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Teoria Geral do Processo II

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TEORIA DA AÇÃO (capítulo 1)
1.Introdução:
*Fundamentos do processo
*Jurisdição => monopólio da justiça => consequências
2. Ação
2.1 Evolução do conceito
-do direito romano até meados do século passado = ação é um aspecto do direito material da parte.
-meados do século passado= direito lesado e ação são diferentes.
*diante dessa noção:	 - alguns passaram a entender que o direito de ação é autônomo e concreto (Chiovenda), ou seja, só existe direito de ação quando existir o próprio direito material.
			-por outro lado, outros defendem que o direito de ação é autônomo e abstrato (Liebman), isto é, representa o direito a obter a composição do litígio. 
2.2 Conceito atual:
2.3 Caracteriza-se por ser:
-direito autônomo:
-direito abstrato:
-direito instrumental:
2.4 Natureza jurídica:
-A ação é dirigida contra o Estado e este chama a parte contrária para exercer direito de resposta.
-É um direito de natureza:
a)pública:
b) abstrata:
c)autônoma:
d) instrumental:
3. Teoria do trinômio na ação
Elementos					Noção					Ausência
1ºCondições da ação*
2ºPressupostos processuais**
3º Mérito da causa
4. CONDIÇÕES DA AÇÃO*:
4.1 conceito:
4.2 plano de incidência:
4.3 São elas:
1ª Interesse de agir:
-necessidade
-utilidade
2ª Legitimidade da parte
*bilateral
Divide-se em:
*Legitimidade ordinária
*Legitimidade extraordinária 
5. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS**
5.1 conceito
5.2 plano de incidência
5.3 Eles se dividem em:
a) subjetivos:
b) objetivos
3. PROCESSO: elementos e efeitos
3.1 Noção:
=>
=>
=>
3.2 Classificação dos elementos do processo:
a) Subjetivos:
* sujeitos principais
*sujeitos secundários
b) Objetivos:
3.3 Efeitos da relação jurídica processual:
Produz efeitos:
a)Positivos: cria direitos e faculdades às partes e ao Estado-Juiz
b) Negativos:
*Obrigações: vínculo jurídico que importa em sujeitar alguém a uma PRESTAÇÃO de VALOR ECONÔMICO. Se não cumprir o valor pode ser buscado no patrimônio da pessoa. Não tem escolha deve cumprir. Atinge as partes e o Estado-Juiz (juiz e auxiliares).
*Deveres processuais: sujeitam as partes a determinada conduta que não é uma prestação de valor econômico. Não tem escolha deve cumprir. Atinge as partes e o Estado-Juiz (juiz e auxiliares).
*Ônus processual: Não obriga a parte a praticar determinado ato no curso do processo, mas lhe acarreta prejuízo se descumprido. A parte é livre para cumprir o ônus, pode escolher, porém não cumprindo lhe resulta uma conseqüência negativa. Atinge somente as partes.
4. TEORIA DOS SUJEITOS PROCESSUAIS DO PROCESSO
SUJEITOS: relação trilateral
1ºPARTES:
1. Noção
=> sentido material
=> sentido processual
=> conceito
=>Nomenclatura
2 Capacidade processual:
=>É pressuposto processual
=>É a aptidão de participar da relação processual em nome próprio ou alheio.
=>Regras da capacidade:
3 Curatela especial: artigo 72 - 4 casos
4 Capacidade Processual das pessoa casadas: arts. 73 e 74
*autor:
*Réu:
5.Representação da pessoa jurídica e das pessoas formais: art. 75
6 Irregularidade na representação: art. 76
7 Substituição processual: art. 18
8 Deveres: 
-são eles: arts. 77 e 78
-a quem cabem:
-descumprimento: Ato atentatório ao exercício da jurisdição 
-consequências: multa até 20% do valor da causa
 Sanções criminais, civis e processuais
			
9. Responsabilidade das partes por dano processual: arts. 79 a 81
- má-fé: art, 80
- conseqüências:	-perdas e danos: art.79
			-multa até 1% (art 81 + 96)
			-honorários
			- todas as despesas
***Pode cumular arts 79 e 81
10. Direitos
11.Sucessão das partes: arts. 108 a 110
12. Multas
-art. 77, §3º : Estado
-art. 81+ 96: Parte
- multas impostas aos serventuários: art. 96 + 97: Estado
13. Custas processuais: art. 82
14. Honorários: art. 85
15 Sucumbência: art. 82, §2º + 85
ADVOGADOS – arts. 103 a 107
1.Capacidade postulatória: 
Regra: obrigatória a representação por advogado 
Exceções: Não há necessidade da representação por advogado:
Causa própria 
Causas até 20SM no JEC Cível
Habeas corpus 
2. Mandato judicial:
2.1 conceito: 
2.2 Regra: é obrigatória a procuração
Exceções: 
2.3 Forma: 		particular: 
			pública:
	
2.4Poderes: 		-ad judicia:
 
-especiais: receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar o direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica.
2.5 Revogação: 
2.6 Renúncia 
3. Deveres: 
4. Direitos: 
5. Substituição do advogado:
-morte: ** 313 suspende o processo 
§3º, 313 – 15 dias para substituir 	-se o autor não faz extinção
						-se o réu não faz segue à revelia
- revogação – art. 111
-renúncia- art. 112
PLURALIDADE DE PARTES - LITISCONSÓRCIO
1.Conceito: O litisconsórcio acontece quando em um mesmo lado (polo) da relação processual existem mais de 1 litigante, ou seja, mais de 1 autor ou mais de 1 réu.
2. Classificação:
a)quanto à posição no processo:	-ativo: mais de 1 autor
					-passivo: mais de 1 réu
b)quanto ao momento de ingresso:	-inicial: L nasce com a propositura da ação 
					
-incidental: L surge no decorrer do processo. 
c)quanto à necessidade de uniformidade da decisão:
					-unitário (especial): art. 116 quando a decisão da causa 
					deve ser UNIFORME em relação a todos os 
					litisconsortes. 	A decisão deve observar o direito 
material.
					-não unitário: (comum) a decisão embora proferida no 
					mesmo processo pode ser diferente para cada 
					litisconsorte. 
d)quanto à possibilidade das partes de recusar ou não a formação do litisconsórcio:
					-facultativo: aquele litisconsórcio que se estabelece 
					pela vontade das partes. Art. 113
					
					- necessário: imposto por lei e não pode ser 
					dispensado pelas partes. É aquele obrigatório, sem o 
					qual a sentença não será eficaz. Decorre de exigência 
					da lei e da natureza da relação jurídica. Artigo 114 
*Consequência: 
*§ único, 115: litisconsórcio passivo
3.Efeitos da ausência de litisconsorte: art. 115
- Inciso I, 115: Sentença NULA – se deveria ser uniforme e o caso era de litisconsórcio necessário. 
- Inciso II, 115: litisconsórcio não obrigatório = sentença só atinge os participantes do processo e é INEFICAZ para os co-obrigados que não foram citados.
4. Outras disposições:
- art. 117= os litisconsortes são considerados individualmente, exceto no UNITÁRIO. 
	Atos só para beneficiar.
-art. 118 = autonomia de cada litisconsorte para os atos processuais.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Ocorre quando alguém ingressa como parte ou coadjuvante da parte, em processo já existente entre outras partes. Só pode ocorrer nas hipóteses previstas na lei processual.
São elas: assistência; denunciação da lide; chamamento ao processo: incidente de desconsideração da personalidade jurídica; amicus curiae.
1ª ASSISTÊNCIA: 
1. conceito: art. 119: Quando terceiro, na pendência de uma causa entre outras pessoas, tendo interesse jurídico que a sentença seja favorável a um deles, intervém no processo para colaborar.
**Forma: 	espontânea 
		Inserção 
**não se torna parte é um coadjuvante, auxiliar da parte. 
**Não formula pedido em seu favor, somente ajuda o assistido, pois tem interesse que a sentença seja favorável a ele. 
2. Pressupostos: 
a) causa pendente: exista já uma ação.
b) interesse jurídico: relação jurídica entre uma parte e o terceiro assistente.
Interesse só econômico NÃO, precisa ter interesse jurídico
c) possibilidade da sentença influir na relação do assistente e da parte
3.Espécies:
a) ASSISTÊNCIA SIMPLES: tão somente para ajudar uma das partes a obter sentença favorável, sem defender direito próprio.
b) ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL: O assistente é direita e imediatamente vinculado à relação jurídica. Existeconflito de interesse entre o ASSISTENTE e o adversário do ASSISTIDO.
**Diferença entre as duas espécies: O assistente simples é coadjunte(auxiliar) no processo, não pode assumir posição que não seja de assistente. A assistência simples cessa nos casos em que o processo termina por vontade do assistido. Já o assistente litisconsorcial mantém relação jurídica própria com o adversário da parte assistida e poderia desde o início ser litisconsorte. Nesse caso o assistente pode prosseguir para defender seu direito, ainda que o assistido haja desistido da ação, reconhecido o pedido ou feito acordo.
4. CABIMENTO: parágrafo único, art. 119.
 -Processo conhecimento. Execução= NÃO, só nos embargos.
-Qualquer grau
5. PROCEDIMENTO: ART.120
-.PETIÇÃO- DENTRO DO PROCESSO
-vistas às partes= 15 dias
-sem impugnação= Juiz defere
-com impugnação= alega que falta interesse jurídico= gera incidente nos próprios autos e será decidido.
6. PODERES: 
-assistente simples: atua como auxiliar: art 121= produção de provas, requerer diligências, participar audiências
-assistente litisconsorcial: art. 124 atua como litisconsorte
-art. 122: participação é acessória
- encargos: art. 94
2. DENUNCIAÇÃO DA LIDE
1. conceito: art. 125- É uma medida que leva a uma sentença sobre a responsabilidade do 3º em face do denunciante. Consiste em chamar um 3º (denunciado) que mantém vínculo de direito com a parte denunciante, para vir ao processo e responder pela garantia do negócio jurídico, caso o denunciante seja vencido no processo.
Casos: 	obrigatória	
I- garantia da evicção 
III- direito regressivo na indenização	
2. Forma	 provocada pelo Autor ou Réu – art 126
intervenção de 3º como réu no processo de nova ação.
*Cabe processo de conhecimento.
*Não cabe: 	Relação de consumo
		Embargos à execução
3. Objetivo: acrescentar nova lide ao processo, que vai envolver denunciante e denunciado. A sentença vai decidir a lide entre A e R, e entre denunciante e denunciado.
4. Procedimento: arts. 126 a 128
5. Efeitos: art. 129 cumulação de ações= o denunciante perdendo a causa, obterá sentença, também sobre a relação jurídica com o denunciado e não precisa entrar com nova ação para reclamar evicção OU indenização por P e D.
3.CHAMAMENTO AO PROCESSO 
1. conceito: art. 130– Incidente pelo qual o devedor-réu chama para integrar o mesmo processo, os coobrigados pela dívida, de modo a fazê-los responsáveis pelo resultado do feito.
*É uma faculdade – não é uma obrigação
* só o réu pode chamar
* casos: art. 130
*cabível: processo de conhecimento 
* não cabe nos títulos cambiários
DIFERENÇA:
** Na D da L: o 3º não tem vínculo com a parte contrária do denunciante (réu) 
**No C ao P: o réu da ação principal convoca 3º que junto com ele tem relação jurídica perante o autor.
*Só se chama ao processo quem tem vínculo obrigacional com o autor.
2. Forma: por inserção - provocado
3. Procedimento: Arts. 131 e 132
*haja ou não aceitação do chamado (3º) este ficará vinculado ao processo, e sofrerá efeitos da coisa julgada.
4.INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PESONALIDADE JURIDICA 
1. Conceito: Autoriza o Poder Judiciário a ignorar a autonomia patrimonial entre empresa e seus sócios ou administradores, sempre que for manipulada para prejudicar terceiros. Assim, o patrimônio dos sócios é buscado para reparar os danos causados pela empresa, em face do desvio de finalidade ou da confusão patrimonial.
2. Requisitos: art. 50CC + §1ºart.133
3. Legitimidade: art. 133
4. Momento:
- com a inicial §2º. 134
- no decorrer da ação: gera incidente= procedimento: 134 + §§ 1º, 2º, 3º + 135 + 136+137
5. AMICUS CURIAE 
1. Conceito:
2. Requisitos:
3. Quem pode ser
4. Atuação
5. Poderes
TEORIA DOS ATOS PROCESSUAIS
COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
1.Fundamento: decorre do princípio da publicidade e do contraditório.
2.Comunicação: art. 236
Pode ser:	 real:
 ficta:
 NA COMARCA: 
1.Carta de Ordem
2. Carta Rogatória
3. Carta Precatória
 FORA DOS LIMITES TERRITORIAIS DA COMARCA (ART 237)
**Carta Arbitral
- Carta de Ordem: de um tribunal superior a um tribunal inferior
- Carta Rogatória: dirigida à autoridade estrangeira 
-Carta Precatória: dirigida à outra autoridade judicial nacional.
O juiz pode deixar de cumprir se faltar requisitos do 260; se não tiver competência em relação a matéria e hierarquia (competência absoluta); quando tiver dúvida da autenticidade + fundamentar a recusa = art 267.
-Carta Arbitral:
*NOMENCLATURA DAS CARTAS:
- Juízo deprecante
	rogante 	requer a comunicação do ato
	ordenante
- Juízo deprecado cumpre a comunicação=
	rogado			expede mandado para cumprir diligência=
	ordenado 	 cumpridas são devolvidas ao juízo de origem (art.268)
*prazo: art 261 – cumprir
	art. 268- devolver
	
*Custas: art. 266 pagamento de taxa judiciária 
3. FORMAS
1ª CITAÇÃO:
a)- Conceito: 	art. 238 
Art. 239 -sem a citação do réu não se aperfeiçoa a relação processual e torna-se inútil a sentença.
 -essa exigência acontece em todos os processos.
 -sem citação o processo é nulo, pois é ela que instaura o contraditório. 
 - não basta a citação, mas deve se CITAÇÃO VÁLIDA (art. 280)
 - nulidade insanável, se feita sem a observância das disposições legais.
 - suprimento da nulidade: a) § 1º, 239: comparecimento espontâneo do réu. b) §2º, 239: 
 	arguiu nulidade e ela é rejeitada.
	
b)- Destinatário: art. 242
Regra: - pessoalmente o réu
	- representante legal
	- procurador legalmente autorizado
Casos:
-se incapaz: representante legal
- se pessoa jurídica: quem tem poderes para representar.
- se ausente: § 1º, 242
- locador: § 2º, 242
-réu demente: art. 245- curador especial
c) – local: art. 243 + parágrafo único: lugar em que o réu se encontre 
d)- impedimentos legais de realizar a citação: art. 244 + 245 = casos
Salvo= para evitar perecimento do direito
e)- Modos de realizar: art. 246
1- Pelo CORREIO: citação real.
- art. 247= 	é a regra (endereço certo= na cidade)
		Exceções: incisos “I” a “V”- art. 247.
- art. 248: o que acompanha o ato.
2- OFICIAL DE JUSTIÇA: citação real
- art. 249	- nas exceções do art. 247
		- quando frustrada pelo correio
- Por meio de mandado: ordem judicial que legitima a realização da citação. 
- requisitos do mandado: art. 250
- procedimento do O de J: art. 251
- competência: - território da comarca
		- exceto art. 255
-citação por hora certa: art. 252: malícia do réu em esconder-se. 
**Requisitos: 	a) oficial procurar o réu por 3 vezes e não encontrar 
 b) suspeita de que o réu esteja se ocultando 
**Procedimento: arts. 252 + 253 + 254. 
**O que deve conter na certidão § 2º, 253
**citação ficta e presumida.
3- CITAÇÃO POR EDITAL: citação ficta ou presumida
- casos: art. 256
- requisitos: art. 257
**má-fé: art. 258
4- MEIO ELETRÔNICO: art. 6º da Lei 11.419/06
f) Efeitos da citação: art. 240
- efeitos processuais: 	-induz a litispendência
			- faz litigiosa a coisa
-efeitos materiais:	- constitui em mora o devedor
			- interrompe a prescrição.
2ª INTIMAÇÃO:
a)Conceito: art. 269: 
b)Objetivos:
- dar ciência de ato ou termo
- convocar para fazer algo ou abster-se.
**art. 271: de ofício (princípio do impulso oficial)= art. 2º
c) Forma:
1- imprensa oficial- DJ- 
2- escrivão no cartório judicial (certidão): pessoalmente- 
3- Oficial de justiça: = mandado= só na Comarca + 255
4- Correio: 
5- intimação em audiência: 
6- intimação por edital ou hora certa:
d) efeitos: 
-ciência do ato
-mecanismo indispensável a marcha do processo.
e) Intimação especial MP, FP e DP= pessoal
O ATO PROCESSUAL NO TEMPO E NO ESPAÇO
1.TEMPO DOS ATOS PROCESSUAIS 
Envolve a noção de MOMENTO adequado para a sua realização e do PRAZO que deve ser cumprido.
1.1MOMENTO
Regra:os atos processuais devem ser realizados 	em dias úteis 	
					 entre as 6h e às 20h
Exceções: §§ 1º e 2º do artigo 212
OBSERVAÇÕES: sobre férias e feriados
=Férias
=Feriados 
-Regra: Não se praticam atos processuais 
-Exceções: 	Incisos I e II art. 214 realizam-se atos.
			Art. 215
-Prazo para resposta: começa a fluir no primeiro dia útil após férias ou feriado. 
1.2 PRAZO*	 					protocolo 
		 	 = 	processo físico
 							horário do Fórum
			=	processo eletrônico
		 	
= 	 Regulamentação: arts. 218 a 232
2.LUGAR:
Regra: na sede do juízo 
Exceções:
-deferência ao cargo: 
-interesse da justiça: 
- obstáculo alegado pela parte e aceito pelo juiz. 
*DOS PRAZOS arts. 218 a 232
1.Conceito: Lapso de tempo outorgado para a realização de um ato processual. Espaço de tempo em que a parte deve realizar validamente o ato processual.
1.1 Todo prazo tem um:
MARCO INICIAL= dies a quo= quando nasce a faculdade de realizar o ato.
MARCO FINAL: dies ad quem= quando extingue a faculdade, tenha sido realizado ou não o ato.
**Tanto o marco inicial (intimação da parte), quanto o marco final (quando se encerra o prazo) são documentados no processo por certidão.
1.2 Fixação dos prazos:
- na lei 
- se ela for omissa, pelo juiz 
- se o juiz não fixar será de 5 dias 
1.3 Para quem são fixados os prazos:
-Juiz: arts 226, 227				Prazo impróprios
-Auxiliares da justiça: art. 228
-Partes: prazos próprios- se não cumpridos geram preclusão do direito. (consequências)
1.4 O prazo pode ser dividido em	-comum: aquele que pertence a ambas as partes. 
					-particular: aquele que pertence a uma parte somente.
							
2.Classificação:
a) legais: fixados em lei. 
b) judiciais: fixados pelo juiz 
c) convencionais: ajustados de comum acordo entre as partes. 
3. Natureza dos prazos:
1. Dilatórios: Aqueles que embora fixado na lei, admite ampliação pelo juiz, ou por convenção das partes pode ser aumentado ou reduzido. 
2.Peremptórios: Aqueles que a convenção das partes, e em regra o próprio juiz não podem alterar. Exceção: o juiz pode prorrogar em caso de calamidade pública 
4. Curso dos prazos processuais: Regras:
- NÃO É CONTÍNUO: somente conta dias úteis(não conta feriado ou dia não útil).
-Efeito suspensivo:	-art. 220 – férias forenses: efeito suspensivo= paralisa a contagem do prazo e depois começa a contar o restante do prazo a partir do primeiro dia útil. 
			-art. 221	- obstáculo criado pela parte contrária					+ art 313	-morte ou perda da capacidade: parte ou seu procurador
					-convenção das partes
					-arguição de suspeição e impedimento.
					- admissão de IRDR
					- força maior
				
5. CONTAGEM DO PRAZO
1. Termo inicial: art. 224 – pela intimação- art. 230
*não conta o 1º dia e conta o último.
*Regras:
-art.231
-arts. 224 §§ 2º e 3º: DJ eletrônico= dia útil seguinte à publicação. 
-no portal= art. 5º, §1º da Lei 11419/06 = intimação= no dia que efetuar a consulta eletrônica. Se não consultar 10d depois de enviada, considera-se intimado (art. 5º,§3º)
-para recurso:	-art.1003
				
				
Obs.: para cumprir o prazo: 
-até horário de expediente art 212, § 3º
- se processo eletrônico até as 24: art. 213
2.Termo final:
-dia útil: até fechamento do Fórum.
-prorroga-se se for em feriado, fórum fechado ou expediente encerrado antes.
6.Preclusão 
-Perda da faculdade de manifestar-se nos autos em face do não exercício no tempo útil.
-preclusão temporal: não cumprir o prazo, perder o direito de fazê-lo.
-justa causa: art. 223, segunda parte: definição §1º, art. 223 (caso fortuito, força maior). Neste caso o juiz pode permitir a realização. §2º, art. 223.
7.Prazo para as partes: são denominados de prazos próprios.
-São fixados pela lei ou pelo juiz. Se não houver serão de 5dias= art. 218,§3º+ art. 218 §2º (prazo de 48h, o escrivão ou oficial de justiça devem colocar a hora)
-A parte pode renunciar seu prazo de maneira expressa: art. 225 
-Litisconsortes: art. 229. Se tiverem advogados diferentes, de escritórios diferentes o prazo é em DOBRO para todas as manifestações.
-Inobservância do prazo: art. 234
8. Prazo para juiz e auxiliares da justiça:
-Juiz art. 226 e 227. Se não cumprir 235
-Auxiliares: art. 228. Se não cumprir 233 (J fiscalizar + penalidades)
9. Prazos diferentes:
- MP: art.180
- DP:art 186
- Fazenda Pública : art 183
-Sajur: §3º, art. 186
NULIDADES – arts. 276 a 283 CPC
1.DISPOSIÇÕES GERAIS: 
-Atos processuais pertencem ao gênero atos jurídicos
-Logo, necessitam de condições para serem válidos: agente capaz, objeto lícito e forma.
-No processo: 	-capacidade jurídica 
+ capacidade postulatória 
-Objeto lícito 
- forma
2. ESPÉCIES DE VÍCIOS:
-Atos inexistentes: não reúnem os requisitos necessários para a sua existência como ato jurídico. 
-Nulidade Absoluta:*
-Nulidade Relativa:**
-Atos irregulares: art. 277 são aqueles praticados com infringência de regra formal, mas não alteram a eficácia.
3.CONCEITO DE NULIDADE: 
É uma sanção que incide sobre a declaração de vontade contrária a algum receito de direito positivo.
Obs.:
*** a nulidade depende sempre de pronunciamento judicial que a reconheça, nunca opera por si mesma.
***suprir a nulidade significa= praticar ato novo, sem a infringência da lei, com efeito igual ao do ato nulo, ou seja, não é convalidar o nulo.
4. ESPÉCIES DE NULIDADES:
a) ABSOLUTA:*	 -interesse público 	-de ofício
-§ único 278: ato infringe norma de ordem pública, afetando a própria jurisdição. 
-Deve ser decretada de ofício pelo Juiz.
-Em regra é insanável. Porém, a citação nula pode ser suprida pelo comparecimento voluntário do réu.
-Envolve interesse público: ofende regras referentes aos pressupostos processuais ou das condições da ação.
b)RELATIVA:** 	-interesse privado	 -provocado pela parte
-art. 278: defeito mais leve. O ato pode produzir efeitos se a parte prejudicada não requerer a nulidade. Diz respeito a interesse da parte e não da jurisdição. 
-O silêncio da parte convalida o ato = art. 278: a parte deve alegar a nulidade, senão convalida o ato.
-Interesse privado: viola faculdade processual da parte.
5. SISTEMA DO CPC: decretação judicial
-Nulidade pode atingir todo o processo quando não houver os pressupostos processuais.
-Nulidade pode atingir alguns atos processuais.
-art. 282+488: declara quais atos são atingidos pela nulidade
-efeito: declarado o ato nulo, torna sem efeito os posteriores.
-Casos de nulidade de todo o processo:
1.§único , 74: não suprida falta de outorga marital ou uxória
2.104, 313,§3º, 321
3. 279,§ 1º e 2º- não intimação MP
Obs.: Em regra esses 3 casos são nulidades absolutas. Porém, o 1 e 3 podem ser relativas, se a sentença for favorável a quem é prejudicado pelas nulidades.
6. NULIDADES COMINADAS E NÃO COMINADAS
-Cominadas: expressas na lei 
-Não cominadas: são deduzidas do sistema processual.
7.PRINCÍPIOS
a) PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DA FORMA:
-arts. 277, 282,§1º, 282§2º.
-Importância da forma para trazer SEGURANÇA JURÍDICA.
-Porém, quando inobservada a forma e não houver prejuízo, o ato deve ser considerado válido.
-Princípio = o ato somente será considerado nulo e sem efeito se, além de não obedecer a forma, não tiver alcançado a sua finalidade. Art. 277
-Porém, em qualquer caso, mesmo que haja inobservância da forma, o juiz não deve decretar a nulidade: 	a)§1º, 282 se não houver prejuízo a parte
			b)§2º, 282 quando puder decidir o mérito a favor de quem aproveita a decretação da nulidade.
b) PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE: 
art. 281 – segunda parte. A nulidade de uma parte do ato não prejudica as outras que dela sejam independentes.
c)PRINCÍPIO DO APROVEITAMENTO: 
art. 283 - somente anula o ato se não há possibilidade de aproveitar, e que cause prejuízo a parte.
d) PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE: 
art. 277 - é possível aproveitar um ato processualindevidamente praticado

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