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Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Ciência do Ambiente Autor: Welington Kiffer de Freitas Aula 5 – Biomas mundiais e do Brasil Meta Apresentar o conceito de bioma. Diferenciar os principais biomas mundiais Reconhecer os principais biomas brasileiros Objetivos Após esta aula, você será capaz de: Perceber como os padrões climáticos atuam na formação dos biomas no planeta; Entender a integração de condições e recursos que determinam a composição dos biomas no planeta; Distinguir os principais biomas brasileiros e suas características; Reconhecer os biomas brasileiros com mais destaques no mundo. 1. Introdução Os elementos do clima modificam-se conforme nos deslocamos na superfície do Planeta. Sendo assim, quando nos posicionamos em latitudes mais baixas, ou seja, mais próximo da linha do Equador, a biodiversidade tende a aumentar, obedecendo aos elementos ou atributos do clima (latitude, altitude, maritimidade, correntes oceânicas, etc.), que são condicionados pelos fatores climáticos (radiação solar, temperatura do ar, umidade do ar, precipitação, pressão atmosférica, etc.), como estudado nas aulas anteriores. O conceito de bioma expressa a adaptação das diferentes formas de vida em relação ao meio físico, em uma escala a nível da paisagem. Os biomas sofreram modificações ao longo da trajetória da vida da Terra. Porém, hoje, as atividades antrópicas vêm promovendo significativas modificações nas paisagens. Dessa forma, a conservação e a preservação dos ecossistemas devem ser uma preocupação fundamental para o equilíbrio ambiental e sobrevivência da nossa espécie. Diante disso, temos que considerar que dentro de pouco tempo, vocês estarão participando de grandes projetos, por isso a importância de considerar as consequências de nossas ações, uma vez que muitas áreas que já foram destruídas mais nunca retornarão ao seu estado original. 2. Conceito de bioma Os biomas são classificados pelas formas mais comuns de seres vivos, geralmente representado pela vegetação, distribuídos por extensas regiões do Planeta. Muitas vezes, os biomas podem ocorrer como assembleias biológicas com muita similaridade, que podem ser encontrados em continentes diferentes, controlados pela ação do clima. Os biomas se diferenciam de acordo com as principais comunidades do mundo, classificadas de acordo com a vegetação predominante e caracterizadas por adaptações de organismos a esses ambientes. Então, o conceito de bioma se refere a grandes comunidades biológicas modeladas pelo ambiente físico. Conforme já estudado anteriormente, os biomas variam consideravelmente por causa dos gradientes ambientais (Fatores do clima - latitude, altitude e outros; Elementos do clima – temperatura, umidade, pressão, dentre outros). Atualmente, podemos classificar os diferentes biomas de acordo com a influência do clima, habitat, adaptação animal e vegetal, biodiversidade e atividade humana. Início do Verbete Comunidades – conjunto de organismos vivos que ocupam um determinado habitat. Assembleias – conjunto de espécies definido com base em afinidades taxonômicas, por exemplo, assembleia de formigas de determinado lugar. Guilda – baseia-se no conceito de energia trófica, sendo essa classificação de comunidade mais restritiva das três, pois considera espécies que exploram de forma semelhante os recursos, podendo ou não possuir afinidades taxonômicas, por exemplo, a guilda dos insetos que utilizam néctar floral ou predadores de sementes de uma floresta. Fim do Verbete Em todo o Planeta podem ser encontrados diferentes classificações dos biomas. Aqui vamos considerar uma classificação mais simplificada para fins de mapeamento, sendo apresentados sucintamente os seguintes biomas: Tundra Floresta Setentrional Boreal (ou Taiga) Pradaria (ou Campo temperado) Floresta Temperada Floresta Pluvial Tropical Savana Na década de 1970, o ecólogo Robert H. Whittaker estabeleceu uma nova abordagem para analisar a relação entre os biomas terrestres com relação ao clima. Como produto roiginou um diagrama que apresenta os limites aproximados dos grandes biomas em função das médias anuais de temperatura e precipitação. A Figura 1 apresenta uma adaptação do diagrama apresentado por Whittaker. Figura 1 – Adaptação do Diagrama de Whittaker para a classificação dos grandes biomas terrestres mundiais. Início da ATIVIDADE 1 Atende ao Objetivo 1 Como você pode explicar o fato da Floresta Pluvial Tropical ser uma comunidade com elevada biodiversidade e produtividade estabelecida em um substrato pobre em nutrientes? Ilustração: favor inserir 20 linhas para resposta. As regiões tropicais apresentam elevadas temperaturas (média de 270C) com altas e frequentes taxas de precipitação, por estarem situadas próximas a linha do Equador. Essas regiões abrigam mais espécies de plantas e animais que todos os outros biomas juntos. Como foi aprendido na última aula, as florestas tropicais são formadas por uma vegetação exuberante, resultado da grande quantidade de energia solar e água que recebe, permitindo o desenvolvimento da vegetação ao longo de todo o ano. Da mesma forma, as folhas largas das árvores aumentam a absorção de luz solar, representando uma elevada produtividade primária. Todavia, o solo das florestas tropicais é pobre em nutrientes minerais, contudo a reciclagem da matéria orgânica é muito rápida, o que compensa a falta de nutrientes no solo. Analogamente, os microrganismos também aceleram a decomposição da matéria e orgânica e, muitos deles, exercem associações com a flora suprindo grande parte dos nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas, principalmente nitrogênio e fosforo. Esses são principais fatores que explicam as suas elevadas taxas de diversidade e produtividade. Fim da ATIVIDADE 1 A seguir serão apresentados os principais biomas terrestres e suas características determinantes. 2.1 Tundra As Tundras ocupam cerca de 2 milhões de ha de terras, localizadas nas elevadas latitudes, acima dos 60º, prinicpalmente no Hemisfério Norte. Essas regiões possuem temperatura baixa, pouca precipitação e solo superficial congelado no inverno e permanentemente congelado em profundidade (Permafrost). A drenagem da água é dificultada pelo Permafrost, que mantém o solo saturado pela maior parte da estação de crescimento (primavera e verão). A vegetação é representada por uma vegetação graminóide, árvores anãs e presença de musgos e liquens. Na Paisagem, pequenas lagoas se espalham, exercendo grande importância para animais migratórios (principalmente aves e mamíferos) (Figura 2). Figura 2 – Panorama de um trecho da Tundra. 2.2. Taiga (ou Floresta Setentrional Boreal) As Taigas ou Florestas Boreais ocorrem acima da faixa de 50ºN na América do Norte e 60ºN na Europa e na Ásia. A temperatura se mantem abaixo de 5ºC e a precipitação anual ente 400 a 1.000mm. Essas condições ambientais proporcionam uma baixa evaporação, com isso os solos se mentem constantemente úmidos, somente favorável ao crescimento da vegetação nas fases favoráveis (primavera e verão), menos de 100 dias no ano. A vegetação é formada por densos bosques de árvores com folhas perenes, altura entre 10 a 20m e tecidos tolerantes ao congelamento. Nesse bioma destacam-se árvores do tipo das de coníferas (pinheiros). A estação de crescimento curta e o frio intenso limita a sua vegetação associada (Figura 3). Figura 3 – Panorama de um trecho da Taiga As condições úmidas e frias dos solos limitam a decomposição da matéria orgânica no solo. Sendo assim, a quantidade de matéria orgânica no solo tende a se acumular, uma vez que a taxa de crescimento vegetal ésuperior a taxa de decomposição. O estoque de matéria orgânica no solo torna a Floresta Boreal importante para o ciclo global de carbono. As atividades antrópicas, como incêndios florestais, podem aumentar quantidades expressivas de carbono para a Atmosfera. Por isso, o uso e o manejo dos solos das Florestas Boreais têm chamado muito a atenção com relação as mudanças climáticas. Assim como a Tundra, as atividades antrópicas trouxeram poucos problemas aos ecossistemas naturais, quando comparado com os demais biomas. Dentre as principais atividades antrópicas se destacam a exploração madeireira e os empreendimentos de óleo e gás. 2.3. Pradarias (Campos Temperados) Na América do Norte, Europa e Ásia, as Pradarias ocorrem em latitudes similares (entre 30ºN a 50ºN). Nesse mesmo intervalo também ocorre no hemisfério sul na costa leste da América do Sul, África e Nova Zelândia. Os climas temperados possuem maior sazonalidade, com invernos gelados e secos e; verões quentes e úmidos, podendo ocorrer elevadas taxas de precipitação em algumas regiões, ultrapassando 2.000mm ao ano (Figura 4). Figura 4 – Panorama de um trecho das Pradarias A grande concentração de matéria orgânica que se acumula no solo, ao longo dos anos, favorece a fertilidade, por isso esses solos possuem grande aptidão para atividades agropecuárias. Não foi à toa que grandes extensões das pradarias foram convertidas em áreas de cultivo e de criação animal. Hoje, essas áreas fornecem alimentos, como: arroz, milho, trigo, aveia, cevada, centeio, centeio e pastagem, distribuídos para grande parte da população mundial. De todos os biomas, esse é o mais cobiçado, usado e transformado pelo homem. Nesse sentido, o fogo e o manejo inadequado do solo causaram significativos impactos negativos nesses ecossistemas. 2.4 Floresta Temperada As Florestas Deciduais ocorrem na faixa de 30º a 50ºN, em condições climáticas moderadas, com inverno gelado, como no leste dos Estados Unidos, sudeste do Canadá, grande parte da Europa e leste da Ásia. No hemisfério Sul, as Florestas Temperadas são pouco desenvolvidas, pois as temperaturas atingem poucas vezes ponto de congelamento. A precipitação pode variar entre 500 a 2.500mm, geralmente superior a evapotranspiração, com isso a água tende a drenar para o lençol freático, alimentando rios e lagos. Os solos acumulam matéria orgânica, por isso tendem a ser bastante ácidos. Nesse bioma, a sazonalidade é fortemente demarcada com a floração de grande parte das espécies no início da primavera. A vegetação dominante é caducifólia, ou seja, quando a percentagem de indivíduos arbóreos desfolhados na estação seca situa-se acima de 50% do total. A decidualidade é uma adaptação do estrato vegetal para suportar longos períodos de seca ou de frio intenso. Nas partes mais secas e com solos mais arenosos e pobres em nutrientes desse bioma predominam os pinheiros. Nas Florestas Temperadas muitas espécies de animais são migratórias. Somente nas estações favoráveis a fauna encontra recursos alimentares suficientes para a manutenção de suas populações (Figura 5). Figura 5 – Panorama de um trecho da Floresta Temperada Grandes extensões das Florestas Temperadas, especialmente na Europa e nos Estudos Unidos, foram substituídas por atividades agrícolas. Mas, em muitas áreas, a regeneração natural vem favorecendo a dinâmica dos ecossistemas, após abandono da terra pelos agricultores. 2.5 Floresta Tropical Pluvial Encontram-se distribuídas próximas a linha do Equador (10ºN e S). Regiões com elevadas taxas de precipitação, média anual de 2.000mm, podendo chegar até 10.000 mm x ano-1 em algumas regiões tropicais. Nessas regiões as chuvas são bem distribuídas ao longo do ano. Essas regiões representam o pico de diversidade biológica evoluída, com uma produtividade superior a 1.000g de carbono x m-2 x ano-1. Como já foi estudado anteriormente essa elevada produtividade pode ser explicada, principalmente, pelas elevadas taxas de radiação e precipitação. As Florestas Tropicais Pluviais mais expressivas do Planeta estão na América do Sul (bacia Amazônica e do Orinoco), América Central (Istmo centro-americano), África (Congo, Níger e Madagascar) e Ásia (Índia, Bornéu, Malásia e Nova-Guiné). Os solos das Florestas Tropicais, geralmente, apresentam textura arenosa e baixa fertilidade, uma vez que as constantes taxas elevadas de precipitação drenam os nutrientes do solo. As altas taxas de temperatura e umidade também aumentam as atividades microbianas, tornando o ciclo de nutrientes mais eficientes. Diante desses fatos, pode-se considerar que o que mantém a Floresta Tropical é a própria floresta, através de mecanismos evolutivos, como: (1) emaranhado de raízes finas superficiais, que absorvem os nutrientes lavados pela agua antes que entre em contato com a matéria orgânica depositado no solo (serapilheira); (2) associação de fungos micorrízicos nas raízes das plantas que aumentam a absorção de agua e, consequentemente, dos nutrientes; (3) Folhas perenes grossas e cerosas que dificulta a perda de água e nutrientes; (4) Algas e liquens que recobrem vegetais que conseguem utilizar diretamente nutrientes contidos na agua da chuva, e, consequentemente, torna grandes partes desses elementos disponíveis para absorção foliar, dentre outras. Globalmente as Florestas Tropicais estão desaparecendo rapidamente devido a conversão de florestas, principalmente, em áreas agrícolas, pastagens, núcleos urbanos e infraestrutura (linhas de transmissão, barragens, rodovias, dutos, etc). Figura 6 – Panorama de um trecho da Floresta Pluvial Tropical 2.6 Savana Dirigindo-se do Equador para o Trópico de Capricórnio (23,5ºS) e para o Trópico de Câncer (23,5N), onde a precipitação torna-se sazonal, tipicamente com longos períodos úmidos e secos, encontramos o bioma Savana. As Savanas ocupam grandes extensões da América do Sul e da África, além de porções da América Central, Austrália e Ásia. No Brasil, as Savanas são denominadas de Cerrados, com grande similaridade dos elementos da flora com as Savanas africanas, portanto sendo profundamente diferenciadas pela fauna Associada. Enquanto na África encontramos exemplares da megafauna (elefantes, girafas, hipopótamos, rinocerontes), no Cerrado a fauna é composta por animais menores, mais também dotados de suas singulares belezas e importâncias, tais como: tatu- canastra, tamanduá-bandeira, lobo-guará, onça-pintada, dentre outros. Nesse bioma, a vegetação responde aos estímulos climáticos mantendo uma estrutura baixa, com espécies que perdem as folhas nas estações secas (caducifólias), mantendo menor densidade de árvores. Na paisagem, ocorre o predomínio de gramínea e arbustos (Figura 7). Figura 7 – Panorama de um trecho da Savana Dessa forma, nas Savanas a insolação chega com muita intensidade no nível do solo. Na época seca, essas gramíneas secam, formando um material combustível altamente inflamável. Nessa ocasião, raios podem iniciar a combustão da vegetação, denominando-se de “queimadas naturais”, que se propaga rapidamente na paisagem. O fogo pode ser considerado como um importante fator ambiental nessas regiões, onde há muitos milênios, atua na evolução dos seres vivos, selecionando plantas e animais, com características que os protejam das rápidas queimadas. No estrato vegetal pode-se destacar a formação da cortiça grossa (tipo de casca) das árvores e arbustos (lenhosas), que age como isolante térmico durante a passagem do fogo; a floração intensa do estrato herbáceo e a rápida rebrota, logo após a queima; a abertura sincronizada de frutos e; além do fato da germinação das sementes de muitas espécies serem estimuladas pelo fogo. Muitas espécies de animais são adaptadas para suportaremos efeitos das queimadas, como por exemplo, usando tocas ou buracos como refúgios, onde ficam protegidos das altas temperaturas, pois, a poucos centímetros de profundidade, o solo nem chega a esquentar, devido à rapidez com que o fogo percorre os cerrados. A ação do fogo também pode facilitar o processo de ciclagem da matéria orgânica que, após ser consumida queimada, transforma-se em cinzas, que se depositam sobre o solo, sendo mineralizada e disponibilizada para os vegetais no período chuvoso. Diante desses fatos, diferentemente do que muitos pensam, o fogo de intensidade baixa ou moderada contribui para regeneração de muitas plantas das Savanas, que são adaptadas a esse fator ecológico. Todavia, não podemos comparar com as queimadas provocadas pelo Homem. Essas ações causam fogo com muita intensidade e com longa duração, o qual desgasta o solo e mata a vegetação. As Savanas também estão sendo rapidamente convertidas em áreas agrícolas, que além de comprometer a biodiversidade, também contamina a água com uso massivo de agroquímicos, reduz o habitat da fauna nativa, dentre outros impactos negativos. Início da ATIVIDADE 2 Atende ao Objetivo 2 Descreva as principais características do bioma Taiga? Justifique porque ele não ocorre no Brasil? Ilustração: favor inserir 15 linhas para resposta. A Taiga ou Floresta Boreal ocupa uma ampla área do planeta. Está distribuída nas latitudes acima da faixa de 50ºN na América do Norte e 60ºN na Europa e na Ásia, com temperatura inferior 5ºC e precipitação anual ente 400 a 1.000mm, com longos invernos com neve e verões curtos e frescos. Nesse bioma, destaca-se a presença de coníferas, além da presença de musgos e liquens, que servem de recurso alimentar para a fauna associada. Algumas regiões da Taiga possuem muitas reservas de petróleo e gás natural, de modo que exploração insustentável desses recursos vem provocando sérios impactos aos ecossistemas. Esse bioma não ocorre no Brasil, pois o território brasileiro está distribuído entre as latitudes 5°16’20” N (Monte Caburaí - RR) e 33°45’03" S (Arroio Chuí - RS), portanto nessas latitudes o clima não condiciona atributos abióticos para o estabelecimento da Taiga. Fim da ATIVIDADE 2 3. Biomas Brasileiros A definição dos limites dos biomas brasileiros partiu da iniciativa conjunta do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), resultando na publicação do Mapa de biomas do Brasil, em escala 1:5.000.000 (Figura 8). Figura 8 – Distribuição dos seis grandes biomas brasileiros Fonte IBGE (2010) 3.1 Amazônia O bioma Amazônia está totalmente inserido na bacia do rio Amazonas, que compreende, além do Brasil, outros países da América do Sul, tais como: Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Suriname e Bolívia. Ela é considerada como a maior bacia hidrográfica do mundo. Nela, as aguas seguem dois regimes, pluvial e nival, o primeiro derivado das águas das chuvas e outro oriundo do derretimento das geleiras dos Andes. O rio principal (amazonas) possui mais de 7 mil afluentes, com aproximadamente 25 mil km de trechos navegáveis. A bacia amazônica é responsável pelo escoamento de cerca de 12% do volume de água doce de todo o mundo. No Brasil, a Amazônia equivale a 49% do território nacional, sendo então o maior bioma continental brasileiro, localizado nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, além de partes do Tocantins, Maranhão e Mato Grosso. A Amazônia brasileira também é uma das maiores detentoras da biodiversidade do mundo, abrigando pelo menos 40 mil espécies de plantas, 425 de mamíferos, 1.300 de aves, 371 de répteis e 427 de anfíbios, considerando ainda uma quantidade expressiva de espécies endêmicas. Ainda temos muito que conhecer sobre o patrimônio científico que a biodiversidade amazônica resguarda. No Brasil, o bioma Amazônia é aquele que possui a maior proporção de área protegida por Unidades de Conservação, totalizando mais de 100 milhões de Km2 (Figura 9). Figura 9 – Panorama de um trecho da Floresta Amazônica Início do Verbete Endêmicas - espécies que ocorrem exclusivamente em um determinado habitat Fim do Verbete Como em todas as Florestas Pluviais Tropicais, em uma primeira avaliação, a composição da vegetação parece ser homogênea. Porém, é possível identificar certas adaptações, condicionadas, principalmente, em relação aos tipos de solos, relevo, além da diferença de umidade, levando a conformação de três ecossistemas associados a esse bioma, dentre eles: (1) Mata de igapó - ocorre em áreas baixas do relevo, próximas a rios, permanecendo, por isso, permanentemente alagadas; (2) Mata de várzea - ocorre em áreas mais elevadas em relação às matas de igapó, porém com influências sazonais de alagamento, na época das cheias; (3) Mata de terra firme - presente nas regiões não inundáveis. A Amazônia é responsável pela prestação de importantes serviços ecossistêmicos em escalas regional e global, dentre eles pode-se destacar o abastecimento de água, a pesca, a fixação de carbono na biomassa, a regulação do clima, além da manutenção da biodiversidade. Na Amazônia, quase todos os solos são de origem geológica muito antiga, e muitos nutrientes essenciais para as plantas foram lavados, devido a intensidade de precipitação. Com raras exceções, os solos são muito ácidos e, consequentemente, pobres em fósforo A Floresta Amazônica é responsável por, pelo menos, 10% dos 3bilhões de toneladas de carbono retirados da atmosfera pelos ecossistemas terrestres. A Evapotranspiração devolve apara atmosfera aproximadamente 7 trilhões de toneladas de água por ano. Todavia, alguns fatores vêm comprometendo a integridade desse bioma. Até 2010, pouco mais de 80% de sua área original ainda se encontrava recoberta por vegetação nativa. Todavia, estudos recentes apontam que o desmatamento na Amazônia cresceu quase 30%, em 2016, sendo esse o pior resultado desde 2008. Dentre os fatores responsáveis pode- se destacar o desmatamento em grande escala para conversão de áreas destinadas a agropecuária, associada ao padrão de grilagem de terras, o qual obedece uma sequência de corte e queima. A exploração de madeira ilegal e a implantação de projetos de infraestrutura de grande porte (estradas, linhas de transmissão, barragens, etc.) mal planejados também figuram como tensores de degradação nesse bioma. A história econômica da Amazônia revela que a biodiversidade é uma fonte importante de recursos para atividades agroextrativistas e industriai seja na forma de alimentos, fármacos, cosméticos, dentre outros. O interesse econômico pelos recursos naturais foi fundamental na ocupação do território, na instalação dos núcleos urbanos, manutenção dos fluxos produtivos e, também, na forma do desenvolvimento econômico. A Região Amazônica apresenta uma localização estratégica no Brasil, devido sua proximidade com o Canal do Panamá e dos Estados Unidos. Na Amazônia, entre os anos de 2002 e 2010, o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) permaneceu abaixo da média nacional (0,727), apesentando uma densidade populacional inferior a 5 habitantes por Km², também inferior à média do pais (23,7), contribuindo com pouco mais de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. 3.2 Mata Atlântica Ao chegar na costa brasileira, em 1500, os colonizadores se surpreenderam com uma paisagem bem diferente das que conheciam, com um relevo proeminente e enormes exemplares da flora, como retratado por Pero Vaz de Caminha em sua carta enviada para o rei de Portugal. O bioma Mata Atlântica possui uma área de 1.110.182 km2, sendo constituído de um complexo ambiental (vales, montanhas, planaltos e planícies), que se estende por toda costa atlântica brasileira.Abrange os estados de Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, avançando para o interior do Brasil nas regiões sudeste (Minas Gerais) e centro-oeste (Goiás e Mato Grosso do Sul), recobrindo, também, partes da Argentina e do Paraguai (Figura 10) Figura 10 – Panorama de um trecho da Mata Atlântica. Como está presente em uma ampla faixa latitudinal apresenta diferentes ecossistemas, com variações em termos de fauna, flora, solos, relevo, bem como das características climáticas. Todavia, mesmo dentro desse gradiente muitos elementos são comuns em quase todo seu domínio. Essa complexidade ambiental levou a formação de diferentes ecossistemas na Mata Atlântica, sendo eles: (1) Floresta Ombrófila ou mata sempre verde - sofre grande influência da umidade do mar, mantem arvores com alturas de 15 a 20m, com emergentes que pode alcançar até 40m de altura (2) Floresta Ombrófila Mista ou Mata de Araucárias – assim denominada devido à presença abundante do pinheiro-brasileiro (Araucaria angustifolia) que tipicamente constituía o andar superior da floresta. Hoje, essa espécie encontra-se ameaçada de extinção e protegida por Lei, devido a forte exploração da espécie para uso madeireiro. Essa formação ocorria em grandes proporções nas regiões dos planaltos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e em partes descontínuas, nas com relevo mais elevado nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais. (3) Floresta Estacional - assim denominadas pelo fato do conjunto florestal perderem suas folhas nas épocas desfavoráveis (seca ou frio intenso), semideciduais (com perda de 25 a menos de 50% das folhas) ou deciduais (com perda de mais de 50% das folhas). A Mata Atlântica também possui outros ecossistemas associados como os manguezais, encraves interioranos, restingas e campos de altitude. O bioma apresenta níveis elevados de biodiversidade, representado por 20 mil espécies de plantas, 263 de mamíferos, 936 de aves, 306 de répteis, 475 de anfíbios e 350 de peixes de água doce, sendo também considerado como um grande centro de endemismo distribuído em quatro áreas (Pernambuco, Bahia central, Costa baiana e Serra do Mar). Em mais de 500 anos de ocupação, o bioma passou por diferentes ciclos econômicos, passando inicialmente pelo pau-brasil, cana-de-açúcar, café, pecuária, minérios e, mais recentemente a industrialização e a urbanização, que promoveram a exploração insustentável de seus recursos naturais e causaram impactos negativos sobre à biodiversidade. Estudos apontam que, hoje, restam menos de 8% de cobertura vegetal nativa da Mata Atlântica com fragmentos florestais maiores que 100 ha. O mesmo estudo revela que quando considerados fragmentos florestais com área igual ou superior a 3 ha esse valor pode chegar até 16%. 3.3 Cerrado O Cerrado é a segunda maior formação vegetal brasileira. Originalmente, recobria mais de 2 milhões de km2, abrangendo dozes estados (PA, MA, PI, TO, GO, RO, MT, MS, MG BA, SP, PR, bem como o DF), restando hoje menos de 20% de sua cobertura remanescente. Diferentes fisionomias podem ser observadas nas paisagens do Cerrado, dentre elas: (1) Cerrado Típico - dominado por árvores baixas, inclinadas, tortuosas, com ramificações irregulares e retorcidas, e geralmente com evidências de queimadas; (2) Campo Sujo - tipo fisionômico basicamente herbáceo arbustivo, com arbustos e subarbustos esparsos pela paisagem; (3) Cerrado sentido restrito – campo ralo; (4) Cerradão - formação florestal resistência à seca, com dossel (copa) predominantemente contínuo e cobertura arbórea variando entre 50 a 90%; (5) Cerrado Rupestre - vegetação arbóreo-arbustiva que ocorre em áreas de afloramento rochosos (6) Vereda – composto pela palmeira do buriti (Mauritia flexuosa), em meio outras espécies arbustivo-herbáceas, comuns próximo as nascentes (olhos d'água), ou na borda de florestas marginais de rios (matas de galeria); (7) Mata Ripária - aquela que acompanha os rios de médio e grande porte na região; (8) Mata Seca - florestas que perdem as folhas nas épocas com menor precipitação. O Cerrado é a Savana mais rica em biodiversidade do Planeta. Até hoje, foram registradas mais de 12.000 espécies de plantas, 191 mamíferos, 837 aves, 184 de répteis e 113 de anfíbios, destacando também um elevado grau de endemismos (Figura 11). Figura 11 – Panorama de um trecho do Cerrado Como em todas as Savanas, o fogo de baixa intensidade (incêndios naturais) representa um importante componente em sua dinâmica. O Cerrado é considerado como "o pai das águas do Brasil ou a "grande caixa d'água do Brasil", pois grande parte dos recursos hídricos, responsáveis pelo abastecimento, indústria, irrigação, navegação, recreação e turismo, perpassam por uma vasta área do bioma, inclusive contribuindo com o regime hídrico do Pantanal (outro bioma). Considerando ainda que mais de 80% da energia elétrica do pais depende das hidroelétricas, com grande contribuição de bacias que possuem suas nascentes nesse bioma, como: São Francisco, Paraná e Tocantins. O processo de ocupação em larga escala do Cerrado teve início após a segunda metade do século passado, mas desde o ciclo do ouro fortes intervenções já se manifestavam em muitas regiões desse bioma. Posteriormente o ciclo da pecuária e do café também imprimiram seus rastros pela paisagem. Atualmente, o Cerrado atualmente vem sofrendo fortes impactos ambientais decorrente de atividades como: mineração, monocultura de grãos e a pecuária extensiva. As áreas com vegetação nativa mais representativa podem ser observadas no oeste do Tocantins, sul do Maranhão e do Piauí, enquanto as áreas com maior índice de antropização estão no sul de Goiás, no Triângulo Mineiro, em São Paulo e em Mato Gross o do Sul. 3.4 Caatinga Esse é o único bioma exclusivamente brasileiro. Abrange uma área de mais 800 mil km2, ocupando partes de PI, CE, RN, PE, PB, AL, SE, BA e parte norte de MG. Caracteriza-se como um mosaico de arbustos espinhosos e florestas sazonalmente secas. O conhecimento a respeito da biodiversidade do bioma ainda é limitado (Figura 12). Figura 12 – Panorama de um trecho da Caatinga O clima seco, com chuvas concentradas nos três primeiros meses do ano, condiciona uma paisagem seca, que passa desde campos de altitude até a Caatinga arbórea. A Caatinga abriga ama das parcelas da população mais pobre do pais, que se agrava mais com o rigor da seca. A lenha é uma importante fonte de energia para a população nordestina, extraída da vegetação nativa, utilizada para a produção de carvão vegetal, sem reposição florestal, mesmo sendo exigida pela legislação. A caça, também é outro fator associado a subsistência, considerando que também é uma tradição o aprisionamento animais silvestres em cativeiro, principalmente para o comercio ilegal A forte pressão climática, aliada a exploração insustentável dos recursos naturais e a ineficiência de políticas públicas contribuem demasiadamente para o processo de degradação ambiental que se observa nesse bioma. 3.5 Pampa O Pampa está presente apenas no sul do estado do Rio Grande do Sul, em uma área de cerca de 200 mil km2, estendendo-se também para algumas regiões do Uruguai. Quando comparado com os demais biomas brasileiros, pode-se considerar que existem poucos dados disponíveis sobre o Pampa (Figura 13) Figura 13 – Panorama de um trecho dos Pampas. A vegetação predominante no Pampa é a campestre, com muitas espécies herbáceas, arbustivas e de arvoretas, permeado por extensas áreas recobertas por gramíneas. Hoje, o bioma vem sofrendo com problemas históricos de ocupação, principalmenterelacionados a agricultura e a pecuária extensiva, que resultaram na perda da fertilidade natural dos solos, com muitas áreas sofrendo impactos da erosão, assoreamento e salinização dos solos (problemas que serão apresentados em aula futura). 3.6 Pantanal É a maior planície interiorana inundável do planeta, com cerca de 150 mil km2. Está inserido nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Figura 14 – Panorama de um trecho do Pantanal Quando cheio, a água ocupa cerca de 80% do Pantanal durante o primeiro semestre de cada ano. As cheias exercem papel preponderante na paisagem, no cotidiano das populações locais e nos habitats das espécies A manutenção da cobertura vegetal é condição básica para garantir a continuidade dos pulsos de inundação do Pantanal e, consequentemente, de toda a biota. Por se tratar de um bioma altamente dependente do regime hídrico, qualquer atividade antrópica que modifique os ciclos hidrológicos naturais pode colocar em risco a biodiversidade, as populações humanas e as atividades econômicas estabelecidas na região. Nesse sentido, atualmente, os impactos mais significativos paro bioma são: dragagens para construção de diques e barragens, mineração clandestina, caça, turismo desordenado, crescimento urbano, falta de saneamento básico e uso excessivo de agroquímicos. Início da ATIVIDADE 3 Atende ao Objetivo 3 O fogo pode ser considerado como um elemento importante para o dinâmica do Cerrado. Você concorda com essa assertiva? Justifique sua resposta. Ilustração: favor inserir 20 linhas para resposta. Sim. O acúmulo anual de matéria orgânica nos solos do Cerrado favorece à queima, até mesmo com a queda de raios, no início da estação chuvosa, ocasionando os chamados incêndios naturais. Após o início do fogo, ocorre a elevação da temperatura tanto do ar quanto do solo, porém com curta duração e baixa intensidade. Dessa forma, o fogo passa rapidamente e superficialmente no solo. Com isso, isso o fogo ajuda a decompor a matéria orgânica acumulada no solo, além de favorecer a germinação, rebrota e a floração da vegetação adaptada a essas condições. As arvores também não sofrem muito, pois diversas espécies possuem uma proteção de cortiça na casca, aumentando suas resistências contra o fogo. Por isso, o fogo nas condições descritas, contribui com a dinâmica das Savanas, dentre elas o Cerrado brasileiro. Fim da ATIVIDADE 3 4. Hotspost mundiais Em 1988, uma equipe de cientistas, liderada pelo Doutor Normam Myers, elaborou um mapa contendo diferentes áreas do Planeta que careciam urgentemente de atenção (Figura 15). Essas áreas foram denominadas de Hotspots, ou seja, regiões ricas em biodiversidade, principalmente em espécies endêmicas e que, sofriam um alto grau de degradação ambiental. Myers definiu que um Hotspots deveria conter pelo menos 1.500 espécies de plantas vasculares endêmicas e que perderam 70% ou mais de sua vegetação original. Em seu estudo original, Myers e seus colaboradores, detectaram 25 Hotspots mundiais, dentre eles a Mata Atlântica e o Cerrado brasileiro. Figura 15 – Hostspots mundiais Ainda no final do último século, outro grupo de cientistas, liderado pelo Doutor Russel Mittermeier, chamou a atenção do mundo para um número pequeno de países tropicais, que ainda concentravam uma grande parcela da biodiversidade mundial, criando assim o conceito de “países megadiversos”, onde o Brasil atingiu maior destaque, junto com a Colômbia, México, República Democrática do Congo (antigo Zaire), Madagascar e a Indonésia. A liderança do Brasil nesse rank deve-se em grande parte ao patrimônio do bioma Amazônia. Início da ATIVIDADE 4 Atende ao Objetivo 4 Recorrentemente, tomamos conhecimento de manchetes como essa: “Estudo na Nature mostra que a Amazônia perde biodiversidade por conta da degradação florestal. Mas esse dano não está sendo detectado pelos satélites”, publicada em uma revista brasileira. No entanto, o estudo desenvolvido pelo Doutor Normam Myers e seus colaboradores não coloca a Amazônia dentre os 25 Hotspots mundiais. Muito pelo contrário, a biodiversidade contida nesse bioma contribuiu para que o Brasil figurasse entre os países com mais biodiversidade em todo o Planeta, segundo a pesquisa realizada pelo Doutor Russel Mittermeier e seus associados. Como você explica esse fato? Ilustração: favor inserir 20 linhas para resposta. O conceito de Hotspots estabelece um padrão de pelo menos 1.500 espécies de plantas vasculares endêmicas e uma taxa de perda de cobertura vegetal igual ou superior a 70% de sua área original. Esse critério coloca tanto o Cerrado como Mata Atlântica em destaque. O Pantanal e a Caatinga não figuram essa lista, muito provavelmente, pela falta de conhecimento científico, considerando apenas os dados de endemismos divulgados até o presente momento. No entanto, até 2010, a Amazônia ainda possuía mais de 80% de sua área original recoberta por vegetação nativa, por isso então contribuiu com elevados números de biodiversidade, somados aos da Mata Atlântica e o Cerrado, sendo então considerada como um dos sete países com maior biodiversidade de todo Planeta. Mas, hoje, o cenário não é de total conforto para a Amazônia, pois para muitos especialistas a taxa de desmatamento desse bioma continua aumentando, demonstrando que as políticas públicas que levaram até uma retração desses números podem estar perdendo suas eficácias. Sendo assim, a situação da Amazônia é tão crítica como de outras biomas tropicais. Fim da ATIVIDADE 4 Referências Bibliográficas CAIN, M.L.; BOWMAN, W.D.; HACKER, S.D. Ecologia. Porto Alegre: Artmed, 2011. 640p. GUREVITCH, J.; SCHEINER, S.M.; FOX,G. Ecologia vegetal. Porto Alegre: Artmed, 2009. 592p. ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1983. 434 p. IBGE. Mapa de biomas brasileiros, 2010. Publicado na Internet: http://www.ibge.gov.br/home/ geociencias/default_prod.shtm#MAPAS [acesso em 20 de janeiro de 2017]. IPEA. Sustentabilidade ambiental no Brasil: biodiversidade, economia e bem-estar humano. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 2010. 640 p. : LEWINSOHN, T. L.; PRADO, P. I. 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