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PLANEJAMENTO DE CARREIRA E SUCESSO PROFISSIONAL - ESTÁCIO EAD

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PLANEJAMENTO
DE
CARREIRA
E
SUCESSO
PROFISSIONAL
AULA 1- Conheça seu Curso e sua Instituição.
Introdução
Novas linhas de pensamento estarão presentes na sua vida a partir do momento em que você tomou a decisão de ingressar no Ensino Superior. Valores como "acreditar no sonho", "ter motivação", "ter consciência da necessidade de renúncia", "ter comprometimento" serão recorrentes durante seu curso. Chegou a hora de entender mais sobre o Ensino Superior, assunto desta aula.
Conhecendo o Ensino Superior
As Instituições de Ensino Superior podem ser Universidades, Centros Universitários e Faculdades. Nelas funcionam os cursos de graduação, que se dividem em bacharelados, licenciaturas e tecnólogos.Ainda fazem parte do Ensino Superior os cursos de pós-graduação, que se subdividem em stricto sensu (mestrados e doutorados) e lato sensu (cursos de especialização e MBAs).
Instituições de Ensino
Uma Universidade é uma instituição baseada em 3 pilares indissociáveis:
Ensino Pesquisa Extensão
O status de Universidade permite ter autonomia para executar suas finalidades, como criar novos cursos, por exemplo.
Os centros universitários, assim como as universidades, possuem cursos de graduação em diferentes áreas do conhecimento e autonomia para criar cursos na sede da instituição. Geralmente são menores que uma Universidade e não possuem exigência de ter programas stricto sensu, por exemplo.
As faculdades atuam normalmente em áreas específicas do saber, especializando-se em cursos de gestão, por exemplo, ou de saúde, educação etc.
Saiba mais
A Universidade Estácio de Sá teve sua origem na Faculdade de Direito Estácio de Sá, criada em 1970 na cidade do Rio de Janeiro.
Em 1972 passou a oferecer novos cursos, passando a ser Faculdades Integradas Estácio de Sá. Somente em 1988 alcançou o status de Universidade.
Abaixo, apresentamos os dois tipos de cursos oferecidos pelas instituições de ensino:URSOS DE GRADUAÇÃO
Bacharelado e Licenciatura são cursos superiores que confere ao formado competências em determinado campo do saber para o exercício de uma determinada atividade, seja acadêmica, seja profissional. Ambos possuem uma base comum, mas no decorrer do curso vocaciona-se o futuro bacharel para disciplinas voltadas à atuação profissional; enquanto o licenciado é preparado para atuar como professor na Educação Básica.
O curso Tecnológico, por sua vez, possui carga-horária menor que o Bacharelado e a Licenciatura, e apresenta como característica geral a preparação específica para atuar no mercado de trabalho em uma determinada área, como Logística, por exemplo.
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO
Os cursos lato sensu também são chamados especialização, possuem caráter de aperfeiçoamento ou de atualização em uma determinada área de conhecimento, tanto com vistas a aprofundar o conhecimento ou qualificar seu egresso para uma determinada função. Têm carga horária mínima de 360 horas e se encontram nesta categoria também os cursos designados como MBA.
Os cursos stricto sensu são cursos voltados à formação científica e acadêmica e também ligados à pesquisa. Existem nos níveis: mestrado e doutorado. O mestrado dura entre dois a dois anos e meio, durante os quais o aluno desenvolve uma pesquisa e cursa as disciplinas relativas ao tema pesquisado. O doutorado tem duração média de quatro anos, para o cumprimento das disciplinas, realização da pesquisa e para a elaboração de uma tese.
Como um curso Superior é concebido?
As diretrizes do Ministério da Educação determinam os componentes curriculares obrigatórios e o tempo mínimo e máximo para integralização de cada curso de graduação.
Além das disciplinas, alguns cursos têm definidas a obrigatoriedade de carga horária mínima de atividades acadêmicas complementares, de estágio curricular e trabalho de conclusão de curso, dentre outros.
1 - O Núcleo Docente Estruturante do curso analisa as determinações do MEC e estabelece o Projeto Pedagógico do Curso, onde se encontra a matriz curricular.
2 - Os professores das disciplinas também fazem parte do processo, auxiliando na especificação das ementas, carga horária, conteúdo programático, dentre outros, das disciplinas que compõem a matriz curricular.
3 -Os alunos, ao escolherem o curso e realizarem a matrícula, entram em contato com a matriz curricular, verificando quais disciplinas compõem cada período letivo, sua carga-horária, créditos etc.
EXEMPLOS DE MATRIZ CURRICULAR
EXEMPLO DE MATRIZ CURRICULAR
PERÍODO LETIVO
Compreende o espaço de tempo em que se dá uma etapa do curso. No caso da Estácio, o período é semestral, e cada semestre é composto por um grupo de disciplinas e, eventualmente, por atividade(s) acadêmica(s) para aquele período.
Procure cursar todas as disciplinas do período, para evitar que sua progressão acadêmica fique confusa.
CÓDIGO E NOME DA DISCIPLINA
Cada disciplina, de cada curso, possui um código de referência, uma espécie de identidade da disciplina. Se um código é iniciado pela sigla GST, por exemplo, significa que a disciplina é oriunda da área de Gestão. O código está sempre associado ao nome da disciplina.
Os códigos e nomes das disciplinas são importantes quando há mudança de currículo, por exemplo, ou quando se deseja transferir de curso, entre outras situações acadêmicas.
TIPO DA DISCIPLINA
As disciplinas denominadas MÍNIMAS são aquelas de cumprimento obrigatório, que compõem a estrutura curricular mínima, de acordo com as diretrizes curriculares do MEC. As disciplinas denominadas ELETIVAS contemplam determinados temas, áreas ou subáreas, podendo o estudante escolher dentre elas as que deseja cursar. Verifique se seu curso possui exigência de disciplinas eletivas e quais estão disponíveis.
As disciplinas OPTATIVAS constituem um vasto elenco de possibilidades de enriquecimento curricular. Os alunos poderão cursá-las facultativamente, sem limite mínimo ou máximo, sendo o resultado incluído no seu histórico escolar.
CARGA HORÁRIA
A carga horária compreende o número de horas previsto para poder abranger o conteúdo a ser abordado na disciplina. Também é calculada de acordo com o número total de horas de um curso, o qual é harmoniosamente organizado nos períodos para se ter uma uniformidade.
O número de horas de uma disciplina também pode contemplar, além das aulas teóricas em sala de aula, atividades práticas, pesquisas etc.
PRÉ-REQUISITO
Algumas disciplinas, em virtude de seu conteúdo, exigem conhecimento prévio adquirido em disciplinas anteriores. A isso denominamos pré-requisito; ou seja, pra cursar uma disciplina que possui tal exigência, é necessário ter cursado uma disciplina anterior que guarda relação de conteúdo.
É possível ainda haver co-requisito: uma disciplina deverá ser cursada juntamente com outra, no mesmo período.
Cenário especifico do seu curso.
O mundo acadêmico vai muito além de uma cadeira dentro da sala de aula, e você precisa conhecê-lo bem, aproveitando todas as oportunidades que ele oferece.
Para começar, vamos apresentar alguns conceitos inerentes:
Aulas presenciais:
São aulas que contam com a presença física do professor e dos estudantes em determinados ambientes: sala de aula, laboratório, auditório etc. Na maioria dos cursos Estácio, toda disciplina presencial ainda possui um ambiente virtual de apoio, com materiais didáticos, documentos da disciplina, atividades, textos etc.
Apesar de ser difícil separar teoria de prática, podemos classificar as aulas também de acordo com essa divisão. Normalmente a aula teórica utiliza métodos de ensino baseados na exposição feita pelo professor, e a aula prática utiliza métodos de ensino baseados na aplicação do conhecimento, com simulações, experiências, atividades individuais ou coletivas realizadas pelo estudante.
Aulas Online:
São as aulas que ocorrem inteiramente em ambiente online, também conhecido como ambiente virtual de aprendizagem (AVA), preparado especialmente para tal fim.
Nesse ambiente, o professoratua como mediador da aprendizagem, incentivando a construção e a troca de conhecimentos e experiências entre você e outros estudantes, com o importante papel de incentivar os estudos. Há discussões realizadas nos fóruns, há ferramentas de interação, biblioteca virtual da disciplina, conteúdo interativo, videoaulas, links, exercidos etc.
Biblioteca:
A biblioteca é um espaço de apoio ao aluno. Além de suas funções principais, oferece, de forma sistemática, oficinas que habilitam o estudante a pesquisar na Internet e cursos sobre as normas técnicas a serem seguidas na formulação de trabalhos escritos. Ao nos referirmos à biblioteca, estamos falando da biblioteca física, localizada no campus onde você estuda.
Existe também a Biblioteca Virtual, parceria da Estácio com as principais editoras do mercado, que ali disponibilizam suas obras para leitura e consulta dos alunos.
Atividades Estruturadas:
São atividades contextualizadas no âmbito da disciplina e compõem a sua carga horária. Privilegiam a articulação teoria e prática, a reflexão crítica, o interesse pela pesquisa e o processo de autoaprendizagem.
O desenvolvimento, bem como os resultados das atividades estruturadas devem integrar as discussões em sala de aula ou nos fóruns virtuais.
Atividades de Aprendizagem:
As atividades de aprendizagem são tarefas determinadas pelo professor que complementam ou aplicam o conhecimento visto na disciplina. Elas podem ser individuais ou coletivas.
Nas individuais, você irá trabalhar de forma autónoma, independente, sob orientação e critérios estabelecidos pelo professor. Como exemplo podemos citar as resenhas, leituras, estudo dirigido, relatório etc. Nas atividades coletivas, todos os participantes irão construir o conhecimento de forma coletiva, colaborativa, também sob orientação do professor. Como exemplo podemos citar as apresentações de grupo, os seminários, exposições etc.
Pesquisa e extensão:
A iniciação científica e a pesquisa incentivam a investigação, com vistas ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e à criação e difusão de cultura. As atividades de pesquisa desenvolvem o entendimento do ser humano e da sociedade. Como estudante, você será estimulado a conhecer os métodos científicos e a aprendizagem de técnicas de pesquisa, bem como o desenvolvimento da mentalidade crítica e investigativa.
As atividades de extensão, por sua vez, consistem primordialmente em propiciar à comunidade o estabelecimento de uma relação de reciprocidade com a instituição de ensino, integrando estudantes, professores e comunidade em projetos consistentes e de relevância social. Um dos compromissos da Estácio é a devolução do conhecimento à sociedade por meio de atividades voltadas às comunidades no entorno das unidades, reforçando através da prática o aprendizado da sala de aula e valorizando a realização de ações de cunho social.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
É um componente curricular obrigatório ao final dos bacharelados e licenciaturas, como forma de efetuar uma avaliação final dos graduandos, que contemple a diversidade dos aspectos de sua formação. O TCC pode ser uma monografia, um artigo científico, um projeto, dependendo do Projeto Pedagógico de cada curso.
Alguns cursos da Graduação Tecnológica possuem a obrigatoriedade de TCC. Consulte a matriz curricular do seu curso.
ATIVIDADES ACADÊMICAS COMPLEMENTARES
E, para se formar, o aluno deve cursar uma carga horária mínima de horas de Atividades Acadêmicas Complementares de acordo com o exigido na sua Matriz Curricular.
São componentes curriculares obrigatórios nos cursos de bacharelado e licenciatura e têm por objetivo enriquecer e complementar o perfil do formando. Essas atividades podem ocorrer fora do ambiente acadêmico e incluem a prática de estudos, pesquisas, atividades independentes, transversais, opcionais, de interdisciplinaridade etc. Elas privilegiam a formação social e profissional, fortalecendo as relações dos acadêmicos com o mercado do trabalho.
As atividades que serão oferecidas pela instituição serão divulgadas ao longo dos semestres, assim, como a carga horária que elas valerão para que o aluno acumule durante o curso inteiro e chegue ao final (na formatura) sem nenhuma pendência neste sentido. Qualquer dúvida, procure o Coordenador do seu curso.
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
O Estágio Curricular Supervisionado é uma atividade acadêmica obrigatória na maioria dos cursos de nível superior. Trata-se da articulação entre a teoria e a prática, essencial para a formação profissional.
A carga horária mínima do estágio varia de curso para curso. Consulte as estrutura curricular do seu curso e o setor responsável por Estágio e Emprego na sua unidade.
PESSOAL ADMINISTRATIVO
Diversos colaboradores fazem parte deste grupo, desde os responsáveis pela manutenção até o gestor da unidade. Eles formam o corpo social que garante o pleno funcionamento do campus (inclusive do Campus Virtual).
GERENTE ACADÊMICO
É o(a) profissional responsável pela administração acadêmica do campus. Ele é especialista nos processos acadêmicos que envolvem o curso e sua gestão. O gerente acadêmico é o responsável pela orientação do aluno em relação à instituição de ensino.
COORDENADOR DE CURSO
É a principal referência acadêmica e profissional dentro da área de formação que você escolheu. É quem mais conhece o curso, sua evolução e os principais problemas e dificuldades dos alunos. O coordenador é o professor responsável pela orientação do aluno em relação ao curso.
COLEGAS ALUNOS
É sempre gratificante conhecer novas pessoas e novas realidades. Seus colegas de curso serão seus companheiros durante alguns anos e farão parte da sua vida profissional. Amizades, afinidades, grupos de estudo: tudo isso faz parte do relacionamento entre alunos. É no curso superior que criamos sólidas relações interpessoais bem como desenvolvemos nossa habilidade de conviver e compartilhar com pessoas diferentes.
PROFESSOR
Durante seu curso, você terá contato com vários professores, seja em aulas presenciais ou a distância. Eles podem ser professores convidados, palestrantes, membros de banca etc. O professor representa o principal caminho na construção de conhecimentos. Sua função é transformar o esforço do aluno em aprendizado. O professor é o responsável pela orientação do aluno em relação à disciplina.
AULA 2 – Métodos de estudo no Ensino Superior.
Introdução
Dedicação, vontade de crescer e superação de dificuldades são fundamentais em qualquer área de atuação. Chegou a hora de entender mais sobre como estudar de forma organizada, o assunto principal desta aula. Vamos lá?
Imagine a situação a seguir:
ESTABELECIMENTO DE METAS.
O que é uma meta?
Em termos conceituais, podemos dizer que é um ponto onde se quer chegar. Vamos destacar três possíveis metas relacionadas à sua formação superior:
META ACADÊMICA/PESSOAL
Concluir o curso superior no prazo de formação estipulado, tornando-me um profissional bem preparado, ético e cidadão.
META FINANCEIRA
Redimensionar o orçamento doméstico para custear o investimento em educação, evitando aumento de custos por atraso ou inadimplência.
META PROFISSIONAL
Ser promovido ou conquistar um novo emprego de acordo com a formação superior adquirida.
Usando a meta acadêmica como exemplo, o próximo passo é estabelecer um plano de ação. Veja um exemplo de planejamento para o primeiro semestre do ano letivo:
Neste plano, selecionamos três ações relacionadas à meta, mas você poderá ter outras. Procure aprimorar esta organização, incluindo uma coluna de comentários/observações, por exemplo, ou uma coluna de prazo para cumprimento, e tantas outras quanto achar necessário. No semestre seguinte, repita a operação.
Selecione abaixo as características consideradas qualidades do perfil comportamental do aluno:
Gosta de desafios
Demonstra pouca dedicação
É organizado
Tem atitude passiva
Demonstra falta de tempo
Se mostra interessado
GABARITO
Como você mesmo pode comprovar, é fácilsaber quais são os comportamentos que irão proporcionar maiores chances de se obter êxito na vida acadêmica. E o mesmo vale para a vida profissional.
PROCURANDO SEU ESTILO... COMO VOCÊ APRENDE?
Escolha, dentre as 3 opções abaixo, qual delas reflete seu estilo de aprendizagem. Todos são igualmente ativos nas pessoas, mas sempre um deles sobressai.
VISUAL:
Vale-se da visão para obter e reter informações. Atenta para formas, detalhes, lembra de rostos e não nomes, lê mapas e fluxos facilmente.
DICA
• Estude por intermédio de recursos visuais (vídeos, fluxos, diagramas etc.);
• Faça resumos, anotações, sublinhe partes do texto, reescreva conceitos mais complexos, destaque palavras mais importantes;
• Acrescente bilhetes, notas, post-it ao material de estudo.
AUDITIVO:
Vale-se da audição para obter e reter informações. Lembra-se de frases ditas, da voz, mesmo há muito tempo, é mais atento a palestras e falas.
DICA
• Leia textos em voz alta;
• Preste atenção na fala do professor, só escreva quando ele não estiver falando;
• Grave palestras, aulas etc.;
• Grave resumos e os escute antes das avaliações;
• Converse sobre o conteúdo com seus colegas.
SINESTÉSICO:
Vale-se dos sentidos para obter e reter informações. Identifica pelo tato, procura sem olhar, é mais atento a dinâmicas e atividades práticas.
DICA
• Leia em voz alta, caminhando, ou converse sobre o conteúdo com um colega de forma dinâmica, com movimento (um fala uma parte, outro complementa);
• Tente realizar atividades práticas que remetam ao conteúdo;
• Use outros locais para leitura/estudo além dos que você normalmente usa;
• Trate o conteúdo de forma dinâmica: leia, escreva, fale, gesticule, explique para você mesmo na frente do espelho.
Lógico-matemática
Corporal-cinestésica
Naturalista
Espacial
Linguística
GABARITO
Caso você possua esta inteligência mais evoluída que as outras, siga as dicas publicadas anteriormente!
AS MÍDIAS SOCIAIS NO APRENDIZADO.
O papel das mídias sociais no aprendizado é fundamental. A internet, principalmente, revolucionou a comunicação, trazendo uma grande diversidade de conteúdos e interatividade. Os ambientes virtuais de aprendizagem adotados na Estácio também possuem ferramentas de comunicação e interação.
Os recursos online de interação em rede permitem compartilhar conteúdo (ideias, imagens, vídeos, textos, músicas, por exemplo) e estimulam a criação coletiva, colaborativa.
MAS É POSSÍVEL APRENDER NA REDE?
Claro que sim! A aprendizagem irá ocorrer por meio da construção coletiva do conhecimento, pela colaboração, compartilhamento e troca de experiências. Criar grupos, levantar discussões, indicar links (vídeos, artigos, pesquisas) e trocar documentos são os meios mais usuais de se usar a rede para estudo.
Saiba mais
Alguns cursos preveem disciplinas de Estágio Supervisionado no próprio currículo, nas quais você entrará em contato com o ambiente de trabalho e com a prática cotidiana de sua futura área de atuação.
AULA 3 – Diversidade e Inclusão.
Introdução
O tema da desigualdade e inclusão social no Brasil é muito importante, uma vez que segundo recentes dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH—2016), revelado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o país ocupa o 79º lugar entre 188 nações no ranking de IDH, que leva em conta indicadores de educação, renda e saúde, de acordo com o relatório de desenvolvimento humano.
O país perdeu 19 posições na classificação correspondente à diferença entre ricos e pobres, e se encontra junto com Coreia do Sul e Panamá. Já o Coeficiente de Gini, que mede a concentração renda, aponta o país como o 10º mais desigual do mundo e o quarto da América Latina, à frente apenas de Haiti, Colômbia e Paraguai.
A desigualdade brasileira também cresce nas comparações de gênero. Embora as mulheres tenham maior expectativa de vida e mais escolaridade, elas ainda recebem bem menos que os homens no Brasil. A renda per capita da mulher é 66,2% inferior à de pessoas do sexo masculino. No índice de desigualdade de gênero, o país aparece na 92ª posição entre 159 países analisados, atrás de nações de maioria religiosa conservadora, a exemplo de Líbia (38ª), Malásia (59ª) e Líbano (83ª). Também é baixa a representatividade da mulher no Congresso Nacional.
DIVERSIDADE
É a condição de ser composto de diferentes elementos. Nas sociedades, encontramos uma multiplicidade de pessoas com religião, etnias, línguas, gênero, orientação sexual, cultura, classe social, geração distintas, isto é, de várias identidades sociais/culturais diferenciadas; e este fato chamamos de Diversidade.
Para construir as identidades e as diferenças, é necessário entende o conceito de alteridade. Este é um conceito filosófico que é o resultado de um processo de diferenciação que acontece entre o “eu” interior e particular de cada um, e o “outro” diferente, isto é, aqueles que não são estranhos e não familiares. Estranhar o “outro” é reconhecer em outro indivíduo, ou em um conjunto deles, as suas peculiaridades, diferenças e equivalência.
Nessa comparação, o “outro” ou “outros”, ou seja, os diferentes tornam-se identificáveis, possibilitando hierarquizá-los, separá-los, classificá-los, dominá-los. A partir desta distinção entre eu e o outro são construídas identidades, tanto individuais quanto sociais.
Exemplo
A profissão de professor é um título profissional e, portanto, possui uma série de qualidades predefinidas no contexto social que são atribuídas aos indivíduos que exercem essa profissão. A partir disso, o sujeito posiciona-se e é posicionado em seu âmbito social em relação a outros indivíduos que partilham dos mesmos atributos.
PANORAMA HISTÓRICO
A noção de diversidade tem uma longa história na configuração das Ciências Sociais. A compreensão da diversidade das culturas é o tema central dos estudos da Antropologia Cultural. Esta considera que as sociedades devam aceitar a diversidade das culturas. No entanto, o que se observa é que a humanidade esteve por muito tempo cega para as diferenças culturais e sociais e tornando objetos de exclusão tudo o que não fazia parte de suas ideologias dominantes.
Ao longo da história, cada sociedade se auto definiu em uma relação de contraposição em relação a outras sociedades:
27 a.C.
Podia ocorrer, por vezes, que, em um amplo território como o império Romano, existissem culturas formadas pelos povos dominados.
Séc. IV
O dominador, designava sob o nome de bárbaros tudo o que não participava da cultura e, para civilizá-los, impunham sua língua, seus costumes principais, seus deuses, sua crença, de forma oficial.
Séc. XVII
Na época do Renascimento as pessoas da floresta eram chamadas de naturais ou de selvagens.
Séc. XIX
O termo “primitivo” designava os grupos tribais. O que não se parecesse ao mundo europeu deveria ser considerado inferior e atrasado.
2017
Atualmente, denominamos de subdesenvolvidos aqueles que não estão de acordo com parâmetros do capitalismo neoliberal globalizado.
Hoje em dia, no mundo globalizado, a existência de culturas e grupos humanos diversos coexistindo ocasiona uma série de questões que envolve desde os modos de construção de uma sociedade democrática, plural e justa, até a conciliação do direito à diferença com o direito à igualdade.
Assim, falar em diversidade social significa destacar a questão da convivência dos diferentes com suas diferenças em um contexto de tolerância e solidariedade que consiga ultrapassar a violência, as hierarquias excludentes, o tratamento perverso, as desigualdades econômico-sociais, entre outros.
A DESIGUALDADE
A desigualdade social é toda situação de diferenciação social e/ou econômica. Na desigualdade social existe uma distribuição desigual de recursos materiais ou simbólicos ocasionada pelas estruturas da sociedade. Esta traz circunstâncias que privilegiam alguns em detrimento de outros. Esses privilégios podem ser observados tanto pelo acesso diferenciadoàs oportunidades como pela riqueza econômica, que geram distinção, estigma, vulnerabilidade, exclusão individual e coletivamente.
Existem diferentes tipos de desigualdades: sociais, econômicas, políticas, culturais, sexuais etc. É importante não confundir as desigualdades com as diferenças. Existem diferenças de sexo, de idade, religião, etnia etc. No entanto, uma desigualdade é uma diferença que se traduz com vantagens e desvantagens. A diferença vai se tornar uma desigualdade apenas se isto provocar uma desvantagem ou uma vantagem.
Por exemplo, o fato de que um indivíduo é uma mulher e o outro é um homem é uma diferença. O fato de que a mulher tem um salário mais baixo é uma desigualdade.
Atenção
Quando citamos desigualdades econômicas, podemos pensar no salário e quando nos referimos às desigualdades sociais, podemos falar das desigualdades entre homens e mulheres.
RACISMO
Preconceito e discriminação direcionados a quem possui uma raça ou etnia diferente, geralmente se refere à segregação racial.
MACHISMO
Opinião ou atitudes que discriminam ou recusam a ideia de igualdade dos direitos entre homens e mulheres, a partir da concepção de que mulheres são subordinadas aos homens.
XENOFOBIA
Aversão, rejeição, preconceito e discriminação a pessoas ou coisas estrangeiras ou ao estranho no seu ambiente.
HOMOFOBIA
Aversão ou rejeição, preconceito e discriminação a uma pessoa homossexual.
O racismo, o machismo, a xenofobia, a homofobia, entre outras ideologias discriminatórias, vincularam e vinculam determinadas pessoas a características coletivas e pejorativas, que as impedem de receber prestígio, respeito e valoração social como um indivíduo qualquer, por meio de discriminações, que, na maioria das vezes, são executadas indiretamente.
No Brasil, a desigualdade social é econômica, cultural e política, além de étnica. Este processo deve ser entendido como exclusão, isto é, uma impossibilidade de poder partilhar o que leva à vivência da privação, da recusa, do abandono e da expulsão, inclusive com violência, de um conjunto significativo da população.
Não se trata de um processo individual, embora atinja pessoas, mas de uma lógica que está presente nas várias formas de relações econômicas, sociais, culturais e políticas da sociedade brasileira.
Essa situação de privação coletiva é entendida por exclusão social. 
Vamos entender melhor.
Atividades
1 - A aversão ou rejeição, preconceito e discriminação a homossexuais é denominada de?
Homofobia
Racismo
Machismo
Xenofobia
2 - Como se chama o preconceito ou discriminação direcionados a quem possui uma raça ou etnia diferente?
Homofobia
Racismo
Machismo
Xenofobia
3 - Qual o conceito que exprime a opinião ou atitudes que discriminam ou recusam a ideia de igualdade dos direitos entre homens e mulheres?
Homofobia
Racismo
Machismo
Xenofobia
4 - A aversão rejeição, preconceito e discriminação a pessoas ou coisas estrangeiras ou ao estranho no seu ambiente é chamado de?
Homofobia
Racismo
Machismo
Xenofobia
A EXCLUSÃO
Exclusão social é a impossibilidade de poder partilhar da sociedade. Esta se refere a vivência da privação, da recusa, do abandono e da expulsão, inclusive com violência, de uma parcela significativa da população. Por isso, exclusão social não é só pessoal. Embora atinja pessoas, não é um processo individual, mas uma lógica que está presente nas várias formas de relações econômicas, sociais, culturais e políticas da sociedade.
A exclusão é uma situação de privação coletiva e inclui pobreza, discriminação, subalternidade, não equidade, não acessibilidade, não representação pública.
É, portanto, um processo múltiplo que se explica por várias situações de privação material e/ou relacionadas a escassez de autonomia, de desenvolvimento humano, de qualidade de vida. Desse modo, a exclusão não está restrita ao acesso de bens e serviços, mas também à segurança, à justiça, à cidadania.
Trata-se de uma condição inerente ao capitalismo contemporâneo, ou seja, a exclusão social foi impulsionada pelas estruturas desse sistema econômico e político e intensificadas com a globalização do capitalismo neoliberal, a partir do final do século XX. Assim, as pessoas que possuem essa condição social sofrem diversos preconceitos. Elas são marginalizadas pela sociedade e impedidas de exercer livremente seus direitos de cidadãos.
Os grupos dos excluídos são denominados minorias, correspondem a grupos sociais ou mesmo nações que lutam na defesa de seus ideais.
Os grupos dos excluídos são denominados minorias, correspondem a grupos sociais ou mesmo nações que lutam na defesa de seus ideais.
A situação em comum dessas minorias é a situação de exclusão e/ou discriminação, que provoca o surgimento de movimentos sociais à procura de conquistar a dignidade e o respeito, por meio de ações políticas.
Atenção
Desse modo, os excluídos não são apenas aqueles que se encontram em situação de carência material, mas aqueles que não são reconhecidos como sujeitos, que são estigmatizados, considerados nefastos ou perigosos à sociedade. Como por exemplo: a impossibilidade dos homossexuais constituírem uniões estáveis e terem direito à herança de seus companheiros ou companheiras.
Dentro do contexto da exclusão social, existem diferentes graus e formas de exclusão que, segundo Sposati (1996), se apresentam como:
EXCLUSÃO ESTRUTURAL
Resultado do processo seletivo do mercado, que não garante emprego a todos, gerando contínua desigualdade.
EXCLUSÃO ABSOLUTA
Originada da condição de pobreza absoluta de um crescente segmento social.
EXCLUSÃO RELATIVA
Sentida por aqueles que possuem os níveis mais baixos de acesso e apropriação da riqueza social e das oportunidades historicamente acessíveis do ser humano.
EXCLUSÃO DA POSSIBILIDADE DE DIFERENCIAÇÃO
Resultado do grau de normalização e enquadramento que as regras de convívio estabelecem entre os grupos de uma sociedade, não efetivando os direitos das minorias. No caso, o padrão de intolerância inclui, ou não, as heterogeneidades de gênero, etnia, religião, orientação sexual, necessidades especiais etc.
EXCLUSÃO DA REPRESENTAÇÃO
Grau pelo qual a democracia de uma sociedade possibilita tornar presentes e públicas, as necessidades, interesses e opiniões dos vários segmentos, especialmente na relação Estado-Sociedade.
EXCLUSÃO INTEGRATIVA
A exclusão é perversamente a maneira de um segmento da população permanecer precariamente presente na lógica da acumulação.
A INCLUSÃO
A inclusão é um termo amplo, utilizado em diferentes contextos, em referência a questões sociais variadas. Entretanto, de modo geral, corresponde à inserção social de pessoas que experimentam algum tipo de exclusão, seja da escola, do mercado de trabalho e/ou de qualquer outro espaço social, devido à sua condição socioeconômica, de gênero, raça, não domínio de tecnologia ou por possuir algum tipo de deficiência. A inclusão social é a busca da afirmação de direitos que há muito tempo vem sendo negados e a valorização da diversidade.
Portanto, a exclusão e a inclusão social são necessariamente interdependentes. Alguém é excluído de uma situação de inclusão específica. A sociedade que exclui é a mesma que inclui e integra, e esta transmutação é a condição de uma ordem desigual.
Todos estamos de algum modo inseridos, mas nem sempre decente e digno. A ideia da inclusão se fundamenta em uma filosofia que reconhece e aceita a diversidade na vida em sociedade. Isto significa a garantia do acesso de todos a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social.
A inclusão social é uma questão qualitativa e pressupõe, segundo Sposati (2002), os seguintes quesitos:
AUTONOMIA
É entendida como a capacidade e a possibilidade do cidadão em suprir suas necessidades vitais, especiais, culturais, políticas e sociais, sob as condições de respeito às ideias individuais e coletivas. Estas supõem uma relação com o mercado e com o Estado, ambos responsáveispor assegurar as necessidades de exercício de liberdade, com reconhecimento da sua dignidade e a possibilidade de representar pública e partidariamente os seus interesses, sem ser impedido por ações de violação dos direitos humanos e políticos ou pelo cerceamento à sua expressão.
QUALIDADE DE VIDA
A qualidade e a democratização dos acessos às condições de preservação do homem, da natureza e do meio ambiente. Qualidade de vida é a possibilidade de melhor redistribuição, e usufruto, da riqueza social e tecnológica aos cidadãos de uma comunidade; a garantia de um ambiente de desenvolvimento ecológico e participativo de respeito ao homem e à natureza, com o menor grau de degradação e precariedade.
DESENVOLVIMENTO HUMANO
É a possibilidade de todos os cidadãos de uma sociedade melhor desenvolverem seu potencial com o menor grau possível de privação e de sofrimento; a possibilidade da sociedade poder usufruir coletivamente do mais alto grau de capacidade humana. O estudo do desenvolvimento humano tem sido realizado pela ONU/PNUD, por meio do Indicador de Desenvolvimento Humano (IDH).
EQUIDADE
É o reconhecimento e a efetivação, com igualdade, dos direitos da população, sem restringir o acesso a eles nem estigmatizar as diferenças que conformam os diversos segmentos que a compõem. Assim, equidade é entendida como possibilidade das diferenças serem manifestadas e respeitadas, sem discriminação; condição que favoreça o combate das práticas de subordinação ou de preconceito em relação às diferenças de gênero, políticas, étnicas, religiosas, culturais, de minorias etc.
CIDADANIA
É aqui considerada como o reconhecimento de acesso a um conjunto de condições básicas para que a identidade de morador de um lugar se construa pela dignidade, solidariedade e não só pela propriedade. Esta dignidade supõe não só o usufruto de um padrão básico de vida como a condição de presença, interferência e decisão na esfera pública da vida coletiva.
DEMOCRACIA
A possibilidade do exercício democrático é componente de inclusão local na medida em que esta supõe cidadania e não acesso a renda e serviços, o que coloca as pessoas no patamar da sobrevida sem alcançar a condição de sujeitos cidadãos.
FELICIDADE
Para atingi-la supõe-se muito mais do que a posse, o acesso a condições objetivas de vida. Ela traz à cena a subjetividade e, nela, o desejo, a alegria entre um conjunto de sentimento em busca da plenitude humana. Vale dizer, uma situação que permita que o potencial das capacidades humanas sem restrições a povos ou pessoas possa se expandir. De cada um conforme a sua capacidade, e a cada um conforme sua necessidade.
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO SOCIAL.
A Constituição Federal do Brasil assume como fundamental, entre outros, o princípio da igualdade, quando reza no seu artigo 5º, que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros, residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade".
Para que a igualdade seja real, entretanto, ela há de ser relativa (dar tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais).
O QUE ISTO SIGNIFICA?
Que as pessoas são diferentes, têm necessidades diversas e o cumprimento da lei exige que a elas sejam garantidas as condições apropriadas de atendimento às peculiaridades individuais, de forma que todos possam usufruir das oportunidades existentes. Tratar desigualmente não se refere à instituição de privilégios, e sim, à disponibilização das condições exigidas pelas peculiaridades individuais na garantia da igualdade real.
O principal valor que permeia, portanto, a ideias da inclusão é o configurado no princípio da igualdade, pilar fundamental de uma sociedade democrática e justa: a diversidade requer a peculiaridade de tratamento, para que não se transforme em desigualdade social. Este princípio da igualdade, permite à lei tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. O princípio postula que as desigualdades de fato decorram das diferenças das aptidões pessoais, dando tratamento diferenciado às pessoas diferenciadas.
1988
Desse modo, a configuração social do Estado brasileiro estabelecida pela Constituição de 1988, traz um conjunto de tarefas que visam superar as diferenças sociais e, em especial, a exclusão. É através das políticas públicas que a promessa constitucional da inclusão social será realizada pelo Estado e pela sociedade.
As políticas públicas contribuem para a inclusão de grupos que historicamente não tiveram seus interesses representados no processo político brasileiro.
A gestão da política social está ancorada na parceria entre o Estado, a sociedade civil, organizada ou não, e a iniciativa privada. As políticas públicas compreendidas como as opções que o governo toma, em instância federal, estadual ou municipal, para cumprir os objetivos estatais, exigem a participação dos interessados, isto é, todos os cidadãos, segundo o ideal republicano. Dessa maneira, estas devem contar com a participação popular na sua formulação.
Participar de maneira efetiva da tomada das decisões políticas do Estado, tanto nos momentos cruciais como na realização cotidiana das tarefas estatais, promove um sentimento de pertencimento, e de corresponsabilidade no cidadão na sua realidade social.
As empresas privadas têm sido também fortes parceiras nos programas inclusão social uma vez que as incorporam à agenda de Responsabilidade Social Corporativa, que é uma forma de conduzir os negócios que torna a empresa parceira e corresponsável pelo desenvolvimento social.
As políticas públicas de inclusão social podem ser divididas em ações afirmativas e programas sociais:
AÇÕES AFIRMATIVAS 
Para tentar superar os problemas sociais e promover a inclusão e a justiça, a partir dos anos 1990, o Brasil tem realizado programas de ações afirmativas que visam reconhecer e corrigir situações de direitos negados socialmente ao longo da história. 
Ação afirmativa é um conjunto de políticas que compreendem que, na prática, as pessoas não são tratadas igualmente e, consequentemente, não possuem as mesmas oportunidades, o que impede o acesso destas a locais de produção de conhecimento e de negociação de poder. Esse processo discriminatório atinge de forma negativa pessoas que são marcadas por estereótipos que as consolidam socialmente como inferiores, incapazes, degeneradas etc. 
O sistema de cotas é um modelo de política de ações afirmativas que visa garantir desigualdades socioeconômicas e educacionais menores entre os membros pertencentes de uma sociedade, principalmente no que se refere ao ingresso em instituições de ensino superior públicas e empregos públicos. Essas pretendem:
 Concretizar a igualdade de oportunidades; 
 Transformar cultural, psicológica e pedagogicamente; 
 Implantar o pluralismo e a diversidade de representatividade dos grupos minoritários; 
 Eliminar barreiras artificiais e invisíveis que emperram os avanços dos negros, das mulheres e de outras minorias;
 Aumentar a qualificação; promover melhoria de acesso ao mercado de trabalho, entre outros. 
Em 1988, com a abertura política e a implantação da Constituição Federativa, por meio do artigo 37, inciso VIII, foi estabelecido um percentual dos cargos públicos para os portadores de deficiência. 
A Lei 8.213/1991, em seu artigo 93, determina que as empresas com mais de cem funcionários preencham entre 2% e 5% de suas vagas com trabalhadores que possuem alguma necessidade especial. Aqui, o cidadão que possui alguma desvantagem decorrente de necessidade física especial, tem garantido acesso a postos de trabalho pela construção de uma política pública na qual participa a empresa. 
É a partir de então que começam as primeiras deliberações em torno da política de ações afirmativas. Em 1995, foi adotada nacionalmente a primeira política de cotas correspondendo à reserva de 30% das vagas para as mulheres exercerem atividade em cargo político. 
A Lei nº 12.711/2012 garante a reservade 50% das matrículas por curso e turno nas 59 Universidades Federais e 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos. As vagas reservadas às cotas (50% do total de vagas da instituição) são subdivididas da seguinte maneira: metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita e a outra metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar superior a um salário mínimo e meio. Em ambos os casos, também é levado em conta um percentual para negros (pretos e pardos) e indígenas, conforme o mais recente Censo Demográfico do IBGE.
PROGRAMAS SOCIAIS 
O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o país. Ele integra o Plano Brasil Sem Miséria, que tem como foco de atuação os milhões de brasileiros com renda familiar inferior a 170 reais mensais (em 2017) e está baseado na garantia de renda, na inclusão produtiva e no acesso aos serviços públicos. 
O programa possui três eixos principais: a transferência de renda, que promove o alívio imediato da pobreza; as condicionalidades, que reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social; e as ações e os programas complementares, que objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários consigam superar a situação de vulnerabilidade. 
A “Lei do Aprendiz”: a lei 10.097/2000 é um instrumento de capacitação profissional, geração de renda e emprego, atendendo ao objetivo de diminuição do desemprego e evolução da qualificação por meio do estágio em empresa. A lei supraindicada, altera artigos da CLT, determinando às empresas a utilização de mão de obra jovem, matriculada em cursos técnicos de aperfeiçoamento profissional. A política de facilitação de acesso do menor ao mercado de trabalho, ao primeiro emprego passa, desse modo, pela imposição à empresa de contratar percentual de funcionários jovens/aprendizes. 
Entre os programas sociais de inclusão elaborados pelo governo podemos citar alguns:
 Minha Casa, Minha Vida: oferece um subsídio para financiamento da casa própria, ou seja, um valor para reduzir a prestação do financiamento. Prevê diversas formas de atendimento às famílias que necessitam de moradia; 
 Bolsa Verde: um programa de apoio à conservação ambiental e de transferência de renda para famílias em situação de extrema pobreza que vivem em áreas de relevância para a conservação ambiental. Este concede 300 reais, de três em três meses, para as famílias que vivem em áreas de conservação ambiental; 
 Carteira do Idoso: consiste em um documento que garante acesso gratuito ou desconto de, no mínimo, 50% no valor das passagens interestaduais, de acordo com o Estatuto do Idoso. Destinada a pessoas acima de 60 anos, que não tenham como comprovar renda individual de até dois salários mínimos; 
 Aposentadoria para pessoa de baixa renda: Destinada a pessoas de baixa renda que não trabalharam fora de casa, atuando com trabalho doméstico, pagando por mês uma alíquota de 5% do salário mínimo.
Atividades
1 - Dentro do contexto da exclusão social, existem diferentes graus e formas de exclusão. A exclusão absoluta seria:
a) Grau de exclusão pelo qual a democracia de uma sociedade possibilita tornar presentes e públicas, as necessidades, interesses e opiniões dos vários segmentos.
b) Grau de exclusão representada pela miséria.
c) Exclusão do processo seletivo de mercado que não garante emprego à todos.
d) Referente ao direito das minorias sociais.
e) Referente a impossibilidade de ascensão social.
2 - Sobre a Diversidade, podemos afirmar que:
a) A Diversidade cultural passou a ser um tema recente no debate da Antropologia Social.
b) A Diversidade cultural e social sempre foi tolerada pelas ideologias dominantes.
c) No Brasil, desde sua colonização até hoje, as diferenças culturais e sociais sempre foram incentivadas.
d) Esta só surgiu com a globalização.
e) Hoje em dia, a coexistência de culturas e grupos humanos diversos ocasiona uma série de questões que envolvem uma sociedade democrática, plural e justa.
3 - A inclusão social é uma questão qualitativa e pressupõe, entre outros quesitos, os seguintes:
a) Amor, Ordem e Progresso.
b) Autonomia, Harmonia e Igualdade.
c) Qualidade de Vida, Desenvolvimento Humano e Fraternidade.
d) Qualidade de Vida, Desenvolvimento Humano e Equidade.
e) Equidade, Cidadania e Empregos.
AULA 4 – SUSTENTABILIDADE
Introdução
A questão ambiental sempre existiu, pois as civilizações tinham grande receio da perda dos seus recursos naturais, motivo, muitas vezes, de disputas entre nações.
No Brasil, por exemplo, alguns acontecimentos na década de 1960 marcaram os primeiros passos da preocupação ambiental, com a criação de leis que visam à preservação e conservação do meio ambiente. Temos, como exemplo, a criação da Lei 5.197 de proteção à fauna.
Nessa trajetória, a revolução tecnológica crescente exige novos posicionamentos econômicos, culturais, sociais, educacionais e na gestão de pessoas. O modelo de competências consolida essa perspectiva em ambientes cada vez mais complexos.
A evolução com a preocupação ambiental mundial tem sido marcada por conferências e encontros, visando demonstrar os cuidados com os recursos naturais e com a sustentabilidade, bem como estabelecer a responsabilidade social dos empreendimentos industriais.
A Questão ambiental e os principais movimentos ambientais.
De acordo a Organização das Nações Unidas (ONU), conceitua-se como desenvolvimento sustentável:
“[...] o desenvolvimento que satisfaz as necessidades da presente geração sem comprometer a habilidade das futuras gerações de satisfazerem suas próprias necessidades.”
Definição do Relatório Brundtland, 1987.
 A preocupação com o meio ambiente ganhou força a partir dos anos 1960, mas o grande movimento mundial aconteceu na década de 1970, com a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em Estocolmo, Suécia.
Essa conferência destacou o surgimento de duas correntes de pensamentos ambientalistas: os zeristas e os marxistas.
Os zeristas tinham como meta o Os marxistas imputavam a culpa ao 
crescimento zero da economia, sistema capitalista e ao consumismo, 
em função do aumento de forma levando a uma banalização das 
exponencial da população. necessidades oriundas do meio 
Esse aumento tem como consequência ambiente.
a escassez de recursos naturais.
Neste contexto, surgiu na década de 1980 um novo grupo de pensadores nomeados verdes, que tinham como ideologia a ecologia social contra o consumismo, pretendendo melhor distribuição social de renda, com um pensamento voltado para as necessidades e não para o lucro.
O progresso com a preocupação ambiental no Brasil e no mundo foi marcado por conferências e encontros mundiais cujo objetivo era demonstrar os cuidados que os empreendimentos industriais deveriam seguir em relação aos recursos naturais, à sustentabilidade e à responsabilidade social.
Observamos, a seguir, a sequência de alguns eventos importantes:
RELATÓRIO DE BRUNDTLAND (1987)
Também chamado de “Nosso Futuro Comum” foi produzido pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, e comunicado pela primeira ministra norueguesa, Gro Harlem Brundtland, com a seguinte definição para o conceito de desenvolvimento sustentável: “É a forma como as atuais gerações satisfazem as suas necessidades sem, no entanto, comprometer a capacidade de gerações futuras satisfazeremas suas próprias necessidades” (CMMAD,1991).
O relatório Brundtland expôs a necessidade da qualidade de vida para a toda população e, para isso, é necessário que todos tenham acesso, de forma igualitária, aos serviços básicos; além disso, é fundamental a participação de todos nas decisões pertinentes ao desenvolvimento urbano (BARBOSA, 2008).
ECO 92 (1992)
O movimento da conferência Eco 92, também conhecido como Rio 92, resultou na construção da Agenda 21. A Eco 92 demonstrou a responsabilidade e a possibilidade de cooperação por parte de todos os setores da sociedade - incluindo o terceiro setor - na resolução de problemas socioambientais (TRIGUEIRO, 2003).
De Acordo com o Ministério do Meio Ambiente, esse evento contou com a participação de 179 países signatários da Agenda 21 Global, que é um programa de ação fundamentado em um documento de 40 capítulos, e representa a mais abrangente tentativa já realizada de promover, em escala global, um novo padrão de desenvolvimento, denominado desenvolvimento sustentável. Ainda de acordo com o MMA a expressão “Agenda 21” foi utilizada com o objetivo de intenções, ou seja, desejo de transformação para esse novo modelo de desenvolvimento para o século XXI.
PROTOCOLO DE QUIOTO (1997)
O Protocolo de Quioto, que só passou a vigorar em 16 de fevereiro de 2005, teve o objetivo de estabelecer acordos e discussões entre as nações, para verificar metas que pudessem minimizar a emissão de gases que agravam o efeito estufa, como o metano e o gás carbônico (CO2). O Protocolo firmou dois momentos:
• O primeiro momento contemplou o período de 2008 a 2012, no qual 37 países industrializados e a Comunidade Europeia firmaram o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa para uma média de 5% em relação aos níveis de 1990.
• No segundo momento, as partes do acordo se comprometeram a reduzir as emissões de gases estufa em, pelo menos, 18% abaixo dos níveis de 1990, no período de oito anos, entre 2013 e 2020. Destaca-se que não houve um valor único, cada país negociou a sua própria meta de redução de emissões em função do seu objetivo e condição de atingir a meta no período considerado (Ministério do Meio Ambiente).
Em relação aos objetivos do relatório de Quioto, não há evolução nas propostas.
ENCONTRO DE JOHANNESBURG (2002)
O Encontro de Johannesburg teve como legado uma declaração, relatando pontos de conscientização e compromisso com as questões socioambientais e a necessidade de erradicação da pobreza para a melhora na qualidade socioambiental das populações (DINIZ, 2002).
CONFERÊNCIA DE CLIMA DE COPENHAGUE (2009)
A Conferência do Clima de Copenhague, contou com 115 líderes mundiais e mais de 35 mil pessoas representando governos, organizações não governamentais e imprensa. Essa Conferência foi outro evento muito importante para as questões ambientais, pois objetivou a resolução de problemas referentes à redução de gases do efeito estufa na atmosfera. O Brasil teve uma participação de destaque nesse encontro, e desde aquele momento teria um importante papel de liderança. Na época, o país apresentou o compromisso voluntário de reduzir entre 36,1% e 38,9% a emissão de gases de efeito estufa até 2020, meta transformada na Lei 12.187/2009 (CETESB). O Brasil também se comprometeu a reduzir o desmatamento na Amazônia em 80% até o ano de 2020.
RIO+20 (2012)
Tendo em vista a problemática dos recursos hídricos no Brasil e no mundo, o evento Rio+20 teve como objetivo a conscientização e a preocupação com o uso racional da água.
A prática da sustentabilidade no ambiente empresarial.
Nos dias de hoje os consumidores procuram por empresas com ética e responsabilidade socioambiental para comprar seus produtos, ou seja, procuram por organizações que apresentem uma preocupação com a qualidade de vida da população e a sustentabilidade.
Nesse aspecto, ser ambientalmente correto proporciona lucro às empresas, pois atrai um número maior de clientes. Algumas organizações possuem programas que integram responsabilidade social e ambiental, como:
Os consumidores, de maneira geral, estão exigentes com a qualidade dos produtos que compram, com a política da empresa e com o seu papel socioambiental. A credibilidade da organização é a principal observação feita durante uma compra ou de uma negociação.
Essas são algumas questões que nos fazem pensar antes de realizar uma compra. Por esse motivo, as empresas e indústrias de modo geral estão procurando, cada vez mais, o foco na sustentabilidade por meio de uma responsabilidade social atuante e contínua, promovendo a melhora constante e exercendo a cooperação e a ética.
Em uma empresa, o objetivo ambientalmente responsável e a favor do desenvolvimento sustentável é garantir a preservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais.
De que forma uma empresa pode fazer uso de recursos de maneira sustentável?
O planejamento se inicia com a escolha da matéria-prima, de onde ela vem e quais os impactos para a sua geração. Posteriormente, a análise se volta para o processamento dessa matéria-prima e quais poluentes ela pode gerar nesse processamento, como por exemplo:
Outras perguntas devem ser feitas pelo empresário:
Caso as duas opções não possam ser alcançadas, pode-se aplicar as opções de reuso e de reciclagem:
1ª OPÇÃO
O reuso é quando o material não sofre transformação e será utilizado para a mesma finalidade.
2ª OPÇÃO
A reciclagem é quando o material é transformado e recebe uma nova funcionalidade.
Outros fatores importantes que devem ser considerados pelas empresas:
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS.
Tratamento e a destinação do resíduo gerado na empresa. O tratamento de um resíduo é realizado de acordo com suas características e o mesmo deve ser disposto de maneira correta.
LOGÍSTICA REVERSA.
É um conjunto de ações e procedimentos com o objetivo de viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos da empresa, ou seja, é uma maneira de reaproveitamento de materiais no seu ciclo ou em outros ciclos. A logística reversa remove o produto da destinação final, o traz de volta ao ciclo de negócios ou procede a uma disposição adequada. Alguns fatores, tais como: a velocidade do lançamento de produtos, busca por competitividade e conscientização ecológica estão transformando as relações de mercado e justificando algumas preocupações em relação às estratégicas que podem ser adotadas por empresas em relações a logística reversa.
GESTÃO AMBIENTAL.
A base da aplicação em uma empresa está na administração de suas atividades econômicas e sociais, com o objetivo de utilizar de maneira racional os recursos naturais renováveis ou não renováveis. A premissa da gestão ambiental está na preservação e conservação do ecossistema, diminuindo os impactos ambientais negativos, incentivando a reciclagem e o reuso de materiais. Uma maneira de empregar a gestão ambiental (SGA) nas empresas é aplicar um sistema de gestão ambiental. Para a aplicação do SGA, as empresas utilizam como “manual de instruções” as normas da série ISO 14000.
POR QUE IMPLANTAR UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL EM MINHA EMPRESA.
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) promove inúmeros benefícios à organização:
O acesso a novos mercados e novos clientes, pois uma empresa que possui um SGA consegue fortalecer sua marca e manter seus produtos confiáveis. 
O sistema diminui significativamente os riscos e acidentes ambientais, já que torna mais fácil a identificação de problemas, ou seja, a empresa apresenta um processo mais controlado.
A empresa evita o desperdício, por meio do SGA, o que traz lucratividade a organização.
Aumenta a credibilidade interna, pois o SGA torna os funcionários mais seguros, e melhora a relação da empresa com sindicatos.
As agências de certificação ambiental mais conhecidas no Brasil são American Bureau of Shipping (ABS), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Bureau Veritas Certification e Det Norske Veritas (DNV).
Vale destacar que a política ambiental é o documentoem que constarão os objetivos e as metas ambientais, que devem ser alcançáveis. 
A política ambiental de uma empresa deverá ser apropriada às suas ações e aos possíveis impactos ambientais oriundos das suas atividades, da geração dos seus produtos e serviços, comprometendo-se com a melhora contínua.
Atenção
Independentemente de ter ou não um Sistema de Gestão Ambiental, a empresa é obrigada a atender a legislação vigente. Para que uma empresa alcance o sucesso, os funcionários devem ter a estrutura necessária para atingir os objetivos do sistema. A política ambiental deve ser documentada e disponibilizada ao público e a todas as partes interessadas.
No entanto, não há garantias de que a empresa que aplica o SGA terá 100% de eficiência, podendo ainda haver resultados negativos. Nesse caso, é necessário verificar a causa do resultado negativo e desenvolver ações preventivas e corretivas, reavaliar metas e objetivos, verificar se há condições de serem alcançáveis e, por último, reavaliar a política da organização.
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL.
A responsabilidade social pode ser definida como a prática exercida de forma voluntária por empresas que visam o bem-estar dos seus públicos interno e externo. Obriga a empresa a ter uma postura mais responsável, com transparência em seus negócios.
A organização não lida apenas com uma gestão interna que visa seus interesses exclusivos, mas com uma gestão externa em que a empresa se envolve com projetos de ações sociais, culturais e ambientais. Desse modo, a empresa constrói uma imagem de destaque, tornando-se diferenciada no mercado competitivo.
1950
O conceito de responsabilidade social é antigo, mas teve uma arrancada significativa na década de 1950, com Howard Bowen e sua perspectiva de que as empresas e seus negócios são centros vitais de poder e decisão. As empresas precisam compreender suas responsabilidades e os impactos oriundos de suas ações, ou seja, incluir a responsabilidade social na gestão de seus negócios.
1960-1970
Nestas décadas, o conceito de empresa que não pensa apenas no lucro é reforçado por meio do novo entendimento em que o compromisso das organizações vai além da lucratividade. 
A influência de várias correntes de pensamento e propostas alternativas pela competitividade capitalista fizeram com que as organizações percebessem a importância de seu papel na sociedade.
1990
Nos anos 1990, o conceito de responsabilidade social começa a ser inserido no Brasil, sendo impulsionado pela crise social do Estado. A crise teve como consequência a convocação das empresas a assumir suas responsabilidades com a sociedade e com o meio ambiente. Além da crise, outros faotres impulsionaram o movimento da responsabilidade social, como o avanço democrático, maiores exigências da sociedade, demandas do comércio internacional etc.
2010
A criação da ISO 26000 pelo Working Group on Social Responsibility (ISO/TMB WG SR), publicada em dezembro de 2010 - após cinco anos de debate entre especialistas oriundos de quase uma centena de países e de seis segmentos sociais (trabalhadores, governos, empresas, consumidores, organizações não governamentais, 40 organizações internacionais, entre outros) -, teve o objetivo de reconhecer a importância da responsabilidade social, o entrosamento das partes interessadas e os temas essenciais. A participação dos trabalhadores ocorreu por meio de especialistas vinculados às centrais sindicais de vários países, liderados pela Confederação Sindical Internacional (CSI).
Veremos mais a seguir.
O nosso país participou de forma ativa na elaboração da norma ISO 26000 , a começar pela composição da presidência do grupo de trabalho, dividido entre os representantes da ABNT e do Instituto de Normalização da Suécia - Swedish Standard Institute (SIS). As contribuições de especialistas brasileiros em todas as etapas do processo permitiram incorporar, ao conteúdo da norma, inúmeras sugestões e propostas vindas do Brasil.
A ISO 26000...
• Disponibiliza orientações sobre princípios e práticas de responsabilidade social dirigidas a organizações de qualquer natureza, não apenas para empresas. Diferente da ISO 14001, a ISO 26000 não emite certificação, pois não contém a especificação de requisitos a serem verificados para a outorga de um certificado;
• Tomou por base as normas, tratados, convenções e outros documentos intergovernamentais, inclusive as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), para a definição das suas recomendações de conteúdo. Desse modo, procurou respeitar as normas obrigatórias adotadas por amplo consenso entre nações e representantes da sociedade internacional."
Atenção
Pode-se atestar que, nesse caso, houve o reconhecimento da autoridade de governos e organismos intergovernamentais para a fixação dos requisitos de responsabilidade social para as organizações.
POR EXEMPLO...
Uma área mais arborizada, com menos índices de poluição é mais valorizada do que uma área com altos índices de poluição, seja atmosférica, hídrica ou do solo, principalmente para ações de compra e venda de imóveis. A população também ganha, quando a empresa disponibiliza projetos sociais na região, porque passa a usufruir de serviços gratuitos, como cursos oferecidos e recuperação de áreas degradadas. A empresa por sua vez, com a prática da responsabilidade social ganha credibilidade no mercado, simpatia da população, consequentemente consegue mais clientes e vende mais.
A responsabilidade social empresarial pode ser classificada em três aspectos:
Uma empresa responsável socialmente é uma organização que cuida do meio ambiente e, dessa maneira, se destaca nas relações de mercado. Ser ambientalmente correto gera lucros e rendimentos.
Atualmente, os consumidores procuram, no momento da escolha de produtos, empresas que demonstram seriedade e ética, ou melhor, buscam por empresas com caráter empresarial, aquelas que estão preocupadas com a qualidade de vida da população.
Algumas ações realizadas por empresas demonstram a responsabilidade social como parte de suas ações e se destacam:
No que diz respeito à questão ambiental, pode-se destacar que o conceito de responsabilidade social se une ao desenvolvimento sustentável pelo fato de que todos devem ser inseridos em processos decisórios e informados sobre os possíveis impactos das escolhas de suas ações.
As organizações, de modo geral, visam à lucratividade, porém, dentro do novo cenário competitivo do século XXI, a política institucional de uma empresa deve levar em consideração a sua responsabilidade perante aqueles que serão impactados com as suas ações.
Saiba mais
A responsabilidade social também pode ser definida como o conjunto de ações individuais ou empresariais que têm como objetivo o desenvolvimento sustentável do planeta, ou seja, ações econômicas unidas à proteção ambiental, de forma a suprir as necessidades atuais e das gerações futuras.
AULA 5 – PLANEJAMENTO FINANCEIRO.
Introdução
Uma das maiores dificuldades ao ingressar no Ensino Superior é a capacidade de arcar com o investimento necessário. Este é o assunto desta aula, que pretende orientar você sobre finanças pessoais e como se organizar para investir em seu futuro. Vamos lá?
Gestão financeira pessoal
Podemos afirmar que a grande maioria dos agentes econômicos (pessoas físicas e jurídicas) pratica a administração financeira, conscientes ou inconscientes da realização do processo, pois ganham ou obtém empréstimo, gastam ou investem dinheiro.
A relação entre pessoas e dinheiro não pode ser conflituosa, e sim virtuosa, ou seja, agregando valor a vida das pessoas e não destruindo seus sonhos e desafios.
A Gestão financeira pessoal é a metodologia pelo qual o indivíduo administra recursos, buscando a otimização destes através da maximização das receitas e minimização dos gastos.
Ficou difícil entender?
Então vamos explorar alguns conceitos fundamentais.
1. PESSOA
Pessoa física é a pessoa natural, o indivíduo, desde o nascimentoaté a morte.
Pessoa jurídica é uma entidade abstrata, não natural, com existência e responsabilidade jurídicas, como por exemplo, associações, empresas, companhias etc.
2. RECEITA
São as entradas de recursos financeiros. Para as pessoas físicas podem ser salários, aluguéis a receber, serviços prestados etc.
Dizemos ser receita bruta as entradas sem descontos, como o valor total do salário sem descontos. Já a receita líquida são as entradas após os descontos (como desconto de INSS, imposto de renda etc.).
3. GASTOS
Gastos (pessoa física) são desembolsos realizados, como pagamento de contas de água, luz, telefone, aluguel etc.
4. INVESTIMENTO/ENDIVIDAMENTO
Investimentos são recursos que possibilitam retornos, tais como poupança, fundos de renda fixa etc.
Endividamento é a capacidade de contrair dívidas. Lembre-se de que contrair uma dívida não significa necessariamente um problema.
5. FINANCIAMENTO
Financiamento são recursos obtidos em instituições financeiras (bancos, por exemplo) com destino definido, como compra de imóvel, veículo etc.
6. CONSÓRCIO
São grupos que se reúnem, sob administração de terceiros, visando a aquisição de bens.
7. EMPRÉSTIMO
É o dinheiro concedido por instituições financeiras sem direcionamento, ou seja, pode utilizar o dinheiro para qualquer fim.
Gestão financeira pessoal
Planejamento Financeiro é preparar-se para o futuro, através da previsão de receitas e gastos. É manter controle sobre o seu destino financeiro.
Com base no seu planejamento, você terá condições de realizar investimentos e captar recursos dentro de uma necessidade de construção de riquezas, e não um endividamento sem saúde financeira. 
Desenvolver conhecimento sobre a própria situação financeira é posicionar-se um passo à frente na busca pelos seus objetivos. É olhar para o futuro com um binóculo!
Possíveis cenários
CENÁRIO 1
Neste cenário temos uma situação equilibrada, na qual a entrada de recurso (receita) é capaz de gerir os custos (gastos).
É possível pensar em investir parte do saldo (receita-gastos) em uma aplicação, ou manter o valor a título de aprovisionamento para despesas inesperadas, não previstas.
CENÁRIO 2
Neste cenário temos uma situação desequilibrada, na qual os custos (gastos) estão em elevação, embora a receita esteja inalterada.
É possível pensar em aumentar a receita para que não haja colapso no orçamento (os gastos superam a receita); ou, melhor ainda, tentar diminuir os gastos. Uma possível solução, nesse caso, seria renegociar dívidas que podem estar impulsionando os gastos.
CENÁRIO 3
Neste cenário temos uma situação desejável de desequilíbrio, na qual os custos (gastos) estão em queda, e a receita está inalterada.
Quando estamos nessa situação, é hora de estabelecer planos para a receita, já que os gastos diminuem. É possível planejar a aquisição de algum bem, ou diversificar aplicações.
Planejar é definir...
OBJETIVOS PROFISSIONAIS
Onde você deseja trabalhar e quando esperar ocupar essa posição (tempo), qual a sua intenção de receita (renda.)
OBJETIVOS PESSOAIS
Qual o seu desejo sobre seus relacionamentos, grau de instrução, lazer.
OBJETIVOS PATRIMONIAIS
O que você deseja adquirir: carro, moradia, aplicar em um investimento etc.
Elaboração do planejamento
Através do orçamento temos como perceber qual(is) gasto(s) está(ão) consumindo a maior parte da receita, ou seja, diminuindo a sobra de recursos financeiros. Com o orçamento pronto, você estará com a transparência necessária da sua vida financeira para decidir melhor sobre o seu futuro.
Estrutura do orçamento
	Lançamentos
	Março
	Abril
	Maio
	Totais
	Receitas Líquidas
	xxx
	xxx
	xxx
	Rendimentos
	Residência
	xxx
	xxx
	xxx
	Gastos
	Higiene e Saúde
	xxx
	xxx
	xxx
	Saldo do mês
	Lazer
	xxx
	xxx
	xxx
	Reserva/Investimento
	Cartões de Crédito
	xxx
	xxx
	xxx
	Saldo Acumulativo
Abaixo, leremos sobre os elementos das colunas em destaque.
Lançamentos
Receitas líquidas - Salário, 13º, férias, outras rendas (aluguéis, pensão, investimento etc).
Residência - Aluguel ou prestação da casa, IPTU, luz, gás, telefone, internet, TV, supermercado etc.
Higiene e saúde - Plano de saúde/odontológico, farmácia, estética, tratamentos, academia etc.
Lazer - Saídas (bares, restaurantes), livros e revistas, presentes, viagens etc.
Cartões de crédito - Despesas em parcela única, despesas parceladas, anuidades, parcelamentos anteriores.
Totais
Receitas líquidas - Salário, 13º, férias, outras rendas (aluguéis, pensão, investimento etc).
Residência - Aluguel ou prestação da casa, IPTU, luz, gás, telefone, internet, TV, supermercado etc.
Higiene e saúde - Plano de saúde/odontológico, farmácia, estética, tratamentos, academia etc.
Lazer - Saídas (bares, restaurantes), livros e revistas, presentes, viagens etc.
Cartões de crédito - Despesas em parcela única, despesas parceladas, anuidades, parcelamentos anteriores.
Por pior que esteja a situação, é melhor saber do que não ter conhecimento e ficar se enganando.
Renata e João acabaram de abrir um negócio de representação de uma marca de cosméticos para salões de beleza. Aos poucos, montaram uma carteira de clientes no bairro onde moram. Entretanto, perceberam que o negócio estabilizou, sem perspectiva de crescimento, pois todos os salões do bairro já eram clientes deles. A partir disso, decidiram expandir o negócio para outros bairros da cidade, o que exigirá um meio de transporte. Como não possuem o valor total para comprar um carro, eles querem saber se o financiamento é um bom negócio.
Vamos verificar se é?
Quando captamos recursos, temos o custo dessa captação (juros + encargos + taxas), que vai aumentar o valor do endividamento. Se Renata e João não administrarem bem essa operação financeira poderão ter um novo problema. Agora iremos analisar as opções disponíveis:
OPÇÃO 1: 
EMPRÉSTIMO PESSOAL
Empréstimo possui o maior custo em decorrência da menor garantia de retorno para o banco. Veja uma simulação:
	Valor solicitado
	R$ 5.000
	Imposto
	R$ 93,84
	Valor financiado
	R$ 5.093,84
	Custo efetivo total
	121,74% a.a.
	Taxa efetiva
	6,70% a.m.
	NR de parcelas
	48
	Valor por parcela
	R$ 357,50
	Valor total
	R$ 17.160
OPÇÃO 2: 
FINANCIAMENTO DE VEÍCULO
Financiamento apresenta queda expressiva em relação ao empréstimo pessoal, pois o banco possui a alienação do veículo como garantia. Veja uma simulação:
	Valor do veículo
	R$ 41.000
	Entrada
	R$ 12.300
	Valor solicitado
	R$ 28.700
	Imposto
	R$ 517,25
	Valor financiado
	R$ 29.217,25
	Custo efetivo total
	31,57%a.a
	Taxa efetiva
	2,28%a.m
	Parcelas
	48
	Valor para parcela
	R$ 995,57
	Valor total
	R$ 47.787,36
OPÇÃO 3: 
LEASING DE VEÍCULO
No leasing o veiculo é da empresa de leasing e fica arrendado ao cliente. Assim, há garantia maior que há no financiamento. Veja uma simulação:
	Valor do veículo
	R$ 41.000
	Entrada
	R$ 12.300
	Valor solicitado
	R$ 28.700
	Imposto
	R$ 517,25
	Valor financiado
	R$ 29.217,25
	Custo efetivo total
	29,71%a.a
	Taxa efetiva
	2,16%a.m
	Parcelas
	48
	Valor para parcela
	R$ 972,21
	Valor total
	R$ 46.666,08
Utilizar financiamento e empréstimos para adquirir bens não é problema. O problema está no que você vai utilizar e como será utilizado.
Quando estamos trabalhando o nosso endividamento:
• Precisamos estar atentos sobre o custo (juros e taxas) e período de tempo (prazo).
• Devemos sempre refletir sobre a nossa capacidade de honrar os compromissos. 
• Algumas vezes, necessita-se de prazos mais longos no endividamento para não comprometer o nosso fluxo de caixa.
Saiba mais
Recomendações:
1. Vá ao site de seu banco, ou de qualquer banco a sua escolha; 
2. Procure no site o item "simulador de financiamento"; 
3. Simule um financiamento de veiculo, de residência e de empréstimo pessoal; 
4. Compare as taxas praticadas em cadamodalidade.
Investimentos
Quando falamos de finanças pessoais, vimos que, na maioria dos casos, é possível utilizar parte do saldo financeiro para aplicação.
O investidor típico é aquele cuja renda é maior que seu consumo/gastos, sobrando recursos para  serem aplicados. Mas é óbvio que nem todos são assim... Podemos classificar o perfil de investidor conforme suas características predominantes:

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