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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA DISCIPLINA DE EPIDEMIOLOGIA ESTUDOS CASO-CONTROLE 1- Durante o ano de 2002, um estudo caso-controle para investigar a associação entre o baixo peso ao nascer e ocorrência de desnutrição grave na infância foi realizado no município do Rio de Janeiro. Os autores selecionaram todos os casos de desnutrição grave em menores de 2 anos de idade que foram internados em 5 hospitais públicos de emergência nesta cidade. O critério básico para definição de caso foi apresentar, no momento da internação, o indicador “peso para a idade” menor do que um valor padrão esperado (<2 desvios-padrão em relação à curva de referência do National Center for Health Statistics - NCHS). Os controles foram selecionados dentre crianças moradoras na vizinhança dos casos e que apresentavam o indicador “peso para a idade” dentro da normalidade. Tanto para casos como para controles, a informação sobre o peso ao nascer foi obtida diretamente nos Registros de Nascidos Vivos, formulário que é preenchido ao nascimento da criança e armazenado na Secretaria de Saúde. Os resultados apontaram para uma associação forte entre baixo peso ao nascer e desnutrição, expressa por uma razão de chances (odds ratio – OR) de 5,3. a) Apresente uma alternativa para a seleção de controles. Qual a vantagem e a desvantagem desta alternativa em relação ao esquema de seleção utilizado originalmente no estudo? b) Descreva um possível viés associado à forma como a informação sobre peso ao nascer foi obtida. Na sua opinião se este viés pudesse ser corrigido, o que aconteceria com o OR? Por que? 2- Você planeja um estudo caso-controle para tentar responder à seguinte questão de pesquisa: “Um maior consumo de frutas e verduras reduz o risco de doença coronariana em idosos?” Imagine que o seu estudo mostre que os indivíduos do grupo controle consomem mais frutas e verduras que os indivíduos com doença coronariana. Existe uma possibilidade de que a associação entre maior consumo de frutas e verduras e doença coronariana seja confundida pela atividade física (indivíduos que consomem mais frutas e verduras também fazem mais atividades físicas, e isso é a causa para o menor risco de doença coronariana). Quais as possíveis explicações para essa associação inversa entre o consumo de frutas e verduras e doença coronariana? Como cada uma dessas possibilidades poderia ser alterada na fase de delineamento do estudo? Que estratégias poderiam ser utilizadas para lidar com atividade física como possível confundidor, e quais as vantagens e desvantagens?
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