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TRABALHO DE FARMACOLOGIA PDF

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE GUANAMBI – CESG 
FACULDADE GUANAMBI – FG 
CURSO BACHARELADO EM BIOMEDICINA 
 
 
 
 
MYLLENA RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DROGAS QUE ATUAM NA HEMATOPOESE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guanambi - BA 
2017 
MYLLENA RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DROGAS QUE ATUAM NA HEMATOPOESE 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao curso de graduação 
em Biomedicina da Faculdade Guanambi, 
como requisito avaliativo da disciplina de 
Farmacologia. 
 
Orientador: Prof. Raimundo Nonato 
 
 
 
 
 
 
 
Guanambi - BA 
2017 
INTRODUÇÃO 
 
 O sistema hematopoiético é constituído de sangue, medula óssea, linfonodos 
e timo. Existem também componentes denominados de órgão acessórios, sendo 
eles baço, fígado e rins. O sague é composto de elementos (eritrócitos, leucócitos e 
plaquetas) e plasma (RANG; DALE, 2007). 
 A linhagem celular tem-se o inicio com células primitivas e potentes, que são 
denominadas de células tronco. A unidade formadora de colônias é formada por 
todas as células, estas iram sofrer estímulos e se diferenciarão em suas respectivas 
linhagens, sendo elas: granulares, eritrocitárias, plaquetárias, linfoide dentre outras 
(VERRASTO; LORENZI; NETO, 2005). 
 As células tronco dão origem a duas linhagens celular, a mielóide e a linfoide. 
Dentro da linhagem mielóide a primeira célula formada é a CFU-GEMM (unidade 
formadora de colônias de granulócitos, eritrócitos, megacariócitos e macrófagos). A 
partir dessa tem a origem da primeira célula da linhagem eritróide que é a BFU-E. 
Essa célula necessita de eritropoietina, interleucina-3 e fator estimulante de colônias 
para sua proliferação e desenvolvimento (SILVA; HASHIMOTO; ALVES, 2009). 
 Outro grupo de fatores de crescimento são os kit-ligante e o CSF-1 (fator 
estimulante de colônias de macrófagos. Estes se ligam em receptores de canais 
enzimático tirosinoquinase. O receptor do kit-ligante na célula tronco é chamado de 
c-kit RTK, mutações nesse tipo de receptor pode predispor o aparecimento de 
tumores e leucemias. A sua inibição induz um quadro chamado de pancetonia 
(SILVA; HASHIMOTO; ALVES, 2009). 
 As células da colônia CFU-S são responsáveis pela formação da linhagem 
dos granulócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos) e monócitos e plaquetas, que se 
diferenciam em CFU-GM formam os granulócitos e monócitos. Essa unidade 
formadora de colônia (CFU-S) sofre várias diferenciações e formam os basófilos e 
eosinófilos pelas CFU-Ba e CFU-Eo respectivamente. Ela se diferencia em CFU-
MEG (unidade formadora de megacariócitos) e dá origem as plaquetas (SILVA; 
HASHIMOTO; ALVES, 2009). 
 De acordo Silva, Haschimoto e Alves (2009) a colônia CFU-L dá origem aos 
diferentes tipos de linfócitos. As células B maturam-se na medula óssea, as células 
T desenvolvem-se de células migradas para o timo no qual se diferenciam em 
células T maduras (HOFBRAND; MOSS; PETTIT, 2008). 
 Os fatores de crescimento hematopoiéticos são glicoproteínas secretadas 
pelas células estromais e regulam a proliferação e diferenciação de células 
progenitoras hematopoiéticas. Esses fatores são classificados de acordo o tipo de 
receptor de membrana celular em duas grandes famílias: receptores das citocinas 
(GM-CSF, G-CSF, eritropoietina, trombopoetina, IL-2, IL-3,IL-4,IL-5,IL-6, interferons 
alfa, beta e gama) e a dos receptores tirosina quinase (ligante do kit, CSF, e o TGF-
alfa) (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2004). 
 
DROGAS QUE AGEM DIRETAMENTE NA HEMATOPOESE 
 Linhagem Vermelha 
Eritropoietina 
 Os glóbulos vermelhos são formados na medula óssea, cerca de 1/120 são 
retirados da circulação por se apresentarem na forma de esférocitos, e ocorre a 
reposição destes por uma quantidade equivalente, afim de que mantenha o 
equilíbrio numérico. Além disso, é observado o fenômeno da hemólise fisiológica 
(quebra natural) e a medula é responsável por repor os eritrócitos (VERRASTO; 
LORENZI; NETO, 2005). 
Os fatores de crescimento hematopoiéticos consiste em hormônios 
glicoproteico que regulam a proliferação e diferenciação das células progenitoras 
hematopoiéticas da medula óssea, dentre eles destaca-se a eritropoietina, que foi o 
primeiro fator de crescimento hematopoiético isolado (KATZUNG, 2010). 
Apresenta-se de duas formas distintas a epoetina alfa e a epoetina beta. Elas 
são clinicamente indistinguíveis, elas podem ser administradas por via intravenosa, 
subcutânea ou intraperitoneal, a resposta maior é evidenciada após a injeção 
subcutânea e a mais rápida pela injeção intravenosa (RANG; et al, 2004). 
A eritropoietina recombinante humana (rHuEPO) vai agir estimulando a 
proliferação e diferenciação das células para formação dos eritrócitos, atuando em 
receptores específicos de eritropoietina presentes nos precursoras das hemácias. 
Esses receptores fazem parte da família dos JAK/STAT de receptores de citocinas, 
que agem nos receptores enzimáticos fosforilando proteínas e ativando fatores de 
transcrição para regular a função celular (KATZUNG, 2010). 
Quando administrada por via intravenosa a meia vida da eritropoietina é de 
cerca de oito horas. Indivíduos com insuficiência renal crônica, tem os níveis de 
eritropoietina reduzidos devido complicações nos rins, que é o órgão responsável 
pela produção da mesma, nessa situação a eritropoietina recombinante humana é 
um tratamento eficaz. Pessoas com anemia por insuficiência renal crônica são 
submetidos ao tratamento com a eritropoietina onde é administrado por via 
subcultânea ou intravenosa em doses de 150 unidades/100kg três vezes por 
semana, esse tratamento mostrou-se eficácia em 80% dos casos (PAGE; et al, 
2004). 
Dentro os efeitos adversos destacam se a hipertensão e trombose, que 
ocorrem devido a elevação rápida do hematócrito (RANG; DALE, 2007). 
 
Eritropoiese 
 As células eritroides para serem formadas passam pelo processo de 
eritropoese quando as células pluripotentes são submetida a ação da eritropoietina, 
cada célula progenitora é submetida a processos de proliferação e divisão,a primeira 
célula da linhagem é o proeritroblasto, que evoluem para a formação de eritroblastos 
basófilo, nesta fase começa a ser sintetizado hemoglobina, passando por 
eritroblastos policromático, eritroblastos ortocromático. Quando a síntese da 
hemoglobina está completa, a célula perde o seu núcleo dando origem ao 
reticulócito que ainda contém restos de matérias genéticos. Esse sofre maturação e 
dá origem a hemácia propriamente dita, com a síntese de hemoglobina completa 
(VERRASTO; LORENZI; NETO, 2005). 
 Dois compostos tem papel importante na síntese de DNA das hemácias, 
sendo eles a vitamina B12 e os folatos, agindo na fase de maturação dos glóbulos 
vermelhos. As ausências desses fatores resultam em eritropoese megaloblástica. E 
ocorre a formação de hemácias de grande volume deficientes, com função 
incompleta, levando a um quadro hemolítico (VERRASTO; LORENZI; NETO, 2005). 
 A deficiência de vitamina b12 e folatos ocasionam uma deficiência na 
maturação do núcleo e a síntese defeituosa do DNA. Essa deficiência pode ser 
resultado de uma dieta nutricional carente, anomalias do metabolismo de vitamina 
b12 (deficiência da transcobalamina),deficiências enzimáticas congênitas (ácidúria 
orótica) deficiência enzimática adquirida (abuso de álcool). (HOFBRAND; MOSS; 
PETTIT, 2008) 
 Esses casos necessitam do tratamento com vitaminab12 e doses de folatos. 
Nos seres humanos a hidroxicobalamina é disponíveis para uso terapêutico. É 
adquirida dos alimentos, carne, ovos e laticínios. Todasas cobalaminas devem ser 
convertidas em metilcobalamina e 5-desoxadenosil-cobalamina para sua atividade 
no organismo. Ao ser administrada a vitamina B12 é absorvida após formar um 
complexo com o fator intrínseco, que é uma glicoproteína secretadas pelas células 
parietais da mucosa gástrica. O complexo fator intrínseco mais a vitamina B12 é 
absorvido no íleo distal, uma vez absorvida a vitamina B12 é direcionada para várias 
células do corpo, ligada uma glicoproteína plasmática, a transcobalamina II 
(KATZUNG, 2010). 
 O ácido fólico de uso terapêutico é utilizado para o tratamento de anemias 
megaloblásticas e macróciticas devido a deficiência de folátos. A administração 
A.V.O é preferida, mas também pode ser utilizados vias intravenosa muscular 
profunda ou subcutânea. Esse medicamento é necessário para a formação de 
coenzimas necessárias para a síntese de purinas e pirimidinas, sendo também 
utilizado para a manutenção da eritropoese (LACY et al. 2009). 
 
Ferro 
 O corpo humano possui aproximadamente 4 g/70 kg, e desses 65 % está 
circulando no sangue como hemoglobina. Essa molécula é composta de quatro 
subunidades de globinas, cada uma dessas contém um grupamento heme. A porção 
heme é constituída de um anel porfirínico tetrapirrólico contendendo o ferro no 
estado ferroso (Fe²) (RANG; DALE, 2007). 
 A ausência do ferro resulta na ausência da formação do grupo heme, que é 
essencial para a síntese de hemoglobina, que é a parte funcional da hemácia 
(HOFBRAND; MOSS; PETTIT, 2008). 
 A deficiência do ferro pode ser observa em lactentes, crianças na fase de 
crescimento, pessoas com carência nutricional de alimentos (principalmente carne) e 
mulheres no período menstrual (KATZUNG, 2010). 
 A reposição desse ferro é administrada por via oral ou via parenteral. Essa 
administração oral é resultado de diversos preparados diferentes de ferro ferroso, o 
principal é o sulfato ferroso, cujo conteúdo de ferro elementar é 200 ug/mg (RANG, 
et al. 2004). 
 A administração oral do sulfato ferroso é utilizado com o intuito de repor a 
deficiência do ferro, deve ser ingerido de 2 comprimidos as dia contabilizando 300 
mg por dia (LACY et al. 2009). 
 A suplementação da dieta com ferro aumenta o ferro sérico, assim como a 
quantidade do mesma armazenada no fígado, ele também é crucial para a 
eritropoiese normal e formação da proteína (hemoglobina). (KESTER, et al. 2008) 
 
 Linhagem Branca 
 Existem algumas patologias que necessitam da realização de quimioterapia 
que induzem a diminuição no número de granulócitos, neste caso são usados alguns 
fatores estimuladores de colônias de Granulócitos; (G-CSF) para fins terapêuticos 
que revestem essa situação, entre eles: filgrastim e pegfilgrastim, que atuam 
estimulando a produção, maturação e ativação de neutrófilos, entretanto, o 
pegfilgrastim possui um efeito mais prolongado. Já o sargramostim, atua 
estimulando a proliferação, diferenciação de monócitos, macrófagos, eosinófilos e 
neutrófilos (LACY et al., 2009). 
 O filgrastim é administrado por via subcutânea atingindo pico em período de 2 
– 6 horas, possuindo meia-vida de eliminação de 1,8 – 3,5 horas. O pegfilgrastim 
também é administrado por via subcutânea com meia-vida de eliminação de 15 – 80 
horas e o sargramostim com administração semelhante aos anteriores possui meia- 
vida 2,7 horas e quando intravenosa 60 minutos. A proliferação e diferenciação são 
estimulados por fatores de crescimentos mielóides que interagem com receptores 
específicos presentes nas células precursoras mielóides. Sua atuação ocorre em 
receptores da superfamília JAK/STAT, em que são ativados após a ligação de uma 
molécula apropriada, dão origem a uma fosforilação das moléculas transdutora de 
sinal estimulando a transcrição (STAT), através da migração para o núcleo, onde 
regula a transcrição (KATZUNG, 2010). 
 
 Plaquetas 
 A trombopoetina é denominada uma proteína glicolisada, no qual é produzida 
constantemente por vários tipos de órgãos e células, um exemplo disso são os 
hepatócitos que constituem uma das principais fontes da produção da 
trombopoetina. Pessoas que possuem a doença trombocitopenia e cirrose 
consequentemente acarretam níveis baixos de trombopoetina, a ação desta proteína 
a nível farmacodinâmico atua através de um receptor especifico de citocina 
encontrada na superfície celular, além disso, a trombopoetina possui a capacidade 
de estimular o crescimento de progenitores na classe megacariocíticos primitivos, 
megacariócitos maduros e ativam também plaquetas maduras no qual induzem a 
responder aos estímulos na indução de sua agregação. Pacientes com 
trombocitopenia utilizam como tratamento as transfusões de plaquetas comumente, 
no qual pode provocar diversas reações no receptor, porém muitos pacientes que 
utilizam este procedimento não apresenta aumento no números de plaquetas 
(KATZUNG,2005). 
O Eltrombopag é um medicamento de uso oral, estimulador da trombopoetina 
que se liga no receptor da mesma como agonista, exercendo seu efeito por meio da 
ligação ao domínio transmembranar do receptor específico diretamente, tendo ação 
de promover o aumento da produção de plaquetas (FUCHS; WANNMACHER, 
2014). 
 
DROGAS QUE AGEM INDIRETAMENTE NA HEMATOPOESE 
 Reações adversas é uma resposta indesejável a um medicamento, que 
ocorre nas doses normalmente usadas pelo homem para profilaxia, diagnóstica e 
terapêutica ou para modificação de uma função fisiológica (ACÚRCIO, 2013). 
 Linhagem Vermelha 
 A anemia aplásica mostra um quadro sanguíneo periférico com supressão 
das células vermelhas, devido a hipoplasia da medula. Essa anemia pode ser 
congênita, mas a maior parte de casos idiopáticos está relacionada ao uso de 
determinados fármacos. Além disso pode desenvolver quadros de leucopenia e 
trombocitopenia (LEE, 2009). 
 Vários fármacos estão relacionados a anemia aplásica dentre eles o 
cloranfenicol, que foi um dos primeiros agentes associados a anemia aplásica, 
grandes doses produzem uma branda depressão reversível da medula óssea, isso 
afeta sobretudo as hemácias, devido a lesão mitocondrial (LEE, 2009). 
 Esse medicamento é um antibiótico que inibe a síntese proteica em bactérias, 
pode ser administrado via oral (cinamato ou estearatato) e por via parenteral 
(hemessuccinato). Tem ações bacteriostática e bactericida, possuindo espectro ativo 
contra várias bactérias aeróbicas gram negativo, tem boa absorção quando 
introduzido via oral, tem o início da ação rápida, possui meia vida 1 ¹/² - 3¹/², e tem 
sua eliminação na urina. Dentro das reações adversas destaca-se a anemia 
aplásica, depressão da medula óssea (AME, 2007-2008). 
 Desde que o uso do cloranfecicol sistêmico diminuiu os medicamentos anti-
inflamatórios não esteroidais (AINEs), como grupo terapêutico são tidos a causa 
mais comum de anemia aplásica induzida por fármacos (LEE, 2009). 
 O ibuprofeno é um AINEs, utilizados como analgésico, antitérmico e anti-
inflamatório em processos articulares ou musculoesqueléticos, cefaleia, 
dismenorreia, doe e febre associados ao resfriado. O mecanismo de ação não é 
bem conhecido mas parece estar relacionado a inibição de prostaglandinas. Dentre 
–s efeito adversos destaca-se os hematológicos, causando além de pancetopenia, 
neutropenias, eosinofilia, leucopenia, agranulocitopenia, anemia aplásica, diminuição 
do hematócrito e hemoglobina, ocasionando também depressão da medula (AME, 
2007-2008). 
 
 Linhagem Branca 
 No tratamento de determinados tumores existem medicamentos que 
apresentam reações adversas; ou seja, reações indesejadas que aparecem com o 
uso de alguns medicamentos (SOARES et al., 2009). 
 Um dessesmedicamentos utilizados no tratamento de câncer de mama, 
pulmão e ovário é o Paclitaxel, onde o mesmo pode causar neutropenia dependendo 
do regime posológico que pode leva a um grau de toxidade. Pode causar também 
leucopenia, anemia trombocitopenia e sangramento. Durante o tratamento com o 
Paclitaxel é necessário o acompanhamento com continuo com o hemograma, pois o 
mesmo não pode ser administrado em pacientes com valores de neutrófilos; < 1.500 
células/mm³, quando o paciente apresenta ume uma netropenia grave; ou se seja, < 
500 células/mm³ é necessário reduzir a dose do medicamento em 20% (LACY et al., 
2009). 
 A carboplatina também é um medicamento utilizado na quimioterapia que 
apresenta vários quadros de efeitos adversos, como: anemia, leucopenia, 
neutropenia entre outros. A depressão da medula óssea é dependente da dose, 
sendo assim é necessário reduzir a dose em pacientes com quadros hematológicos. 
Esse medicamento atua na interferência do DNA das células tumorais. A posologia 
da carboplatina depende da condição patológica de cada paciente (LACY et al., 
2009). 
Pacientes que possuem alguma disfunção renal se tornam mais vulneráveis a 
toxicidade do medicamento, uma vez que necessário o uso do medicamento para 
algum fim terapêutico a dose deve ser reanalisada. 
 “Tumor sólido (uso constante na bula): 300-600 mg/m², 1 vez a cada 4 
semanas; tumor cerebral: 175 mg/m², 1 vez/ semana por 4 semanas a cada 6 
meses, seguidas por um período de recuperação de 2 semanas entre os ciclos; 
Adulto: câncer de ovário: 300-600 mg/m² a cada 4 semanas (LACY et al., 2009).” 
 
 Plaquetas 
 Dentre os medicamentos no qual provocam efeitos colaterais adversos, que 
interferem nas plaquetas esta: o ácido Acetilsalicílico que são indicados para o uso 
de tratamento de dor, profilaxia do infarto do miocárdio, inflamação e febres leves, 
contendo reações adversas como sangramento e causando a trombocitopenia 
(deficiência de plaquetas). O mecanismo de ação desde medicamento é agir na 
inibição da síntese de prostaglandinas, bloqueando a sua ação resultando na 
inibição da formação de compostos agregadora de plaquetas tromboxano A2. Outro 
medicamento envolvido é o Pentoxifilina, que é usado para tratamento da 
claudicação intermitente devido a doença arterial oclusiva crônica dos membros, e 
como efeito nas reações adversas ocasionam a pancitopenia (diminuição de todos 
os elementos celulares do sangue) e também a trombocitopenia, desde então, seu 
mecanismo de ação acarreta na redução da viscosidade do sangue por conta do 
aumento da deformabilidade dos leucócitos e eritrócitos além da diminuição da 
ativação de neutrófilos, e aumento da oxigenação tissular periférica devido o 
aumento do fluxo sanguíneo ( LACY,et al., 2009). 
 A Tirofibana é indicada para pacientes com angina instável ou infarto do 
miocárdio e para prevenir a ocorrência de eventos cardíacos isquêmicos é também 
indicado para pacientes com síndromes coronárias isquêmicas, submetidos à 
angioplastia coronária ou aterectomia. Como a inibição da agregação plaquetária 
aumenta o risco de hemorragias, a tirofibana é contraindicada em pacientes com 
hemorragia interna ativa, principalmente para os que desenvolveram 
trombocitopenia após o consumo deste medicamento, entre as reações adversas 
apresentam trombocitopenia grave, devido a redução aguda de plaquetas 
relacionado a diversos tipos de sangramentos. O mecanismo de ação especifico da 
tirofibana que é um antagonista não peptídico do receptor de glicoproteína (GP) 
IIb/IIIa, o principal receptor plaquetário de superfície envolvido na agregação 
plaquetária, que impede a ligação do fibrinogênio ao receptor de (GP) IIb/IIIa, 
bloqueando, desse modo, a ligação cruzada das plaquetas e a agregação 
plaquetária ( LACY,et al., 2009). 
 O Dipiridamol é utilizado para reduzir o risco de ocorrer uma trombose em 
pacientes que passaram pelo procedimento de cirurgia troca valvar. E como efeitos 
das reações decorridas adversamente causam a trombocitopenia, o mecanismo de 
atuação deste medicamento é a inibição da atividade da adenosina deaminase e 
fosfodiesterase, causando acumulo de alguns mediadores que irão provocar a 
inibição da agregação plaquetária podendo causar uma vasodilatação (LACY, 2009). 
 A heparina faz parte dos fármacos mais conhecidos por causar a 
trombocitopenia, é indicada para tratamento de distúrbios tromboembólicos sendo 
distinguida entre dois tipos, o primeiro esta relacionado à heparina no qual é 
associado a uma forma não trombogênica e não imune, é causada por ação entre o 
fármaco e as plaquetas, podendo afetar até 25% dos pacientes que utilizam, 
apresenta-se de forma mais branda no qual o numero de plaquetas costuma ficar 
normais. O segundo tipo é a trombocitopenia induzida pela heparina (TIH), este tipo 
é menos frequente, ou seja, a forma mais seria é a (TIHST) a trombocitopenia mais 
síndrome trombótica afetando de 25% a 50% dos pacientes, além de incluir alguns 
eventos trombóticos (LEE, 2009). 
 
DROGAS QUE PROVOCAM APLASIA MEDULAR 
 A aplasia medular caracteriza-se por uma pancitopenia, ou seja, uma 
diminuição das células derivadas das três linhagens: eritrócitos, leucócitos e 
plaquetas. Estas podem ser de origem adquirida ou congênita, sendo que a primeira 
é iniciada pela ação de alguns medicamentos como: anti-inflamatórios não 
esteroides, antiepiléticos, antibióticos entre outros (SILVA, 2009). 
 O uso de paracetamol, um anti-inflamatório não esteroide usado no 
tratamento de dor e febre, pode causar diversas reações opostas dentre estas 
alterações pode causar anemia e discrasias sanguíneas (neutropenia, pancitopenia, 
leucopenia), evidenciando um quadro de aplasia (LACY et al. 2009). 
 A carbamazepina é um medicamento utilizado no tratamento de crises 
convulsivas, no entanto sua administração acarreta em alterações hematológicas 
como: supressão da medula óssea, anemia aplásica, eosinofilia, leucocitose, 
leucopenia e agranulocitose (LACY et al. 2009). 
 Pertencente ao grupo das sulfonamidas a sulfadiazina é um antibiótico 
indicado para o tratamento de infecções, porém um dos seus efeitos adversos é 
anemia aplástica, anemia hemolítica, leucopenia, trombocitopenia e 
agranulocitopenia. A ação dessas drogas interferem na produção das células 
sanguíneas diminuindo a sua produtividade (LACY et al. 2009). 
 Outros agentes que provocam aplasia são as substâncias derivadas do 
benzeno e radiações ionizantes (SILVA, 2009) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
RANG, H. P.; DALE, M. M. Farmacologia.6.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 
VERRASTRO, Therezinha; LORENZI, Therezinha F.; NETO, Silvano W. 
Hematologia e Hemoterapia. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. 
SILVA, Paulo H.; HASHIMOTO Hemerson B. Hematologia Laboratorial. Rio de 
Janeiro: Editora Revinter Ltda, 2009. 
HOFFBRAND, A.V.; MOSS, P.A.H; PETTIT, J.E. Fundamentos em Hematologia. 
5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
ZAGO, Marco A.; FALCÃO, Roberto P.; PASQUINI Ricardo. Hematologia 
Fundamentos e Prática. São Paulo: Editora Atheneu, 2004. 
KATZUNG, Bertram G. Farmacologia Básica e Clínica. 10.ed. Porto Alegre: Editora 
AMGH Ltd, 2010. 
RANG, H. P, et al. Farmacologia. 5.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004 
PAGE, Clive.et al. Farmacologia Integrada. Barueri SP: Manole, 2004. 
LACY, Charles F. et al. Medicamentos Lexi-Comp Manola: Uma fonte abrangente 
para médicos e profissionais da saúde. Barueri, SP : Manole, 2009. 
ACÚRCIO, Francisco de A. Medicamentos: Políticas, Assistência Farmacêutica, 
Farmacoepidemiologia e Farmacoeconomia. Belo Horizonte: Coopmed, 2013. 
AME. Dicionáriode Administração de Medicamentos Na Enfermagem. 5.ed. 
Editora de Publicações Biomédicas Ltda, 2007-2008. 
SILVA, P.H; HASHIMOTO, Y; ALVES, H.B. Hematologia Laboratorial. Rio de 
Janeiro: Editora REVINTER, 2009.

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