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QUÍMICA GERAL – PRÁTICA

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Laboratório de Química 
 
 
 
 
1 
 
 
 
CURSO: ENGENHARIA QUÍMICA 
DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL – PRÁTICA 
ALUNO: 
SÉRIE: 1a ANO 
PROFESSOR: Dr. Omar José de Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
2 
 
 
PREFÁCIO 
 
 
 Deve-se lembrar que o trabalho experimental é um dos alicerces para o ensino 
e a compreensão dos fenômenos químicos. As experiências a serem realizadas procuram lhes 
dar uma visão dos principais fenômenos químicos, incluindo as técnicas básicas e noções 
gerais sobre segurança no laboratório. 
 Espera-se poder estar lhes oferecendo um auxílio eficaz para o seu 
desenvolvimento no curso de Química e no âmbito profissional, a partir do momento em que 
possamos trocar experiências que venham sempre somar e trazer benefícios mútuos. 
 
 
 Contamos com você! 
 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
3 
Sumário 
 
Um experimento químico envolve a utilização de uma variedade de equipamentos de 
laboratório bastante simples, porém, com finalidades específicas. O emprego de um dado 
material ou equipamento depende de objetos específicos e das condições em que serão 
realizados os experimentos. 
 
Esta disciplina tem por objetivo ensinar conceitos químicos, terminologia e métodos 
laboratoriais, bem como proporcionar o conhecimento de materiais e equipamentos básicos de 
um laboratório e suas aplicações específicas. 
 
Objetivos 
 
 Gerais: Iniciar os alunos em trabalhos gerais de laboratório e prepará-los para executar 
experiências nas diversas áreas da Química. 
 Específicos: Transmitir aos alunos noções de segurança, de técnicas básicas de laboratório e 
de conceitos fundamentais em Química. 
Conteúdo: 
Noções elementares de segurança 
Equipamento básico de laboratório 
Introdução às técnicas básicas de trabalho em laboratório de química: pesagem, dissolução, 
pipetagem, filtração, recristalização, etc. 
Constantes físicas: densidade 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
4 
Medidas e erros: tratamento de dados experimentais. Aplicações práticas de alguns 
princípios fundamentais em química: preparações simples, equilíbrio químico, indicadores, 
preparação de soluções e titulações 
 
 
Procedimento de Trabalho no Laboratório 
 
 
 1. O trabalho num laboratório químico só é efetivo quando realizado conscienciosamente e 
com compreensão da sua teoria. Além disso, toda atividade experimental requer que o 
experimentador SEJA CUIDADOSO E ESTEJA ATENTO. Mesmo um experimento 
aparentemente inofensivo, pode resultar em conseqüências sérias quando planejado de maneira 
imprópria. 
 
 2. Todo aluno ou grupo terá um LUGAR NO LABORATÓRIO (BANCADA), QUE 
DEVERÁ SER MANTIDO LIMPO E ARRUMADO. Somente os materiais necessários ao 
experimento deverão permanecer sobre a bancada. 
 
3. O estudante, antes de iniciar o trabalho de laboratório deve: 
• Conhecer todos os detalhes do experimento que irá realizar 
• Ter conhecimento sobre as propriedades das substâncias a serem utilizadas 
• Familiarizar-se com a teoria relativa ao tópico em estudo 
• Ter um protocolo experimental escrito envolvendo todas as atividades a serem realizadas. 
• Vestir avental e óculos de segurança sempre que trabalhar no laboratório (itens de uso 
pessoal que devem ser providenciados pelo aluno). 
 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
5 
NUNCA REALIZE EXPERIMENTOS QUE NÃO SEJAM INDICADOS NO GUIA SEM 
ANTES CONSULTAR O PROFESSOR RESPONSÁVEL 
 
 
 
 
 
Regras Básicas de Segurança 
 
 Use os óculos protetores de olhos, sempre que estiver no laboratório. 
 Use sempre guarda-pó, de algodão com mangas compridas. 
 Não fume, não coma ou beba no laboratório. 
 Evite trabalhar sozinho, e fora das horas de trabalho convencionais. 
 Não jogue material insolúvel nas pias (sílica, carvão ativo, etc). Use um frasco de resíduo 
apropriado. 
 Não jogue resíduos de solventes nas pias. Resíduos de reações devem ser antes inativados, 
depois armazenados em frascos adequados. 
 Não entre em locais de acidentes sem uma máscara contra gases. 
 Nunca jogue no lixo restos de reações. 
 Realize os trabalhos dentro de capelas ou locais bem ventilados. 
 Em caso de acidente (por contato ou ingestão de produtos químicos) procure o médico 
indicando o produto utilizado. 
 Se atingir os olhos, abrir bem as pálpebras e lavar com bastante água. Atingindo outras 
partes do corpo, retirar a roupa impregnada e lavar a pele com bastante água. 
 Não trabalhar com material imperfeito, principalmente o de vidro que contenha pontas ou 
arestas cortantes. 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
6 
 Fechar com cuidado as torneiras de gás, evitando o seu escapamento. 
 Não deixar vidro quente em lugares onde possam pegá-los indevidamente. 
 Não aquecer tubos de ensaio com a boca virada para si ou para outra pessoa. 
 Não aquecer reagentes em sistema fechado. 
 Não provar ou ingerir drogas ou reagentes de laboratório. 
 Não aspirar gases ou vapores. 
 Comunicar imediatamente ao professor qualquer acidente ocorrido. 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
7 
Manuseio de Produtos Químicos 
 
 Nunca manusear produtos sem estar usando o equipamento de segurança adequado para 
cada caso. 
 Usar sempre material adequado. Não faça improvisações. 
 Esteja sempre consciente do que estiver fazendo. 
 Comunicar qualquer acidente ou irregularidade ao seu superior. 
 Não pipetar, principalmente, líquidos cáusticos ou venenosos com a boca. Use os aparelhos 
apropriados. 
 Procurar conhecer a localização do chuveiro de emergência e do lava-olhos e saiba como 
usá-lo corretamente. 
 Nunca armazenar produtos químicos em locais impróprios. 
 Não fumar nos locais de estocagem e no manuseio de produtos químicos. 
 Não transportar produtos químicos de maneira insegura, principalmente em recipientes de 
vidro e entre aglomerações de pessoas. 
 Ler o rótulo antes de abrir a embalagem. 
 Verificar se a substância é realmente aquela desejada. 
 Considerar o perigo de reação entre substâncias químicas e utilizar equipamentos e roupas 
de proteção apropriadas. 
 Abrir as embalagens em área bem ventilada. 
 Tomar cuidado durante a manipulação e uso de substâncias químicas perigosas, utilizando 
métodos que reduzam o risco de inalação, ingestão e contato com pele, olhos e roupas. 
 Fechar hermeticamente a embalagem após a utilização. 
 Evitar a utilização de aparelhos e instrumentos contaminados. 
 Não comer, beber ou fumar enquanto estiver manuseando substâncias químicas. 
 Lavar as mãos e as áreas expostas regularmente. 
 Tratar dos derramamentos utilizando métodos e precauções apropriadas para as substâncias 
perigosas. 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
8 
ACIDENTES MAIS COMUNS EM LABORATÓRIOS E PRIMEIROS 
SOCORROS 
 
1) QUEIMADURAS: 
 
a) Queimaduras causadas por calor seco (chamas e objetos aquecidos): 
- No caso de queimaduras leves, aplicar pomada de picrato de butesina; 
- No caso de queimaduras graves, elas devem ser cobertas com gaze esterilizada 
umedecida com solução aquosa de bicarbonato de sódio a 5%. 
- Procurar um médico imediatamente. 
 
b) Queimaduras por ácidos: 
- Lave o local imediatamente, com água em abundância, durante cerca de cinco 
minutos. A seguir, lave com solução saturada de bicarbonato de sódio e novamente 
com água. Seque, aplicando, então, mertiolate.. 
 
c) Queimaduraspor álcalis (bases): 
- Lave, imediatamente, o local atingindo com bastante água, durante cinco minutos. 
Trate com solução de ácido acético a 1% e lave novamente com água. 
Seque a pele e aplique mertiolate. 
 
2) Ácido nos olhos: 
- Nos laboratórios, existem lavadores de olhos acoplados aos chuveiros de 
emergência. A lavagem deve ser feita por quinze minutos, após o que se aplica 
solução de bicarbonato de sódio a 1%. 
 
3) Álcalis nos olhos: 
- Proceder como no item anterior, substituindo a solução de bicarbonato de sódio por 
uma de ácido bórico a 1%. 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
9 
 
4) Intoxicações por gases: 
- Remova a vítima para um ambiente arejado, deixando-o descansar. 
 
5) Ingestão de substâncias tóxicas: 
- Deve-se administrar uma colher de sopa de “antídoto universal”, que é constituído 
de: duas partes de carvão ativo, uma de óxido de magnésio e uma de ácido tônico. 
Procure um médico sempre que houver um acidente! 
 
Obs: Nos casos em que se faça necessário a busca por auxílio médico, é importante 
que se leve o máximo de informações possíveis a respeito da substância causadora 
do acidente, se possível ainda levar o frasco contendo as informações técnicas sobre 
o produto, e telefones úteis. 
 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
10 
 REGRAS PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS 
 
Anotações de Laboratório 
• Utilize um caderno de uso exclusivo para as atividades de laboratório 
• Após estudar a atividade experimental a ser realizada, faça um protocolo do que será feito 
detalhando montagem de equipamentos, cálculo da massa de reagentes necessários para 
preparar soluções e uma lista sintética das etapas a realizar. 
• Anote todas as suas observações do trabalho experimental e suas conclusões. 
 
 
Noções Gerais 
 
O relatório de atividades deve em primeiro lugar, retratar o que foi realmente realizado no 
experimento, sendo de fundamental importância a apresentação de um documento bem ordenado 
e de fácil manuseio. Além disso, deve ser o mais sucinto possível e descrever as atividades 
experimentais realizadas, a base teórica dessas atividades, os resultados obtidos e sua discussão, 
além da citação da bibliografia consultada. 
O relatório deve ser redigido de uma forma clara, precisa e lógica. Redija sempre de forma 
impessoal, utilizando-se a voz passiva no tempo passado. Ex. a massa das amostras sólidas foi 
determinada utilizando-se uma balança. 
Devem ser evitados expressões informais ou termos que não sejam estritamente técnicos 
(Não utilize em hipótese alguma adjetivo possesivo, como por exemplo, minha reação, meu 
banho, meu qualquer coisa). É bastante recomendável, efetuar uma revisão do relatório para 
retirar termos redundantes, clarificar pontos obscuros e retificar erros no original. 
Uma atenção especial deve ser dada aos termos técnicos, resultados, fórmulas e expressões 
matemáticas. As ilustrações (tabelas, fórmulas, gráficos) deverão vir na sequência mais adequada 
ao entendimento do texto e seus títulos e legendas devem constar imediatamente abaixo. 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
11 
 
Tabela: é composta de título, um cabeçalho, uma coluna indicadora, se necessário, e um corpo: 
 Título- deve conter breve descrição do que contém a tabela e as condições nas quais 
os dados foram obtidos; 
 Cabeçalho- parte superior da tabela contendo as informações sobre o conteúdo da 
cada coluna; 
 Coluna indicadora- à esquerda da tabela, especifica o conteúdo das linhas; 
 Corpo- abaixo do cabeçalho e a direita da coluna indicadora, contém os dados ou 
informações que se pretende relatar; 
 
 
 
Exemplo 
Tabela 1.Algumas características dos estados da matéria 
Estado da matéria Compressibilidade Fluidez ou rigidez Densidade relativa 
Gasoso Alta fluido baixa 
Líquido muito baixa fluido alta 
Sólido muito baixa rígido alta 
 
Gráfico: é a maneira de detectar visualmente como varia uma quantidade (y) a medida que uma 
segunda quantidade (x) também varia; é imprescindível o uso de papel milimetrado para 
construção de um gráfico. 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
12 
Eixos: 
horizontal (abcissa) - representa a variável independente; é aquela cujo valor é 
controlado pelo experimentador; 
vertical (ordenada)- representa a variável dependente; cujo valor é medido 
experimentalmente. 
Escolha das escalas - suficientemente expandida de modo a ocupar a maior porção do 
papel (não é necessário começar a escala no zero, sim num valor um pouco abaixo do 
valor mínimo medido) 
Símbolos das grandezas- deve-se indicar junto aos eixos os símbolos das grandezas 
correspondentes divididos por suas respectivas unidades; 
Título ou legenda- indicam o que representa o gráfico; 
Valores das escalas- deve-se marcar os valores da escala em cada eixo de forma clara; 
Pontos- deve-se usar círculos, quadrados, etc. para indicar cada ponto de cada curva; 
Traço- a curva deve ser traçada de modo a representar a tendência média dos pontos. 
 
 
Tópicos de Composição: 
 
 1. Resumo 
 2. Introdução 
3. Materiais e Métodos 
4. Resultados e Discussão 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
13 
5. Conclusões 
 6. Referências 
 
Título 
 
Introdução 
 
Apresentar os pontos básicos do estudo ou atividades desenvolvidas, especificando as 
principais aquisições teórico-metodológicas, referentes as técnicas empregadas. Neste ítem é dado 
um embasamento teórico do experimento descrito. para situar o leitor naquilo que se pretendeu 
estudar no experimento. A literatura é consultada, apresentando-se uma revisão do assunto. 
Normalmente, as citações bibliográficas são feitas por números entre parênteses e listadas no 
final do relatório. Lembrar que a introdução não é uma cópia da literatura. Não copie os 
textos consultados, para isso basta uma máquina de fotocópias. 
 
Parte Experimental (ou Materiais e Métodos) 
Descrição detalhada do experimento realizado, dos métodos analíticos e técnicas 
empregadas, bem como descrição dos instrumentos utilizados. Não é um receituário. Este item 
precisa conter elementos suficientes para que qualquer pessoa possa ler e reproduzir o 
experimento no laboratório. Utilizam-se desenhos e diagramas para esclarecer sobre a 
montagem de aparelhagem. Não deve incluir discussão de resultados. 
 
Resultados e Discussão 
Esta é a parte principal do relatório, onde serão mostrados todos os resultados obtidos, 
que podem ser numéricos ou não. Deverá ser feita uma análise dos resultados obtidos, com as 
observações e comentários pertinentes. 
Em um relatório desse tipo espera-se que o aluno discuta os resultados em termos dos 
fundamentos estabelecidos na introdução, mas também que os resultados inesperados e 
observações sejam relatados, procurando uma justificativa plausível para o fato. Em textos 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
14 
científicos utilizam-se tabelas, gráficos e figuras como suporte para melhor esclarecer o 
leitor do que se pretende dizer. 
 
Conclusões 
 Neste ítem deverá ser feita uma avaliação global do experimento realizado, são 
apresentados os fatos extraídos do experimento, comentando-se sobre as adaptações ou não, 
apontando-se possíveis explicações e fontes de erro experimental. Não é uma síntese do que foi 
feito (isso já está no sumário) e também não é a repetição da discussão. 
 
Bibliografia 
 Listar bibliografia consultada para elaboração do relatório, utilizando-se as normas 
recomendadas pela ABNT: 
Sobrenome do autor, iniciais do nome completo. Título do livro: subtítulo. Tradutor. Nº daedição. Local de publicação, casa publicadora, ano de publicação. Páginas consultadas. 
Exemplo: 
Russel, J.B. Química Geral. Trad. de G. Vicentini et alli. São Paulo, Mc Graw-Hill, 1982. 
 
Noções Básicas: Algarismos significativos 
 
Todas as medidas de uma propriedade físico-química estão afetadas por uma incerteza, 
chamada em geral erro, desvio ou imprecisão da medida. Por isso, os resultados das medidas 
devem ser expressos de modo tal que se possa avaliar a precisão com que elas foram feitas (ou 
calculadas). Portanto, o número que representa a medida de uma propriedade não pode ter uma 
quantidade qualquer de algarismos, ele deve conter apenas algarismos que representem 
realmente a precisão com que a medida foi feita, ou seja, todos os algarismos devem ter um 
significado. Introduzimos assim o conceito de algarismos significativos, procurando indicar que 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
15 
nem todos os algarismos que aparecem na representação de uma medida ou no resultado de 
uma operação matemática tem significado científico. 
Quando se escreve 6,41mL quer-se dizer que a imprecisão (a dúvida da medida de 
volume) está no último algarismo "1". É errado escrever que 6,41 mL = 6,410 mL, pois neste 
último caso a dúvida está no milésimo de centímetro e não em centésimo como no primeiro 
caso. 
A situação se complica um pouco se aparecem zeros no início ou no fim do número. Os 
zeros que aparecem no início não são significativos pois indicam simplesmente a posição da 
vírgula. Assim, 0,003702 e 0,3702 têm o mesmo número de algarismos significativos (4): 
3, 7, 0 e 2. Às vezes (não é sempre), os zeros que aparecem como últimas cifras indicam 
apenas a ordem de grandeza. Por exemplo, 74000 poderia ter apenas dois algarismos 
significativos (7 e 4) e os três zeros indicam o milhar. Ou então, temos de fato cinco algarismos 
significativos: 7, 4, 0, 0 e 0. Para evitar confusões, costuma-se escrever o número em 
potências de 10: 74x103 significa que temos dois algarismos significativos. Se os algarismos 
significativos fossem cinco, dever-se-ia escrever: 74000. O uso de potência de 10 é 
indispensável quando tratamos com grandezas muito pequenas ou muito grandes: 
6,022x1023, 6,63x10-34j.s. etc. Portanto, quando se escreve um número em potência de 10, o 
primeiro fator deve indicar os algarismos significativos e o segundo nos diz de quantos zeros 
se deve deslocar a vírgula. 
Para se saber quantos algarismos significativos existem em um número que expressa a 
medida de uma propriedade, deve-se proceder assim: 
i. O algarismo que fica mais à esquerda, diferente de zero, é o mais 
significativo, 
ii. Se não há vírgula, o algarismo que fica mais à direita, diferente de zero, é o 
algarismo menos significativo, 
iii. Se há vírgula, o último algarismo da direita é o menos significativo, mesmo 
que ele seja zero, 
iv. Todos os algarismos entre o mais e o menos significativo são significativos. 
 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
16 
Durante os cálculos, pode-se trabalhar com um algarismo a mais, mas ao se apresentar 
o resultado final, deve-se usar o número correto de algarismos significativos, obedecendo às 
seguintes regras: 
 
-se o algarismo a ser cortado for maior que 5, soma-se 1 ao algarismo anterior, 
-se o algarismo a ser cortado for menor que 5, o algarismo anterior mantém-se inalterado, 
-se o algarismo a ser cortado for igual a 5, soma-se 1 ao anterior se ele for ímpar, mantendo-o 
inalterado se for par. 
Operações: Fazer as contas com todos os algarismos e no final eliminar os algarismos não 
significativos, conforme as regras práticas abaixo. 
 
-Multiplicação: 
1,2x1,2=1,4 
5x5=25 
 
 
-Divisão 
3,6/1,2=3,0 
36/9=4 
 
-Subtração e adição 
23.441+57,71+1,001+0,0032+211,01= 23.710,7142 
Resultado final: 23.710 
 
 
DATA: ____/____/____ 
 
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE UM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 
 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
17 
As atividades de laboratório exigem do aluno não apenas o conhecimento das peças e 
aparelhos utilizados, mas também o correto emprego de cada um deles. 
 
1) Balão de fundo chato. Nele são aquecidos líquidos e realizadas reações com liberação de 
gases. Para aquecê-lo, use o tripé com a proteção da tela de amianto. 
 
2) Frasco de Erlenmeyer, ou simplesmente erlenmeyer. Utilizado em titulação, aquecimento 
de líquidos, dissolução de substâncias e realização de reações. Quando aquecê-lo, empregue 
o tripé com a proteção da tela de amianto. 
 
3) Copo de Becher, ou apenas béquer. Apropriado para reações, dissolução de substâncias, 
precipitações e aquecimento de líquidos. Para levá-lo ao fogo, use tripé com a proteção da 
tela de amianto. 
 
4) Funil (a) e funil analítico (b). 0 funil é utilizado para filtração. Para filtrações mais 
delicadas (geralmente, em análises quantitativas), emprega-se o funil analítico, que tem 
diâmetro pequeno e haste maior. Às vezes, o analítico apresenta internamente estrias no 
cone e na haste. 
 
5) Tubo de ensaio. Empregado para reações em pequena escala, principalmente testes de 
reação. Com cuidado, pode ser aquecido diretamente na chama do bico de Bunsen. 
 
6) Condensador. Dispositivo para liqüefazer vapores. É utilizado na destilação. 
 
7) Bastão de vidro, baqueta ou bagueta. Haste maciça de vidro com que se agitam misturas, 
facilitando reações. 
 
8) Proveta ou cilindro graduado. Mede e transfere volumes de líquido. Não oferece grande 
precisão. Nunca deve ser aquecida. 
 
9) Pipeta graduada (a) e pipeta volumétrica (b). São utilizadas para medir com exatidão e 
transferir pequenos volumes de líquido. 
 
10) Bico de Bunsen ou simplesmente Bunsen. É a fonte de aquecimento mais empregada em 
laboratório. 
 
11) Cadinho. Geralmente é feito de porcelana. Serve para calcinação (aquecimento a seco e 
muito intenso) de substâncias. Pode ser colocado em contato direto com a chama do bico 
de Bunsen. 
 
12) Suporte universal. É empregado em varias operações, para sustentação de peças. 
13) Vareta de vidro. Cilindro oco, feito de vidro de baixo ponto de fusão. Interliga peças como 
balões, condensadores, erlenmeyers, etc. 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
18 
 
14) Tripé de ferro. Sustentáculo utilizado com a tela de amianto para aquecimento de várias 
peças. 
 
15) Tela de amianto. Protege peças submetidas a aquecimento. 0 amianto distribui 
uniformemente o calor. 
 
16) Anel, ou argola. Preso à haste do suporte universal, sustenta o funil na filtração. 
 
17) Pinça simples. Espécie de braçadeira para prender certas peças ao suporte universal. 
 
18) Garra de condensador. Espécie de braçadeira que prende o condensador (ou outras peças, 
como balões, erlenmeyers etc.) à haste do suporte universal. 
 
19) Estante de tubos de ensaio. Serve para alojar tubos de ensaio. 
 
20) Pinça de madeira. Utilizada para segurar tubos de ensaio em aquecimento, evitando 
queimaduras nos dedos. 
 
21) Cápsula de porcelana. Recipiente para evaporar líquidos. 
 
22) Vidro de relógio. Peça côncava para evaporação em análises de líquidos. Para aquecê-lo, 
use tripé com a tela de amianto. 
 
23) Bureta. Serve para medir volumes, principalmente em análises. 
 
24) Triângulo de porcelana. Suporte para cadinhos de porcelana colocados em contato direto 
com a chama do bico de Bunsen. 
 
25) Almofariz e pistilo. Empregados para triturar e pulverizar sólidos. 
 
26) Frasco de Kitassato. Compõe a aparelhagem das filtrações a vácuo. Sua saída lateral se 
conecta a uma trompa de vácuo. 
 
27) Funil de Büchner. Adapta-se ao frasco de Kitassato nas filtraçõesa vácuo. 
 
28) Funil de decantação. Utilizado na separação de misturas de líquidos imiscíveis. 
 
29) Dessecador. Nele se guardam substâncias sólidas para secagem. Sua atmosfera interna deve 
conter baixo teor de umidade. 
 
30) Pinça de Mohr (a) e pinça de Hofmann (b). Servem para reduzir ou obstruir a passagem 
de gases ou líquidos em tubos flexíveis. 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
19 
31) Pinça metálica ou tenaz. Com ela se manipulam objetos aquecidos. 
 
32) Pisseta. Frasco para lavagem de materiais e recipientes por meio de jatos de água, álcool e 
outros solventes. 
 
33) Furadores de rolhas. Jogo de furadores utilizado para produzir orifícios de diferentes 
diâmetros em rolhas de cortiça ou de borracha. 
 
34) Espalhador de chama. Adaptado ao bico de Bunsen, produz chama larga, apropriada para 
dobrar varetas de vidro. 
 
35) Bomba de vácuo. Equipamento que faz sucção nas filtrações a vácuo. Antigamente usava-
se uma trompa de vácuo, como na fig. 35, que era adaptada a uma torneira. 
 
 
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PROPRIEDADES GERAIS DA MATÉRIA 
 As pessoas, as ruas, os veículos e tudo mais que se pode ver é constituído de 
matéria. 
 Mas a matéria também pode não ser vista e apenas percebida por nossos sentidos, 
como o ar que nos rodeia e podemos perceber na pele e cabelos. 
 Enfim: 
 
 
 
 Há matéria em toda parte, mesmo no espaço sideral, e o vácuo não é a ausência 
total de matéria, mas onde há pouca matéria. 
 A matéria pode aparecer no Universo sob diversos modos, em grandes ou 
pequenas quantidades, podendo ou não ser utilizada pelos seres humanos. 
 Assim, a matéria está dividida em: 
a) Corpo: é uma porção limitada da matéria, isto é, uma quantidade limitada da 
matéria. Uma pepita de ouro, um tronco ou um pedaço de granito são exemplos de 
corpos. 
b) Objeto: é um corpo trabalhado e que tem utilidade para o ser humano. Com o ouro, 
pode se fazer uma jóia; com o tronco, um móvel; com o granito, um objeto de arte. 
Cada matéria diferente tem uma composição diferente, que é devida às 
substâncias que formam a matéria. 
 É importantíssimo descrever as características de uma matéria para se poder 
estudá-la e a classificar. 
 A matéria apresenta propriedades gerais, específicas e funcionais (que serão 
estudadas para cada tipo de substância). 
 
2.1) Propriedades gerais: são as propriedades que toda matéria possui. 
MATÉRIA É TUDO QUE 
EXISTE E OCUPA 
LUGAR NO ESPAÇO. 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
24 
a) Massa: é a quantidade de matéria de um corpo. Ex.: 1 Kg de gesso, 250 g de queijo, 
etc. A massa pode ser medida numa balança. 
b) Indestrutibilidade: é a própria essência do estudo da Química, que só se tornou 
ciência quando Lavoisier descobriu que a matéria não pode ser criada, nem 
destruída, apenas transformada. Assim: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Inércia: é a propriedade que a matéria tem de não modificar a situação em que se 
encontra, seja ela de repouso ou de movimento. Simplificadamente: a matéria tende 
a ficar parada se estiver parada ou a continuar em movimento se estiver em 
movimento. É a inércia que explica a tendência de um corpo ir para trás quando um 
carro começa a se locomover ou ir para frente quando o carro para. 
d) Divisibilidade: é a propriedade que a matéria tem de se reduzir em partículas 
extremamente pequenas. 
e) Extensão: é a propriedade da matéria em ocupar lugar no espaço. Corresponde ao 
volume ocupado pelo corpo. 
 
“Na natureza, 
nada se cria, 
nada se perde, 
tudo se 
transforma.” 
 
Antoine Lavoisier 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
25 
f) Impenetrabilidade: dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço ao mesmo 
tempo. 
g) Porosidade: a matéria não é contínua e possui espaços, chamados poros, em seu 
interior. 
h) Compressibilidade: é a propriedade que um corpo tem de diminuir de tamanho 
quando submetido a uma certa pressão, passando a ocupar os espaços que existem 
em seu interior. 
i) Elasticidade: o corpo tem a propriedade de voltar a sua forma inicial quando cessa 
a compressão a que estava sendo submetido. 
2) Propriedades funcionais: são propriedades comuns a determinados grupos de 
matéria, identificados pela função que desempenham. Serão estudados mais tarde. 
Ex.: ácidos, bases, sais, óxidos, álcoois, aldeídos, cetonas. 
 
3) Propriedades específicas: são propriedades individuais de cada tipo particular de 
matéria. Podem ser: organolépticas, químicas ou físicas. 
a) Organolépticas: são propriedades capazes de impressionar os nossos sentidos, 
como a cor, que impressiona a visão, o sabor, que impressiona o paladar, o odor que 
impressiona o nosso olfato e a fase de agregação da matéria (sólido, líquido, gasoso, 
pastoso, pó), que impressiona o tato. Ex.: água pura (incolor, insípida, inodora, 
líquida em temperatura ambiente), barra de ferro (brilho metálico, sólido). 
b) Químicas: responsáveis pelos tipos de transformação que cada matéria é capaz de 
sofrer. Relacionam-se à maneira de reagir de cada substância. Algumas destas 
propriedades são os diferentes graus de oxidação dos metais, a capacidade de queima 
de certas substâncias (combustíveis), a hidrólise, etc. Ex.: oxidação do ferro, 
combustão do etanol (álcool da cana). 
c) Físicas: são certos valores encontrados experimentalmente para o comportamento 
de cada tipo de matéria quando submetidas a determinadas condições. Essas 
condições não alteram a constituição da matéria, por mais diversas que sejam. As 
principais propriedades físicas da matéria são: 
I. Pontos de fusão e solidificação: são as temperaturas nas quais a matéria passa 
da fase sólida para a fase líquida e da fase líquida para a sólida respectivamente, 
sempre em relação a uma determinada pressão atmosférica. Ex.: água 0 °C; 
oxigênio -218,7 °C; fósforo branco 44,1 °C. Ponto de fusão normal: é a 
temperatura na qual a substância passa da fase sólida para a fase líquida, sob 
pressão de 1atm. Durante a fusão propriamente dita, coexistem essas duas fases. 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
26 
Por isso, o ponto de solidificação normal de uma substância coincide com o seu 
ponto de fusão normal. 
 
II. Pontos de ebulição e condensação: são as temperaturas nas quais a matéria 
passa da fase líquida para a fase gasosa e da fase gasosa para a líquida 
respectivamente, sempre em relação a uma determinada pressão atmosférica. 
Ex.: água 100° C; oxigênio -182,8° C; fósforo branco 280° C. Ponto de ebulição 
normal: é a temperatura na qual a substância passa da fase líquida à fase gasosa, 
sob pressão de 1 atm. Durante a ebulição propriamente dita, coexistem essas 
duas fases. Por isso, o ponto de condensação normal de uma substância coincide 
com o seu ponto de ebulição normal. 
III. Densidade: é a relação entre a massa e o volume ocupado pela matéria. Ex.: 
água 1,00 g/mL; ferro 7,87 g/mL. 
IV. Coeficiente de solubilidade: é a quantidade máxima de uma matéria capaz de 
se dissolver totalmente em uma porção padrão de outra matéria (100g, 1000g), 
numa temperatura determinada. 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
27 
SUBSTÂNCIA COEFICIENTE DE 
SOLUBILIDADE (10ºC) 
COEFICIENTE DE 
SOLUBILIDADE (20°C) 
Nitrato de prata 20,9 g em 100 g de água 31,6 g em 100 g de água 
Sulfato de cério 15 g em 100 g de água 10 g em 100 gde água 
V. Dureza: é a resistência que a matéria apresenta ao ser riscada por outra. Quanto 
maior a resistência ao risco mais dura é a matéria. Entre duas espécies de 
matéria, X e Y, decidimos qual é a de maior dureza pela capacidade que uma 
apresenta de riscar a outra. A espécie de maior dureza, X, risca a de menor 
dureza, Y. Podemos observar esse fato, porque sobre a matéria X, mais dura, 
fica um traço da matéria Y, de menor dureza. 
VI. Tenacidade: é a resistência que a matéria apresenta ao choque mecânico, isto 
é, ao impacto. Dizemos que um material é tenaz quando ele resiste a um forte 
impacto sem se quebrar. Observe que o fato de um material ser duro não garante 
que ele seja tenaz; são duas propriedades distintas. Por exemplo: o diamante, 
considerado o material mais duro que existe, ao sofrer um forte impacto quebra-
se totalmente. 
VII. Brilho: é a capacidade que a matéria possui de refletir a luz que incide sobre 
ela. Quando a matéria não reflete luz, ou reflete muito pouco, dizemos que ela 
não tem brilho. Uma matéria que não possui brilho, não é necessariamente opaca 
e vice-versa. Matéria opaca é simplesmente aquela que não se deixa atravessar 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
28 
pela luz. Assim, uma barra de ouro é brilhante e opaca, pois reflete a luz sem se 
deixar atravessar por ela. 
VIII. Condutibilidade: é a propriedade de certos tipos matéria que podem conduzir 
calor e eletricidade. Os metais são bons condutores de calor e eletricidade, 
enquanto que ar, madeira e borracha não conduzem bem calor e eletricidade e 
são chamados de isolantes. Nos ferros de passar roupa, há uma placa de um 
mineral metálico chamado mica, um ótimo condutor de calor. 
IX. Magnetismo: ímãs são substâncias com a capacidade de atrair ferro, níquel, aço 
e cobalto. 
X. Ductibilidade: é a capacidade de uma substância ser transformada em fio. 
Vários metais são dúcteis, como o ferro, a prata, o ouro e o cobre (muito 
utilizado em fiações elétricas.). 
XI. Calor específico: é a quantidade de calor necessária para elevar em 1ºC a 
temperatura de 1 g de uma substância. Quanto maior o calor específico, a 
substância pode armazenar calor por um tempo maior. 
SUBSTÂNCIA CALOR ESPECÍFICO 
 água 1,00 
 álcool 0,60 
 alumínio 0,21 
 ferro 0,11 
 cobre 0,09 
XII. Maleabilidade: maleáveis são as substâncias que podem ser transformadas em 
lâminas. Ex.: chumbo, prata, ferro, ouro e alumínio. 
 
 
 
 
 
DATA: ____/____/____ 
 
MEDIÇÃO DE MASSA - USO DE BALANÇAS 
 Como já foi visto, massa é uma quantidade limitada matéria. 
 A massa é medida em g (grama) e seus múltiplos: 
 
Tonelada 
(t) 
 x1000 
 
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29 
 Quilograma 
(Kg) 
 
 Grama 
(g) 
 
 Miligrama 
(mg) 
Ex.: 
2,5 Kg 
 
1000x 2500g 
350mg
 
1000 0,35g 
 Usam-se diversos tipos de balanças para se medir a massa de um corpo: 
a) Balança de braço 
Permitem que massas de valores desconhecidos sejam comparadas com massas padrões 
de corpos conhecidos como pesos. É também chamada de balança granatária e muito 
usada, ainda hoje, em farmácias e feiras. 
 
b) Balança de plataforma 
1000 
x1000 
x1000 1000 
1000 
 
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30 
A medição da massa é feita deslocando-se massas conhecidas ao longo do braço da 
balança até que se obtenha um equilíbrio entre as massas. 
c) Balança analítica 
É uma balança eletrônica extremamente sensível e precisa, que mede pequenas massas 
(geralmente inferiores a 200g) e largamente utilizada em laboratórios. 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
31 
 
 OBJETIVO 
 Nesta prática, almeja-se um primeiro contato com balanças e a “pesagem” de materiais, 
fato rotineiro em laboratórios químicos. 
 
 PRÁTICA 
1) Medir a massa de um mesmo objeto em: 
a) balança de braço; 
b) balança de plataforma; 
c) balança analítica. 
 
2) Verificar o limite de erro de cada balança, que corresponde a sua menor divisão, calculando 
as variações da massa dentro destes limites e os erros cometidos em cada tipo de “pesagem”. 
Ex.: Se um objeto tem 0,370g conforme medição numa balança cuja menor divisão é de 
0,001g, a massa desse objeto é um valor entre 0,369g e 0,371g. O erro inerente a esta 
medição é de 0,27%. 
)(001,0
%100370,0
erroxg
X
g


 
 
 
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32 
 
 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
1) Diferencie massa e peso. 
 
2) Procure o valor, em gramas e em unidades de massa atômica(u), de 
a) um próton; 
b) um nêutron; 
c) um elétron. 
 
3) Pesquisar o funcionamento e os cuidados que se deve ter na utilização de balanças 
eletrônicas, bem como os possíveis erros de pesagem que podem ocorrer. 
4) Sabendo que o soro fisiológico contém cloreto de sódio NaCl, na concentração de 9 g/L, 
determine a massa desse sal, em miligramas, existente em 5 cm3 de “líquido para lentes de 
contato”. 
5) Faça uma pesquisa detalhada sobre o funcionamento de balanças e quais os cuidados 
relacionados com o equipamento e também sobre os procedimentos de medidas de massa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DATA: ____/____/____ 
 
MEDICÃO DE VOLUME e RECIPIENTES VOLUMETRICOS 
OBJETIVO 
Em laboratório, o aluno terá sempre de fazer uso de vários tipos de medida, sendo de 
grande importância a de volume. Torna-se necessário, portanto, que ele conheça corretamente 
as diversas unidades de volume e a correspondência entre essas unidades. Ele deve ser capaz 
de identificar e caracterizar os recipientes volumétricos. É necessário que esteja ciente dos erros 
que porventura possam ocorrer, procurando assim evitá-los. A eficiência da manipulação dos 
recipientes volumétricos, bem como de qualquer aparelho ou peça de laboratório, também 
depende, fundamentalmente, dos procedimentos de limpeza. 
INTRODUCÃO TEÓRICA 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
33 
Unidades de volume: 
 
1 L = 1 dm3 
1 mL = 1 cm3 
1 m3 = 1000 L 
1 L = 1.000 cm3 = 1.000 mL 
Ex.: 
400mL
 
1000 0,4L 
3m3 
 
1000x 3000L 
Recipientes volumétricos (identificação e caracterização) 
Proveta 
Recipiente de vidro ou de plástico para medidas aproximadas. As 
provetas possuem volume total variável, como 5, 10, 25, 50, 100, 250, 500, 
1.000 e 2.000 mL 
 
 
 
Pipeta 
As pipetas são aparelhos para medidas mais precisas. Existem dois tipos de pipeta: as 
não-graduadas (volumétricas) e as graduadas. A volumétrica (figura a) tem apenas um traço de 
aferição na parte superior para indicar sua capacidade. Já a graduada (figura b) possui uma 
escala, que nos permite obter variadas medidas de volume. 
 
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34 
 
Bureta 
 
Destina-se especificamente a titulações. É um tubo cilíndrico, 
graduado em mL ou 0,01 mL, com uma torneira controladora de vazão na 
extremidade inferior. 
Quando graduadas em 0,01 mL, chamam-se "microburetas" e são 
utilizadas para medir volumes com maior precisão. Há também as buretas 
automáticas, com dispositivos que conduzem o líquido automaticamente para 
dentro delas; evita-se, assim, a contaminação do líquido pelo gás carbônico 
(CO2) do ar. 
 
 
 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
35 
Balão volumétrico 
Recipiente de vidro, com o colo longo e fundo chato. Um traço de aferição no gargalo 
indica sua capacidade volumétrica. Há balões de 50, 100, 250, 500, 1.000 e 2.000 mL São 
utilizados para o preparo de soluções. Ex.: preparar 500mL de solução de dicromato de 
potássio 4g/L. 
Balão volumétrico de 500 mL.Erros mais comuns 
Leitura da graduação volumétrica obtida pela parte superior do menisco. 
• Medição de volume de soluções quentes. 
• Uso de instrumento inadequado para medir volumes. 
• Uso de instrumento molhado ou sujo. 
• Formação de bolhas nos recipientes. 
• Controle indevido da velocidade de escoamento. 
 
 
 
500mL 
 
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36 
Leia sempre pela parte inferior do menisco mantendo o instrumento de medida no seu 
horizonte. 
 
Técnicas de uso dos recipientes: 
 
Proveta 
 
Deve ser usada na posição vertical e, para aferição, eleve o menisco até a altura dos 
olhos. Para esvaziar o líquido, entorne-a vagarosamente (pode-se usar um bastão de vidro para 
um escoamento melhor, evitando respingos), mantendo-a inclinada até o completo escoamento. 
 
Balão volumétrico 
 
Ao trabalhar com o balão volumétrico, mantenha-o sempre na vertical. Para despejar 
um líquido dentro dele, use um funil. Essa operação se dá por etapas, aos poucos, 
homogeneizando (agitando o balão) com freqüência a mistura que está sendo preparada. 
 
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37 
Para aferição, coloque o balão sobre a bancada e faça a leitura, sempre tomando como 
referência a parte inferior do menisco. Após isso, tampe e faça total homogeneização com 
movimentos giratórios lentos. 
 
Pipeta 
 
A pipetagem de uma solução deve ser executada de modo metódico e cuidadoso. Os 
passos principais são: 
1. Segure a pipeta pela extremidade superior (use o polegar, o indicador e o dedo médio). 
Mergulhe a extremidade inferior da pipeta no líquido a ser retirado, tomando o cuidado de 
não deixá-la bater contra o fundo do recipiente. 
2. Passagem de líquido para um béquer com o uso da pipeta. 
3. Faça sucção com o pipetador na parte superior, até notar que o líquido subiu um pouco 
acima do traço de aferição. Puxe devagar, para que o líquido não chegue à boca do 
pipetador. 
4. Eleve a pipeta até que o traço de aferição fique na altura de seus olhos. 
5. Com a outra mão, segure o recipiente do qual está sendo retirado o líquido. Posicione o 
recipiente de modo que a ponta da pipeta, encoste na parede interna. 
6. Ao conseguir aferição, torne a fechar o orifício com o dedo indicador. 
7. Enxugue a superfície exterior da pipeta com papel poroso. 
8. Leve a pipeta até o recipiente de destino, encoste a ponta na parede interna e deixe o líquido 
escorrer. 
9. Após a vazão total do líquido, toque a parede interna do recipiente com a extremidade 
inferior da pipeta para escoar a última gota. Nunca sopre esse tipo de pipeta para esgotar o 
restinho de líquido que sempre sobrará dentro dela. 
10. Nas pipetas de escoamento total (aquelas cuja graduação vai até a ponta), sopre até esgotar-
se o último mililitro. Somente esse tipo de pipeta deve ser soprado para que todo o líquido 
escoe. 
 
 
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38 
Bureta 
 
1. Monte a bureta no suporte universal. 
2. Feche a torneira de controle do escoamento. 
3. Com o auxílio do funil, carregue a bureta com a solução a ser utilizada. 
4. Coloque um béquer ou um erlenmeyer sob a torneira. 
5. Segure a torneira com a mão esquerda; depois, usando os dedos polegar e médio dessa mão, 
inicie o escoamento. 
6. Retire o ar contido entre a torneira e a extremidade inferior da bureta. 
7. Encha a bureta e acerte o menisco com o traço de aferição (zero), que fica Na parte superior. 
8. Se necessário lubrifique a torneira da bureta com vaselina, observando que o orifício de 
drenagem não fique obstruído. 
 
Pipetador de Borracha 
 
No passado, a operação de pipetagem envolvia o enchimento da pipeta por sucção com 
a boca. Esse procedimento, entretanto, não é mais recomendado porque é perigoso e anti-
 
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39 
higiênico, podendo causar (como causou no passado) acidentes graves, como intoxicações ou 
queimaduras por soluções ácidas ou básicas. 
Existem diversas formas de se evitar o uso da boca durante 
a operação de pipetagem. Todavia, a mais prática e versátil é a 
utilização de um pipetador de borracha (vide figura ao lado), que 
nada mais é que um bulbo de borracha no qual se pode fazer vácuo. 
Esse aparelho tem três válvulas para passagem de ar: A, S e E. A 
válvula A, ao ser pressionada, abre-se, permitindo retirar o ar do 
bulbo, isto é, fazer vácuo; uma vez evacuado o bulbo, ao se 
pressionar a válvula S, consegue-se succionar para dentro da pipeta 
o volume desejado de liquido. Finalmente, esse volume de líquido 
pode ser transferido, isto é, a pipeta pode ser esvaziada, 
pressionando-se a válvula E. 
 
Para sua segurança e proteção, SEMPRE utilize um pipetador de borracha para 
realizar qualquer pipetagem de qualquer tipo de líquido. 
 
MATERIAL 
• Bureta 
• Proveta 
• Pipeta graduada 
• Béquer de 250 mL 
• Pipeta volumétrica 
• Tiras de papel poroso 
• Água destilada 
• Solução diluída de cloreto de sódio 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
 
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40 
Faça medidas de 1, 2, 3, 5 e 10 mL de uma solução diluída de sulfato de cobre nos seguintes 
aparelhos: 
• bureta; 
• proveta; 
• pipeta graduada; 
• pipeta volumétrica. 
 
QUESTÕES DE VERIFICAÇÃO 
 
1. Desenhe uma pipeta graduada e uma pipeta volumétrica. 
2. Cite os erros mais comuns na leitura de volume. 
3. Uma solução está dentro de um recipiente a 80ºC. Como você procederia para medir o 
volume? 
4. Descreva a operação de lavagem de uma pipeta. 
5. Faça uma pesquisa sobre os cuidados sobre procedimentos de transferência de volumes e 
cuidados com equipamentos volumétricos. 
 
 
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41 
ARQUIMEDES E A DESCOBERTA DA DENSIDADE 
 Conta-se que Arquimedes estava entrando numa banheira enquanto meditava sobre o 
problema que o rei lhe havia apresentado: como distinguir uma coroa de ouro puro de outra que 
contivesse prata. Ao observar a água que derramava à medida que seu corpo submergia, 
descobriu um dos princípios fundamentais da hidrostática: a coroa não conteria outro metal se, 
ao submergir, deslocasse uma quantidade de água equivalente a seu peso em ouro. 
Entusiasmado pela descoberta, correu nu para a rua aos gritos de heureka, expressão que 
significa "achei". 
Arquimedes nasceu na cidade-estado grega de Siracusa, na ilha da Sicília, em 287 a.C. 
Reinava então Híeron II, com quem Arquimedes era provavelmente aparentado. Estudou na 
cidade egípcia de Alexandria, grande centro cultural da época, e depois voltou a Siracusa, onde 
permaneceu até a morte. Seus engenhos de guerra, suas máquinas e as lendas que circulavam 
sobre suas invenções tornaram-no conhecido em todo o mundo antigo. 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
42 
Muitas das descobertas fundamentais para a mecânica foram realizadas por Arquimedes. 
Em Sobre o equilíbrio dos planos descreveu o método para determinar o centro de gravidade 
dos corpos geométricos e esboçou os princípios da alavanca, sobre a qual disse a famosa frase: 
"Dêem-me um ponto de apoio e moverei o mundo". Arquimedes é considerado o fundador da 
hidrostática, ramo da física que estuda os corpos líquidos em repouso, cujos princípios enunciou 
no livro Tratado dos corpos flutuantes. Nele formulou o chamado princípio de Arquimedes, 
segundo o qual um corpo imerso num líquido sofre a ação de uma força, de baixo para cima, 
igual ao peso da quantidade de líquido que desloca. 
Os trabalhos matemáticos de Arquimedes foram os que ele mesmo considerou mais 
importantes. Enunciou a relação entre área e volume dos sólidos geométricos; estabeleceua 
relação entre o comprimento da circunferência e seu diâmetro (número pi); demonstrou que a 
área de um segmento de parábola é igual a 4/3 da área de um triângulo com base e altura iguais 
aos do segmento; e determinou a área da elipse e os volumes dos elipsóides e parabolóides de 
revolução. No livro Arenário empregou um sistema de notação numérica baseado nos 
expoentes, o que evitava as desvantagens do sistema grego de numeração e permitia operar com 
grandes quantidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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43 
 
DATA: ____/____/____ 
 
DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE SÓLIDOS 
 
TEORIA: DENSIDADE ABSOLUTA: 
Densidade absoluta (d) de uma substância pura ou de qualquer tipo de matéria é a 
relação entre sua massa (m) e seu volume (V): 
 
 
)(
)(
mLV
gm
d 
 
 
A densidade (“massa específica ou peso específico” ) é uma propriedade específica, 
isto é: cada substância pura tem uma densidade própria, que a identifica e a diferencia das outras 
substâncias. 
 
DENSIDADE RELATIVA: 
Densidade relativa de um material é a relação entre a densidade absoluta desse 
material e a densidade absoluta de uma substância estabelecida como padrão no cálculo da 
densidade relativa de sólidos e de líquidos. O padrão usualmente escolhido é a densidade 
absoluta da água, medida a 4oC, que é igual a 1,000g/mL. 
Observaremos ainda que a variação de temperatura resulta em variações de volume. 
Por isso, a densidade depende da temperatura. 
 
PROCEDIMENTO: 
 
Numa balança analítica, meça a massa do “cubo” de madeira e do prego de ferro, anote: 
massa do cubo = _______ g 
 
massa do prego = _______ g 
 
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44 
 
Para o “cubo”: calcule o volume medindo suas arestas. 
V = a.b.c 
 
V = ________ cm3 
 
Calcule a densidade da madeira: 
 
d = massa (g) 
 V(mL) 
 
Para o prego: 
 
Coloque-o dentro de uma proveta com 5mL de água. Ande a variação do volume e 
calcule a densidade do ferro. 
Repita a operação com objetos de ouro. 
 
Material densidade (g/mL) Erro % (E) 
 teoria prática 
Ferro 7,87 
Ouro 19,3 
madeira ---- 
Outros sólidos 
 
 E = diferença entre valores teórico e prático .100 
 valor teórico 
 
QUESTÕES: 
 
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45 
1- Descreva um processo que possibilite determinar a densidade do cobre. 
2- Porque o óleo flutua na água? 
3- A temperatura influi na densidade? Pesquise o valor da densidade da água em 
diferentes temperaturas. 
4- A água quente é mais densa ou menos densa que a água fria? Por quê? 
5- Certo líquido insolúvel em água tem densidade a 1,200 g/mL. Esse líquido deve 
flutuar ou afundar na água? Por quê? 
6- Ao nível do mar e a 25 oC, o ar é uma solução gasosa com densidade média igual a 
1,2 g/L. Determine a massa de ar nessas condições em uma sala de medidas 3m x 
4m x 3m. (Dado: 1m3= 1000 L) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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46 
DATA: ____/____/____ 
 
DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE LÍQUIDOS 
 
 
TEORIA: 
 
Como já discutido na aula prática anterior, uma das propriedades fundamentais da 
matéria é a sua densidade, a qual é determinada pela relação da sua massa por unidade de 
volume. A densidade dos líquidos e dos sólidos varia com a variação da temperatura, em 
geral, diminui lentamente com o aumento da temperatura, e aumenta ligeiramente com o 
aumento da pressão sob condições determinadas. Qualquer variação na densidade de uma 
determinada amostra resulta da variação do seu volume, pois a massa da amostra não é uma 
função da temperatura ou da pressão. 
 Em qualquer determinação de densidade, duas grandezas devem ser 
determinadas - a massa e o volume para uma dada quantidade de matéria. A massa pode ser 
facilmente determinada encontrando-se o “peso’ da substância (amostra) numa balança; a 
massa de uma amostra líquida pode ser encontrada determinando-se a diferença entre a massa 
do recipiente mais a amostra líquida e a massa do recipiente vazio. O volume de um líquido 
pode ser facilmente determinado pela medida direta utilizando um recipiente graduado, como 
por exemplo, uma proveta; o volume de um sólido pode ser determinado pela medida direta das 
arestas deste sólido, se este tiver um formato geométrico regular, o que geralmente não ocorre 
com as amostras sólidas, sendo assim, um caminho conveniente para se determinar o volume 
do sólido é medir, exatamente, o volume do líquido deslocado quando uma massa determinada 
do sólido é imersa no líquido, como foi feito na aula prática anterior”. 
 
PROCEDIMENTO: 
 
1 - Determine a massa de uma proveta limpa e seca. 
 
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47 
2- Adicione a essa proveta, cuidadosamente, uma quantidade de água à temperatura 
ambiente, e registre o volume. 
3- Determine a massa total da proveta contendo a água. 
4- Agora, calcule a massa da água adicionada à proveta. 
5- Calcule, em seguida, a densidade da água. 
6 - Encontre o valor teórico da densidade da água e calcule o erro porcentual. 
7 - Repita essa mesma prática para a acetona e n-hexano e compare as densidades 
obtidas com a densidade da água. 
 
Material densidade (g/mL) Erro % (E) 
 teoria prática 
água 1,00 
acetona 0,74 
n-hexano 0,78 
 
 E = diferença entre valores teórico e prático .100 
 valor teórico 
DADOS: 
 ÁGUA: 
 
 massa da proveta = __________ g 
 
 volume de água = __________ mL 
 
 massa da proveta + água = _______ g 
 
ACETONA: 
 
 massa do balão (25 mL)= __________ g 
 
 volume de acetona = __________ mL 
 
 massa do balão (25 mL) + acetona = _______ g 
N-HEXANO: 
 
 massa da proveta = __________ g 
 
 volume de n-hexano = __________ mL 
 
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48 
 
 massa da proveta + n-hexano = _______ g 
 
 
 
 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
49 
DATA: ____/____/____ 
 
FENÔMENOS FÍSICOS E QUÍMICOS 
 
 Fenômeno é qualquer fato que ocorra na natureza. 
 Todo o Universo é composto de matéria e de energia. Então, tudo é químico e físico 
simultaneamente. A divisão entre estas ocorrências é meramente didática. 
 Ambos os fenômenos são reversíveis, embora seja mais difícil reverter um fenômeno 
químico. 
 Então, para efeito de estudo, podemos citar as seguintes diferenças entre fenômenos 
físicos e químicos: 
Fenômenos Químicos Fenômenos Físicos 
• Envolvem transformação da matéria; 
• Mudam a fórmula das substâncias; 
• Ex.: queima ou combustão; oxidação ou 
corrosão; processos bioquímicos (digestão, 
respiração celular, fotossíntese). 
• Envolvem transformação da energia; 
• Não alteram a fórmula das substâncias; 
• Ex.: mudanças de estado físico (fusão, 
condensação, etc.); som; calor; 
magnetismo; raios-X; dissolução de 
substâncias; separação de misturas 
(filtração, destilação, etc.). 
 
OBJETIVO: 
Verificar, através da prática, as diferenças entre os fenômenos físicos e os fenômenos 
químicos. 
 
EXPERIMENTO: 
1) Aquecimento da platina: 
Aquecer o fio de platina no bico de Bunsen por 30s, usando uma pinça para segurar o 
fio. Deixar o fio esfriar e anotar as observações possíveis (se alterou algo ou não). 
 
2) Aquecimento do magnésio: 
Pegar um pedaço de fita de magnésiocom uma pinça metálica e aquecer no bico de 
Bunsen até emissão de luz. Anotar o observado. 
 
4) Decomposição do dicromato de amônio: (capela) 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
50 
Colocar uma ponta de espátula de dicromato de amônio em um tubo de ensaio e aquecer 
no bico de Bunsen. Verificar o ocorrido. 
Reação: (NH4)2Cr2O7  Cr2O3 + N2 + 4H2O 
 
5) Sublimação do iodo: (capela) 
Colocar alguns cristais de iodo num béquer de 100mL e o cobrir com um vidro de 
relógio. Despejar água no vidro de relógio até 2/3 do volume. Aquecer o béquer até a emissão 
de vapores. Deixar esfriar e retirar o vidro de relógio, quando não se notar mais o vapor 
observando-o na sua face côncava. 
 
 
7) Dadas as soluções: 
 solução A: ácido clorídrico 6M 
 solução B: hidróxido de sódio 6M 
 solução C: bicarbonato da sódio 1M 
 solução D: nitrato de cobre 1M 
 solução E: nitrato de chumbo 1M 
 solução F: nitrato de ferro III 1 M 
 
 
Examine cuidadosamente as soluções quanto ao estado de agregação, coloração e 
temperatura (quente, frio ou ambiente). 
Coloque 3 mL da solução A em um tubo de ensaio e 3 mL da solução B em outro tubo 
de ensaio. 
Transfira lentamente a solução A para o tubo de ensaio da solução B e agite a mistura. 
Observe na mistura, o estado de agregação, coloração e temperatura . Anote todas essas 
observações no quadro abaixo e complete-o. 
Repita o mesmo procedimento fazendo as seguintes misturas de soluções: 
A+B (feita anteriormente) 
 
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51 
A+C 
A+D 
A+E 
F+B 
 
Estado Inicial Estado Final Modificações Fenômeno Físico 
ou Químico? 
 
A B A+B 
 
 
 
 
 
A C A+C 
 
 
 
 
A D A+D 
 
 
 
 
A E A+E 
 
 
 
 
F B F+B 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
52 
QUESTÕES DE VERIFICAÇÃO 
 
1 - Definir fenômeno físico e fenômeno químico. 
2 - Classificar cada experiência como fenômeno físico ou com fenômeno químico. 
3 - Esquematizar as aparelhagens utilizadas nas experiências n° 5 e n° 6. 
4 - Quanto ao iodo indicar: 
 a) Seu estado físico à temperatura ambiente; 
 b) a coloração do iodo em cada estado físico; 
 c) sua fórmula; 
 d) o fenômeno ocorrido. 
5- Classifique os seguintes fenômenos, justificando suas respostas. 
 - formação de ferrugem; 
 - queima da gasolina; 
 - digestão dos alimentos; 
 - filtração da água; 
 - fotossíntese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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53 
 
 
ANÁLISE IMEDIATA 
 
 A maioria das substâncias químicas é encontrada na natureza sob forma de misturas. 
 Assim, para obtê-las puras recorrem-se a técnicas denominadas análise imediata 
(processos de separação de misturas), que visa fracionar (desdobrar) as misturas em seus vários 
componentes. 
 O processo a ser utilizado depende do tipo de mistura a ser analisado, dos recursos de 
que se dispõe e do tempo disponível para o processo. 
 Resumidamente, temos: 
Tipo de mistura Componentes Processo a ser utilizado 
 
 
 
 
 
 
 
 
HETEROGÊNEA 
 
 
sólido + sólido 
 
 
 
 
 
líquido + sólido 
 
 
 
 
 
 
gás + sólido 
 
 
 
 
líquido + líquido 
 flotação 
dissolução fracionada 
cristalização 
fusão fracionada 
 
 
filtração simples 
filtração a vácuo 
decantação 
centrifugação 
 
 
filtração simples 
 
 
 
decantação 
centrifugação 
 
 
 
 
HOMOGÊNEA 
líquido + sólido 
 
líquido + líquido 
 
gases 
 
sólidos 
 
 
 
 
 
 
 
destilação simples 
 
destilação fracionada 
 
liqüefação fracionada 
 
fusão fracionada 
 
 
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54 
 
PROCESSOS GERAIS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS 
SUBSTÂNCIAS PURAS E MISTURAS 
 A maioria das substâncias químicas é encontrada na natureza sob forma de misturas. 
 Assim, para obtê-las puras recorrem-se a técnicas denominadas análise imediata 
(processos de separação de misturas), que visa fracionar (desdobrar) as misturas em seus vários 
componentes. 
 O processo a ser utilizado depende do tipo de mistura a ser analisado, dos recursos de 
que se dispõe e do tempo disponível para o processo. 
 
 
Observam-se dois tipos especiais de misturas: eutéticas (cujo ponto de fusão é constante, 
como muitas ligas metálicas - solda) e azeotrópicas (cujo ponto de ebulição é constante (água 
+ álcool)). 
 
Dando seqüência ao estudo dos fenômenos físicos e químicos, estudaremos os 
processos de separação de misturas. Deve-se lembrar que métodos de separação de misturas 
(filtração simples ou à vácuo, decantação, centrifugação, destilação e outras), são processos 
físicos, no qual as propriedades das substâncias não se alteram no decorrer do procedimento. 
FILTRAÇÃO SIMPLES 
 Num béquer, coloque 150 mL de água destilada e 5 g de areia. Tente dissolver o enxofre 
na água. 
 Separe os dois componentes através de uma filtração simples. Observe o tempo 
necessário para se completar esta filtração. 
 
 FILTRAÇÃO A VÁCUO (FILTRAÇÃO A PRESSÃO REDUZIDA) 
 Repita o experimento acima, mas separe os componentes utilizando a filtração a vácuo. 
Observe o tempo necessário neste procedimento. 
DATA: ____/____/____ 
 
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55 
 
 DECANTAÇÃO 
 Colocar, num funil de decantação, 50mL de n-hexano e 50mL de água. Vedar e agitar 
fortemente. Deixar repousar por 5min e separar a água do n-hexano. 
 
 CENTRIFUGAÇÃO 
 Recolher, em dois tubos de ensaio, 5mL da água separada do n-hexano na decantação 
e submetê-la a centrifugação a 3500r.p.m. por 5min. 
 
DESTILAÇÃO SIMPLES 
É o processo utilizado na separação de misturas homogêneas entre um líquido e um 
sólido, empregando-se balão de destilação, condensador, béquer, termômetro e fontes de gás e 
água para se promover a vaporização e a condensação subseqüente da substância mais volátil, 
que destila primeiro. 
Nesta experiência, usa-se uma solução aquosa de sulfato de níquel para a 
demonstração da destilação simples. 
 
DESTILAÇÃO FRACIONADA 
É o procedimento necessário para se separar líquidos miscíveis. Trabalha-se com uma 
mistura de líquidos voláteis, dos quais alguns são inflamáveis. Portanto, não se deve usar bico 
de Bunsen, e o aquecimento do sistema deve ser realizado através de uma manta aquecedora. 
Utilizam-se balões de fundo redondo, coluna de Vigreux (coluna de fracionamento), 
cabeça de destilação, termômetro, condensador, alonga, manta aquecedora e fonte de água. Será 
destilada uma mistura de água e acetona para a ilustração da destilação fracionada. 
 
QUESTÕES DE VERIFICAÇÃO 
 
1) Esquematize os experimentos, indicando as partes que compõem os sistemas e a função de 
cada vidraria envolvida nos processos. 
 
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56 
 
2) Baseando-se na prática, qual a ordem crescente da volatilidade das substâncias utilizadas 
nas destilações? 
 
3) Faça uma pequena pesquisa sobre o “cracking” do petróleo. 
 
 
 
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57 
DATA: ____/____/____ 
 
USOS PRÁTICOS DE FENÔMENOS FÍSICOS: 
 
TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA 
 
1. Colocar 50 ml de gasolina comum em uma proveta de 100 ml com tampa. 
2. Completar o volume dessa proveta até 100 ml com uma solução saturada de água e sal. 
3. Fechar a proveta (com a tampa ou a palma da mão) e misture os líquidos virando a proveta 
de cabeça para baixo três ou quatrovezes. 
4. Deixá-la em repouso até que, novamente, os dois líquidos fiquem separados. 
5. Fazer a leitura do volume da fase aquosa (este deve ter se tornado maior que 50 ml, enquanto 
o volume da fase da gasolina deve ter diminuído), e chamar o novo volume aquoso de V1. 
6. Então V1 - 50 = V2, sendo V2 o volume de álcool contido nos 50 ml de gasolina. 
7. Para calcular o teor de álcool, fazer a seguinte regra de três: 
 50 ml de gasolina 100% 
 V2 de álcool x 
X = % de álcool na gasolina. 
 
TEOR DE UMIDADE NO SAL DE COZINHA 
 
1. Medir a massa de um cadinho de porcelana limpo e seco (utilizar uma pinça metálica para 
manuseá-lo, evitando assim que a gordura das mãos fique aderida ao cadinho, alterando a 
sua massa): 
 
massa do cadinho: m1 = g 
2. Utilizando uma espátula, colocar cerca de 2 g de sal de cozinha no cadinho. Medir a massa: 
 
massa do cadinho com sal: m2 = g 
massa do sal: m3 = m2 – m1 = g 
 
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58 
3. Com a pinça metálica, retirar da balança, o cadinho com sal. 
4. Colocá-lo em uma mufla com temperatura superior a 180 oC por + 20 minutos. 
5. Retira-lo com uma pinça e coloca-lo no dessecador por 5 minutos 
6. medir a massa do cadinho frio: 
m4 = g 
7. Calcular a massa da umidade que evaporou do sal: 
m5 = m2 – m4 
m5 = g 
8. Obtenha a porcentagem de umidade do sal: 
m3 100% 
m5 x 
x = ____% 
 
QUESTÕES DE VERIFICAÇÃO 
 
1) Qual dos líquidos tem maior densidade, a água ou a gasolina? como você deduziu sua 
resposta? 
 
2) Por que a água extrai o álcool da gasolina? 
 
3) Por que no Brasil se adiciona álcool à gasolina? 
 
4) O que é uma substância higroscópica? 
 
5) O que poderia ser feito para melhorar o procedimento experimental da determinação do teor 
de umidade no sal? 
 
6) Com a porcentagem de umidade no sal que você obteve, calcule quantos gramas de água há 
em 1 kg de sal. 
 
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59 
 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
60 
DATA: ____/____/____ 
 
ANÁLISE CROMATOGRÁFICA 
INTRODUÇÃO: 
Denomina-se cromatografia o conjunto de técnicas de análise química para a separação 
de componentes de uma mistura, utilizando-se a diferença de velocidade de migração dos 
mesmos num meio poroso. Ela esta fundamentada na migração diferencial dos componentes de 
uma mistura, que ocorre devido a diferentes interações entre duas fases imiscíveis. 
Esta definição abrange técnicas diversas e a utilização de diferentes fenômenos físico-
químicos para efetuar a separação. 
As diferentes formas de cromatografia podem ser classificadas considerando-se 
diversos critérios, entre eles destaca-se: 
1- Classificação pela forma física do sistema cromatográfico: 
Em relação à forma física do sistema a cromatografia pode ser subdividida em coluna 
e cromatografia planar. Enquanto a cromatografia planar resume-se à cromatografia em papel 
(CP), à cromatografia por centrifugação (Chromatotron) e à cromatografia em camada delgada 
(CCD), são diveros os tipos de cromatografia em coluna. 
2-Classificação pela fase móvel empregada 
Em se tratando da fase móvel, são três os tipos de cromatografia: a cromatografia 
gasosa, a cromatografia líquida e a cromatografia supercrítica (CSC), utilizando-se na última 
um vapor prssurizado, acima da sus temperatura crítica. A cromatografia líquida apresenta uma 
importante subdivisão: a cromatografia líquida clássica (CLC) na qual a fase móvel arrastará 
através da coluna apenas pela força da gravidade, e a cromatografia líquida de alta eficiência 
(CLAE), na qual se utilizam fases estacionárias de partículas menores, sendo necessário o uso 
de bomba de alta pressão para eluição da fase móvel. No caso de fases móveis gasosas, 
separações podem ser obtidas por cromatografia gasosa (CG) e por cromatografia gasosa de 
alta resolução (CGAR). A diferença entre os dois tipos esta na coluna. Enquanto na (CGAR) 
são utilizadas colunas capilares, nas quais a fase estacionária é um filme depositado na mesma, 
A CG utiliza colunas de maior diâmetro empacotadas com a fase estacionária. 
3-Classificação pela fase estacionária utilizada 
 
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61 
Quanto à fase estacionária, distinguem-se entre fases estacionárias sólidas, líquidas e 
quimicamente ligadas. No caso da fase estacionária ser constituída por um líquido, este pode 
estar simplesmente adsorvido sobre um suporte sólido ou imobilizado sobre ele. Suportes 
modificados são considerados separadamente, como fases quimicament ligadas, por 
normalmente diferirem dos outros dois em seus mecanismos de separação. 
4-Classificação pelo modo de separação 
Por este critério, separações cromatográficas se devem à adsorção, partição, troca 
iônica, exclusão ou mistura desses mecanismos. 
Destinguem-se, em todas as formas de cromatografia, uma fase estacionária e outra 
móvel. A primeira é formada pelo material que adsorve a mistura a ser analisada. A fase móvel 
(geralmente um líquido, às vezes um gás) é a substância ou mistura de substâncias cujo 
movimento provoca a migração diferencial dos componentes da mistura sob análise. Quando a 
fase estacionária é uma superfície sólida, tem-se a cromatografia de adsorção; se ela é líquida, 
é chamada de partição. 
Os métodos cromatográficos foram descobertos por Mikhail Tswett em 1903, que usou 
este método para a separação de substâncias vegetais coloridas (por exemplo, os componentes 
de extratos das folhas verdes). O material, que inicialmente formou uma banda verde no topo 
da coluna cromatográfica, foi pouco a pouco separado em diversas bandas com colorações 
verdes e amarelas diferentes pela corrente de fase móvel empregada. Devido ao fato da 
separação envolvido diferentes materiais coloridos, Tswett chamou o processo de 
cromatografia. O nome, embora impróprio na atualidade, pois podem ser separados materiais 
incolores e também gasosos, continua a ser usado como definido o processo físico de separação 
descrito acima. Apesar da simplicidade do processo, ele não foi usado até 1931, quando Kuhne 
e Lederer separaram o α do β-caroteno. A partir desta data, os processos cromatográficos 
constituíram um dos mais importantes de separação e da análise das misturas orgânicas e 
inorgânicas. 
Métodos de identificação em cromatografia 
 
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62 
 Na cromatografia podem ser utilizados métodos de identificação que vão desde a 
visualização até a utilização de técnicas físico-químicas para que se possa acompanhar a 
separaração das substâncias estudadas. 
 O primeiro deles é também o mais simples que é a visualização, levando-se em conta 
que os compostos de interesse sejam coloridos possibilitando a sua utilização. 
 O segundo é um método físico, que consiste na utilização da luz no ultravioleta, nesse 
caso as substâncias a serem separadas são sensíveis a um comprimento de onda definido, no 
entanto quando esta fonte de energia irradiada atinge os componentes da amostra, alguns 
componentes da mesma são excitados havendo uma resposta na forma de luz emitida que 
permitem esta identificação. Uma das condições para que esse método seja então utilizado é 
que esses compostos dêem resposta em um comprimento de onda adequado. Esse método é 
muito utilizado para compostos orgânicos e possuem a vantagem de não serem destrutivos. 
 O terceiro e bastante utilizado, são os métodos químicos que consiste na utilização de 
reagentes químicos que ao entrarem em contato com os componentes da amostra fazem com 
que os mesmos desenvolvam uma coloração que possibilita uma identificaçãodos 
mesmos,porém apresenta a desvantagem de destruírem a amostra. 
OBJETIVO 
Separar e identificar substâncias através de análise cromatográfica. 
MATERIAIS E REAGENTES 
- béquer; 
- sabão em pó (OMO) 
 - papel de filtro; 
 - vidro de relógio; 
 - tinta de caneta (várias cores); 
 - álcool; 
 - água. 
PROCEDIMENTO 
1) Cromatografia em papel: 
 
 
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63 
Coloca-se papel de filtro na lateral da cuba e álcool dentro dela; aplica-se a amostra no 
papel de filtro a ser emerso no solvente, tampando-se a cuba com vidro de relógio. Esperam-se 
alguns minutos e se retira o papel da cuba. 
3) Cromatografia em camada delgada: 
 
-Espalha-se, sobre uma placa de vidro de 20cm de comprimento e 5, 10 ou 20cm de 
largura, uma suspensão de material adsorvente, geralmente sílica gel, deixando-se uma camada 
de espessura uniforme para que os resultados sejam mais precisos, o que se consegue com 
dispositivos mecânicos. Seca-se numa estufa, em geral por 30 minutos a 100°C. A seguir, 
marca-se uma linha próxima da borda da placa, onde se aplica uma quantidade da mistura em 
estudo. 
Então, põe-se a placa de vidro numa cuba com o solvente e o papel de filtro na lateral. 
Espera-se por 30 minutos e se observa a amostra. 
 -Nesse experimento utilizaremos uma substância fluorescente encontrada no sabão 
em pó OMO, essa substância é extraída em solução alcoólica, onde se mede uma massa de 10 
g de sabão em pó em um béquer e adiciona-se a esse 10 mL de etanol agita-se por alguns 
minutos e em seguida filtra-se a suspensão em papel de filtro. Esta solução será preparada pelo 
técnico. 
Utilizando-se de um tubo capilar, aplica-se a amostra na placa e coloca-se na cuba 
contendo uma solução hidroalcóolica para a eluição. Após a eluição faz-se a verificação através 
de lâmpada UV e também com o iodo. 
- Separação de pigmentos de folhas verdes 
a) Preparação do extrato: 
Colocar em um almofariz 5 a 10 folhas de espinafre e alguns mililitros de uma mistura 
de 2:1 de éter de petróleo ou hexano e etanol. Triturar bem as folhas. Utilizando uma pipeta e 
Pasteur, e uma bolinha de algodão, filtar o extrato, transferindo-o para um funil de separação. 
Adicionar igual volume de água. Girar lentamente o funil, pois a agitação brusca pode causar a 
formação de emulsão. Separar e descartar a fase aquosa. Repetir esta operação por mais duas 
vezes sempre descartando a fase aquosa. Transferir a solução de pigmentos para um erlenmeyer 
 
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64 
e adiconar 2 g de sulfato de sódio anidro. Após alguns minutos, utilizando uma pipeta de Pasteur 
separar a solução de pigmentos do sulfato de sódio transferindo para um béquer. Se a solução 
não estiver fortemente colorida de verde escuro, concentrar parte do éter de petróleo, usando 
uma leve corrente de ar. 
b- Aplicação da amostra na placa: 
Proceder como nas anteriores. 
c- Desenvolvimento do cromatograma: 
Proceder como nos experimentos anteriores utilizando uma mistura de éter de petróleo 
etanol ou hexano 2:1. Quando o solvente atingir cerca de 0,5 cm do topo da placa, remover a 
mesma e deixar secar ao ar e observar o número de manchas coloridas. Copiar a placa com as 
substâncias separadas (cromatograma), obedecendo fielmente a distância entre o ponto de 
aplicação e a frente do solvente, bem como a distância percorrida por cada uma, iniciando pelo 
ponto de aplicação até o centro de maior concentração da mancha. 
Preparar uma nova cuba usando como eluente uma mistura de CHCl3 (clorofórmio) e 
acetona 9:1. Esperar que ocorra a saturação completa e efetuar um nove desenvolvimento da 
placa, tendo o cuidado de não deixar que a frente do solvente atinja a mancha amarela de maior 
tempo de retenção, obtida na primeira eluição. Copiar o cromatograma. 
Observação: As manchas no cromatograma, são normalmente identificadas, em 
ordem decrescente de valores de Rf, como carotenos (duas manchas laranja), as xantofilas 
(quatro manchas amarela) clorofila a (azul esverdeada) e clorofila b (verde) 
Questionário 
1- Pesquisar estruturas das clorofilas a e b, xantofilas e carotenos. 
2- Qual é o estado físico das fases móveis e das fases estacionárias na cromatografia 
em camada delgada (CCD)? 
3- Qual é o mecanismo de separação da cromatografia em camada delgada de sílica 
gel? 
4- Esquematize o procedimento experimental da cromatografia em papel. 
 
5- Identifique os passos iniciais para a realização de uma cromatografia. 
 
Laboratório de Química 
 
 
 
 
65 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
CIOLA, R - Introdução à cromatografia em fase gasosa - Editora da Universidade de 
São Paulo- 1973. 
JAYME, F - Química no laboratório: geral e inorgânica - Edições Loyola - São Paulo - 1.979. 
RUSSEL, J. B. - Química geral - trad. Márcia Guekezian - 2ª ed. - São Paulo - Makron 
Books -1994. 
COLLINS E COL.- Introdução aos métodos cromatográficos 
 
 
 
 
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66 
DATA: ____/____/____ 
 
REAÇÕES QUÍMICAS No 1- ASPECTOS GERAIS 
 
TEORIA: 
Os fenômenos químicos são aqueles em que ocorrem alteração nas propriedades das 
substâncias. Portanto, devem se caracterizar as substâncias participantes de uma reação nos seus 
estados inicial e final para que se possa avaliar o caráter químico ou físico do fenômeno. 
Simplificadamente, estudam-se alguns tipos de reações químicas: 
1) Reações de síntese ou de formação: são aquelas em que ocorre a formação de um 
único produto a partir de dois ou mais reagentes. 
Ex.: A+B  AB 
2) Reações de análise ou de decomposição: Sem haver interação com outra 
substância, um reagente origina dois ou mais produtos. Estas transformações podem ocorrer 
por influência de agentes físicos externos, como a luz, o calor e a eletricidade 
Ex.: AB  A+B 
3) Reações de deslocamento ou de simples troca: esta reação ocorre quando um átomo 
de uma substância simples outro átomo presente numa substância composta, resultando em duas 
novas substâncias uma simples e outra composta. A maior ou menor possibilidade de uma 
substância substituir outra depende da reatividade da substância simples - metal ou ametal em 
relação à reatividade dos componentes da substância composta. 
Ex.: A + BC  AC + B 
4) Reações de dupla troca: são reações em que ocorrem trocas de átomos ou de grupos 
de átomos entre duas substâncias compostas, produzindo-se duas novas substâncias compostas. 
Ex.: AB + CD  AD + BC 
As reações de dupla troca somente ocorrem mediante certas condições: 
a) Produção de uma substância menos solúvel que os reagentes (formação de precipitado); 
b) Quando um dos produtos é um eletrólito mais fraco que os reagentes (dissocia-se menos); 
c) Formação de uma substância mais volátil (liberação de gás); 
 
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67 
d) Se houver transferência de elétrons (reações de oxirredução). 
5) Reações exotérmicas: aquelas em que ocorre perda de calor. 
6) Reações endotérmicas: aquelas que absorvem calor. 
7) Reações de oxirredução: em que variam os estados de oxidação de duas ou mais 
substâncias participantes da reação. 
Deve-se ressaltar que a dissolução de substâncias é um processo físico que envolve 
perda ou ganho de calor. Assim, é necessário diferenciar um processo físico endo ou exotérmico 
(como a dissolução de ácidos e bases em água) de processos químicos endo ou exotérmicos (tal 
qual a combustão). 
Também, as reações de síntese, análise, simples troca e dupla troca podem ser 
classificadas em endo ou exotérmicas, conforme liberem ou absorvem calor. 
PROCEDIMENTO PRÁTICO: 
1) Formação do cloreto de amônio: 
Num tubo de ensaio,

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