetas comumente, no qual pode provocar diversas reações no receptor, porém muitos pacientes que utilizam este procedimento não apresenta aumento no números de plaquetas (KATZUNG,2005). O Eltrombopag é um medicamento de uso oral, estimulador da trombopoetina que se liga no receptor da mesma como agonista, exercendo seu efeito por meio da ligação ao domínio transmembranar do receptor específico diretamente, tendo ação de promover o aumento da produção de plaquetas (FUCHS; WANNMACHER, 2014). DROGAS QUE AGEM INDIRETAMENTE NA HEMATOPOESE Reações adversas é uma resposta indesejável a um medicamento, que ocorre nas doses normalmente usadas pelo homem para profilaxia, diagnóstica e terapêutica ou para modificação de uma função fisiológica (ACÚRCIO, 2013). Linhagem Vermelha A anemia aplásica mostra um quadro sanguíneo periférico com supressão das células vermelhas, devido a hipoplasia da medula. Essa anemia pode ser congênita, mas a maior parte de casos idiopáticos está relacionada ao uso de determinados fármacos. Além disso pode desenvolver quadros de leucopenia e trombocitopenia (LEE, 2009). Vários fármacos estão relacionados a anemia aplásica dentre eles o cloranfenicol, que foi um dos primeiros agentes associados a anemia aplásica, grandes doses produzem uma branda depressão reversível da medula óssea, isso afeta sobretudo as hemácias, devido a lesão mitocondrial (LEE, 2009). Esse medicamento é um antibiótico que inibe a síntese proteica em bactérias, pode ser administrado via oral (cinamato ou estearatato) e por via parenteral (hemessuccinato). Tem ações bacteriostática e bactericida, possuindo espectro ativo contra várias bactérias aeróbicas gram negativo, tem boa absorção quando introduzido via oral, tem o início da ação rápida, possui meia vida 1 ¹/² - 3¹/², e tem sua eliminação na urina. Dentro das reações adversas destaca-se a anemia aplásica, depressão da medula óssea (AME, 2007-2008). Desde que o uso do cloranfecicol sistêmico diminuiu os medicamentos anti- inflamatórios não esteroidais (AINEs), como grupo terapêutico são tidos a causa mais comum de anemia aplásica induzida por fármacos (LEE, 2009). O ibuprofeno é um AINEs, utilizados como analgésico, antitérmico e anti- inflamatório em processos articulares ou musculoesqueléticos, cefaleia, dismenorreia, doe e febre associados ao resfriado. O mecanismo de ação não é bem conhecido mas parece estar relacionado a inibição de prostaglandinas. Dentre –s efeito adversos destaca-se os hematológicos, causando além de pancetopenia, neutropenias, eosinofilia, leucopenia, agranulocitopenia, anemia aplásica, diminuição do hematócrito e hemoglobina, ocasionando também depressão da medula (AME, 2007-2008). Linhagem Branca No tratamento de determinados tumores existem medicamentos que apresentam reações adversas; ou seja, reações indesejadas que aparecem com o uso de alguns medicamentos (SOARES et al., 2009). Um dessesmedicamentos utilizados no tratamento de câncer de mama, pulmão e ovário é o Paclitaxel, onde o mesmo pode causar neutropenia dependendo do regime posológico que pode leva a um grau de toxidade. Pode causar também leucopenia, anemia trombocitopenia e sangramento. Durante o tratamento com o Paclitaxel é necessário o acompanhamento com continuo com o hemograma, pois o mesmo não pode ser administrado em pacientes com valores de neutrófilos; < 1.500 células/mm³, quando o paciente apresenta ume uma netropenia grave; ou se seja, < 500 células/mm³ é necessário reduzir a dose do medicamento em 20% (LACY et al., 2009). A carboplatina também é um medicamento utilizado na quimioterapia que apresenta vários quadros de efeitos adversos, como: anemia, leucopenia, neutropenia entre outros. A depressão da medula óssea é dependente da dose, sendo assim é necessário reduzir a dose em pacientes com quadros hematológicos. Esse medicamento atua na interferência do DNA das células tumorais. A posologia da carboplatina depende da condição patológica de cada paciente (LACY et al., 2009). Pacientes que possuem alguma disfunção renal se tornam mais vulneráveis a toxicidade do medicamento, uma vez que necessário o uso do medicamento para algum fim terapêutico a dose deve ser reanalisada. “Tumor sólido (uso constante na bula): 300-600 mg/m², 1 vez a cada 4 semanas; tumor cerebral: 175 mg/m², 1 vez/ semana por 4 semanas a cada 6 meses, seguidas por um período de recuperação de 2 semanas entre os ciclos; Adulto: câncer de ovário: 300-600 mg/m² a cada 4 semanas (LACY et al., 2009).” Plaquetas Dentre os medicamentos no qual provocam efeitos colaterais adversos, que interferem nas plaquetas esta: o ácido Acetilsalicílico que são indicados para o uso de tratamento de dor, profilaxia do infarto do miocárdio, inflamação e febres leves, contendo reações adversas como sangramento e causando a trombocitopenia (deficiência de plaquetas). O mecanismo de ação desde medicamento é agir na inibição da síntese de prostaglandinas, bloqueando a sua ação resultando na inibição da formação de compostos agregadora de plaquetas tromboxano A2. Outro medicamento envolvido é o Pentoxifilina, que é usado para tratamento da claudicação intermitente devido a doença arterial oclusiva crônica dos membros, e como efeito nas reações adversas ocasionam a pancitopenia (diminuição de todos os elementos celulares do sangue) e também a trombocitopenia, desde então, seu mecanismo de ação acarreta na redução da viscosidade do sangue por conta do aumento da deformabilidade dos leucócitos e eritrócitos além da diminuição da ativação de neutrófilos, e aumento da oxigenação tissular periférica devido o aumento do fluxo sanguíneo ( LACY,et al., 2009). A Tirofibana é indicada para pacientes com angina instável ou infarto do miocárdio e para prevenir a ocorrência de eventos cardíacos isquêmicos é também indicado para pacientes com síndromes coronárias isquêmicas, submetidos à angioplastia coronária ou aterectomia. Como a inibição da agregação plaquetária aumenta o risco de hemorragias, a tirofibana é contraindicada em pacientes com hemorragia interna ativa, principalmente para os que desenvolveram trombocitopenia após o consumo deste medicamento, entre as reações adversas apresentam trombocitopenia grave, devido a redução aguda de plaquetas relacionado a diversos tipos de sangramentos. O mecanismo de ação especifico da tirofibana que é um antagonista não peptídico do receptor de glicoproteína (GP) IIb/IIIa, o principal receptor plaquetário de superfície envolvido na agregação plaquetária, que impede a ligação do fibrinogênio ao receptor de (GP) IIb/IIIa, bloqueando, desse modo, a ligação cruzada das plaquetas e a agregação plaquetária ( LACY,et al., 2009). O Dipiridamol é utilizado para reduzir o risco de ocorrer uma trombose em pacientes que passaram pelo procedimento de cirurgia troca valvar. E como efeitos das reações decorridas adversamente causam a trombocitopenia, o mecanismo de atuação deste medicamento é a inibição da atividade da adenosina deaminase e fosfodiesterase, causando acumulo de alguns mediadores que irão provocar a inibição da agregação plaquetária podendo causar uma vasodilatação (LACY, 2009). A heparina faz parte dos fármacos mais conhecidos por causar a trombocitopenia, é indicada para tratamento de distúrbios tromboembólicos sendo distinguida entre dois tipos, o primeiro esta relacionado à heparina no qual é associado a uma forma não trombogênica e não imune, é causada por ação entre o fármaco e as plaquetas, podendo afetar até 25% dos pacientes que utilizam, apresenta-se de forma mais branda no qual o numero de plaquetas costuma ficar normais. O segundo tipo é a trombocitopenia induzida pela heparina (TIH), este tipo é menos frequente, ou seja, a forma mais seria é a (TIHST) a trombocitopenia mais síndrome trombótica afetando de 25% a 50% dos pacientes, além de incluir alguns eventos trombóticos (LEE, 2009). DROGAS QUE PROVOCAM APLASIA MEDULAR A aplasia medular caracteriza-se por uma pancitopenia, ou seja, uma diminuição das células derivadas das três linhagens: eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Estas podem ser de origem adquirida ou congênita, sendo que a primeira é iniciada pela ação de alguns medicamentos como: anti-inflamatórios não esteroides, antiepiléticos, antibióticos entre outros (SILVA, 2009). O uso de paracetamol, um anti-inflamatório não esteroide usado no tratamento de dor e febre, pode causar diversas reações opostas dentre estas alterações pode causar anemia e discrasias sanguíneas (neutropenia, pancitopenia, leucopenia), evidenciando um quadro de aplasia (LACY et al. 2009). A carbamazepina é um medicamento utilizado no tratamento de crises convulsivas, no entanto sua administração acarreta em alterações hematológicas como: supressão da medula óssea, anemia aplásica, eosinofilia, leucocitose, leucopenia e agranulocitose (LACY et al. 2009). Pertencente ao grupo das sulfonamidas a sulfadiazina é um antibiótico indicado para o tratamento de infecções, porém um dos seus efeitos adversos é anemia aplástica, anemia hemolítica, leucopenia, trombocitopenia e agranulocitopenia. A ação dessas drogas interferem na produção das células sanguíneas diminuindo a sua produtividade (LACY et al. 2009). Outros agentes que provocam aplasia são as substâncias derivadas do benzeno e radiações ionizantes (SILVA, 2009) REFERÊNCIAS RANG, H. P.; DALE, M. M. Farmacologia.6.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. VERRASTRO, Therezinha; LORENZI, Therezinha F.; NETO, Silvano W. Hematologia e Hemoterapia. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. SILVA, Paulo H.; HASHIMOTO Hemerson B. Hematologia Laboratorial. Rio de Janeiro: Editora Revinter Ltda, 2009. HOFFBRAND, A.V.; MOSS, P.A.H; PETTIT, J.E. Fundamentos em Hematologia. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. ZAGO, Marco A.; FALCÃO, Roberto P.; PASQUINI Ricardo. Hematologia Fundamentos e Prática. São Paulo: Editora Atheneu, 2004. KATZUNG, Bertram G. Farmacologia Básica e Clínica. 10.ed. Porto Alegre: Editora AMGH Ltd, 2010. RANG, H. P, et al. Farmacologia. 5.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004 PAGE, Clive.et al. Farmacologia Integrada. Barueri SP: Manole, 2004. LACY, Charles F. et al. Medicamentos Lexi-Comp Manola: Uma fonte abrangente para médicos e profissionais da saúde. Barueri, SP : Manole, 2009. ACÚRCIO, Francisco de A. Medicamentos: Políticas, Assistência Farmacêutica, Farmacoepidemiologia e Farmacoeconomia. Belo Horizonte: Coopmed, 2013. AME. Dicionáriode Administração de Medicamentos Na Enfermagem. 5.ed. Editora de Publicações Biomédicas Ltda, 2007-2008. SILVA, P.H; HASHIMOTO, Y; ALVES, H.B. Hematologia Laboratorial. Rio de Janeiro: Editora REVINTER, 2009.
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