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Argüição de descumprimento de preceito fundamental Objeto: Leis e atos normativos Federais, estaduais, distritais e municipais inclusive anteriores a CF/88, que ofenda ou ofereça risco a preceito fundamental. Princípio de Subsidiariedade – Quando não couber nada, cabe ADPF Quem tem competência para julgar: STF Legitimados ativos: Todos do artigo 103, CF Art 11 9882 Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de argüição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. ou seja, ela tem efeito ex tunc, porem pode mudar para ex nunc , a votação tem que ser pode MAIORIA DE 2/3 dos membros Efeito Erga Omnes , Vínculante (Poder Judiciário, Adm Pública), ex tunc, porem pode mudar para ex nunc - Trata-se de caso em que o STF manifestar-se-á declarando a revogação ou recepção do ato normativo pré-constitucional. Em regra, os efeitos são ex tunc (retroativos), podendo o STF, tal como nas decisões proferidas em sede de ADI, desde que fulcrado em razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público, e mediante o quórum qualificado de 2/3 de seus membros, aplicar a técnica da modulação temporal, fixando o momento a partir do qual se operam tais efeitos. a) Previsão constitucional: Previsão Constitucional: A arguição de descumprimento de preceito fundamental tem previsão no artigo 102, § 1º, da Constituição Federal de 1988, que diz o seguinte: “a arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei". b) Previsão infraconstitucional: Lei n.º 9.882/99; c) Finalidade: busca evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público (denominado pela doutrina de argüição autônoma); também nas hipóteses quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal (e distrital?), incluído os anteriores à Constituição (denominado pela doutrina de argüição por equivalência ou equiparação) Ex: Para combater uma lei municipal que seja contrária a CF. Como se trata de um caso que não permite ADIN, torna-se cabível a ADPF. Outro Ex: ADPF é o meio que admite ou não a recepção de uma lei anterior a CF/88. d) Competência para julgamento: STF (quorum de instalação será de 2/3 (8 Ministros) e quorum de aprovação será por maioria absoluta – 6 Ministros) e) Legitimidade para propositura: os mesmos co-legitimados para a ADIN art. 103, I a IX da CF); Somente eles? * No entanto, q.q. interessado pode representar ao Procurador Geral da República para que proponha a argüição (art. 2º, §2º, da Lei n. 9868/99). f) Defesa do ato impugnado: não haverá audiência do Advogado-Geral da União, por falta de previsão constitucional. O STF entende que não se trata de lacuna involuntária do constituinte; g) Requisito de admissibilidade: admitido somente em caráter subsidiário, ou seja, não deve caber qualquer outra medida eficaz para sanar a lesividade (Adin, Adipo, MS, HC, etc); Ou seja, só admite a adpf quando não couber outra medida. h) Cabe AMICUS CURIAE (Amigo da Corte) na ADPF? Não existe lei que autoriza o Amicus Curiae - admissão ou não do amicus curiae será decidida monocraticamente pelo relator que irá verificar a presença dos requisitos. Mas ressalte-se que, mesmo admitido pelo relator, o Tribunal poderá se abster de referendá-lo, afastando a sua intervenção. - Há precedentes do STF na aplicação analógica (ADPF 73/DF) – Eros Grau. i) Conseqüências da decisão: uma vez julgada procedente, vinculará todos os órgãos do Executivo e Judiciário a reconhecê-la como constitucional (efeito erga omnes). * nas hipóteses de argüição em face de relevância do fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluído os anteriores à Constituição, não estaria a Lei Ordinária (n.º 9.882/99) ampliando a competência do STF, já que a CF não prevê controle concentrado de lei ou ato normativo municipal? Leis ou atos normativos municipais anteriores à CF e contrários a esta teriam sua aplicabilidade afastada pela não recepção? Efeitos da decisão: erga omnes, vinculante e ex tunc. No entanto, por razões de segurança jurídica ou excepcional interesse social, o STF, desde que seja por maioria qualificada (2/3 = 8 Ministros), poderá: Restringir os efeitos da declaração; Determinar que a decisão só tenha eficácia a partir do TJ; Determinar que a decisão tenha eficácia em outro momento, mesmo depois do TJ. O que se entende por preceito fundamental? Princípios que servem de vetores de interpretação das demais normas constitucionais: a) princípios fundamentais dos arts. 1º ao 4º da CF; b) princípios sensíveis: art. 34, VII; c) direitos e garantias fundamentais do artigo 5º.; d) princípios gerais da atividade econômica: art. 170 da CF: e) cláusulas pétreas (art. 60, §4º);
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