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Acesso à Justiça

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ARTIGO ACADÊMICO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL I
TEMA CENTRAL:
DIREITO PROCESSUAL CONSTITUCIONAL
ISCA FACULDADES - INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS APLICADAS 
CURSO DE DIREITO
ACESSO À JUSTIÇA
Daniele Cristina do Carmo Souza
Limeira – SP 
2017
Daniele Cristina do Carmo Souza
ACESSO À JUSTIÇA
Artigo Acadêmico dedicado ao Estudo Dirigido – E.D. de Direito Processual Civil - I, a ser apresentado no final do 3º semestre da Faculdade de Direito do ISCA Faculdades como requisito obrigatório para compor a nota semestral.
Orientador: Prof. Doutor Marcelo Luis Roland Zovico
Limeira-SP 
2017
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO.......................................4
2. JUSTIFICATIVA ..........................................................................................5
3. OBJETIVOS ................................................................................................6
3.1 GERAL .................................................................................................6
3.2 ESPECÍFICOS......................................................................................6
4. METODOLOGIA DA PESQUISA.................................................................7
5. CRONOGRAMA ..........................................................................................8
REFERÊNCIAS ...............................................................................................9
INTRODUÇÃO 
O Tema proposto é o acesso à justiça e os obstáculos existentes para buscar uma decisão justa em tempo razoável. É um direito garantido e constituído a todos os cidadãos brasileiros, porém nem todos os cidadãos possuem fácil acesso ao que se diz respeito à justiça. A Análise pretendida busca avaliar o entrosamento entre o Princípio Constitucional do Acesso à Justiça estabelecido no artigo 5º, XXXV da CF/88 - Constituição Federal de 1988 e as dificuldades enfrentadas pelos cidadãos para o acesso à Justiça na solução de suas lides. 
Esse dispositivo estabelecido no artigo 5º, inciso XXXV, CF/88, dá ao poder judiciário, de um lado o dever/poder de analisar toda e qualquer violação a qualquer tipo de direito, e de outro lado exige uma grande responsabilidade no que concerne a concretização dos direitos tutelados pelo sistema jurídico brasileiro. 
O objetivo desse artigo é justamente mostrar como conciliar a aplicação do Principio Constitucional supramencionado com as dificuldades enfrentadas pela população para ter acesso ao judiciário.
O pacto de São José de Costa Rica também prevê em seu art. 8, de que todo cidadão possui o direito de ser ouvido com as devidas garantias dentro de um prazo razoável.
Quanto à dificuldade de acesso à justiça, é pertinente dizer que a Lei 13.105/2015 o Novo Código de Processo Civil, trouxe diversa mudanças ao direito processual civil no que concerne à celeridade processual, como por exemplo, podemos citar a Audiência de Conciliação que se frutífera, extinguirá a ação com resolução do mérito sem a necessidade de se arrastar para o sistema judiciário uma causa que poderia levar anos para transitar em julgado. Há que se mencionar ainda a praticidade que o réu obteve no NCPC, podendo o advogado apresentar a contestação juntamente com a impugnação ao valor da causa, bem como gratuidade da justiça e ainda se for o caso, a provocação de intervenção de terceiros. Desta forma, podemos observar que a intenção do legislador é justamente, buscar a celeridade do Direito Processual e de certa forma um “desafogamento” do sistema judiciário brasileiro. 
Em 1995 foram criados os juizados especiais cíveis, pela lei 9099/95, com o objetivo de aproximar o poder judiciário da população e, portanto, de proporcionar um melhor acesso a justiça a todos os cidadãos. 
Acesso à Justiça
 Acesso à justiça é um tema muito amplo, que busca a garantia conferida ao cidadão de ter acesso ao judiciário e a possibilidade de conhecer seus direitos e, poder exercê-los.
No nosso Estado democrático de direito albergado pela nossa Constituição, o Judiciário tem uma grande responsabilidade em garantir a efetivação de todos os direitos que estão consagrados no sistema jurídico brasileiro, ele é formulado de uma maneira em que o acesso à justiça é amplamente garantido, porém nem todos os cidadãos possuem essa facilidade, geralmente as pessoas que tem acesso e condição de utilizar-se do judiciário para ver ressarcido ou para ver tutelado algum direito, são pessoas de uma classe social mais elevada, significa dizer que aqueles que talvez mais precise se depender do judiciário para ver garantido o seu direito, não tem essa condição, seja por desconhecimento ou por impossibilidade fática de acessar o poder judiciário.
O problema hoje no Brasil começa no plano educacional, o povo desprovido de educação não tem conhecimento de seus direitos e, quando violados, não sabe como buscar tutelá-los. Deste modo, a falta de informação está ligada totalmente a condição socioeconômica das pessoas, pois há uma evidente tendência que quanto maior o nível de pobreza, menor os estudos, menor é o nível de informação e consequentemente, é menos provável que saibam onde e quando possam exercer os direitos a eles concedidos.
A miséria que assola grande parte da população brasileira como óbice de acesso à justiça é apontada por Dr. José Renato Nalini:
Se a distribuição de renda não sobrevier, se a miséria não for amenizada com urgência, já não se justificará a preservação do equipamento estatal chamado Justiça. Escapa-lhe rapidamente das mãos o poder de restabelecer o justo concreto, pois assim como o capital internacional – e sem pátria – se subrai à incidência da autoridade judicial, o crescimento da miséria reduz ainda mais o universo de sua atuação. O pobre tem seus problemas resolvidos na polícia, nos postos de saúde ou nas seitas evangélicas. É raro o seu dia na Corte.
Nalini ressalta também que a concepção de acesso à justiça já não satisfaz, pois, há muitos obstáculos que se antepõem ao foro, ao efetivo pleito dos direitos vulnerados, elencando três causas dentre as muitas que representam obstáculo à ampliação do acesso à Justiça: o desconhecimento do Direito, a pobreza e uma visão bastante singular da lentidão do processo.
2.1. O Desconhecimento do Direito
Apesar de vivenciarmos uma era digital, alguns cidadãos têm dificuldades de acesso à informação. 
Embora se tenham ampliados os meios desse acesso, muitas pessoas não 
têm conhecimento e deixam de pleitear seus direitos.
2.2. As Dificuldades no custeio do Processo
 A pobreza é um dos maiores obstáculos do acesso ao Direito e atinge cerca de um terço da população brasileira.
As dificuldades no custeio das despesas necessárias nos conflitos das lides foi um dos problemas do acesso à justiça. Segundo Hugo Mazzilli depois de reconhecer que o acesso à Justiça é um dos valores fundamentais da própria democracia, constata: Entretanto, a possibilidade de acesso à Justiça não é efetivamente igual para todos: são gritantes as desigualdades econômicas, sociais, culturais, regionais, etárias, mentais.
A necessidade de um advogado encarece a parte quando tem de pleitear seus direitos no judiciário. Temos a defensoria Pública. Temos. Porém, a nomeação de um advogado gratuito possui inconveniente, como bem sabemos. Quase sempre é nítida a distinção entre o trabalho de um advogado público e o do contratado. Depois, tem a causa de que o advogado público, encarregado de pleitear o direito em nome de um pobre, corre o risco de fazê-lo de maneira diferente de como faria, se o mesmo fosse particular.
e, inclusive, em algumas situações, não têm condições financeiras para arcar com as custas processuais e os honorários advocatícios.
2.3. Lentidão do Processo
REFERÊNCIAS
BRASIL, Constituição daRepublica Federativa do Brasil. 1988.
CAPPELLETTI, Mauro. Acesso à Justiça. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/2207246/acesso-a-justica---mauro-cappelletti-pdf>. Acesso em: 23/03/2017
CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem e Processo. 3º Ed.
CINTRA, Antônio Carlos de Araújo. GRINOVER, Ada Pellegrini. DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo. 23º Ed. São Paulo: Malheiros,2007.
COSTA, Nilton César Antunes. Poderes do Árbitro. Revista dos Tribunais, 2002.
MAZZILLI, Hugo Nigro. O acesso à Justiça e o Ministério Público. Disponível em: < http://www.mazzilli.com.br/pages/artigos/acjusmp.pdf > Acesso em: 23/03/2017.
NALINI, José Renato. Novas perspectivas no acesso à justiça. Disponível em: <http://www.cjf.jus.br/revista/numero3/artigo08.htm> Acesso em: 23/03/2017.

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