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Amazônia
A Amazônia abriga 33% das florestas tropicais do planeta e cerca de 30% das espécies conhecidas de flora e fauna. Hoje, a área total vítima do desmatamento da floresta corresponde a mais de 350 mil Km2, a um ritmo de 20 hectares por minuto, 30 mil por dia e 8 milhões por ano. Com esse processo, diversas espécies, muitas delas nem sequer identificadas pelo homem, desapareceram da Amazônia. 
Um dos principais problemas é o desmatamento ilegal e predatório. Madereiras instalam-se na região para cortar e vender troncos de árvores nobres. Há também fazendeiros que provocam queimadas na floresta para ampliação de áreas de cultivo (principalmente de soja). Estes dois problemas preocupam cientistas e ambientalistas do mundo, pois em pouco tempo, podem provocar um desequilíbrio no ecossistema da região, colocando em risco a floresta. 
Outro problema é a biopirataria na floresta amazônica. Cientistas estrangeiros entram na floresta, sem autorização de autoridades brasileiras, para obter amostras de plantas ou espécies animais. Levam estas para seus países, pesquisam e desenvolvem substâncias, registrando patente e depois lucrando com isso. O grande problema é que o Brasil teria que pagar, futuramente, para utilizar substâncias cujas matérias-primas são originárias do nosso território.
Com a descoberta de ouro na região (principalmente no estado do Pará), muitos rios estão sendo contaminados. Os garimpeiros usam o mercúrio no garimpo, substância que está contaminando os rios e peixes da região. Índios que habitam a floresta amazônica também sofrem com a extração de ouro na região, pois a água dos rios e os peixes são importantes para a sobrevivência das tribos. 
Cerrado
É o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alteração com a ocupação humana. Atualmente, vivem ali cerca de 20 milhões de pessoas. A atividade garimpeira, por exemplo, intensa na região, contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu assoreamento. A mineração favoreceu o desgaste e a erosão dos solos. Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do cerrado. Hoje, menos de 2% está protegido em parques ou reservas.
A partir da segunda metade do século 20, o bioma perdeu 50% de sua vegetação nativa na abertura de novas fronteiras agropecuárias. Dentre as muitas atividades rurais, as mais incrementadas são: a soja e o gado para exportação. 
Há também um considerável processo de urbanização depois da transferência da capital do país para Brasília, em 1960. Hidrelétricas, dutos e estradas completam o quadro preocupante do Cerrado, que tem por símbolo o Lobo Guará. 
Era inimaginável que o Pantanal, com tanta água, pudesse ser vítima de grandes agressões ambientais. Mas está sendo. A supressão da vegetação nativa aumenta para dar lugar a pastos, muitos deles extensivos. 
Os teores de poluição já começam a assustar os especialistas. A pesca e a caça já ultrapassam os limites da sustentabilidade dos ecossistemas. Há ameaças à biodiversidade. Simboliza-o Tuiuí.
Pantanal
Redução de habitat e fragmentação: é uma das maiores ameaças a estabilidade das populações naturais. Isso acontece quando as florestas são desmatadas, estradas são construídas e rios canalizados. Essa ação antrópica reduz e desconecta os habitats naturais produzindo pequenas manchas dos ecossistemas naturais. As subpopulações pequenas e isoladas em fragmentos de habitat são vulneráveis á extinção por causa da perda diversidade genética e de perturbações ambientais aleatórias.
• Introdução de espécies invasoras: as espécies invasoras ou exóticas são seres vivos de outras regiões que chegaram acidentalmente ou foram introduzidos deliberadamente para cultivos, ornamentação, caça ou agentes de controle biológico. Essas espécies exóticas competem, parasitam ou predam as espécies naturais causando mudanças drásticas na composição vegetal e animal dos ecossistemas. As espécies exóticas são consideradas segunda maior causa de perda de biodiversidade.
• Sobreexploração: com o avanço tecnológico e demográfico da humanidade, observa-se um aprimoramento das armas e ferramentas para a caça e a pesca e uma demanda maior de alimento para suprir as populações humanas. Os seres humanos se tornaram caçadores e pescadores tão eficientes que muitas espécies desapareceram ou desaparecerão devido a essas atividades humanas. Além disso, a extração da madeira e a extensão das áreas de cultivo e de pastagem têm contribuído para a diminuição das áreas verdes e para o extermínio de espécies.
• Tráfico de animais e retirada da flora silvestre: animais e plantas são retirados dos ambientes naturais para serem comercializados como objetos de estimação ou de decoração.
- Pecuária extensiva – Emulação com a fauna nativa. 
- Pesca predatória e caça ao jacaré – redução das reservas pesqueiras e possibilidade de extinção de algumas espécies de animais. 
- Garimpo de ouro e pedras preciosas – Processo de erosão, contaminação dos rios. 
- Turismo e migração desordenada e predatória – Fogos na região, causando a morte das aves. 
- Aproveitamento dos cerrados - A má administração das lavouras causa grandes erosões no solo e a utilização de biocidas e fertilizantes contamina os rios. 
- Plantio de cana-de-açúcar - Provoca dano à preservação ambiental, trazendo grandes perigos para a contaminação de rios.
Mata Atlântica
A Mata Atlântica originalmente ocupava 16% do território brasileiro. 
Das espécies vegetais, muitas correm risco de extinção por terem seu ecossistema reduzido, por serem retiradas da mata para comercialização ilegal ou por serem extraídas de forma irracional como ocorreu com o pau-brasil e atualmente ocorre com o palmito juçara (Euterpe edulis), entre muitas outras espécies.
Para a fauna, observa-se um número elevado de espécies ameaçadas de extinção, sendo a fragmentação deste ecossistema, uma das principais causas. A fragmentação do habitat de algumas espécies, principalmente de mamíferos de médio e grande porte, faz com que as populações remanescentes, em geral, estejam subdivididas e representadas por um número consideravelmente pequeno de indivíduos (Câmara, 1991).
Apesar de toda a destruição que o ecossistema vem sofrendo, aproximadamente 100 milhões de brasileiros dependem desta floresta para a produção de água, manutenção do equilíbrio climático e controle da erosão e enchentes.
Principais agressões à Mata Atlântica:
Está sendo derrubada para:
	
	Extração de madeira;
	
	Moradia, construção de cidades;
	
	Agricultura;
	
	Industrialização, e conseqüentemente poluição;
	
	Construção de rodovias
Além de derrubada sofre:
	
	Pesca predatória em seus rios;
	
	Turismo desordenado;
	
	Comércio ilegal de plantas e animais nativos;
	
	Exportação ilegal de material genético;
	
	Fragmentação das áreas preservadas
Entre 1985 e 1990 foram cortadas na Mata Atlântica 1.200.000.000 árvores. Apesar disso, a Mata Atlântica conserva sua importância em termos biológicos.
O mico-leão dourado é uma das espécies mais ameaçadas do mundo. Ele só é encontrado em uma pequena área de Mata Atlântica no Rio de Janeiro. Para evitar sua extinção, é preciso garantir habitat suficiente para abrigar uma população de 2000 animais até o ano 2025. 
Devido a grande devastação dessa mata quase 200 espécies estão ameaçadas de extinção fora aquelas que já se extinguiram, metade das espécies vivas hoje poderá estar extinta até o final do próximo século. 
Hoje a maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes cidades, pastos e agricultura. Porém, ainda restam manchas da floresta na Serra do Mar. Aí ainda é possível ver o jequitibá-rosa, o gigante da floresta, as flores roxas das quaresmeiras e até alguns sobreviventes do pau-brasil. Embaixo das árvores, há pequenas árvores, arbustos e palmeiras, cobertos de bromélias e orquídeas. Encontramos morcegos, marsupiais,como o gambá e a cuíca; vários tipos de macacos; répteis como os lagartos, jabutis, cágados e cobras; as lindas borboletas que ainda não foram transformadas em quadros para turistas, e uma rica variedade de aves. 
Logo em seguida ao descobrimento, grande parte da vegetação da Mata Atlântica foi destruída devido à exploração intensiva e desordenada da floresta. O pau-brasil foi o principal alvo de extração e exportação dos exploradores que colonizaram a região e hoje está quase extinto.
Mata Atlântica devastou o ecossistema da Floresta das Araucárias devido ao valor comercial da madeira pinho extraída da Pinheiro-do-paraná. 
Além da exploração predatória dos recursos florestais, houve também um significativo comércio de exportação de couros e peles de onças (que chegou ao preço de um boi), antas, cobras, capivaras, cotias, lontras, jacarés, jaguatiricas, pacas, veados e outros animais, de penas e plumas e carapaças de tartarugas.
Ao longo da história, personagens como José Bonifácio de Andrada e �� HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Bonif%C3%A1cio_de_Andrada_e_Silva" \o "José Bonifácio de Andrada e Silva" \t "_parent" Silva, Joaquim Nabuco e Euclides da Cunha protestaram contra esse modelo predatório de exploração.
Hoje, praticamente 90% da Mata Atlântica em toda a extensão territorial brasileira está totalmente destruída. Do que restou, acredita-se que 75% está sob risco de extinção total, necessitando de atitudes urgentes de órgãos mundiais de preservação ambiental às espécies que estão sendo eliminadas da natureza de forma acelerada. 
Pampas
Essa região é predominantemente de planícies, mas também apresenta serras, morros rupestres, coxilhas, dunas e manchas de areia. Seu clima é temperado, com temperatura média de 20°C, chegando a 35°C no verão, e com geadas e neve na época de inverno: momento de maior concentração de chuvas. 
Com aproximadamente 180.000 km2, abriga a maior porcentagem do aquífero Guarani, e tem cerca de 800 espécies de gramíneas, 200 de leguminosas e 70 de cactos; além de 385 de aves e 90 de mamíferos, sendo alto o número de espécies endêmicas (que vivem somente naquela região) e, também, em extinção. Garça, marreco, quero-quero, tatu, guaxinin, veado, onça-pintada, jaguatirica, lontra, macaco-prego, guariba, preguiça, tamanduá, capivara, lobo guará, veado campeiro, tuco-tuco, papa mosca do campo, e curruira do campo, são alguns representantes da fauna local. 
Nos Pampas, a agropecuária tem bastante força, o que vem provocando problemas ambientais, como a erosão do solo. Cerca de 50% deste, é ocupado por áreas rurais: valor relativamente pequeno, se comparado aos outros biomas. Entretanto, os Pampas é o que possui menor porcentagem territorial destinada à conservação e um dos menos estudados. 
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Devido à riqueza do solo, as áreas cultivadas do Sul se expandiram rapidamente sem um sistema adequado de preparo, resultando em erosão e outros problemas que se agravam progressivamente. Os campos são amplamente utilizados para a produção de arroz, milho, trigo e soja, às vezes em associação com a criação de gado. A desatenção com o solo, entretanto, leva à desertificação, registrada em diferentes áreas do Rio Grande do Sul. O pastoreio descontrolado do gado bovino e ovelhas está provocando a degradação do solo. Na época de estiagem, quando as pastagens secam, o mesmo número de animais continua a disputar áreas menores. Com o pasto quase desnudo, cresce a pressão sobre o solo que se abre em veios. Quando as chuvas recomeçam, as águas correm por essas depressões dando início ao processo de erosão. O fogo utilizado para eliminar restos de pastagem secas, torna o solo ainda mais frágil.
Devido à ocupação do território, a exploração indiscriminada de madeira, iniciada pela colonização no planalto das Araucárias, favoreceu a expansão gradativa da agricultura. Os gigantescos pinheiros foram derrubados e queimados para dar lugar ao cultivo de milho, trigo, arroz, soja e uva. O cultivo de frutíferas está tendo um grande avanço, criando uma pressão nas áreas florestais; aliado ao extrativismo seletivo de espécies madeireiras que está comprometendo os remanescentes florestais.
Além dos grandes desmatamentos para o cultivo, existe ainda uma forte pressão de pastejo e a prática do fogo que não permitem o estabelecimento da vegetação arbustiva.
A agricultura, a pecuária de corte e a industrialização trouxeram vários problemas ambientais, como a degradação, a compactação dos solos, a contaminação e o assoreamento dos aqüíferos, devido ao manejo inadequado das culturas. O manejo inadequado em áreas inapropriadas dos campos sulinos tem levado a um processo de desertificação, principalmente em áreas cujo substrato é o arenito, na abrangência das bacias dos rios Ibicuí e Ibarapuitã.
Estas regiões ainda guardam áreas protegidas restritas a ecossistemas naturais, que são alvo de preocupação em relação à sua conservação e preservação. Atualmente estão implantadas Unidades de Conservação voltadas para a conservação da Floresta com Araucária e dos campos sulinos.
Caatinga
A Caatinga, também conhecida como Sertão Nordestino, manifesta-se na maior parte do nordeste brasileiro, que apresenta clima semi-árido, baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas. Em tupi-guarani significa “mata branca”, devido ao aspecto de sua vegetação em época de seca, em que as plantas perdem as folhas e os galhos ficam acinzentados.
Desertificação é o processo de "degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e subúmidas, resultante de diferentes fatores, entre eles as variações climáticas, e as atividades humanas". O termo surgiu no fim dos anos 40 para identificar áreas que estavam ficando parecidas com desertos ou aquelas em que os desertos aparentavam estar expandindo-se.disso, devido ao desmatamento, muitas áreas atingiram um nível de desertificação 
A exploração inadequada dos recursos naturais e a ameaça da diversidade biológica são preocupações que estão, cada vez mais, deixando de ser tópicos discutidos somente pelas políticas públicas. É notável o crescimento da iniciativa privada no planejamento e tomada de decisões a respeito dos problemas ambientais de ordem global. Trata-se de uma tendência que surge a partir da ampliação da visão sistêmica, na qual envolve e responsabiliza cada ator social pelo estado em que se encontra nosso planeta. 
O meio ambiente, muitas vezes colocado em segundo plano pelos planejamentos públicos, está sendo alvo de ações relacionadas à conservação pela sociedade civil, em resposta a esse processo destrutivo que, em uma escala de tempo, somente amplia a escassez, a pobreza e a perda da qualidade de vida.
Mais vulneráveis à erosão, essas zonas têm passado por processos de degradação dos solos, dos recursos hídricos, da vegetação e da biodiversidade, somados à redução da qualidade de vida da população. Em grande parte, por conta da exploração desordenada dos recursos, com o objetivo de produzir mais para o atender ao mercado.
Apesar de toda a aridez, a região é rica em biodiversidade animal e vegetal, pois abriga 1/3 de espécies endêmicas exclusivamente brasileiras, ou seja, elas só existem na Caatinga. De forma geral, a vegetação é formada por arbustos, árvores baixas, retorcidas e cheias de espinhos ou cactos, todos adaptados ao clima quente e seco.
A ocupação humana da Caatinga é um problema muito sério, pois a seca faz parte e é característica da paisagem e o homem, após séculos de ocupação, pouco entende sobre como se desenvolve e é frágil esse bioma, aspectos que tornam a vida nele ainda mais difícil. 
Seus principais impactos ambientais são a formação de grandes latifúndios para a criação de gado, desmatamentos para formar pastagens e implantar indústrias, exploração irregular de recursos hídricos, de combustíveis fósseis e projetos de irrigação e drenagem executados sem critério, que provocam a salinização do solo ou oassoreamento dos açudes. Além irreversível que tende a se expandir gradativamente para áreas vizinhas.
Os efeitos da degradação ambiental são maximizados por fatores estruturais, como má distribuição de renda, alta densidade demográfica e incompatibilidade entre atividades econômicas e condições ambientais. Estes agravantes tornam mais difícil o combate à desertificação. No Nordeste, o descuido com a natureza tem criado complicações que já podem ser percebidas: diminuição da disponibilidade de água, assoreamento do Rio São Francisco, exposição excessiva dos solos a insolação por causa do desmatamento, perda da umidade e redução da biodiversidade da caatinga. Danos de outra ordem, a exemplo da diminuição da atividade agrícola, da circulação de renda e, consequentemente, do aumento dos índices de pobreza não são menos graves e exigem políticas governamentais específicas.
Mais vulneráveis à erosão, essas zonas têm passado por processos de degradação dos solos, dos recursos hídricos, da vegetação e da biodiversidade, somados à redução da qualidade de vida da população. Em grande parte, por conta da exploração desordenada dos recursos, com o objetivo de produzir mais para o atender ao mercado.

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